Paraíso Artificial escrita por Belle
Notas iniciais do capítulo
Essa é minha primeira fanfic Bellarke, espero que gostem.
Ela acordou com o som dos foguetes da nave. Sua cabeça latejava, sua visão esta embaçada e por mais que tentasse Clarke não conseguia se lembrar de como havia parado ali. Sua ultima recordação é de dois guardas entrando em sua cabine e injetado algo em seu braço, logo depois disso ela só se lembrava de vozes e gritos.
— Bom dia princesa... – Clarke olhou em direção a voz e viu que ao seu lado estava um homem de cabelos e olhos castanhos vestindo um uniforme de guarda. Ele tinha a excreção seria, mas ao mesmo tempo parecia assustado.
— Quem é você? – ela perguntou com dificuldade.
— Bellamy Blake. – ele disse antes que as luzes se apagassem completamente.
— Blake? O Cadente que foi demitido por traição?
— Parece que um tridor reconhece o outro, não é princesa? - Clarke franziu a testa para o apelido. – Pelo menos eu não fui preso como você.
— Se você não foi preso como veio parar aqui?
— Eu... Acidentalmente posso ter atirado no Jaha. – ele desvia o olhar por um momento antes de voltar a encara-la. – Ele provavelmente já esta morto, mas acho que poucas serão as pessoas que sentiram a falta dele. Seu namoradinho é uma delas.
— Wells não é meu namorado! – naquele momento luzes vermelhas se acenderam por toda a nave eles ouviram um estrondo e Clarke soube que eles haviam passado da atmosfera, não demoraria muito até que os paraquedas se abrissem.
Clarke fechou os olhos quando ouviu o som dos paraquedas sendo abertos, faíscas começaram a voar das luzes enquanto as mesmas piscavam incansavelmente, as turbinas e canos chiavam e soltavam fumaça a medida que eles desciam sem controle.
— Os retrofoguetes já deveriam ter sido ativados... – Ela disse mais para si mesma do que para o moreno ao seu lado.
— Tudo nessa nave tem mais de cem anos, se sobrevivermos ao pouso considerarei um milagre. – disse Bellamy antes que todas as luzes se apagaram. Clarke fechou os olhos novamente, mas mesmo fechados ela podia sentir as faíscas voando sem sua direção.
— Bellamy..? – ela perguntou quando o barulho dos motores parou completamente.
— Já pode abrir os olhos princesa, acho que chegamos. Ela abriu os olhos devagar e o viu já em pé em frente à porta da nave a procura de algo que abrisse a mesma.
— Espera! – ela retirou o cinto e andou até ele. – O ar pode ser toxico!
— Se for toxico então vamos morrer de um jeito ou de outro! – ele se virou de costas para ela e puxou uma alavanca ao lado da porta para baixo abrindo o velho pedaço de metal. Quando a porta se abriu por completo o sol bateu nos olhos de Clarke os fazendo doer. Os dois pararam na entrada da nave e observaram a floresta que os rodeava. Clarke estremeceu ao sentir o vento batendo em seu rosto pela primeira vez e a sensação de respirar ar puro pela primeira vez era indescritível.
— Você primeiro princesa. – ele disse e ela estreitou os olhos para o apelido. – Você não gosta que te chamem de princesa, não é princesa?
Clarke apenas revirou os olhos para ele e deu um paço para fora da nave, ao colocar seus dois pés no chão da Terra ela se virou e sorriu para o moreno atrás dela.
— Como é a sensação de pisar na Terra depois de cem anos princesa?
— É incrível... – ela disse com um sorriso no rosto. Bellamy sorriu para ela antes de descer da nave e se juntar a ela no solo.
Clarke permaneceu no mesmo local pelo que pareceram horas, a sensação do ar e do sol contra sua pele era melhor do que ela jamais poderia ter imaginado.
— Clarke... – ela andou em direção as arvores e o encontrou abaixado em frente a algumas plantas. Ele olhou para ela e fez um sinal para ela ficar quieta, a loira se abaixou ao lado dele e seguiu seu olhar até o meio da campina a sua frente onde havia um pequeno cervo pastando.
— Eu pensei que não havia mais animais... – ela disse num sussurro. Bellamy sorriu para ele e deu um passo mais a frente, mas quando o fez acabou pisando em um graveto. O cervo olhou em direção a eles e os dois puderam ver uma segunda cabeça e vários esporos crescendo em seu rosto.
— O que foi aquilo? – perguntou Bellamy em choque.
— Foi o resultado de anos de radiação. – disse Clarke com um nó na garganta.
[...]
— Sabe o que eu gostaria de saber? – perguntou Bellamy enquanto ele e Clarke caminhavam pelo meio das arvores em busca de água ou comida. – Porque enviar só duas pessoas hoje? E depois de 97 anos? O que mudou?
— Muita coisa mudou. A Arca esta morrendo. Com a população atual eles não têm suprimentos o suficiente para sobreviver três meses, então o conselho ficou sem opções. – Disse Clarke fazendo com que Bellamy parece de andar e se voltasse para ela. – Mas não havia uma nave grande o suficiente para mandar todos os prisioneiros de uma vez e o conselho não sabia se alguém coseguiria sobreviver à viagem de volta para a Terra, então eles escolheram as duas pessoas e as mandaram na nave de teste.
— É por causa desse segredo que te colocaram na solitária e mataram seu pai?
— Meu pai foi o engenheiro que descobriu a falha, ele achou que as pessoas tinham o direito de saber, mas o conselho discordou... Minha mãe discordou. – ela disse quando ambos voltaram a andar pelo meio das arvores. – Eles achavam que a noticia poderia causar pânico. Nós íamos divulgar assim mesmo, mas então o Wells...
— O que? O filho do Jaha entregou o seu pai?
— Enfim... Os guardas apareceram e o levaram antes que tivéssemos a chance de contar. – ela olhou para ele. – É por isso que estão enviando prisioneiros para cá, por isso vale a pena o risco.
— Então estamos ariscando nossas cabeças por eles?
— Ninguém te obrigou a atirar no Chanceler. – ela viu seu rosto se enrijecer com suas palavras. – Ou alguém te obrigou...?
— O Jaha me tirou tudo, eu só estava retribuindo o favor.
— Sim, mas como...
— Escute princesa, minha vida pessoal continua sendo minha vida pessoal. Então tente não passar dos limites da curiosidade. – ele disse antes de acelerar o passo deixando-a para trás.
— Que ótimo... Bellamy espere!
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
espero que tenham gostado. comentem!