Interferência escrita por Andromeda Black


Capítulo 1
Capítulo 1




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Ela poderia ter interferido.

Mas ela não quis, ela não podia.

Afinal, tinha estado tudo bem.

No começo ela não sabia bem onde estava ela nasceu (mais como renasceu) em uma família normal, trouxas.

Levou um tempo para se adaptar a ser um bebê e crescer pouco a pouco.

Levou mais tempo para se acostumar que ela lembrava tudo que aconteceu em sua vida passada.

Tirando essa anormalidade, tudo era normal.

Até aquele dia fatídico.

Ela estava com seus pais na sala de estar, seus pais no sofá e ela na mesa desenhando rabiscos que toda criança faz. Seu pai se levantou do sofá e foi pegar um pouco de café, uma ocorrência bastante normal, mas quando estava voltando ele tropeçou em seus próprios pés, enviando seu café a voar fora da xícara, diretamente para ela, no fundo sua mãe gritou: “não” em tom de desespero, ela não podia culpa-la, ela mesma estava com medo daquele café em cima dela, e quando estava diante de seus olhos, ele parou.

Não voou em cima dela, ou caio no chão, ele simplesmente parou no meio do ar, completamente indiferente a gravidade que devia ter sido acionada.

O silencio tinha se estendido na sala, todos chocados demais para dizer ou fizer qualquer coisa.

E quando ela fechou os olhos todo o café caiu no chão diante de seus pés.

Depois daquele dia tudo voltou ao normal, como se nada tivesse acontecido, seus pais ignoraram perfeitamente, nunca dizendo nada. Mas ela poderia vê-los às vezes a olhando, medindo-a, como se quisesse ver alguma coisa que ela sabia que estava lá.

Eles só não podiam ver ainda.

Pensando nisso agora, ela deveria ter sido mais inteligente, ela deveria ter pensado e estudado isso com mais carinho, ela não devia ter ignorado, foi bem obvio o que era aquele pequeno incidente, ela deveria saber melhor.

Se talvez ela tivesse pensado naquela época, ela teria escapado de tanta confusão.

Ao passar dos anos os mesmos incidentes iam acontecer mais e mais, seus pais não percebiam, mas ela via acontecer, ela sabia o que era aquilo.

Magia.

Era magia acidental, algo que ela não devia saber fazer.

Pena que quando ela aceitou finalmente que aquilo era sim magia e que ela estava no mundo de um livro que um dia ela amou tanto, ela já tinha 11 anos, era tarde demais.

Uma carta foi mandada para ela, um grande H estampado no selo.

Sra. Sophia Madison,

É um prazer dizer que a senhora foi aceita para a escola de magia e Bruxaria de Hogwarts. Caso aceite mande sua coruja para nós.

Atenciosamente, vice-diretora Mcgonagall.

Seus pais acharam que era piada, e como pensariam outra coisa? Escola de magia e bruxaria? Pff... Isso não existe certo? Errado.

Sophia sabia melhor, ela sabia que existia, ela sabia que não era piada ou qualquer coisa do gênero, mas, apesar de tudo, ela sabia em que data estava ela tinha sido uma fã, ela estaria no mesmo anos que Harry Potter.

E por causa disso ela não fez nada, ela deixou seus pais pensarem que era uma piada, e por alguns dias, ela pensou que estaria a salvo.

Suas esperanças foram rudemente interrompidas quando uma batida na porta soou, e lá parada era ninguém menos que Mcgonagall em toda sua glória.

Professora Mcgonagall convenceu seus pais de que tudo era verdade e que seria bom para ela.

E tudo que Sophia queria mais era gritar que NAO, NAO SERIA BOM.

Mas iam perguntar por que, e ela não tinha resposta para isso. Então ela se deixou ser levada.

Foi a primeira vez que ela o viu, ele parecia tão confuso e perdido, um pouco desesperado.

Grandes olhos verdes brilhantes observavam de longe a família ruiva.

Ele era Harry Potter.

Sophia pedia sentir seu fanatismo por esse livro voltando, a paixão platônica que ela tinha tido por Harry durante sua infância.

Mas Sophia esmagou tudo para baixo e apenas observou como eles tiveram sua primeira conversa.

Ela poderia ter interferido, mas ela não podia, ela não quis.

Ela quase ia entrando no compartimento do trio de ouro, estavam os três lá.

Ron Wesley, Hermione Granger e, claro, Harry Potter.

Todos se viraram para ela, ela deu um gaguejado desculpa e saiu correndo de lá, nunca percebendo seu nome sendo chamado.

