Já é Natal? escrita por Annie Sakura-chan


Capítulo 3
Etapa 2 - parte II - e 3: Procurando




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N/A: Vou ter que dar uma acelerada na historia pra terminar antes do Natal. Fui viajar e não dava para acessar a internet nem nada do tipo, então esse capítulo vai ter duas etapas, a 2ª, que tem que terminar, e a 3ª que começará e terminará nesse capítulo, para no próximo o 4º já chegar mais rápido, beleza?

Etapa 2 – parte II

Era tarde da noite, já ia se encaminhando pela madrugada, não que ela se incomodasse, mas é que era estranho observar a lua sem ele por perto. Estava tão mal acostumada, tão... Apaixonada. Seus olhos vagaram pela varanda do quarto, tudo ali a fazia lembrar dele, e isso era uma coisa que ela queria esquecer durante algum tempo.

Ouviu o celular tocar. Estendeu a mão para pegar na cadeira, já que estava sentada no chão. Viu de quem era a chamada e deixou tocar, tinha mais o que fazer, como por exemplo, ficar vendo a lua. No identificador de chamada estava assim: Syao

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Entrou desanimada na mesma loja do dia em que começaram a armação para que tudo corresse bem. Fez toda a cerimônia de retirar o casaco e o gorro, enquanto seguia para a mesa diante olhares curiosos de seus amigos. Sentou-se e afundou a cabeça no braços, cansada.

Meiling olhou para Tomoyo, que acenou negativamente com a cabeça, dizendo que eles não tinham se acertado ainda. Sakura levantou a cabeça, enquanto não tirava os olhos de uma parte fixa na janela. As duas que conversavam silenciosamente viraram para ver o que era e viram a causa de distração dela.

Syaoran Li estava sentado num banco, com o celular na mão, muito frustrado. Dentro do recinto um celular apitava, avisando que havia chamadas não-atendidas. Todos olhavam para a garota que continuava distraída. Cansada com o barulho, remexeu na bolsa procurando o pequeno aparelho.

Levantou-se, saindo da loja.

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Rumou com passos firmes até o outro lado da rua, mordendo o lábio inferior para não chorar. Cruzou os braços, havia esquecido sua blusa dentro da loja e por puro orgulho não iria voltar, iria continuar, seguindo em frente, sempre.

Atravessou a rua e chegou ao lado dele. Ficou dura, mas ainda assim controlando o choro. Não evitou uma tosse seca, chamando a atenção do rapaz que olhava para o celular bastante triste. Girou a cabeça, encontrando o olhar apagado de Sakura, que se encolhia ainda mais enquanto começava a nevar. Seus olhos se cruzaram, enquanto Sakura sentava-se ao lado dele.

Não conseguiu mais evitar e chorou. Chorou como nunca antes, enquanto tentava falar algo, inutilmente. Braços fortes a envolveram, levando-a mais para perto do corpo forte de seu noivo. Encostou a cabeça em seu peito e ficou ali por um tempo.

-Desculpa Sakura.

A neve caia devagar. Sentia-se aquecida e protegida enquanto soluçava. Sentiu dois dedos em seu queixo, levantando-o, enquanto outro passava por sua face, limpando as lágrimas que caiam. Estava muito triste para, ao menos, esboçar um sorriso, mesmo forçado.

-Não queria te magoar... – Ela acenou positivamente a cabeça, enquanto passava as mãos no rosto, tentando se recompor.

-Doeu muito ficar sem você, mesmo que fosse por algum tempo.

-Eu sei.

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-Nem precisamos fazer nada! – Exclamou Tomoyo animada, enquanto filmava tudo. Meiling sorria vitoriosa, enquanto o resto respirava aliviado. Uma careta fez todos pararem de comemorar e grudarem no vidro da loja. Sakura havia voltado a chorar e Syaoran estava alterado. – O que aconteceu? – A morena se desesperou enquanto parava de filmar.

A outra morena começou a pegar suas blusas e se empacotar. Todos ainda olhavam abismados para a cena que acontecia do outro lado da rua, não podia, não permitiria isso acontecer. Não podia deixar de interferir. Uma mão pousou em seu pulso na hora que iria rodar a maçaneta e dar seu primeiro passo em direção ao casal.

-Não faça nada! – Tomoyo disse calmamente enquanto apontava para o outro lado da rua.

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-E o que você quer que eu faça? Abandone tudo?

-Seria muito cavalheiro de sua parte se você fizesse isso pelo menos uma vez na sua vida!

-Já fiz uma e foi por você e, se é assim que me trata, não, obrigado, não quero repetir isso!

