Tudo começou a 6 anos atrás. Eu estava tomando café na cafeteria do centro de Gotham City depois da separação dos Titãs e a morte da Rachel. Tudo isso abalou a equipe. Principalmente eu, depois do rompimento que tive com Richard Grayson : O atual Asa Noturna. O antigo Robin.

Eu não tinha pra onde ir. Depois de várias decepções nessa maldita cidade, eu decidi ir embora. Ficar ali só ia piorar minha tristeza, nunca poderia cair no esquecimento. Eu ia embora daquela cidade nessa mesma noite. Eram só 3 da tarde, eu tomando um café quente com um pedaço de torta dessa cafeteria. Que decepção é a Terra.

Quando olhei por cima da xícara de café, percebi um homem me encarando. Olhei meio desconfiada para ele, mas ele continuava a me olhar profundamente com os olhos nos meus. O encarei também, e ele abaixou a cabeça voltando a ler um jornal. Isso foi estranho, não me lembro de alguém me olhar daquele jeito. Quando ele olhou pra mim de novo, eu estava o encarando também, mas fiquei envergonhada e abaixei a cabeça dando uma risadinha. Tomara que ele não tenha percebido.

Quando voltei a olhar ele se levantava da mesa dele e veio direto para mim, passando rápido deixando cair um folheto branco. Não deu pra ler ele no chão, mas parece que deixou cair de propósito. Ele passou apressado e eu percebi que ele jogou o papel. O apanhei do chão e li em voz baixa o que estava escrito em letras formais:

“ Estava tomando meu café quando olhei pra você linda mulher. Me impressionei com sua beleza escultural. Linda eu diria a todos presentes.

Mas eu queria me desculpar My Lady, estou sendo muito abusado não é? Minhas sinceras desculpas.

Eu percebi que você tem um dom maravilhoso, um corpo jovem de espírito libertador querida. Se me permite dizer assim. Eu me impressionei com você em tudo, tudo mesmo. E com isso, se não for um atrevimento ou pedir demais, eu queria convida-la para jantar comigo no restaurante francês aqui do centro, é perto deste café dobrando a esquina da 1 avenida que você ver. Quero te conhecer melhor My Lady. Meu nome é Carlos Cárdenas. Se não for, vou saber se não aparecer no restaurante. E para finalizar, sou empresário de moda de Páris e estou de visita a Gotham City. Obrigada por ler minha admirada carta belíssima senhorita!”

P.S: Acabei esquecendo My Lady, o horário do encontro será as 9 da noite, se não for ter nada mais importante para fazer.

Fiquei muito admirada com a forma daquele rapaz de escrever e falar de mim. Eu queria mesmo fugir da cidade nesta noite, ma parece que a sorte entrou no meu caminho.

Sai do café a procura de um Hotel mais próximo. Isso de querer ir a um restaurante francês em Gotham conversar com u desconhecido é realmente uma loucura. Mas eu sei que se ele tentar fazer algo comigo, eu estarei pronta pra atacar. Se isso for verdade, eu estarei super feliz de participar da moda. Eu sempre gostei de me vestir bem, inclusive quando a Rachel era... bem... viva... eu obrigava ela a ir ao Shopping comigo. Pobre Rachel. Nasceu em uma família amaldiçoada pelo próprio pai, e ainda ter de servir a ele como demônio. Isso é terrível.

Cheguei finalmente a um pequeno hotel de porte importante, porque aliás, ficava na parte mais segura de Gotham. Existe um lado seguro nessa cidade? Pelo menos, as pessoas dizem isso.

Aluguei um quarto para uma semana no máximo. Eu queria ter a chance de encontrar algo pra fazer da minha vida. Voltar ao meu planeta será a última das últimas opções que terei para seguir caminho. Depois de ter me casado a um acordo de paz com outro planeta pra deixar o meu povo seguro, não quero mais passar por aquilo. Ainda mais porque estava em um relacionamento com Richard. Não quero mais lembrar dele.

É, não consigo esquecê-lo desde o nosso rompimento oficial. Eu ainda o amo. Isso não vou negar. Mas agora é hora de olhar pra frente. Agora eu vou mudar pra melhor.

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Eram 8 : 37 da noite. Eu estava praticamente pronta para o meu jantar com o empresário. Eu tinha algumas roupas elegantes que comprei quando estava ainda nos Titãs. Eu vesti um vestido vermelho um pouco colado, porque ressaltava meu corpo. Ele era de mangas compridas com um decote discreto. Coloquei uma sandália - salto preto para combinar com o vestido. Uma bolsa média sem alça com bordados de mosaico, meu cabelo solto ondulado, um batom vermelho escuro e uma maquiagem leve nos olhos com lápis contornando meus olhos. Eu gostei do meu cabelo assim. Mudei ele depois de começar a namorar com Dick ( Richard).