Ela sabia que se tivesse apenas ficado naquele local, tudo poderia mudar.

- {Primeiro ano – Hogwarts.}.

"Madison, Sophia."

Ela andou para o banco nervosamente, Mcgonagall colocou o chapéu em sua cabeça que cobriu seus olhos.

"Ora, ora, que mente interessante senhorita Madison." Ela arregalou os olhos, será que ele? "Sim, eu posso ver. Há muito tempo não vejo isso, reencarnação é algo raro de se acontecer. Inteligente, eu vejo ambiciosa? Um pouco, leal... talvez, lufa-lufa quem sabe."

"Sim!" Ela pensou triunfante, qual a melhor de não se destacar do que isso? "Ponha-me na lufa-lufa".

“Lufa-lufa?" O chapéu parecia surpresa, "não, não, você faria melhor em outra casa, você é muito corajosa garota. Você seria melhor em grifinória, eu posso vê-la, esta tudo aqui em sua cabeça!”.

"Não!" Sophia negou ferozmente.

"Se você insiste" o chapéu parecia estar fazendo isso com relutância "melhor que seja: LUFA-LUFA!".

A tabela bateu palmas animadamente, e ela saiu do banco com a maior facilidade, um sorriso satisfeito em seus lábios.

Ia ficar tudo bem.

-

Um troll!

Um troll saiu das masmorras, e como ela tinha uma maldita sorte, ela estava no mesmo banheiro que Hermione no momento em que ele entrou.

Por que ela não apenas um pouco mais atenta? Ela poderia ter evitado isso.

Sophia estava gritando sua vida para fora, ela e Hermione.

Ron e Harry tinham entrado no banheiro á alguns minutos.

Ela se forçou a acalmar, tudo iria ficar bem! Ela sabia disso.

Não deu algum tempo e o troll estava no chão desmaiado.

“Você está bem?” Harry perguntou olhando para ela.

Droga, ela tentou se fizer tão pequena como possível.

“Sim.” Ela se obrigou a responder.

Harry abriu a boca, mas no mesmo momento professora Mcgonagall, professor Snape e professor Quirell entraram.

“Eu vir para cá professor, eu li sobre o troll em algum livro, e pensei que poderia derrota-lo. Harry e Ron me salvaram, e Sophia, ela só estava no banheiro.”

Sophia estava surpresa que Hermione tentou salva-la, dava um sentimento quente por dentro. Mas ela queria ficar longe.

Ela viu como Harry olhou para a perna machucada de Snape. E por um segundo Sophia queria apenas gritar que não era Snape, que Quirell estava bem ali, com Voldemort literalmente em sua cabeça.

Mas, mais uma vez, ela ficou calada, e saiu da sala murmurando uma rápido obrigada para Hermione, Ron e Harry.

-

Harry pegou o pomo, o quadribol era nosso.

Grifinória venceu!

-

Eles tinham perdido mais de 100 pontos para a casa, todos estavam furiosos com eles.

Era de se esperar.

Sophia já tinha se enturmado, ela tentou manter seu pensamento longe do trio de ouro ou qualquer coisa do futuro.

Tudo ia ficar BEM.

-

Eles conseguiram a pedra filosofal e derrotar Snape, e Sophia estava tão aliviada.

Aliviada que por algum momento ela pensou em dizendo tudo o que sabia para eles, mas vendo-os agora levar a taça das casas para Grifinória.

Ela percebeu que não precisava dela para isso.

Estava tudo bem.

- {Segundo ano, Hogwarts}.

Um ano, Harry Potter e a câmara secreta, se ela lembrava bem.

Gina estava sentada no banco, um chapéu colocado em sua cabeça.

Era obvio que ela iria para grifinória, todos sabiam disso.

Mas Ron não estava aqui para vê-la.

-

Ele tinha batido na arvores.

Ele não, eles, Harry e Ron.

Era realmente divertido ouvir a reclamação da Sra. Wesley.

-

Tudo tinha começado a ir mal, ela estava com medo, ela não ia mentir.

Alô, ela era uma nascida trouxa.

E a câmara secreta esta aberta.

Um basilisco estava à solta, que ótimo.

-

Ela pegou Gina escrevendo naquele diário novamente, tudo que Sophia queria era puxar aquilo de suas mãos e jogar no escritório do diretor, ele saberia o que fazer com ele.

Mas ela se segurou, era necessário.

-

Harry era o principal suspeito para o príncipe de Sonserina.

Ele falava a língua das cobras.

Ela já sabia disso.

