Hey Sister escrita por KaonSama


Capítulo 1
Minha pequena irmã


Notas iniciais do capítulo

Lembrando que essa é uma One alternativa e não altera nada na história principal!

Eu indico que escutem >>>>Avicii - Hey Brother



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Escondeu a pequena atrás de algumas latas de lixo e então voltou a correr, a neve queimava em seus pés descalços mas não podia parar. Corria nas ruas movimentadas empurrando as pessoas que atrapalhavam seu caminho, entrou em outro beco os latido dos cães ficavam ainda mais alto. Sua respiração era ofegante assim como as das feras que rosnavam desesperadas para capturar sua presa, ela atravessou a rua de forma imprudente. No momento seguinte pode se ouvir a buzina do caminhão depois o som do mesmo tombando desgovernado por causa da neve. Zero olhou para trás, havia escapado por muito pouco mas aquela era sua chance para despistar seus perseguidores.

Três dias depois.

A pequena tremia ainda escondida atrás das latas de lixo, a dois dias atrás alguns mendigos passaram por la e a chamaram pra ir ao abrigo mas a garotinha de cabelos rosas se negou até o fim. Não iria sair dali até que sua irmã volta se, então os mendigos com pena da garota lhe deram um pouco de comida e cobertores. Vi se mantinha aquecida nos três panos que usava como coberto quando ouviu alguns passos, ela se encolheu ainda mais, os passos pararam em frente as latas de lixo. Ela espiou por uma fresta no coberto então abriu um imenso sorriso.

–Mana! - Ela correu para abraçar a irmã mais velha.

–Eu disse que voltava para te buscar - A garota de cabelos brancos apertou a pequena.

–Esta doendo? - A pequena olhou para os pés feridos da outra que pareciam ter sido queimados pelo neve.

–Isso? Ha, é apenas uma dorzinha de injeção. Precisa de muito mais pra me parar - Zero falou estufando o peito - Vamos embora daqui.

Ela colocou a outra nas costas e começou a andar, o coberto aparava o frio que poderia ser fatal para as duas naquele inverno, encontraram um velho deposito abandonado no subúrbio da grande Cidade do Progresso onde conseguiram se instalar. Para sobreviver reviravam latas de lixo procurando restos, mas isso não era o suficiente para uma criança de seis anos. Vi acabou ficando doente.

Zero observava a pequena encolhida tossindo descontroladamente, colocou a mão sobre sua testa ela estava queimando de febre. Não podia ver sua irmã definhar assim sem fazer nada, vestiu um sapato que encontrara em uma das latas de lixo e então saiu. Caminhava entre as milhares de pessoas que estavam na rua, apesar de estar um frio de matar muitos estavam nas ruas para comprar os presentes de natal. Durante alguns dias Zero tentou mendigar algumas moedas mas para a sociedade ela era invisível, conforme os dias se passavam o estado da sua irmã piorava ainda mais. Tinha que tomar uma medida mais drástica, ficou na espreita de uma distraída senhora que falava no telefone, caminhou até ficar a uma distancia considerável da sua vitima. Então num movimento rápido puxou a bolsa da mulher então saiu correndo, sua vitima gritava desesperada.

Conseguiu uma boa quantia de dinheiro naquele roubo o suficiente para comprar os remédios de sua irmã e alguma comida. Sua irmã melhorou com o decorrer dos dias. Vi aguardava a outra ansiosa já que era natal o primeiro fora daquela prisão, Zero tinha saído bem cedo naquele dia sem dizer aonde ia, na realidade sua irmã estava trazendo algumas coisas gostosas nos últimos dias. Havia anoitecido quando Zero voltou, os olhos da pequena brilharam quando ela viu algo na mão da sua irmã.

–O que é isso? - Vi correu até ela e tentou ver o embrulho - O que é? Deixa eu ver!

–Feliz natal Vi - Zero entregou o embrulho simples para a irmã que abriu eufórica o presente.

Vi ficou seria por um momento, tirou o cachecol vermelho e então encarou sua irmã de forma frustrada, Zero sorriu.

–Não me olhe assim, esse não é um simples cachecol.

–Não é?

–Claro que não, este é o cachecol da coragem. Sempre que você o usar será capaz de fazer qual quer coisa.

–Verdade? - Vi perguntou empolgada seus olhos infantis voltaram a brilhar.

–Sim.

–Eu te amo mana! - As duas se abraçaram.

O inverno passou assim como os anos seguintes, Zero fazia pequenos furtos para manter ela e a irmã e logo Vi também queria entrar no ramo; a mais velha lhe ensinou tudo que sabia, foram apanhadas algumas vezes pelo velho xerife mas sempre escapavam. E os anos avançaram mais ainda, agira Vi completava seus 21 anos e Zero 25. As duas já não praticavam mais pequenos furtos e sim grande assaltos a banco, eram o terror procuradas por toda Runeterra.