Sai do hotel e entrei em um taxi que chamei mais cedo. O taxista dirigiu até a 1 esquina perto do café e eu pedi pra ele parar. Paguei e segui para onde deveria estar o restaurante. Cheguei a um restaurante francês La Rosa Del Amor e entrei. Lá dentro, várias mesas ocupadas por pessoas muito elegantes. Ainda bem que me arrumei bem também. Alguns cantos do restaurante eram pequenas varandas que davam para um vista da cidade. Era realmente lindo. Olhei o grande relógio da entrada do restaurante e já eram 9 horas em ponto.

Uma mocinha com uma roupa formal e bem arrumada com um coque, vestido longo e uma caderneta na mão chegou até mim.

- Posso ajudar a senhorita? – Ele era bem bonitinha. Parecia ser bem nova.

- Claro, obrigado. Estou procurando... – Não consegui terminar. Um homem bem vestido de terno e cabelos bem arrumados veio até mim e pegou meu braço entrelaçando no dele. O olhei surpresa e percebi que era o mesmo homem que mandou a carta pra mim, do café de hoje a tarde.

- Pode deixar Lila, ela está comigo! – O sorriso dele era gratificante.

- Claro senhor Cárdenas, colicença. – A mocinha saiu direto para dentro do restaurante.

Carlos, pelo que me lembro o nome dele, me direcionou para dentro do restaurante com ele falando mais.

- Hum... quer dizer que a linda Lady veio! Que felicidade você me deu querida... se me permite te chamar assim. – Ele sorriu de novo, com mais gratificação.

- Sim senhor Cárdenas, eu fiquei curiosa com sua proposta a acabei vindo... olha como são as coisas. Eu ia sair da cidade hoje mesmo.

- Que sorte a minha ter te impedido, não é? Você é encantadora senhorita...

- Anders... Meu nome é Kory Anders. Mas pode me chamar de Kory senhor. – Eu estava até confortável com ele.

- Que nome mais lindo... Kory Anders... maravilhoso! E, bem. Você já sabe meu nome e não permitirei que me chame mais de senhor. – Seu tom de voz era de desculpas.

- Claro... Como então devo chama-lo?

Ele começou a rir. Acho que isso foi patético da minha parte. Ele deve estar pensando que sou uma idiota mesmo.

- Encantadora... pode me chamar de Carlos princesa! – Bem, ele me chamou de princesa. Mal ele sabia a verdade.

Chegamos a uma das varandas que dava para a bela vista da cidade. Tinha um garçom esperando por nós na entrada. Ele retirou a cadeira, ou melhor, poltrona do lugar e indicou a mão para mim. Me sentei, e Carlos fez o mesmo.

- Senhor, o cardápio está na mesa! Quando for fazer o pedido, toque a campainha. Colicença senhor Cárdenas. – O garçom saiu apressadamente em direção a cozinha.

Carlos pegou o cardápio e o folheou sem paciência. Depois o deixou cair na mesa.

- Kory... o que vai pedir? O prato de hoje recomendado pelo chef é Quiche Lorraine. Parece delicioso. – Carlos olhou pra mim com as mãos cruzadas na mesa me encarando.

- Ah... parece bom mesmo. O nome já diz! – Dei uma risadinha para disfarçar que eu não sabia que comida era aquela. – Acho que vou pedir esse mesmo.

- Querida... Se não souber que prato é esse, pode escolher outra coisa. Sabe o que é composto esse prato? – Ele dizia com toda a atenção em mim.

- Bem... não, na verdade não. Olha Carlos, eu fui a um restaurante francês há muito tempo, e não conheço muito a culinária desse país. – Fui mais sincera que pude. Eu não gosto de mentir.

- Tudo bem Lady... Mas parece muito bom. Olhao chef descreveu ele no cardápio: feito de presunto e gruyère, alho francês e roquefort , legumes verdes e pesto. É uma excelente base que se adapta com prazer, segundo o chef, às estações e aos desejos...

- Hum... parece ótimo. Vou pedir ele. E você Carlos?

- Que engraçado... adoro quando você pronuncia meu nome Lady! Vou também pedir esse prato, pra acompanhar você princesa. – Eu não estava maluca, mas o sorriso dele era de derreter qualquer mulher.