Quando alguém lhe pergunta o que achava, ela apenas dizia que não tinha opinião alguma sobre isso.

Ela sorria e acenava doce, ela era uma lufa-lufa, e todo mundo acreditava nela instantaneamente.

Ninguém a conhecia realmente, nem seus amigos.

-

Ela tinha sido pega, ela estava petrificada, ela devia saber mais do que olhar no espelho não?

-

Gina foi salva por Harry, igual no livro, por que ela mesma duvidou de seu próprio conhecimento? Ela sabia.

Tudo estava bem novamente.

Ela não precisou intervir em nada.

Estava tudo bem.

- {Terceiro ano, Hogwarts}.

Sirius Black tinha fugido.

Todos estavam apavorados, mas ela não.

Ela sabia melhor, (como sempre.).

-

Sophia achou um cachorro grande e preto perto do colégio.

Levou apenas alguns dias para saber de quem se tratava.

Ela o alimentou, e cuidou dele devidamente, sempre o fazendo companhia.

Ela já tinha o pego olhar para ela, tentando decifra-la.

E pela primeira vez em sua pequena vida, ela disse algo de seu conhecimento.

Quando ela estava perto dele, sentado ao seu lado, Sophia acariciou sua cabeça levemente, e olhou em seus olhos cinzentos.

“Você sabe,” Ela o sentiu ficar todo tenso em seus dedos. Ela nunca tinha falado com ele, “Tudo o que você tem que fazer é atrai-los para longe dos outros. Rabicho não fugirá almofadinhas.”.

Ele a olhou com enormes olhos, totalmente chocado e parado.

Não tinha nada demais dizer isso, ele iria pensar isso mais cedo ou mais tarde.

Então ela apenas se levantou e saíram para o castelo novamente, seus olhos demorando em Cedric do outro lado brevemente, próximo ano...

-

Tudo tinha acontecido com previsto.

Sirius tinha aparecido em seu quarto um dia, ninguém mais estava.

Ele não estava mais em forma de cão.

E não estava com a roupa esfarrapada de Azkaban.

“Obrigado” Ele disse, meio rachado, gratidão em seus olhos, e talvez um pouco de questionamento.

Sophia assentiu, e vendo que ele estava prestes a perguntar, ela correu: “Não me questione.”.

Ele parecia que queria brigar, discutir, mas depois de um tempo ele suspirou e assentiu.

E saiu da sala.

Tudo estava bem.

- {Quarto ano, Hogwarts}.

Ela estava na copa mundial de quadribol, com seus amigos.

Era incrível!

Ela tinha visto Harry, Ron e Cedric, e parou por um momento para dar olá, antes de ir embora rapidamente.

Eles só puxam confusão.

-

A marca negra dobrava o céu, era horrível, e lhe fazia mal absoluto.

Sophia sabia que por ser uma nascida trouxa essa guerra era pior para ela.

-

Torneio tribuxo, mais mortes.

Ela não queria realmente ver isso, mas ela estava um pouco impressionada com as outras escolas.

-

Harry Potter.

Saiu do cálice de fogo.

Um suspiro coletivo saiu de todos, e o silencio foi abastecido.

Sophia só podia olhar para o jeito que Harry olhou totalmente perdido e assustado, assim como ele tinha olhado no primeiro ano.

Como alguém poderia achar que ele colocou seu nome?

-

Ela passou por Harry.

Ele estava devastado, ela podia ver isso.

E em um momento sem pensar, ela parou na frente dele.

“Huh, oi?” Ele pediu.

“Dragões,” Sophia disse, e vendo sua expressão confusa ela continuou. “A primeira fase, são dragões.”

E ela saiu, ignorando totalmente o chamado de seu nome.

-

Ele quase tinha sido pego pelo dragão, foi por pouco.

Sophia estava torcendo por lufa-lufa, pelo menos sua mascara era.

Sua mascara de doce e quieta menina, ela sabia que estava fazendo a escolha de ir para lufa-lufa.

-

Harry passou com dificuldade pela segunda fase.

Ele correu para ela um dia, falando obrigado e pedindo como ela sabia disso.

E depois ele agradeceu pelo o que ela tinha feito para Sirius.

Quando ele saiu, ela apenas sussurrou um leve desculpa.

Desculpa por não contar sobre Cedric.

-

Era o labirinto.

E Sophia se deu conta do que ela poderia ter evitado.

Ela estava tão vidrada nos livros que ela não se tocou que poderia ter evitado mais que o fim do enredo.

Ela poderia ter evitado mortes.