Sentiu lágrimas em seus olhos. Iria lutar contra elas, e estava disposta a vencer essa luta. Olhou para o rosto com semblante sério e com o olhar apagado. Os olhos âmbares não pareciam os mesmos. Tocou em seu rosto, tentando perceber se era verdade o que estava acontecendo e ele esquivou-se, deixando a mão de Sakura parada no ar. Ele levantou-se, deixando-a sozinha enquanto voltava a cair lágrimas. Dessa vez, lágrimas solitárias.

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Etapa 3 – Procurando Felizes para Sempre

Ame ni nureta hoho wa
namida no nioi ga shita
yasashi manazashii no
Tabibito
O cheiro fraco das lágrimas
Nas minhas bochechas
Encharcadas pela a chuva
O olhar gentil dos viajantes

-Sim, vou voltar para China. – disse com a voz monótona. – Não tenho nada mais para fazer aqui.

-Traz a Meiling também, os anciões acharam um noivo para ela. – A voz do outro lado ecoou radiante.

-Você sabe que nunca aceitei isso e se a Meiling não quiser ir eu não vou obrigá-la! – E desligou o celular e depois indo terminar de arrumar suas malas. Tropeçou numa que estava no chão, se apoiando numa escrivaninha e derrubando o retrato que estava em cima dela. Entre os cacos de vidros estava a foto de um casal sorrindo enquanto faziam um piquenique no parque. – Por que tudo tem que ser assim, minha Sakurinha? – Perguntou, enquanto se abaixava, pegava a foto e a guardava com carinho.

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Shizuka ni hibiiteru
Natsukashii ongaku

Omoidasenai kioku

Samayou

A canção da nossa infância
Ecoa levemente na paisagem
As memorias das quais eu não tenho

Lembranças vagam sem rumo

Corria pelo saguão do aeroporto, igual à dez anos atrás. Não iria permitir, não o deixaria partir. Não até dizer tudo o que tinha para dizer. Parou quando avistou os dois de costas. Uma pessoa balançava com os soluços e outra se virava para trás. Ele havia sentido, ele havia percebido. Essa era a sua intenção.

-Eu... – Sua voz falhou, não conseguia mais falar nada, enquanto andava com passos vacilantes em direção a ele. – Eu preciso fazer uma coisa antes de você ir, porque eu sei que você não irá voltar, e a culpa é minha! – Falou, quase atropelando as palavras. Logo após se jogou num abraço apertado. – Desculpa por tudo! – Sentiu os braços fortes de Syaoran a abraçarem. Ficaram um tempo assim. Separaram-se e a moça virou-se para Meiling. – Tenho uma parcela de culpa por você estar indo embora, Mei. Peço desculpas também! – E abraçou a jovem chinesa que voltava a chorar.

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Yume wa tobi datsu no chiisa na tsubasa de
omoi no kienai basho made
futari deTooi umi wo sora wo koete
Com essas pequenas asas
Lançadas pelos meus sonhos
Sobre os oceanos distantes
E céus pelos quais
Nos dois iremos passar,Juntos,Para um lugar onde as memorias nunca desaparecem

Sakura havia entrado em estado de depressão. Mais grave que não seria qualquer um que poderia a tirar do fundo do poço. Seus amigos não tinham nada para fazer por ela, e não seria fácil.

Uma semana se passou, uma semana em que Sakura não saia de seu quarto para nada a não ser para ir trabalhar. Uma semana em quem seu mundo ruíra. Uma semana que estava longe da pessoa que mais amava no mundo. Ficava encolhida num canto do quarto, abraçada ao ursinho de pelúcia que ele lhe dera.

“E eu que procurava o meu “felizes para sempre” num conto de fadas que não existia e que não existe...” Era esse seu pensamento para explicar o que estava acontecendo dentro dela.

O que realmente acontecia? Não tinha lógica, não tinha explicações. Seu amor era mais forte do que ela mesma. E quanto mais não o tinha por perto, mais ela o amava. Queria sentir mais uma vez os lábios dele sobre os seus, enquanto conversavam ou apenas curtiam a presença um do outro abraçadinhos.

Como ser consolada? A razão da sua vida se foi. Era isso, não tinha mais o porquê de estar ali, mas algo a impedia de continuar o que planejava fazer. Sentia como se ele segurasse seu rosto e sussurrasse ao seu ouvido que tudo ficaria bem e que isso era somente um sonho, um pesadelo.

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Kurai yoru no naka de
watashi wo tera shiteru
yasashi manazashii no
Anata ni
Dentro da escuridão da noiteVocê ilumina o caminho para mimAquele olhar gentil no seu rostoQuero te encontrar...