- Você é encantador Carlos. Admiro muito você! – Apoiei meu braço na mesa e sorri para ele.

- Você é linda e encantadora Lady... estou me apaixonando... – Ele deu uma risada muito prazerosa. Até eu ri também.

Carlos tocou de leve o dedo na campainha. O garçom apareceu segundos depois.

- Então senhor Cárdenas, o que vai pedir hoje?

- O prato recomendado pelo chef, por favor. E para acompanhar... – Carlos pegou o cardápio e analisou de novo. – Para acompanhar vou querer o melhor vinho da casa. – Ele sorriu para mim e eu retribui.

- Só isso senhor?

- Claro, obrigado!

O garçom saiu e foi a cozinha. Carlos olhou pra mim de novo.

- Bem querida... vamos nos conhecer melhor enquanto o pedido não chega?

- Claro! Eu adoraria te conhecer melhor. – Sorri pra ele, e ele devolveu um que derreteu meu coração...

- Lady, quantos anos você tem? Sempre quis saber desde que te vi... – Ele sorriu de empolgação colocando o braço na mesa assim como eu.

- Tenho 22! E você?

- 27... parece que tenho muita sorte! – Ele sorriu calorosamente.

Conversamos muito mais, falando sobre negócios, coisas passadas, amores já perdidos. A comida chegou logo depois de eu ter falado sobre Richard. Ele ficou pensativo, mas depois sorriu pra mim como se fosse amigo meu há muito tempo.

O garçom despejou o vinho nas duas taças e saiu. Carlos pegou a taça dele e ergueu indicando pra mim fazer o mesmo. Eu fiz.

- Um brinde a nossa amizade... uma longa eu espero! – Ele riu bem mais forte e bem mais feliz do que antes.

- E um brinde a nossa felicidade! – deu também um risada do mesmo tom dele.

Brindamos e comemos rindo de um francês do lado criticando a comida.

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Quando saímos do restaurante, ele me guiou até o carro dele e eu assustei.

- Onde vai me levar? – Eu disse assustada.

- Lady... somos amigos agora, e olha que eu disse sério que estava me apaixonando por você... e por isso, vou te levar em casa. – Ele abriu a porta do carona e estendeu a mão para eu entrar.

- Olha Carlos, eu posso pegar um táxi, aliás eu estou hospedada em um hotel.

- Nada disso Kory, vou te deixar no hotel assim mesmo. Já viu quantas horas são? Já são meia noite.

- Eu sei, mas...

- Nada disso, entre no carro e te levarei em casa.

Não teve outro jeito. Entrei no carro e ele circulou ele pela frente e entrou no lado do motorista.

- Olha, onde fica o seu hotel? – Ele olhou pra mim curioso com aquele olhar que eu já conhecia.

- Bem... sabe onde fica o café?

- Sim, estava hoje lá e você sabe. – Ele olhou pra mim rindo.

- Vá para a avenida principal e siga reto.

- Ok!

Nem tinha percebido direito, mas já estávamos na avenida principal. Entramos em um engarrafamento muito grande.

- Nossa, parece que aconteceu algo lá na frente.

- É, parece, pra ter um trânsito desses... – Eu disse bem desinteressada.

- Talvez o rádio diga alguma coisa, não é?

- Talvez.

Carlos ligou o rádio no primeiro número e nós ouvimos uma voz histérica de uma mulher.

“ O fogo continua e os bombeiros ainda não conseguem controlar a água da mangueira. Os hidrantes ainda não recebem água porque os encanamentos ainda não estão prontos. Repetindo pra quem chegou agora... Um incêndio atacou o armazém do lado do hotel Hetfield’s. Infelizmente o fogo pegou um lado do hotel e estão controlando o fogo para que não espalhe por todos os quartos. Até agora que podemos saber é que só a recepção pegou fogo, mas felizmente não vai pegar outros lugares...”

Me assustei apavoradamente enquanto Carlos desligava o rádio.

- Carlos... esse era o hotel que eu estou hospedada... não vou poder voltar lá agora. – Eu disse com a mão na cabeça.

Carlos passou a mão no meu rosto e eu relaxei. Estava realmente gostando dele.

- Querida... porque não vem e fica no mesmo hotel que eu? Posso alugar um quarto pra você! – Ele me olhou carinhosamente.

- Não, não quere te incomodar com... – Ele pôs o dedo na minha boca. Isso fez meu coração acelerar.

