Correndo no meio da batalha se encontrava Alison, com suas pernas pequenas corria a todo vapor, carregando a espada que o Thranduil tinha lhe dado.

– Ta, mas como eu vou chegar lá? – perguntou Alison, sem se importar com a tarefa impossível – Vai que um orc apareça e tente me matar.

Thranduil olhou para os lados, olhou para o chão e encontrou uma espada élfica caída.

– Corta a cabeça dele com isso – disse entregando a espada que tinha pegado do chão

– Ta neh..

Agora corria em direção ao castelo, rezando para todos os deuses da guerra, pedindo para que nenhum orc tentasse matá-la. Quando chegou ao castelo dos anões, lembrou que não sabia onde ficava a sala dos tesouros.

– Droga, os filmes não explicam o caminho, vamos na sorte mesmo – o problema é que ela não tinha muita sorte e deu de cara com um grupo de orc’s. – Credo! Um mais feio que o outro.

Os orc’s olharam para espada élfica de Alison e correram até a menina, empunhando suas, armas, a mesma não sabia o que fazer. Um orc já era difícil, cinco era impossível. Agarrou sua espada em frente ao corpo, tremendo dos pés a cabeça, o que aconteceu em seguida deixou Alison de boca aberta. A lamina da espada élfica que empunhava ficou azul-gelo e dela saiu cinco estacas de cristal, que voaram direto para a cabeça dos orc’s, criando um buraco em suas cabeças, os matando instantaneamente.

– Ham? Mas que bruxaria é essa? – disse Alison completamente abismada.

Mas como sua sorte não era uma das melhores resolveu deixar isso de lado, por mas estranho e surpreendente que fosse . Correu com cuidado para não atrair atenção indesejada, desceu vários lances de escadas, atravessou diversos corredores até que finalmente achou a sala dos tesouros.

– Mas escadas, ninguém merece – disse Alison parando para descansar. Estava ofegante de tanto andar e correr, suas pernas imploravam por descanso. – Vamos você já esta bem perto Alison – disse Alison a si mesma, forçando suas pernas a descer as longas escadas.

Não sabia quanto tempo já tinha passado procurando as malditas gemas brancas, mas quando achou, nunca tinha sentido um alivio tão grande. Mas agora tinha outra preocupação em mente, como levaria aquelas pedrinhas para o Rei da floresta das trevas? Observou as pedras, elas pareciam pequenos cristais, sua cor era pura, no meio de todas aquelas pedras estava um lindo colar,o pegou,tomando cuidado, ele era lindo, feito com a gemas brancas e um outro tipo de material,ficou deslumbrada.

Uma imagem invadiu sua mente, estava de frente para um espelho, não conhecia o reflexo que mostrava a sua frente, mas era de uma pessoa que deveria ter uns vinte anos, essa pessoa parecia admirar algo no seu pescoço, era o mesmo colar que estava em sua mão. Da mesma forma que veio, a visão que teve foi embora. Aquele colar tinha algum tipo de ligação com ela e com a visão que teve.

– Thranduil terá pedrinhas demais, acho que posso ficar com esse colar – disse colocando o colar de baixo da saia do vestido – Lugarzinho inconveniente.. – reclamou.

Depois de dar uma olhada básica, finalmente achou algo que pudesse colocar as gemas brancas. Já estava nas escadas quando resolveu dar uma ultima olhada no monte de ouro daquela sala.

– Se esse ouro não fosse amaldiçoado e eu tivesse uma bolsa, até pegaria um pouquinho – disse Alison suspirando.

***

Suas pernas estavam doendo de tanto andar, nem sabia onde estava, depois de tantas subidas e corredores, achou que nunca mas conseguiria ver a luz do sol novamente,até que começou ouvir passos,mas não sabia se era bom ou ruim,até avistar seu elfo favorito,andando em sua direção.

– Thranduil! – gritou Alison feliz, estava tão emocionada em vê-lo que começou a chorar em quanto corria em sua direção. Mas suas pernas estavam cansadas demais, o que fez cair de cara no chão, mas pouco se importou – Finalmente vi um rosto familiar! – disse encarando o Rei, que a olhava com uma sobrancelha levantada.

– Estava perdida? – perguntou Thranduil

– O que você acha? – disse irritada – Eu nunca entrei em um castelo antes, é obvio que eu me perderia, esse lugar é gigantesco! – disse se sentando no chão – De qualquer forma consegui o que queria, agora vai me ajudar? – perguntou

Os olhos do rei brilharam quando ouviu a ultima frase da menina, não esperava que ela tivesse conseguido, como não espera que a mesma tivesse viva depois de atravessar os exércitos..

– Onde esta? – perguntou Thranduil andando até a menina sentada no chão.

– Antes, prometa por tudo que é mas sagrado que manterá a sua palavra de me ajudar – disse Alison encarando o rei élfico.

A mente de Thranduil não raciocinava mas,ele só pensava nas gemas brancas,faria tudo para tê-las.

– Por tudo que é mas sagrado eu juro – disse Thranduil – Agora me dê elas! – disse estendendo sua mão.

Alison olhou para expressão do rei, ele estava fissurado demais naquelas pedras, nem parecia pensar talvez ela pudesse tirar aproveito da situação.

– Vou precisar de toda a ajuda, não só do seu conhecimento, como de abrigo também – disse Alison.

– Como quiser – disse o rei sem pensar duas vezes

– Ótimo aqui esta! – disse estendendo seu braço, que segurava uma pequena bolsinha de couro, onde colocou as gemas brancas.

Thranduil a pegou e viu as gemas brancas que tanto queria, não poderia imaginar que uma reles humana poderia tê-las achado, principalmente lhe entregado. Talvez por ser uma criança não tinha a ganância? Mas agora pouco importava, ele tinha em suas mãos o que sempre quis.

Desviou seus olhos para a menina na sua frente, a mesma ainda chorava, mas não se importou no momento.

– Onde esta a espada que lhe entreguei? – perguntou

– Deixei em uns corredores lá trás, ela era pesada demais – respondeu Alison secando suas lagrimas.

– Você perdeu uma espada élfica! – disse o rei irritando-se – Fique aqui, eu vou pega-la – disse passando por ela.

– Ei! Espere não me deixe aqui sozinha! – disse entrando em desespero

– Eu voltarei não se preocupe – disse Thranduil.

Alison não podia fazer nada, estava cansada e com as pernas doloridas, só ficou ali no corredor, esperando o Thranduil voltar.