Fire In Love escrita por Mel AFES3S


Capítulo 1
O Primeiro Encontro


Notas iniciais do capítulo

Leiam tudo, amo vocês. sz



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POV Adam

Aquele parecia um dia normal; parecia mais um dos dias em que eu teria que aguentar os amigos ricos dos meus pais me fazendo perguntas idiotas, como quando eu iria arrumar uma namorada.

Se eles não sabem, gays não namoram meninas. Tudo bem, eles não estão cientes da minha opção sexual, e sei que não levariam numa boa se soubessem. É por esse e outros motivos que escondo tal fato.

Mamãe é uma atriz famosa de Hollywood, e papai é um produtor de longas-metragens também famoso. O resultado de tudo isso? Todos sabem da nossa vida. Se eu revelasse o meu segredo, nunca iriam parar de falar.

— Adam, vem tomar o café da manhã!

Assim que acordo, ouço mamãe gritar lá de baixo. Jogando as cobertas para o lado, me ponho de pé, e logo visto algumas roupas que estavam em cima da escrivaninha.

Vocês devem estar se perguntando: Roupas na escrivaninha? Nem liguem, meu quarto é uma bagunça. Olhando ao redor, sorrio ao perceber que as portas do guarda-roupa estão abertas, e de lá todos os tipos de coisas saltam para fora.

Ignorando tudo, abro as portas para o corredor. Minha casa é enorme e, além do meu quarto e o dos meus pais, há também vários de visita. A minha casa, ao contrário do meu próprio espaço pessoal, é bem arrumada. Obviamente, já que mamãe morreria se qualquer coisa ficasse fora do lugar.

— Bom dia, Adam. — Diz meu pai, para minha surpresa. O meu pai, Tony, nunca gostou muito de mim; ele sempre preferiu minha irmã. Porém ela foi pra Inglaterra, e só sobrou eu de filho.

— E aí, pai.

Sem me sentar na mesa, pego uma maçã, e rapidamente estou comendo. Nunca fui de comer muito, e por isso é raro os dias em que me sento com meus pais.

Olhando pela janela, vejo que o dia está bonito, ensolarado, e rapidamente me decido.

— Acho que vou pro clube hoje, o dia está bonito.

— É claro que não vai! — Diz minha mãe.

Antes que eu pudesse contestar, meu pai acena para nós, e logo percebo que o discurso está por vir. Sempre que ele faz gestos indicando sua fala, sabemos que devemos sentar para ouvir.

— Hoje alguns de meus amigos e de Jenny vão vir para cá, e queremos que você esteja para recebê-los. — Começa ele. — Sabe que precisamos de você, Adam. Não podemos receber tantas pessoas em nossa casa sozinhos.

Sério? Eles tinham que marcar de receber visitas logo quando o dia estava tão bonito? Droga.

— Tudo bem, eu fico. — Resmungo.

Sem esperar uma resposta, subo para o meu quarto. Assim que entro, tranco a porta, e meu celular começa a tocar no mesmo instante.

— Alô? — Atendo, sem nem antes olhar para a tela.

— Adam, achei que iria te acordar! — Diz uma voz do outro lado da linha, que reconheço ser de Jake, meu melhor amigo. — E aí, cara? Vai vir no clube hoje?

— Eu ia, mas meus pais vão receber visitas e tenho que ficar.

— É uma pena. Te vejo mais tarde, então.

Desligando, a chateação me domina. Eu já deveria estar acostumado com isso, mas mais uma vez eles nem ligam para a minha falta. Várias vezes eu fico preso em casa, e meus amigos sequer insistem na minha presença.

Talvez eles não fossem amigos de verdade.

***

Os amigos dos meus pais começam a chegar, e eu me encontro desconfortável em um sofá na sala. O meu jeans e meu moletom parecem inapropriados para essa situação, mas eu não ligo.

Sorrindo, cumprimento todos que passam por mim. Não vejo a hora de poder sair, mas sei que, se não for gentil com as pessoas, ficarei preso aqui pela eternidade.

A casa já está cheia, e eu observo com surpresa que meninos bonitos entram a toda hora. Resolvo prestar mais atenção, e esse é meu erro.

Em alguma hora errônea decido ir ao banheiro, e lá não tem ninguém. Abro a porta e entro, logo abrindo o zíper de minha calça.

De repente ouço alguém entrando, e faço o máximo que posso para me vestir. Não é o suficiente. Rindo, um menino me avista.

— Você que é o filho dos Coffey? Adam Coffey, né?

Assentindo, pergunto o que ele quer. Já tinha vestido minha calça, mas me sinto desconfortável aqui, com ele. Sabia que era um dos meninos que eu estava observando mais cedo, mas não sei se ele reparou.

— O que falariam se soubessem que o filho de Tony e Jenny Coffey é gay? — Brinca ele. — Certamente não gostariam.

— Não... Não sei do que está falando, cara.

— Vi você me olhando mais cedo. Não gostei daquilo, e resolvi vir falar.

Saindo do local rindo, o menino se vai.

Eu sinto meu rosto queimando com intensidade, e tenho a imensa vontade de sumir do universo. Correndo, vou para fora de casa pela porta dos fundos.

Assim que saí o ar quente atinge meu rosto, e o alívio me domina quase por completo. Era bom não estar sufocado por aquela massa de pessoas ricas e exigentes.

Corro para longe de casa, e só paro quando esbarro em alguém.

— Desculpa, cara. — Peço, com a vergonha estampada no rosto.

— Está tudo bem, não machucou. — Diz uma voz masculina, rouca.

Quando ele levanta o rosto para mim, quase engasgo. O menino, que aparenta ter uns 20 anos, tem os cabelos totalmente pretos, e seus olhos são de um azul intenso. O sorriso está aberto em uma fileira de dentes brancos e brilhantes, e não consigo falar mais nada.

— Sou Luke; Luke Stone. E você?


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Notas finais do capítulo

Não morram com a gostosura do Luke, please.



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