Se Tornando um Personagem escrita por Alessia Serafim


Capítulo 6
Capítulo 6 - Salva por um dragão


Notas iniciais do capítulo

Olá,meus queridos leitores,mas um capitulo para vocês,espero que gostem.



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Toda a escuridão parecia se reunir naquele quarto, as meras servas não resistiu ao ar tão carregado de maldade e morte e de trás de sua senhora, caíram. A única luz daquele recinto era imaculável. O necromante sorriu por debaixo de suas roupas. O fato de aquela humana suportar o miasma da morte era prova de que não tinha errado, era ela.

– Eu sou Maedhros, o necromante. – respondeu

– O q-que você quer de mim? – perguntou a garota tremendo, sua face mostrava todo o seu pavor.

– O que eu quero? – disse Maedhros rindo – Eu quero você, afinal porque mas eu viria até a floresta das trevas? – disse mostrando seu prazer em ver o medo nos olhos de prata.

Ao longo do corredor estava Thranduil,correndo com sua espada em punho,quando avistou o necromante,seu sangue gelou,poderia ser tarde demais?

Maedhros sentiu a aproximação do rei élfico o que o alegrou ainda mais, olhou para a humana mais uma vez antes de lhe dizer:

– Parece que seu socorro chegou, será uma pena que seus olhos tão puros serão manchados, com a morte dele – disse Maedhros dando as costas.

– Não faça isso! – gritou desesperada mas o necromante pouco se importou.

Dirigindo-se para ficar de frente ao rei élfico, saiu dos aposentos da humana.

– Thranduil, o rei da floresta das trevas – disse Maedhros com sua voz lenta e um pouco rouca – As trevas que você reuniu em seu reino são bem agradáveis, devo lhe agradecer por isso. Foi tão fácil invadir seu reino.

O elfo ficou enraivecido com o comentário do necromante, ele falava a verdade, mas não gostava de ouvir.

– Maedhros o que faz em meu reino? – perguntou Thranduil contendo sua raiva, ele estava ali para proteger sua convidada, na qual lhe fez um enorme favor em troca de seu auxílio.

– Ah você sabe muito bem Thranduil – disse Maedhros – Sempre foi tão obcecado pela beleza pura, sabia que você podia ir longe para ter o que quer, só não imaginava que conseguiria tamanha relíquia. – o miasma que rodeava o necromante aumentava e ia em direção ao elfo. – A maga dos olhos de prata – disse dando uma breve pausa, Thranduil arregalou os olhos surpreso, todas as histórias que lhe foi contado sobre a maga cristal, dos olhos de prata, lhe passou pela sua cabeça. Maedhros observou a surpresa do elfo e deu uma grande gargalhada – Mas é claro! – disse recuperando o fôlego – Agora faz sentido, a falta de soldados a protegendo, a facilidade de entrar em seu reino. Mas é claro, você nem sabia quem ela realmente era. – Não vou perder mais tempo com você – movendo seu cajado fez o miasma ficar mais espesso e ir direto ao elfo.

Voltou-se para o quarto onde viu a humana sacudindo suas servas, ela chorava mais que o normal, deveria ter percebido que elas tinham morrido, agora chorava não só pelo lamento dos mortos, mas por elas. Pegou o cajado dela que a mesma tinha o largado, com o seu toque,a pureza se esvaiu,ficando em trevas. Pegou a menina pelo braço, que começou a se debater, o deixando irritado, a fez ficar inconsciente, deixando-a mais fácil de ser carregada. Passou pelo rei da floresta das trevas, que estava caído no chão, deu um pequeno sorriso, nada ficaria no seu caminho, agora ela era sua.

***

Quando Alison acordou seu corpo tremia, estava muito frio, aos poucos foi abrindo seus olhos, não ficou surpresa por não estar mas no seu quarto no reino de Thranduil. Seu corpo estava deitado em uma superfície dura, provavelmente estava caída no chão, mas pouco importava. Novas lagrimas formaram-se nos seus olhos e escorrerão pelo seu rosto,Thranduil poderia estar morto agora. Leu varias histórias na internet que fãs caiam na terra-média e encontravam seu personagem favorito e tinham varias aventuras e sempre tinham um final feliz,mas com ela seria diferente,a terra-média era sua realidade agora e sabia muito bem que a realidade era dura.

