Alfred adorava o tempo chuvoso e frio que fazia em Nova Iorque naquela época do ano. Passava as tardes jogado no sofá de seu pequeno apartamento - enrolado em cobertas quentinhas -, aproveitando para comer besteiras e ver as reprises de seus seriados favoritos ou jogar videogame.

Naquele típico dia frio não seria diferente, no entanto, havia uma pequena novidade: Arthur Kirkland, seu namorado.

Arthur - um loiro de origem inglesa e belos olhos verdes - estava enrolado numa coberta ao lado de Alfred, com o qual discutia.

– Bloody hell, por que devemos assistir Supernatural tendo uma maratona de Doctor Who na BBC neste exato momento?

– Porque a casa é minha e a televisão também... Sem falar que prefiro ver os Winchester enfrentando demônios e outras criaturas sobrenaturais ao seu Doutor alienígena qualquer que viaja pelo espaço-tempo com alguma gostosa.

– Gostaria de saber a graça de assistir alguma coisa que o faz morrer de medo e comportar-se como um garotinho de cinco anos... E, para sua informação, meu Doutor não é um "alienígena qualquer que viaja no espaço-tempo com alguma gostosa" - disse o inglês com a voz carregada de desprezo - Ele é o último Senhor do Tempo, vindo de Gallifrey, e faz o possível e impossível para salvar o Universo e a Terra.

– Por Terra você quer dizer o Reino Unido, right?

– Ora, seu... - o loirinho abriu a boca para responder (e xingar) Alfred, porém foi impedido pelos lábios do americano contra os seus.

Foi um beijo rápido e os olhos azuis de Alfred o encaravam travessos.

– Quem disse que podia parar de me beijar? - disse Arthur, puxando-o pela gola da camisa para mais um beijo.

O americano sorriu consigo mesmo, nada como um beijo para calar o mais irritadiço dos ingleses.