Na ocasião estavam bebendo em um bar qual quer, um ninho de ratos. Vi virou mais um dose de tequila, sorriu e olhou para a irmã que bebericava um cerveja já algum tempo o sorriso da punk se desfez.

–O que é? - Vi perguntou - Já esta passando mal?

–Estava aqui pensando, acho que já esta na hora de parar. Chega uma hora que as coisas perdem o sentido.

–Você esta louca? Bebeu demais? - Vi segurou a irmã pela jaqueta fazendo a encarar. Mesmo que fosse forte sua irmã sempre fora melhor.

–Foi muito divertido todos esses anos, mas tem algo me dizendo que esta na hora de parar.

–Por que? Sabe que não posso fazer isso sem você!

–Você é mais que capaz de se virar sozinha Vi, não é mais uma criança. Estou com persentimento ruim.

–Ta nós paramos mas antes vamos fazer um ultimo, tudo bem?

–Onde sugere? - Zero encarou a irmã sorrindo.

–O banco central de Piltover.

Pode ser ouvido por todo centro da cidade o som de explosões e sirenes tocando freneticamente, a dupla cortava entre os carros com sacos de dinheiro que voavam na avenida movimentada. Zero empinou a moto o movimento foi repetido por Vi que zombava das viaturas que a perseguiam, não faziam aquilo pelo dinheiro e sim pela adrenalina a despedida tinha de ser com estilo. Os policiais atiravam ignorando a segurança dos civis pegar aquela dupla era mais que prioridade, algumas viaturas fizeram um bloqueio e as duas foram obrigadas a se separar. Vi cortou entre os carros avançando por um beco que dava acesso a outra rua, costurava um pequeno labirinto até se desfazer das viaturas que a perseguia. O barulho do potente motor da moto roncou e então ela partiu para o ponto que tinha marcado com a irmã, quando chegou a mais velha já esperava. Ela sorriu e então partiram.

Estavam saindo da cidade pois ficar em Piltover seria sentenciar se a prisão no momento, pilotavam agora com mais calma na rota 33 que foi especialmente escolhida para a fuga pois a mesma dava um fácil acesso a saída da cidade e também era pouco usada já que seguia em direção a Zaun. Zero acelerou passado rapidamente por Vi.

–Isso não vai ficar assim! - Vi acelerou, agora as duas apostavam um racha cabeça a cabeça.

A delinquente forçava ao máximo o motor de sua moto, logo conseguiu passar a irmã que ficou para trás. Com o peito estufado pela vitória diminuía a velocidade e deixou que a perdedora a alcança se, Vi tirou o capacete e então gritou para a irmã.

–Isso vai lhe custar uma cerveja!

Zero também tirou o capacete e o jogou deixando que rola se na estrada ficando para trás.

–É você finalmente me passou - A mulher de cabelos brancos sorriu, então caiu da moto desmaiada.

–ZERO! - Vi freio jogou a moto na pista e correu até sua irmã, chegou e se abaixou no corpo da sua irmã - FALA COMIGO PORRA!

–Você ganhou - Zero falou com dificuldade.

Vi então percebeu um molhado na jaqueta da irmã, imediatamente a abriu e pode consta que a camiseta branca agora estava vermelha, levantou a blusa dela e então viu as três marcas de bala.

–SUA IDIOTA! POR QUE NÃO ME AVISOU? - Ela gritou com a irmã.

–Eu... estou bem, que fuga em - Zero riu, sangue escorreu por sua boca.

–MERDA ZERO, AGUENTA FIRME VOU TE LEVAR NO HOSPITAL!

–Xiiii, é hemorragia geral. Mesmo que você me levasse não ia da tempo, além do mais estamos muito longe de Zaun ou Piltover.

–Por que não me disse nada? Poderia te salvar! - A punk falou entre lagrimas.

–É que você parecia tão feliz igual no dia que ganhou o cachecol da coragem, vamos lá você ainda tem ele.

–É claro que tenho.

–Bom então será capaz de aguentar qual quer coisa!

–Idiota - Os soluços da punk agora eram mais violentos.

O anoitecer caiu e as estrelas brilhavam fortes no céu sem luar, as duas continuavam em silencio olhando para a noite estrelada.

–Ei Vi - Zero chamou num sussurro.

–O que?

–Lembra daquela calcinha roxa que te dei de aniversário ano passado?

–Aquele presente inútil? Claro - Vi falou num tom brincalhão.

–Eu roubei da casa da xerife.

–Serio?!

–Sim - Zero sorriu - Invadi a casa dela e peguei, haha estava cheia de lingeries sexys quem diria em. Não esperava isso da "certinha" xerife.

–Hahaha, você é demais mana - Vi voltou a chorar.

–Vi.

–Oi?

–Posso descansar agora?

–Pode. . . .

–Obrigado - Zero sorriu e então fechou os olhos.


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