Filha dos Heróis escrita por Gaby


Capítulo 1
Capítulo 1 - O início da confusão


Notas iniciais do capítulo

Olaaa essa é minha primeira fanfic e espero que gostem.



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Tudo começou no meu aniversário de 12 anos.

Meu nome é Tess Miller. Até meu décimo segundo aniversário minha vida era monótona e tranquila. Desde pequena moro em Nova York com minha mãe Charlotte Miller. Sempre vivemos sozinhas e minha mãe sempre se orgulhou por não depender de um homem. Ela era uma pessoa boa, e agora ela se foi.

Neste ponto, você deve estar totalmente perdido. Deixe-me voltar até onde tudo começou.

Vinte e oito de dezembro de 2025 meu aniversário de doze anos. Eu havia chegado em casa mais cedo e estava tudo escuro. Suspeitei que minha mãe faria algum tipo de comemoração então não estranhei que ao abrir a porta as luzes ligaram e um coro de “parabéns para você” começou. Ali perto da porta estava minha mãe com um grande sorriso no rosto, logo atrás vários amigos e colegas, tanto dela quanto meus.

Sim, minha mãe estudava. Ela nunca havia parado. Começara fotografia, mas parara o curso na metade para investir em pintura. E em minha opinião, pintura sempre combinou com ela.

Dei mais um passo a frente, para que entrasse por completo em casa e então pudesse desfrutar da minha festa. Estavam realmente todos ali. E lá no fundo, na mesa de jantar à minha espera, estava um grande bolo de chocolate com cobertura azul. Sim, isso mesmo, cobertura azul.

Minha cor preferida sempre fora azul, e um dia, eu e minha mãe descobrimos doces azuis em uma doceria de Nova York, a partir daí juntamos meu sabor preferido, chocolate, com minha cor preferida em quase todos os doces.

[...]

A festa havia acabado e eu e mamãe encontrávamos na cozinha limpando o que tínhamos utilizado na festa.

- Obrigado pela festa mamãe. Eu simplesmente amei. – disse abraçando-a.

- Você merece – disse ela retribuindo o abraço. -, mas agora está na hora da aniversariante dormir.

- Mas mamãe eu quero te ajudar a... – fui interrompida pela minha mãe.

- É seu aniversário. Deixe que eu termine de limpar. Vá dormir!

- Boa noite mamãe. – disse dando lhe um beijo na bochecha.

- Boa noite.

Segui para o meu quarto, onde coloquei meu pijama e fui direto para a cama. Só notei o quanto estava cansada quando deitei. Minhas pálpebras começaram a pesar e adormeci alguns minutos depois.

[...]

Acordei com um barulho. Algo que não parecia nada normal no meio da noite. Parecia que a porta de entrada estava sendo arrombada e quem quer que estivesse tentando abri-la tinha um força sobre-humana, pelo enorme barulho que fazia. Eu estava com medo. Muito medo. Queria gritar, queria chamar pela mamãe, mas o medo era maior. E se quem estivesse tentando abrir a porta escutasse?

O barulho na porta parou, e depois de alguns instantes escutei passos vindos do corredor ao lado de fora do meu quarto. Quando a porta do meu quarto se abriu, pensei que seria o fim, mas era só a mamãe. Sua expressão era de preocupação e medo. Quando ela falou, entendi que o que quer que estivesse tentando abrir a porta estava atrás de mim.

- Rápido levante, levante. – disse ela com uma voz aterrorizada. - Não temos muito tempo.

Rapidamente me levantei. Não precisava perguntar o porquê. Sua voz denunciava algo que eu nunca havia visto em minha mãe: medo.

Quando fui em direção ao guarda-roupa, mamãe puxou-me pelo abraço.

- Não a tempo para trocar de roupa. Você tem de ir agora.

- Ir pra onde?

Ela ignorou minha pergunta. Simplesmente seguiu me puxando para fora do quarto. Passamos pela sala e cozinha, e finalmente chegamos à porta do porão. Rapidamente mamãe abriu a porta que revelou escuridão e cheiro de mofo. Tateei com as mãos até achar o interruptor e assim que pudemos enxergar melhor, mamãe fechou a porta do porão. Achei que ali estaríamos seguras, porém ela continuou me puxando escada abaixo, até chegar ao fundo.

Lá em baixo ela finalmente soltou meu braço, mas só para começar a tirar diversas caixas que estavam escoradas na parede do fundo. Achei que estaria procurando alguma coisa para se proteger, mas assim que uma porta se revelou, entendi que estava tentando uma fuga. Mexendo em mais algumas caixas ela puxou em pequena mala que pelo tamanho caberia somente duas mudas de roupas.

- Pegue isto. Aí dentro tem algumas roupas e coisas que você vai precisar. Bem acima de tudo está um mapa, ele guiará você. – disse entregando-me a mala.

Dito isso, pegou uma chave do bolso e destrancou a porta. De lá veio um vento úmido e frio, típico do inverno. Só então entendi o que ela queria que eu fizesse.

- Não vou fugir sem você, mamãe.

- Você precisa.

Dizendo isso, mamãe empurrou-me para fora e fechou a porta. Esmurrei a porta, tentei abri-la, mas foi em vão. Ela já havia trancado a porta. Nada do que eu tentasse adiantaria.

