Um anjo e um Winchester escrita por Spring001


Capítulo 2
Capítulo 2 - Começando um caso em dupla


Notas iniciais do capítulo

Esperando que estejam curtindo uma história diferente ^_^



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KATIE

Depois que contei ao homem que encontrei quem eu era e do que precisava, ele pediu que eu explicasse detalhadamente tudo o que tinha acontecido comigo, pelo menos o que eu me lembrava, isso fez com que eu pegasse apenas alguns borrões dos fatos que eu tinha vivenciado antes de acordar. Lembrava de uma discussão com um senhor de barba longa e com uma marca no braço, mais uma vez discutia um outro rapaz, de pele negra, que se não me engano, chamava-se Uriel e de bom apenas recordava de um homem de olhos azuis e cabelos bem escuros me ajudando a fugir de uma situação de perigo. Depois de algum tempo andando em algum lugar com muitos prédios e enfurnei na mata e apareci na estrada, estava cansada e dolorida, esperava o carro que vinha na minha direção me atropelar, mas ele parou, vi uma sombra vindo em minha direção e depois apaguei.

– Então, você não tem ideia do que faz aqui, mas ainda assim está me pedindo ajuda? - Falou o homem que estava sentado na minha frente.

Parei de falar um pouco e o analisei, era um homem de aproximadamente quarenta anos, tinha os olhos de uma cor esverdeada, mas ao mesmo tempo acastanhada ou algo assim, a expressão era bem triste, tinha cara de bêbado e visando as garrafas de cerveja atrás dele, provavelmente era. A barba parecia não ser feita há dias e o maxilar era bem rijo, demonstrando preocupação.

– Sim - Respondi depois de algum tempo - Preciso de ajuda.

Ele arqueou as sobrancelhas, curioso.

– E por que acha que eu posso te ajudar? - Perguntou.

– Não acho que possa, mas quem sabe, talvez consiga e se não conseguir talvez conheça alguém que sim.

Ele semicerrou os olhos e os manteve fixos em mim, não me assustavam por conta da expressão propriamente dita, mas por conta da falta de brilho neles. Levantei e foi para uma pequena cozinha que tinha no quarto, senti os olhos do homem fitando e observando-me a cada movimento. Enquanto ia para a cozinha observei que tinha vários equipamentos que já vira anteriormente, um já até ultrapassara minha barriga.

– Caçador? - perguntei descontraída.

– Sou - Ele respondeu curto e grosso.

– Por isso está tão incomodado com minha presença...- conclui - Se quer que eu o diga, pode se tranquilizar, não sou uma criatura sobrenatural perigosa que queira matá-lo...pelo menos eu acho.

Olhei de relance para ele e percebi que se arrepiou um pouco com o que eu disse, não me incomodei e esperei que dissesse algo, peguei um pouco de água do filtro na pia e retornei lentamente para minha cadeira.

***

JOHN WINCHESTER

– Como assim, você acha? - Perguntei a Katie.

– Eu não me lembro exatamente quem eu sou - Ela respondeu distraída com o meu diário que fora parar, de algum modo em suas mãos.

– Eu sei que não é um ser sobrenatural, não teve reação alguma aos meus testes - Me estiquei e peguei o diário - Talvez eu conheça alguém que possa ajudá-la, mas não posso te levar lá agora, estou no meio de um caso.

Ela não demonstrou qualquer reação, ficou um pouco pensativa e deu de ombros dizendo:

– Talvez eu possa te ajudar.

Ignorei um pouco a questão e para não ser o humano mais mal-educado da terra dei-lhe mais uma resposta curta.

– Trabalho sozinho - Ela se levantou e foi até a mesa onde o caso estava aberto, pude notar que ela sabia de tudo o que aquilo se tratava, olhava atentamente cada pedaço, decidi não interferir para ver até onde ela entendia do assunto, a única coisa que ainda não havia no relatório, era o nome do ser envolvido no caso, isso ele descobrira na noite anterior.

– Túmulos detonados, ataques que aconteceram exatamente na mesma época há um ano, uma pessoa presa por invadir o cemitério e depois de sair da cadeira, foi encontrada morta...- Ela lia e falava o que estava escrito, não parecia surpresa - Um Ghoul?

– Como? - Eu disse extremamente surpreso.

– Como o que? - Ela perguntou.

– Como você sabe que é um Ghoul?

– O que mais poderia ser? - Ela disse pegando algo de dentro da pasta do caso - Os corpos dos cemitérios estão dilacerados e com pedaços faltando, uma pessoa foi encontrada morta logo após ser presa, que tipo de bicho além do Ghoul come carne de cadáver?

– Você é caçadora? - Pergunto cada vez mais surpreso.

– Não sei! - Ela diz elevando um pouco a voz, mostrando uma alteração nos sentimentos pela primeira vez - Eu não me lembro de quem sou, só lembro do meu nome porque escutei alguém me chamar antes de ver você na estrada.

Respirei profundamente e me levantei indo até próximo da garota, ela parecia preocupada e cansada, levaria um tempo para me acostumar em ter alguém por perto, mas ela estava muito desamparada para larga-la em alguma rodoviária, não tinha falado sobre os pais ou qualquer pessoa da família, não parecia ter uma, na verdade, não parecia constrangida ou extrovertida. Ela mantinha uma expressão de seriedade incomum em alguém da idade dela - por volta dos 20 anos.

– Como você chama? - Ela disse do nada.

– John - respondi meio que por impulso e decidi aceitar sua proposta - Katie, façamos assim, eu deixo você me ajudar nesse caso, pois vejo que entende do assunto, isso significa que vamos terminar mais rápido, assim eu posso ajudar você, te levando para a pessoa de quem falei e depois volto para minha família mais cedo.

Ela esperou um pouco para responder, pareceu analisar a situação calmamente e ficou pensando um pouco.

– Ok - ela disse - Mas, antes de começarmos o caso, tem como eu tomar banho e me arrumar?

Observei ela um pouco, a roupa que usava estava suja e rasgada, mesmo a pela estava com alguns cortes e manchas de lama e sangue que não pareciam vir dela. Assenti e ela foi andando para o banheiro, pegai um moletom do Dean que estava na minha mochila por coincidência e a menor camiseta minha que eu pude achar e deixei na porta do banheiro, parei e me sentei, voltando a analisar todos os dados do caso e até procurando um pouco sobre criaturas que não tinham sensibilidade aos meus testes. Algo simplesmente me dizia que Katie não era humana, mas também não era perigosa. "O que é essa garota?" eu pensei enquanto ouvia a água do chuveiro cair.


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