Já fazia uns 2 anos que eu e Hermione havíamos nos acertados e nos casado. Estava sentado no meu escritório vendo as nossas fotos de casamento e pensando sei em tudo que aconteceu com a gente desde que nos vimos pela primeira vez, às brigas, implicâncias e caminhos diferentes. Mas o destino é irônico, pois estamos juntos hoje e estava feliz com a vida que tinha.

– Draco, Draco, cadê você? – Hermione vinha gritando pela casa toda.

– Estou aqui no escritório. – gritei em resposta.

– Tenho uma notícia para te dar! – ela segurava uma caixinha de presente – Abra. – disse me entregando.

Meus olhos brilharam ao abri-la e não tive reação. A felicidade que nunca achei existir, se aflorou em meu corpo, dentro da caixinha havia um par de sapatinhos de crochê.

– Eu vou ser pai?! – Hermione assentiu e eu a abracei de tanta felicidade. – EU VOU SER PAI! – gritei para que todos pudessem ouvir.

Fiquei imaginando como aquela criança seria. Será que iria ter os meus cabelos loiros e os olhos castanhos de Hermione, ou os cabelos castanhos e enrolados dela com os olhos acinzentados iguais aos meus.

***

– Draco, Draco?! – acordei assustado, eram 3 horas da manhã – Está doendo muito, faz isso parar, por favor?!– ela gemia e chorava de dor.

– Calma Mi, vamos para o hospital.

Fomos ao St. Mungus e mesmo eu trabalhando lá, eles não me deixaram entrar junto com ela. Fiquei preocupado com eles, ela estava de 5 meses e segundo os médicos era uma gravides de risco.

Enquanto ela estava na sala, avisei os Granger, os Potter, os Weasley, minha mãe e o Blás. O Potter e a Gina foram os primeiros a chegar e vieram me acalmar.

– Calma Malfoy, vai dar tudo certo. – nada do que eles diziam iria me acalmar. Minha mulher e meu filho estavam correndo perigo de vida e eles querem que eu fique calmo?!

A essa altura todos os informados já estavam na sala de espera junto comigo e a Sra. Weasley veio me dar um abraço forte assim que chegou, minha mãe estava ao lado da Sra. Granger. Eu andava de um lado para o outro, a única coisa que queria era ver a Hermione e meu filho e ter certeza que os dois estavam bem.

Depois de horas de espera, o que pra mim pareceu quase uma década, um médico veio falar comigo. Sua expressão era vazia e sua cabeça balançava negativamente. Meus sentidos pararam e não consegui escutar mais nada ao meu redor. Blás e o Potter vendo minha situação vieram em nossa direção para saber o que o médico tinha a dizer.

– Draco, irmão? – Blás falou me tirando do transe – ela não quer ver ninguém, além de você, ela precisa de você. – segui o médico até a sala onde a Mi estava.

Seus olhos estavam vermelhos, meu coração paralisou, lagrimas escorriam de seus olhos, subia um calafrio em meu corpo. Nossos olhos se encontraram e uma sensação horrível percorreu o meu corpo.

– Draco, o nosso bebê... ele se foi! – seu choro era agoniante, não conseguia vê-la sofrendo.

Cheguei perto dela, a abracei, meu rosto começou a ficar molhado, lágrimas grossas escorriam por ele, uma dor horrível, uma agonia que em tempos de vida nunca havia sentido algo parecido. Coloquei automaticamente minha mão em sua barriga e aquela dor só aumentava, consolamos um ao outro com o nosso silencio e dor.

– Estou aqui com você, Merlim precisava dele em algum lugar! – disse tentando consolá-la, eu mesmo queria acreditar nisso – eu estou aqui. – repeti.