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Encontros e Desencontros escrita por Krika Haruno
Capítulo 4
Capítulo 4
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Vilnius
Andava com postura austera e sorbeba. Os olhos negros fitavam de maneira indiferente as pessoas que passavam por ele. Estava naquele país a serviço e queria ir embora o mais rápido possível, o frio naquele fim de mundo era terrível e não via a hora para retornar para o calor da Grécia e receber os louros pela missão cumprida.
Ele era considerado o mais fiel cavaleiro de Atena e como tal não mediria esforços para agradar o representante dela na Terra: o grande mestre.
Executou de forma primorosa sua incumbência, dirigindo-se para o porto da cidade.
- Frutas frescas! Frutas frescas!
Perto do porto funcionava uma pequena feira, a maioria das pessoas que trabalhavam ali eram de esposas e filhas de trabalhadores do porto.
- Ingrid toma conta de tudo enquanto levo almoço para seu pai.
- Sim mamãe.
A garota pegou um pedaço de pano passando a limpar as frutas, quanto mais bonitas fossem, mais atrativas ao olhar do cliente.
- Um cacho de uva, por favor. – solicitou uma voz grossa.
- Claro senhor. – Ingrid fitou o cliente, ficando surpresa. Jamais tinha visto rapaz tão bonito. Ainda de olho nele, pegou o cacho colocando numa sacola.
- Vou comer agora.
Ela apenas concordou. Shura que ate então não havia reparado na garota, achou-a ate bonita, mas um pouco mal trajada.
Distraída com o “cliente”, nem notou um garoto que aproximou lentamente e com um gesto rápido pegando a pequena bolsinha onde ela guardava o pagamento.
- Minha bolsa!
O garoto saiu às pressas sob o olhar atento do capricorniano que saboreava uma uva.
- Minha bolsa! – tentou correr, mas dificilmente o alcançaria. Seus olhos marejaram, afinal ali estava todo o dinheiro de um dia inteiro de trabalho.
Shura afastou da barraca indo na direção dela.
- Segure para mim. – entregou-lhe o cacho de uva. – não demoro.
Ela o fitou sem entender e ainda mais quando o viu andar de maneira normal na direção que o garoto tinha corrido.
Voltou para perto da barraca sentando num caixote de madeira.
Alguns minutos passaram e a esperança que recuperasse sua bolsa ou ate mesmo rever o rapaz de traços tão perfeitos diminuíam.
- Aqui está.
A voz a trouxe a realidade. Levantou as pressas mal acreditando que diante dela estava o rapaz com sua bolsinha nas mãos.
- Obrigada...
- Minhas uvas.
- Aqui estão. Obrigada senhor.
- Quanto é?
- São suas. Ajudou-me.
- Quero levar mais, elas estão saborosas. – entregou-lhe uma nota.
- É muito dinheiro senhor. – o fitou espantada.
- Pode ficar com o troco, não uso isso mesmo.
- Como quiser.... – disse embaraçada. – “Ele deve ser muito rico, - pensava enquanto guardava os cachos. – parece ate um príncipe. Só falta o cavalo branco.” – deu um tímido sorriso.
Shura notou-o ficando intrigado.
- O que foi?
- Na-da... – gaguejou. – aqui está. Mais uma vez obrigada.
- Adeus. - pegou a sacola saindo, contudo, voltou o olhar para ela. – como se chama?
- In-grid. Ingrid.
- Tome mais cuidado da próxima vez. – voltou a andar. – seria ruim se algo lhe acontecesse.
- Sim... – abaixou o rosto corada. – e seu nome? – gritou, pois ele já estava longe.
- Shura!
- “Shura....”
O cavaleiro voltou para o santuário no mesmo dia e tempos depois morria na batalha das doze casas.
Ingrid receberia a proposta semanas seguinte e em pouco tempo estaria “trabalhando” para a máfia.
Andava com postura austera e sorbeba. Os olhos negros fitavam de maneira indiferente as pessoas que passavam por ele. Estava naquele país a serviço e queria ir embora o mais rápido possível, o frio naquele fim de mundo era terrível e não via a hora para retornar para o calor da Grécia e receber os louros pela missão cumprida.
Ele era considerado o mais fiel cavaleiro de Atena e como tal não mediria esforços para agradar o representante dela na Terra: o grande mestre.
Executou de forma primorosa sua incumbência, dirigindo-se para o porto da cidade.
- Frutas frescas! Frutas frescas!
Perto do porto funcionava uma pequena feira, a maioria das pessoas que trabalhavam ali eram de esposas e filhas de trabalhadores do porto.
- Ingrid toma conta de tudo enquanto levo almoço para seu pai.
- Sim mamãe.
A garota pegou um pedaço de pano passando a limpar as frutas, quanto mais bonitas fossem, mais atrativas ao olhar do cliente.
- Um cacho de uva, por favor. – solicitou uma voz grossa.
- Claro senhor. – Ingrid fitou o cliente, ficando surpresa. Jamais tinha visto rapaz tão bonito. Ainda de olho nele, pegou o cacho colocando numa sacola.
- Vou comer agora.
Ela apenas concordou. Shura que ate então não havia reparado na garota, achou-a ate bonita, mas um pouco mal trajada.
Distraída com o “cliente”, nem notou um garoto que aproximou lentamente e com um gesto rápido pegando a pequena bolsinha onde ela guardava o pagamento.
- Minha bolsa!
O garoto saiu às pressas sob o olhar atento do capricorniano que saboreava uma uva.
- Minha bolsa! – tentou correr, mas dificilmente o alcançaria. Seus olhos marejaram, afinal ali estava todo o dinheiro de um dia inteiro de trabalho.
Shura afastou da barraca indo na direção dela.
- Segure para mim. – entregou-lhe o cacho de uva. – não demoro.
Ela o fitou sem entender e ainda mais quando o viu andar de maneira normal na direção que o garoto tinha corrido.
Voltou para perto da barraca sentando num caixote de madeira.
Alguns minutos passaram e a esperança que recuperasse sua bolsa ou ate mesmo rever o rapaz de traços tão perfeitos diminuíam.
- Aqui está.
A voz a trouxe a realidade. Levantou as pressas mal acreditando que diante dela estava o rapaz com sua bolsinha nas mãos.
- Obrigada...
- Minhas uvas.
- Aqui estão. Obrigada senhor.
- Quanto é?
- São suas. Ajudou-me.
- Quero levar mais, elas estão saborosas. – entregou-lhe uma nota.
- É muito dinheiro senhor. – o fitou espantada.
- Pode ficar com o troco, não uso isso mesmo.
- Como quiser.... – disse embaraçada. – “Ele deve ser muito rico, - pensava enquanto guardava os cachos. – parece ate um príncipe. Só falta o cavalo branco.” – deu um tímido sorriso.
Shura notou-o ficando intrigado.
- O que foi?
- Na-da... – gaguejou. – aqui está. Mais uma vez obrigada.
- Adeus. - pegou a sacola saindo, contudo, voltou o olhar para ela. – como se chama?
- In-grid. Ingrid.
- Tome mais cuidado da próxima vez. – voltou a andar. – seria ruim se algo lhe acontecesse.
- Sim... – abaixou o rosto corada. – e seu nome? – gritou, pois ele já estava longe.
- Shura!
- “Shura....”
O cavaleiro voltou para o santuário no mesmo dia e tempos depois morria na batalha das doze casas.
Ingrid receberia a proposta semanas seguinte e em pouco tempo estaria “trabalhando” para a máfia.
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No proximo capitulo, o ultimo, Shaka e Farah.