Jade uma garota bonita, alta, com um corpo de se invejar, ama dançar, tem muitos amigos e adora se divertir com os mesmos nas horas vagas. Cobra um cara bonito, que só pensa em dinheiro, adora lutar Muay Thai, sem família, tem poucos amigos e gosta de se divertir bastante. Pessoas com características totalmente opostas, se apaixonam.

Jade acorda assustada com o despertador tocando:

— ­­­­­­Ai meu Deus, estou atrasada, minha mãe vai me matar ! — Jade sempre fazia tudo para agradar sua mãe, Lucrécia. Jade toma banho, se arruma rapidamente e vai em direção a cozinha tomar seu café : — Bom dia Mãe !

— Jade você sabe que está atrasada, eu avisei que queria você mais cedo na Ribalta porque preciso resolver alguns problemas com o Ed.

— Eu sei mãe, me desculpa, mas.. — Lucrécia a interrompe : — Mas nada Jade, você tem que se dedicar a dança unicamente, eu me orgulho de você, mas quero que você seja a melhor sempre.

— Tudo bem mãe, eu vou escovar os dentes e já estou indo para Ribalta — Jade termina de escovar os dentes e se despede da mãe com um beijo na bochecha.

Ela pega um táxi e á caminho da Ribalta pensa no que sua mãe diz. Logo o táxi para e ela chega na praça José Wilker e avista seus amigos, Lírio e Joaquina:

— Oi Jade — diz Joaquina cumprimentando a amiga — Oi Jô ! — Jade devolve o cumprimento.

— Oi Minha Deusa — diz Lírio, que sempre teve uma queda por Jade — Oi Lírio — diz Jade com uma voz meio que enjoada.

Então os três partem para Ribalta que ficava em frente a praça. A Ribalta era uma escola de artes, que tinha como diretor Nando, um roqueiro de bem com a vida, e como professores Lucrécia (dança) mãe de Jade, Dandara (canto) e Edgar (teatro). Em baixo da escola tinha uma academia de Muay Thai, a Academia do Gael.

Os três entram indo em direção a escada que da acesso a escola, e Joaquina e Jade olham logo para os lutadores fortes e bonitos que estavam treinando — Nossa Jô, senti cheiro de testosterona logo cedo, Huum ! — Jade diz encenando que está cheirando algo — Esses corpos sarados, molhados de suor ... — Joaquina começa a falar várias coisas e Jade à puxa — Vamos Joaquina, a aula já vai começar. Eles sobem as escadas e chegam á Ribalta.

A primeira aula era de Dança, mas como Lucrécia não tinha ido sua assistente ficou encarregada de dar a aula. A aula acabou e Jade decidiu ficar mais um pouco para ensaiar por ter acordado tarde, então queria mostrar para a mãe que era esforçada : — Vamos Jade, te dou uma carona até sua casa — diz Lírio — Muito obrigada! Mas vou ficar pra ensaiar mais um pouco. — Tudo bem, então vamos Jô ! — To indo Lírio. Os dois foram embora e Jade começou a ensaiar por algumas horas.

Já estava muito cansada e decidiu parar, seus pés doíam mal conseguia andar, trocou de roupa e foi para a praça ver se passava algum táxi até que :

— Oi gata, ta perdida ? —disse Cobra, querendo meio que dar uma cantada.

— Não, sei bem onde estou — disse Jade, confiante.

— Relaxa, percebi que você ta cheia de dor, posso te dar uma carona — disse Cobra

— Não muito obrigado, eu posso pegar um táxi — disse Jade dispensando a carona oferecida pelo rapaz.

— Tudo bem então, não te incomodar mais — disse Cobra se rendendo.

— Melhor assim — disse Jade que já tinha se levantado para pegar um táxi que estava vindo.

Jade entra no táxi e logo chega em casa : — Jade, está tudo bem ? Eu estava ficando preocupada você nunca chega tarde em casa e sempre avisa quando vai chegar — disse Lucrécia com ar de preocupação — Sim mãe, está tudo bem, só fiquei até mais tarde para ensaiar um pouco — disse Jade sentando no sofá por causa das dores nos pés — Aconteceu alguma coisa com seus pés ? — Lucrécia disse sentando-se ao lado da filha — Não, são só calos!

— Só calos Jade !? Uma bailarina não deve ter calos, uma bailarina deve cuidar dos seus pés para que nunca tenha problema com eles, você sabe muito bem disso, eu já expliquei mil vezes pra você passar algum creme, ou algo assim, para não ter calos.

— Eu sei mãe, mas esqueci disso, tava tão concentrada... — Lucrécia a interrompe

— Se tivesse concentrada não esqueceria disto. — fala a mãe desapontada com a filha.

— Tudo bem mãe — Jade diz, se levanta e vai para o quarto.

Antes de ir Jade vê sua mãe abaixar a cabeça e repara na feição de desaponto da mesma. Então Jade entra em seu quarto, se joga na cama chorando muito e começa arrancar seus lindos cabelos. Sempre que discutia com a mãe ou outra pessoa importante Jade fazia isto, era como melhorar a dor que sentia em seu coração. E mal sabia a garota que sofria de uma doença...