- Não diga nada, eu tenho muito dinheiro e você sabe disso! – Lembrei do restaurante...

- Se não te incomoda...

- Claro que não Lady. Vamos sair daqui!

Ele entrou em uma rua muito bem iluminada e sem becos esquisitos que as outras ruas tinham. Dobrou uma esquina e entramos em um hotel muito, muito bonito! Eu já tinha visto aquele lado da cidade. O lado mais chique da cidade. Entramos em um estacionamento e ele estacionou o carro dele.

Carlos saiu do carro e abriu a porta pra mim. Sai e ele trancou o carro com o alarme que fez um barulho estrondoso. Estávamos sozinhos, além das câmeras de segurança.

- Olha... vamos pegar o elevador e você escolhe se quer ficar na cobertura ou não. – Ele sorriu pra mim. Adorava o sorriso dele.

- Tudo bem, obrigada...

Subimos para a recepção e lá tinha um enorme salão com um enorme lustre no meio. Carlos chegou a umas poltronas de espera e me sentou lá pelos meus ombros.

- Lady... fique aqui enquanto eu reservo seu quarto, ok?

- Ok! – Ele saiu e fiquei sozinha.

Depois de cinco minutos, ele estava do meu lado com uma chave. Estendeu a mão pra mim e eu a segurei com a minha. Fomos ao elevador e entramos de imediato.

- Olha Kory, que sorte eu tenho. Seu quarto fica no mesmo corredor que o meu! – Ele falava com toda felicidade. Pude sentir.

- Que legal Carlos! – Também retribuí a felicidade. Não era pra menos.

Chegamos a um corredor com um tapete vermelho e em volta vasos de flores lindas. Rosas.

- Aqui é lindo demais. Obrigado Carlos por tudo. - Me virei para ele e percebi que estávamos muito próximos.

- Olha, kory, eu gosto muito de você. Nem me importo se nos conhecemos hoje, mas foi uma das minha melhores noites! – Ele sorria animadamente

- Eu também não me importo se nos conhecemos a uma noite, mas já sinto algo diferente por você...

Estávamos tão próximos. Ele se aproximou ainda mais de mim e me beijou. Nossa, ele me beijou. No começo eu senti algo que não me deixava fazer aquilo, mas depois me entreguei apaixonadamente a ele.

Enlacei meus braços no pescoço dele, e ele me pressionou para ele colocando as mãos na minha cintura. Nos beijávamos com tanta paixão que ele me empurrou para a porta do quarto dele e a abriu com um só lavanco. Eu entrei junto dele.

Ele me guiou até a cama. Depois passou da minha boca para meu pescoço. Ah não! Meu ponto fraco não!

- Carlos... acho que isso vai resultar em uma coisa mais forte...

- Também concordo... quer mesmo fazer isso? – Conversávamos em suspiros.

- Esse deve ser o remédio pra mim esquecer outras coisas... – Elevei a voz, e ele percebeu minha indireta.

- Meu sonho está se realizando... encontrei a mulher mais linda... eu te amo Kory! – Aquilo foi como um enforcamento pra mim. Suspirei alto e disse.

- Querido... eu também te amo!

Ele deixou meu pescoço e foi tirando meu vestido desde meu ombro... devagar...

Ele também tirei seu casaco do terno, e depois sua blusa. Ele tinha um corpo maravilhoso. O peitoral musculoso. Era meu remédio do esquecimento!

Nos deitamos na cama e ele beijou todas as partes do meu corpo. Tocou nos meios seios , sua mão quente e úmida fez eu tremer. Ele deu uma risadinha engraçada.

Quando me dei conta, estávamos completamente nus em cima da cama. Os beijos foram com mais intensidade do que eu imaginei. Ele realmente era a minha cura. Eu amei tocar nas suas costas, tanto que ele gemeu quando passei as unhas por elas. Estávamos no auge do “tocar”.

Passamos a fase 2, onde começava a melhor parte. Ele fazia aquilo com tanta determinação. Eu me sentia no céu. Eu estava incondicionalmente apaixonada por ele. Terminamos aquilo com os lençóis da cama todos molhados de suor. Ele pegou outro cobertor branco e nos cobriu. Depois, me abraçou timidamente ofegando pelo cansaço.

- Kory... minha lady... eu te amo, como nunca amei outra mulher antes. – Ele sorriu pra mim e eu retribui.

- Carlos... eu também te amo... tudo isso na mesma noite! Que engraçado. – Eu ri também e ele me abraçou mais forte.

É. O amor me venceu.