Ela não tinha se tocado ainda que eles não fossem apenas personagens fictícios, eles eram pessoas, com vida.

E ela se tocou disso quando Cedric apareceu morto, Harry desesperado em cima dele.

Só assim, Sophia se permitiu perturbar aquele pequeno mundo que ela estava vivendo.

- {Quinto ano, Hogwarts.}.

Ela estava morando perto de Harry agora, de acordo com seus pais era um bom local para o trabalho.

Isso dava a liberdade para ela soltar pequenas dicas.

“Dizem que o ministério sempre acaba em morte.” Salve Sirius.

“Monstros não são confiáveis.” Não confie no monstro.

Ele nunca entendia, mas ela sabia que ele ia entender um dia.

-

Ela estava na AD, Harry tentava muito para ensina-los, ela tentou fazer as coisas mais fáceis para ele.

-

Sirius Black estava morto.

A batalha no ministério tinha sido falha, ela tinha falhado.

Por que ela estava mesmo aqui? Ela não faria diferença alguma.

-

“Era isso que você quis dizer não é? No começo do ano.” Harry suspirou, ele parecia velho e cansado. “Monstros não são confiáveis, o ministério sempre leva a morte...”

“Sim.” Sophia respondeu honestamente pela segunda vez na minha vida, (A primeira tinha sido com Sirius.).

“Como?” Ele disse a voz rouca.

“Não me questione.” Ela pediu suplicante, do mesmo jeito que ela tinha pedido a Sirius o que parecia ser tantos anos atrás.

- {Sexto ano, Hogwarts.}.

Professor Slughorn era terrível.

Ele jogava favoritos, o que era simplesmente horrível.

Mas ela não estava preocupada com ele, ela sabia o que iria acontecer esse ano (como ela sabia o que iria acontecer em todos os outros.).

Ela estava amigável com Harry agora, mais ou menos.

Sophia ainda o evitava como uma peste.

“Harry...” Em um dia raro, ela o chamou. “Eu não voltarei para Hogwarts próximo ano.”

“O que, por quê?”

“Você vai entender.” Ele parecia desapontado.

-

Já era final do ano, Sophia queria tão mal dizer para Harry sobre o diretor, mas ela não podia.

Ela se forçou a ficar parada.

Lembre-se daquela paixão? Não era só paixão mais.

Maldita hora de morar perto dele.

-

Ele estava morto.

Um homem que todos achavam ser imortal estava morto.

Snape seria o diretor.

Todos estavam indo embora.

No ultimo momento, Harry apareceu para ela.

Ele deu um sorriso tenso.

“Harry?”

“Eu voltarei para você.” E ele a beijou, primeiro um selinho e depois se aprofundou suas mãos indo à volta de sua cintura desesperadamente.

“Eu voltarei...” Ele assegurou, e saiu.

“Harry” Ela murmurou.

Se ele descobrisse o quanto ela poderia ter mudado, o quanto poderia ter sido diferente...

Ele a odiaria.

- {Hogwarts, sétimo ano};

Ela não tinha voltado para Hogwarts, ela não era louca.

Pela primeira vez, Sophia não sabia o que iria acontecer a seguir.

Seus pais estavam preocupados, com os acontecimentos, com tudo.

Não foi até que Harry, Hermione e Ron apareceu em sua porta que ela entendeu o que Harry quis dizer com “Eu voltarei para você.”

“Você não vai fugir agora, é você?” Ron disse, tentando um sorriso. Ela sabia do que ele estava falando, no compartimento, ela tinha fugido deles.

“Não.” Ela se permitiu agir contra o enredo de uma vez por todas.

Era a batalha final.

-

“Harry!” Ela correu atrás dele.

“O que?” Ele disse apressado, ele precisava encontrar a tiara de Corvinal.

“Harry, me ouça, a sala precisa.”

“O que?” Ele pediu estupidamente.

“A sala precisa Harry, a tiara, ela está lá!”

E de repente ela se viu em mais um beijo dele, esse era desesperado.

“Caso der tudo errado,” Ele gritou enquanto subia a escada correndo, “Eu amei você desde a primeira vez que entrou no compartimento.”;

Isso tudo?

-

Harry tinha vencido Voldemort.

Ele estava lá, na frente dela.

Seus olhos cheios de amor, por ela.

“Largue a mascara.”

Pela primeira vez ela se permitiu totalmente ser ela mesma na frente de todos.

“Conte-me tudo.”,

Ela sorriu, ele não iria odiá-la.

Ia ficar tudo bem.


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