Lá de dentro vinham barulhos altos. O que quer que estivera tentando abrir a porta conseguira e agora estava procurando por nós, mas somente encontraria a mamãe. Eu precisava ajudá-la. O barulho estava cada vez mais alto, estava descendo as escadas do porão. Só aquela velha escada de ferro enferrujado faria aquele barulho.

- Raaaarrrrr!

Eu escutei um bramido nada humano e estava bem perto da parede. Logo após, escutei um grito que só poderia vir de minha mãe. Eu estava com muito medo. Meu corpo me dizia pra fugir, mas eu não podia simplesmente deixar mamãe ali. Tentei novamente abrir a porta, sem sucesso.

- Pow!

Alguém havia batido na porta, e pelo barulho, eu sabia que não era minha mãe. Logo “aquilo” abriria a porta e me encontraria ali, totalmente indefesa. Eu precisava correr. Teria de ir. Não havia muito tempo para pensar, então simplesmente corri. Havia muita neve no chão e meus pés estavam congelando.

Outro barulho as minhas costas me fez imaginar que o que quer que estivesse atrás de mim havia conseguido abrir a porta. Continuei correndo o mais rápido que consegui, mas eu parecia nunca sair do lugar. Mais a frente havia a estrada e, por sorte ou destino, um taxi estacionado bem perto de onde eu estava.

- Raaaarrrrr!

Não arisquei olhar para trás. Continuei correndo e quando cheguei ao taxi, o motorista me olhou como se eu estivesse louca. Só então lembrei que eu ainda usava pijamas e parecia uma louca fugindo no meio da noite.

- Preciso que me leve a um lugar. – disse ao taxista.

- Tem dinheiro, garota? – perguntou ele. – Sem dinheiro, sem viagem. É assim que funciona.

- Claro que tenho. Vamos logo.

Eu não sabia se dentro daquela pequena mala havia algum dinheiro, mas precisava sair dali rápido. Esperava que mamãe tivesse pensado no dinheiro. O motorista abriu a porta para que eu entrasse e assim que eu entrei ele seguiu para o outro lado do carro e também entrou.

- Para onde senhorita? – perguntou o taxista.

- No momento simplesmente dirija. Preciso que vá o mais rápido que conseguir. – respondi.

Ele me olhou com uma expressão desconfiada, mas não disse nada. Ligou o carro e seguiu em frente obedecendo meu pedido. Só então lembrei que mamãe havia dito que dentro da mala havia um mapa. Comecei a abrir a mala, mas fui interrompida por outro bramido logo atrás do carro. Pela primeira vez naquela noite, arrisquei olhar para trás e, por um segundo, não entendi o que vi.

Era um sujeito enorme. Parecia ter dois metros de altura e, braços e pernas grossos e musculosos. Em seus braços havia enormes e grossas veias. Usava somente cuecas brancas o que seria engraçado, até eu ver o corpo do sujeito. Pelos marrons e grossos cobriam todo o peito e ombros. O pescoço era uma massa de músculos e pelos, em sua cabeça havia um focinho comprido e narinas ranhentas com um reluzente anel de bronze. Os olhos eram pretos e cruéis. E acima da cabeça encontravam-se enormes chifres preto e branco com pontas muito afiadas.

Eu sabia o que era, mas ao mesmo tempo não conseguia acreditar. O Minotauro estava ali em carne e osso. Por alguns segundos fiquem tão chocada por uma figura grega existir que não senti medo. Mas todo o êxtase passou quando ele arrancou uma árvore e tocou na direção do carro.

A árvore atingiu o lugar em que o carro estava há segundos atrás. Eu sabia por quê. O Minotauro tinha visão e audição péssimas. Enfim as aulas de Mitologia Grega serviram para alguma coisa.

- Você viu aquilo? – perguntei ao motorista.

- Claro. O vento está muito forte. Acho que deveríamos parar. – respondeu ele.

- Vento?

Então, ele não conseguia ver o Minotauro. Eu deveria estar maluca. Mesmo assim, eu não podia parar ali. Precisava continuar indo.

- Vá mais rápido! – pedi.

Mesmo não podendo ver o Minotauro, o motorista deveria ter entendido que alguma coisa estava errada e pisou fundo. Continuamos indo rápido e, quando olhei novamente para trás, parecia que o minotauro havia desistido de continuar nos perseguindo. Já estava amanhecendo e minhas pálpebras pesavam sob meus olhos. Olhei novamente para trás e tive certeza de que ele havia desistido. Abri a mala, tirei o mapa, e sem nem prestar atenção entreguei-o ao motorista. E finalmente rendi-me ao sono.


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Notas finais do capítulo

Alguns de vocês vão se perguntar porque o primeiro monstro que atacou a Tess é o mesmo que o do Percy, mas mais tarde algumas coisas farão certo sentido (eu espero kkkk). Algumas descrições do Minotauro podem ter ficado parecidas com as do livro pois eu usei ele para escrever.
Nem sempre poderei postar, então peço um pouco de paciência. Farei sempre o possível.
Se encontrar algum erro, comente. Críticas e comentários são bem vindos, porém seja educado.



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