Estava Escrito - Cobrade escrita por Ana Clara


Capítulo 36
Capitulo 36 - Palavras amargas


Notas iniciais do capítulo

Gente QUASE 2 ANOS DEPOIS estou de volta hahaha, sinceramente não sei se vou terminar a fic e tbm não sei quantos cap vou postar. Essa semana estou muito nostálgica. Não sei se vcs conhecem mas no dailymotion tem uma "serie" chamada A historia de Cobra e Jade (Tem todas as cenas de Cobrade, na sequencia, tudo lindo mostrando a historia deles). Da ultima vez que assisti estava até a parte 4, essa semana fui ver e já estava na 46, já esta quase finalizado. Gente quase morri de tanto assistir kkkkk ai bateu saudade, fui ler a fic e vi que tinha um cap praticamente na metade, ai terminei ele e vim postar. Quem sabe eu posto mais hehe



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Eu havia ficado até tarde na ribalta ensaiando. Já estava cansada, então decidi finalizar a noite de ensaios. Olhei para o celular na esperança de ter alguma mensagem, porém não havia nada.
De repente ouvi um barulho alto vindo do auditório.
Peguei minha bolsa enquanto tremia, fui andando lentamente e assustada para o auditório, o barulho tinha acabado, mas minha curiosidade não.
— te... Tem alguém aí? - falei gaguejando. - olha se for brincadeira de alguém acho melhor parar. - disse colocando as mãos na cintura na tentativa de disfarçar o medo. De repente uma luz se acendeu.

— Co... Cobra? O que você está fazendo aqui? E o que é isso tudo? - o auditório estava todo enfeitado com flores, frases, e luzes decorativas.
— minha dama, sei que eu sou um vagabundo cheio de defeitos. Porém por você eu prometi, e vou, mudar. E essa surpresa é um agradecimento por tudo que você tem feito por mim. - Cobra me olhava com um lindo e tímido sorriso ao rosto. Meu vagabundo me fazendo uma surpresa daquelas? Parecia mentira.
— vagabundo... - eu disse com os olhos cheios de lágrimas. - está tudo tão lindo. 
— vai ficar mais ainda. Me concede uma dança? - ele disse me estendendo a mão.
Sorri e me juntei a ele. Parecia mentira, mas eu estava dançando uma música lenta com meu vagabundo.
— você não existe sabia?! - eu disse encostando o rosto em seu pescoço e desejando que aquele momento nunca se acabasse.
— vagabundo, essa surpresa é só para agradecimento mesmo? - disse me afastando de seu corpo.
Ele respirou fundo, parecia estar nervoso. Ficou olhando para baixo até que finalmente me olhou em olhos.
— tem outro motivo minha dama. - ele disse nervoso.
— então fala qual é. - disse segurando suas mãos bem forte e chegando bem próximo a ele. Nossos rostos já estavam quase colados um ao outro.
— minha dama eu... Te...

***
Meu celular despertou e então cai em mim que aquilo não tinha passado de um sonho. - nem em sonho você diz que me ama vagabundo. - disse com o semblante triste. Abracei meu travesseiro e tentei voltar a dormir.

Já eram oito horas da manhã, quando fui acordada pelas batidas na porta do meu quarto.
         - Jade, acorde. Preciso falar com você antes de ir para a Ribalta. - minha mãe falou com uma voz seria e dura.

Me levantei rapidamente e fui para o banheiro escovar os dentes. Quando sai do meu quarto minha mãe estava sentada no sofá.
         - vou pegar algo para comer e volto, ok? - disse já indo em direção à cozinha.
          - Não, volte aqui. Primeiro conversamos, depois você come e faz o que quiser. - ela disse em tom duro, fazendo com que eu voltasse e me sentasse naquele sofá.

