Como um telefone sem fio escrita por nywphadora, nywphadora
Deixe-me lhe dar um conselho: nunca aceite ir à uma festa do pijama se Marlene McKinnon estiver nela. Não importa o que você diga ou faça, sempre terminará de um jeito:
― Verdade ou consequência? ― perguntou Marlene quando a garrafa parou de girar e a boca apontou na direção de Alice.
É realmente difícil você escolher quando Marlene é a sua desafiante. As verdades são constrangedoras e as consequências devastadoras.
― Consequência ― decidiu.
Lily lançou um olhar de advertência para Marlene.
― Eu te desafio a... Colocar quantos Pepper Imps conseguir na boca e não cuspir por 5 segundos.
“Poderia ter sido pior” pensei.
Marlene levantou-se e foi pegar o saquinho do doce no baú. Ela provavelmente guardava para ocasiões especiais ou tinha um gosto muito estranho.
― Um... ― começou a contar Marlene com um sorriso malicioso no rosto ― Dois...
― Conta direito, Lene! ― bronqueou Lily.
― Pode cuspir, Alice ― eu disse.
Ela se levantou e foi para o banheiro para cuspir e tirar a ardência da boca.
― Quem gira a garrafa? ― perguntou Marlene, animada.
Suspirei e me aproximei do círculo, dando um peteleco na boca da garrafa. Alice sentou-se de novo na roda na hora em que a garrafa parou indicando a Lily e a mim.
― Verdade ou consequência? ― perguntou Lily.
― Verdade ― respondi.
― De quem você gosta?
E eu quem pensava que Lily era a mais leve de todas.
Essa poderia ser considerada uma pergunta comum para qualquer outra garota, mas o meu caso era completamente diferente. Eu não podia contar para elas.
Eu era apaixonada por um Slytherin, sendo uma Gryffindor. Quando me formasse, entraria para a Order of the Phoenix enquanto ele iria se tornar um Death Eater. Apesar de Lily ter tido um melhor amigo Slytherin, ela acabou com a amizade no momento em que soube o caminho que ele havia tomado. E era exatamente assim que eu deveria agir.
― Admita: você gosta do Remus ― disse Marlene, impaciente.
― O que? ― perguntei, incrédula.
― Quantos colegas de classe temos com nome que começa com a letra R? ― retrucou Marlene.
― R? ― repeti.
― R&D. Vi escrito na contra capa do seu caderno ― confessou Marlene.
― Ei! Você não tinha o direito! ― protestei.
Mas a minha sorte era que ela havia interpretado tudo errado e como uma digna McKinnon jamais admitiria estar errada a menos que mostremos provas disso. E eu não pretendia desmenti-la.
Gostar de Remus, aos olhos das minhas amigas, era bem melhor do que gostar de alguém como Regulus Black.
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