Aqui estou eu, sentado na cadeira da varanda do hotel quando noto que há uma criatura deitada no chão falando sozinha. Fui até lá e perguntei: - Georg? O que você está fazendo? - Hm? Ah, oi Gustav. Estou conversando com as minhas amigas formigas. - E por que você está fazen... Ele me interrompeu dizendo: - Quer que eu te apresente elas? Essa aqui é a Casilda, essa é a Veruska e essa aqui é a Sebassstiana. - Sebastiana? - Nã-nã-não, é Sebassstiana. Tem que puxar o S. - Tanto faz. Levanta daí, as pessoas estão olhando. - E daí? Elas acham as minhas amigas carismáticas. Olha que bonitinha a Veruska carregando uma folha *-* - disse ele enquanto foi tentar fazer carinho na... Veruska – Ai, meu Deus! Eu matei a Veruska D: - Levanta daí antes que eu corte seu cabelo! Ele levantou na hora. - Eu estou com fome. Vamos tomar o café-da-manhã. Entramos no refeitório e fomos até a mesa que estava cheia de comida. Georg pegou apenas um pão com presunto e quando eu fui pegar um pedaço de bolo formigueiro Georg me deu um tapa na mão, que fez o pedaço de bolo cair no chão. - NÃO COMA ISSO! Formigas tem família, Gustav! - PARA COM ISSO! FORMIGAS NÃO SÃO GENTE! No bolo só tem chocolate, idiota! – peguei outro pedaço de bolo e me sentei à mesa. E Georg sentou do meu lado. - Olha, Gustav, uma... - AAARGH! – comecei a bater na mesa, chamando a atenção e todo o refeitório e logo depois ouvi um choro de bebê baixinho. - Calma, eu só ia falar que tinha uma manchinha. Você ta precisando de um psiquiatra. - EU? EU TÔ PRECISANDO DE PSIQUIATRA? EU? VOCÊ É QUE TEM PROBLEMA, GEORG! É VOCÊ! - Com licença... – uma voz doce disse. - O QUÊ?! – perguntei irritado e ofegante. A menininha de maria chiquinha se assustou. - Pode me dar um autógrafo? :) - Ah, claro. Qual o seu nome? - Mia. - “Querida Mia, - falava enquanto escrevia – que quando você crescer não conheça nenhum problemático que fique te enchendo o saco com o assunto ‘formigas’. Ah, coma frutas e legumes e não fuja da escola. Com amor, Gustav Schäfer” Pronto. – entreguei o bloquinho de papel a ela. - Ér... obrigada. – ela se virou e ouvi ela falar baixinho “mas eu só pedi um autógrafo”. Ops. - Ei, Gustav – chamou Georg. - O que foi ago... E ele joga um copo de água na minha cara. - Por que você fez isso? – tentei não explodir novamente. - Achei que seria legal. - Ah, eu vou embora daqui... E não me siga. Levantei e voltei para o quarto para tomar um calmante.