Mesmo depois de chegarem em segurança no castelo o rei não teve tempo para falar com a jovem menina,a guerra lhe custou muitos dos seus melhores guerreiros e sua chefe da guarda,mas em compensação Gandalf estava com ela.

Alison estava entrando em desespero, o Thranduil tinha a hospedado em um quarto agradável. Mesmo tendo uma cama agradável com desenhos élficos na madeira, tendo uma vista linda, tendo vários vestidos élficos lindos para vestir, nada mudava o fato que não parava de chorar. Nos primeiros dias achou normal, varias lembranças dolorosas invadiram sua mente, vários pensamentos triste, como não saber se um dia podia voltar para o seu mundo e se estaria presa naquele mundo.

Escutou uma batida na porta, tinha mandado uma serva que encontrou perto do seu quarto mandar chamar o mago Gandalf, junto com uma nova jarra de água.

– Se for o Gandalf, pode entrar – disse Alison pegando mas um copo de água e tomando,esta sentada em sua penteadeira,olhava seu reflexo no espelho a sua frente,mesmo tendo mudado não podia reclamar da beleza adquirida.

– Sou eu mesmo srtª – disse o mago entrando no quarto.

– Gandalf, preciso de ajuda! – disse a menina nervosa, olhando para o mago. Seu rosto estava coberto de lagrimas.

– Por que esta chorando minha jovem? – perguntou Gandalf preocupado

– O pobrezinho do Finhal morreu e ninguém chorou por ele, tadinho – lamentou-se chorando ainda mais.

Gandalf ficou consolando a jovem por alguns minutos.

– Quem era Finhal? – perguntou Gandalf quando Alison estava um pouco mais calma, mas continuava chorando

– Finhal foi um lobo, morreu jovem, coitado, era o mais novo da matilha, foi abandonado pela própria família – respondeu Alison chorando. Gandalf não sabia como lidar com aquela situação. – Mas não foi por isso que eu pedi para o chamarem – disse Alison saindo do abraço que se enfiou. – Eu não consigo parar de chorar, e sempre vêm lembranças de seres que já morreram, aí é que eu choro mesmo.

– Isso é estranho e muito curioso – comentou Gandalf

– Eu não consigo parar de chorar Gandalf! Eu estou desesperada, me faz parar de chorar! – gritou desesperada, agarrando as vestes do mago.

– Eu tenho um conhecido que me deve um favor, ele conhece alguém que talvez lhe possa ajudar – disse o mago tentando acalmar a jovem Alison.

***

Alison tinha acabado de tomar um banho, era um dos momentos mais relaxantes que tinha,quando suas lagrimas se misturavam com a água,finalmente tinha paz, mas não podia ficar pra sempre naquela banheira, até porque precisava respirar.

Saiu da banheira e se secou, colocou uma roupa bem fina, uma espécie de camisola que as mulheres usavam antes de colocarem uma roupa mais pesada. Saiu do banheiro dando de cara com as suas duas novas criadas, Erllin uma elfa carismática e simpática e Nolwen, ela era uma elfa quieta e muito seria.

– Iremos ajudá-la a se vestir, o Rei Thranduil enviou um vestido para a srtª usar – disse Nolwen com sua expressão seria.

Thranduil estava cumprido o acordo muito bem, ele tinha dado vários vestidos e pelo que conseguiu descobrir, conversava horas a fim com Gandalf, mas eles não chegariam a lugar nenhum se não soubessem a verdade, gostando ou não precisava falar com Gandalf, ele precisa ter as devidas informações sobre si.

Quando estava vestida, Erllin fez seu cabelo, fazendo uma trança simples, deixando o resto do seu cabelo solto. Seu vestido era um azul bem claro com detalhes prateados. Alison saiu do seu quarto depois de beber duas taças de água, tinha que se manter hidratada, perdia muita água por causa das lagrimas,ultima coisa que queria era morrer por desidratação.

Alison pediu para Erllin descobrir onde estava o mago em quanto era guiada para o jardim do lado de fora do palácio. O jardim tinha certa distância do palácio, nenhum elfo ouviria a conversa que teria com Gandalf. Sentou-se em um banco que tinha por ali e ficou esperando o mago,um tempo depois ele chegou,dispensou suas servas e pediu o mago para se sentar e se levantou.

– Gandalf – disse a jovem menina se distanciando um pouco do mago – Tem coisas que eu ainda não lhe disse, não sei se será oportuno contar ao Thranduil.

Alison começou a explicar de onde ela vinha e como ela os conhecia, o mago no começo achava que era uma brincadeira da garota, mas seu tom serio o convenceu que ela dizia a verdade, por mais absurdo que ela fosse. Até disse coisas que seriam impossíveis sem que a pessoa pudesse estar lá para saber.

– Queria saber se existe alguma forma de eu voltar para o meu mundo – disse a jovem olhando meio temerosa para o mago, que a olhava espantado.

– Eu não sei – disse o mago por fim.

Alison ficou de costas para o mago e dessa vez chorou por si mesma e não para aqueles que viam em suas visões.

***

Estavam todos jantando junto com o rei, o jantar estava silencioso, dava para ouvir o barulho dos talheres. Thranduil olhava de vez em quando para sua convidada, a maioria das vezes que a olhou ela limpava suas lagrimas com um lenço.

– Por que você chora tanto? – perguntou o rei intrigado, para Alison.

– Por que os mortos querem que você chore por eles – respondeu Alison um pouco irritada pela pergunta. Thranduil a olhou surpreso, nem a garota podia explicar por que tinha dito aquilo.

O jantar ficou com um clima tenso.

– Se me derem licença – disse Alison saindo do salão, acompanhada pelas suas servas.

Alison pediu ajuda das suas servas para retirar o vestido de seu corpo e vestiu uma camisola simples, como sempre bebeu uma taça de água antes de se deitar. Antes de pegar no sono pensou em sua conversar com Gandalf, será que tinha alguma forma de voltar para sua casa? Mas valeria apena voltar? Não tinha largado muita coisa quando foi trazida para Terra-Média, mas então porque chorou quando soube da resposta do mago? Tinha muitas perguntas e nenhuma resposta. Mas se não podia voltar ao seu mundo, será que poderia pelo menos parar de agir feito uma chorona?