Minha mãe me encarava com um olhar tão frio, eu não conseguia entender o que estava acontecendo ali, o que de errado eu tinha feito. Nada fazia sentido.
         - Ricardo Cobreloa, então esse é o nome dele? - ela disse com tom de deboche.
         - Sim, esse é o nome do meu namorado, o mesmo que me salvou aquela noite.
         - O mesmo que agrediu a ruiva, o mesmo que bate em pessoas por dinheiro, o mesmo que tem fama de bandido, o mesmo que te faz mentir pra sua mãe. - ela disse e eu pude ver as lágrimas se formando em meio à aquele olhar de ódio.
         - Não estou entendendo mãe. Do que você está falando?
         - A ruiva me contou o que aconteceu com ela. Você sabe dessa história Jade?
         - Mãe, a ruiva não é nenhuma Santa. O cobra teve os motivos dele, a ruiva que é uma Piranha abusada que não sabe respeitar a privacidade alheia. - eu disse tentando defender o Cobra.
         - Você está defendendo aquele marginal? ELE AGREDIU ELA JADE! Quem garante que ele não irá fazer o mesmo com você? - ela disse já com o tom de voz exaltado.
         - Eu não sou a ruiva mãe, e o Cobra gosta de mim. É diferente.
         -  Você está cega. Mas tudo bem, as coisas não param por aí mesmo. - ela disse e logo respirou fundo. - eu falei com o Gael ontem, e ele me contou muitas coisas. Me contou que esse marginal tem uma péssima fama na antiga cidade dele, que TODOS lá sabem que ele só mexe com coisa errada.
         - Mãe... - eu disse mas logo fui interrompida por minha mãe.
         - Eu ainda não terminei. - ela continuou. - as pessoas poderiam Dizer "cidade nova, novas atitudes". Mas não Jade, ele não está tendo novas atitudes. O Gael me contou o por que ele foi expulso da academia, você por acaso sabe dessa história Jade?
         - Sim, eu sei de todas essas histórias mãe. - eu disse de cabeça baixa.
         - E MESMO ASSIM CONTINUA COM ESSE RAPAZ? - ela disse aos gritos vindo em minha direção.
         - Ele merece uma segunda chance, ele está mudado. Eu estou ajudando ele a mudar, ele está em uma outra academia. Não está mexendo mais com essas coisas, ele tá diferente mãe. E por mim. - eu disse já em lágrimas.
         - Você consegue se escultor enquanto fala? Suas palavras são patéticas, PATÉTICAS JADE. - ela disse aos gritos. - eu não consigo sentir outra coisa a não ser vergonha e desprezo por você. Minha filha mulher de bandido? Meu deus, eu preferia estar morta a ver isso. Você só me dá desgosto. Eu preferiria ter a... 
         - A Bianca como filha? - eu a interrompi completando sua fala. Meus olhos estavam cegos pelo ódio, as palavras da minha mãe feriam, eram duras.
         - Eu não ia dizer isso, mas já que você disse. Sim eu preferiria, ótima moça. Uma jovem esforçada, talentosa, honesta, que não mente, ótima filha e que se envolve com rapazes de boa índole. - ela disse enquanto se aproxima de mim em passos largos e ódio nos olhos. - já você, só me dá desgosto. - ela disse enquanto segurava o meu queixo.
         -  E você. - eu disse dando uma pausa. - vai acabar morrendo sozinha Lucrecia. - eu disse tirando a mão dela do meu queixo e me afastando. - amarga desse jeito a única pessoa que estará presente em seu velório será o coveiro. Aliás, quem sabe sua amada Bianca aparece lá né, já que ela é tão amável e perfeita.
         -  Você fala de mim, mas está tão amarga quanto. - ela disse aos choros.
         - Você me deixa assim. - eu disse abrindo a porta e saindo.


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Notas finais do capítulo

Se você leu POR FAVOR deixe um comentário, eu quero continuar escrevendo, mas escrever para fantasmas não rola, seu comentário vai servir para eu saber que tem gente lendo e acompanhando.



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