Syaoran não acertava um movimento com a espada. Todos estavam preocupados com o “futuro herdeiro do clã Li”. Colocou a espada na bainha e logo após no suporte. Saiu da sala de treino e se dirigiu à seu quarto. Tomou um banho gelado, sentindo a água gelada passar por seu corpo. Pedia aos céus que levassem esse sentimento que nutria pela garota japonesa embora e que o deixasse em paz. Saiu do banho e ouviu o celular tocar. Atendeu, identificando o número do celular.

-Oi Tomoyo...

-Como você foi capaz Syaoran Li? – A voz antes de calma de Tomoyo Daidoji agora estava brava, irritada. – ­Esperei uma semana pra te ligar para ver se era realmente verdade. Sim, eu confirmei isso hoje! Como pôde ser tão covarde por uma coisa boba que era uma festa de Natal que a SUA noiva queria passar entre amigos, mas você não quis porque não passa de um garoto mimado que só sabe correr para a saia da sua mãe!

Uma voz ao fundo deprimida pedia calma para sua amiga e o coração do rapaz palpitou ao ouviu o estado em que tinha deixado sua flor.

-Nem coragem o suficiente para dizer um descente adeus você teve Li, nem isso! O que custava? Lágrimas do poderoso chefão Li? Eu quero que a Meiling esteja ai do seu lado para ela dar uma boa lição de moral em você! Ahh, aposto que a Meiling também está chorando porque terá que se casar e seus amigos não foram convidados porque o poderoso senhor Li não quer ver a noiva DELE nem pintada de ouro, não é mesmo?

Ficou quieto ouvindo o sermão merecido. Não acreditava que a Tomoyo poderia ficar tão brava assim. Só ele não enxergava, só ele não aceitava a verdade estampada em todos os lugares: Ele foi um covarde ao deixá-la... Ainda havia tempo de voltar atrás? Se tivesse, ele concertaria tudo e voltaria para Tomoeda.

-Tem algo que eu possa fazer para concertar tudo o que eu cometi?

-Tentaremos, mas, por favor, esteja disposto a fazer tudo! – Sussurrou – Ela queria ser feliz com você! Para ela você é o conto de fadas dela, tudo o que ela sonhou ela encontrou com você Li! Precisamos armar para que tudo saia certo!

-É só falar!

-Beleza, depois te ligo! – Os dois desligaram o celular. Syaoran foi dormir mais calmo, enquanto pensava no que Tomoyo iria tramar.

N/A: AAAAAAAAH! (Olhos brilhando) Consegui, terminei! (dança macarena) Isso mesmo gente! A parte que eu mais gostei foi o sermão da Tomo! Isso ai!! (bandeirinhas na torcida) É, o que será que irão tramar? O feitiço virará contra o feiticeiro? Esperem e vejam!

A música que eu inclui no capitulo se chama: You’re my Love, da Soundtrack de Tsubasa Chronicle. Amo essa musica e, sei lá, acho que pela melancolia que ela passa eu decidi por na fic!Eu tava pensando em ser muito mais cruel com a Sakura, mas nãooo! Vou responder os reviews agora!

Hannah Burnett: Primeiro, acertei o seu nome? Se sim, parabéns pra miiim! Ah, o Eriol aparece no capitulo que vem, eu acho, nada confirmado! Espero que eu consiga encaixa-lo na historia! Que bom que está gostando! Indica para os amigos, indica para os inimigos, enfim, indique para todos que eu adoro leitores novos! ^^ Beijos!

Hitsumei-chan: Oooh, brigadaaaa! ^^ Adorooo²²³³²¹² ver pessoas que gostam do meu trabalho, apesar de eu ser uma reles mortal escritora com 12 anos ^^

vic pereira: Sem problemas querida! Eu gosto de reviews do mesmo jeito ok? Brigada pelo elogio! Continue comentando e lendo a fanfic! E você não errou não! Um comentário por dia já faz uma escritora feliz! (cara de má)

Maghotta: Oh, matei ela do coração? (chamando a ambulância) Não era minha intenção, é que minha mãe chegou falando: Dannnyziiiinhaaaa, vamos para a praia? Eu não pude resistir né? (risos) Sim, Natal e Ano Novo são minhas datas preferidas também e como eu não posso fazer um capitulo especial de Natal na minha fic: Anjos Existem? decidi fazer essa ficzinha! ^^

Mikarim: Sabe Mikarim, uma relação sem brigas não é uma relação completa, porque o casal com as brigas aprendem mais uns com os outros do que numa relação tranqüila e pacifica, entende? (palmas ao fundo por ter falado bonito, chão coberto de rosas). Que bom que ta gostando da fic! ^^ Beijos!

Beijos a todos! Que todos tenham um amor na vida e que todos se ajeitem e que possam ter inspiração nessa cachola e botem no papel! Um dia você pode virar uma grande escritor(a)

Annie!


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