– Finalmente começou a chorar – disse Maedhros vindo em sua direção, não conseguia vê-lo direito, já que as novas lagrimas embaçavam sua visão,só via sua forma. – Pensei em pegar suas lagrimas em quanto dormia, mas descobri que você não chora em quanto dorme, isso me pegou desprevenido, mas já que acordou... – o necromante se aproximava e a cada passo que ele dava a fazia sentir medo, o medo do desconhecido. Não sentiu medo quando seu corpo e aparência mudaram, no fundo sabia o que estava acontecendo, mas aquela situação era diferente, não sabia o que esperar, principalmente quando um assassino se aproximava.

– Fique longe de mim! – gritou Alison com a voz rouca, se sentou no lugar onde estava, seria muito melhor para vê-lo, do que estar deitada, suas costas bateu em algo, ela estava encurralada.

– Nenhum esforço que fizer vai me impedir de ter o que eu quero – disse Maedhros agarrando seu pescoço, arfou surpresa – Eu quero três coisas nessa vida, e as três você é que vai me dar – por instinto tentava tirar a mão do seu pescoço, mas seus esforços era em vão, ele era muito mais forte.

– Acha mesmo que ti darei o que você quer? – disse Alison com um pouco de dificuldade

– Que disse que precisa ser por livre espontânea vontade? – rebateu Maedhros dando um sorriso, com uma de suas mãos livre pegou um frasco que tinha por debaixo de sua capa – Eu só preciso das suas lagrimas.

– Você realmente é maluco, o que minhas lagrimas podem lhe oferecer? – disse Alison, em quanto afastava seu rosto daquele frasco, mas era impossível.

– Não brinque comigo Chorona, você não vai gostar de me ver irritado – disse Maedhros apertando um pouco mais o pescoço de Alison, fazendo-a ficar sem ar – Existe tantas histórias sobre você. De como sua fúria é temida, que seu poder é imensurável.

– Uma coisa eu tenho certeza – disse Alison dando varias tosses no processo – Não é de mim que você esta falando, eu não sou uma pessoa tão incrível.

– Calada! Chorona dos olhos de prata – mandou o necromante. Sem mais precisar da menina jogou ela no chão e virou-se.

Alison começou uma crise de tosse, viu o necromante se afastando, ele segurava o frasco com suas lagrimas.

– A história mais conhecida sobre você, é sobre como suas lagrimas de lamentação podem ressuscitar os mortos.

Em poucos segundos um vento enorme passou por eles, ambos olharam para a mesma direção. Alison não acreditava no que os seus olhos viam, um enorme dragão branco os encarava.

– Eu estou sonhando – disse Alison paralisada – Isso é um dragão?

– Celestia – disse o necromante com ódio

– Quando soube da menina sabia que você iria atrás dela – disse o dragão branco – E onde eu o encontraria.

Não importava em que mundo estava,mas um dragão que fala,era surpreendente, e o que dava mais medo.

– Criança! – chamou o dragão Celestia – Corra, as coisas vão ficar quentes por aqui.

Não precisou pedir duas vezes, saindo da sua paralisia,Alison começou a correr mais rápido que suas pernas e seu corpo agüentavam,atravessou uma escadaria, seguindo para uma ponte. Por causa do vestido acabou caindo no chão. Mas graças ao seu tropeço, se livrou de algumas chamas.

– Ai meu Deus! – disse Alison olhando para as chamas que saiam da boca do dragão

Depois de alguns segundos o grande dragão branco sobrevôo pela fortaleza, dando algumas voltas,como se estivesse procurando por alguma coisa,ou alguém. Alison se levantou preparando para correr novamente, mas quando se levantou encarou enormes olhos violeta.

– Você não esta segura aqui – falou Celestia

– Não é como se eu não tivesse reparado – disse Alison, se arrependendo na mesma hora, confrontar um dragão não era a coisa mais inteligente para se fazer.

– Cuidado com suas palavras criança – avisou Celestia, fazendo Alison dar um passo para trás instintivamente – Você precisa sair daqui e ir para um lugar seguro.

– Eu não tenho para onde ir – disse Alison se lembrando que Thranduil podia estar morto

– Posso te levar ao um lugar seguro – disse Celestia

– Um dragão querendo me ajudar? – disse Alison cética

– Não sou qualquer dragão – disse Celestia

–Para onde você quer me levar? – perguntou Alison

– Para Etherion.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado. Gostaria de dar os créditos a Pandora Cipriano e agradecer por me emprestar sua personagem Celestia e o reino de Etherion.



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