Acordei. Mas não abri os olhos ainda estava sonolento. Não sabia definitivamente que horas eram nem nada desse tipo, no lugar onde vivo o céu é sempre escuro e sombrio independente de horas ou qualquer coisa do tipo. Se eu tinha uma casa, bem... tecnicamente o lugar onde vivo pode ser considerado uma casa, todos se ajudam e se respeitam, mas não temos um lugar certo de dormir nem nada disso.

–- Hey, Hyesung! Se levante! Já é noite no mundo normal, nós temos que ir trabalhar! – Parecia a voz da minha irmã me chamando, mas ainda sim parecia estar muito distante – HYESUNG!!! ACORDE LOGO OU VOCÊ VAI SE ENCONTRAR COM NOTCH NO FUNDO DO MAR!!!

Meus olhos se abriram e instintivamente com um teleporte eu fiquei de pé. Esfreguei meus olhos que apesar de abertos ainda estavam tentados a fechar, entretanto eles se abriram com mais força quando eu vi a expressão da minha irmã. Hyeshin minha irmã. Assim como eu ela é uma Enderman, mas diferente de mim ela tem cabelos castanhos, é notavelmente mais alta que eu, apesar de nós termos nascido na mesma hora do mesmo dia, nossas personalidades vieram totalmente adversas.

–- Nossa! Achei que você tinha morrido ou algo assim – Ela reclamou.

–- Hyeshin. Você disse algo sobre me jogar no mar e ver o Notch? -- Perguntei inocentemente. Não. Minha voz suave fazia parecer que eu perguntei inocentemente.

–- O que? Mar? Notch? Porque eu diria uma coisa dessas de você? – Ela ficou me encarando sua expressão mudou de falsa inocência para algo como extremamente afetiva, ou explicitamente psicótica se assim preferir – Awwnt! Diz meu nome de novo, por favor, por favor, por favor! Você fica tão fofo falando sonolento! – Ela começou a andar em minha direção.

–- Não se aproxime! – Exclamei, mas ainda sim ela se teletransportou para trás de mim e me agarrou pelas costas.

–- Ei. Agora você faz o que eu disser... – Após ela dizer isso eu me teletransportei para outro lugar, ela fez o mesmo e nós ainda ficamos na mesma posição.

–- Do que você está falando Hyeshin? – Fiz outro teletransporte, ela fez o mesmo. – Eu posso não ter tanta força como você, mas se nós formos ficar nos teletransportando assim você sabe quem sairia vitorioso não? – Tentei sei o mais ameaçador possível, mas era difícil com a minha aparência e voz.

–- Você tem razão – Ela me soltou – Mas anda logo nós temos que abastecer o tesouro pessoal da Ender Dragon. Bem eu acho que você já está pronto, mas provavelmente nós vamos ficar em zonas diferentes então tome cuidado e confie nos seus colegas de trabalho.

–- Eu sei...

–- E se algum garoto confundir você com uma menina me avise. Então eu faço ele experimentar o verdadeiro terror e brutalidade, porque ninguém toca no meu irmãozinho fofo! E... ah! – Sua expressão ficou realmente seria agora – Hyesung, por favor, fique longe de construções, casas, ou qualquer outra coisa relacionada com humanos. Não faça nada imprudente.

–- Sim mana... não farei.

Ela me deu um aceno com a cabeça, apesar de ser meio idiota e psicótica atrás de coisas fofas, ela não é boba nem nada, sabe muito bem sobre os perigos e consequências que o mundo lá fora pode trazer nós. Eu também sabia porem eu gostava de me arriscar.

Ela soltou um sorriso amigável, eu respondi com um sinal de positivo. E então “Vuush”, nós dois viajamos entre o plano dimensional do tempo-espaço. Quando minha visão voltou estava escuro, porém mais claro que o The End. Esse mundo tinha a visão da lua, e árvores por toda a parte, também pequenos insetos que faziam barulho ao anoitecer.

Olhei em volta, ninguém da minha raça estava por perto, somente alguns outros Mobs hostis. Comecei então a fazer meu trabalho diário.

–- Retirar blocos, levar blocos – Murmurava enquanto fazia, ficava repetindo isso toda vez que lembrava de como esse trabalho era entediante.

Um garoto esqueleto fazia flechas aparecerem magicamente em sua mão, mas não tinha nada nem ninguém em que pudesse atirar, pelo menos eu não vi nenhuma construção por perto, apenas campo aberto.

–- Ei voce – Disse o garoto esqueleto que parecia já ser um adulto – O que está fazendo? – Me virei quando percebi que ele estava falando comigo.

–- Só estou fazendo o que eu faço sempre. Retirar blocos, levar blocos... E vocês? – Disse no plural quando percebi mais alguns esqueletos e até zumbis por perto.

–- Acho que me passaram uma falsa informação. Disseram que aqui é caminha para uma vila de humanos e que logo eles passariam por aqui.

–- Talvez tenham pegado uma rota diferente – Disse eu.

–- Não, eles nunca pegam – Afirmou outra voz que parecia ter vindo do nada. Então mais um garoto desceu das arvores, cabelos pretos olhos vermelhos, e um bom escalador, além das pequenas mais visíveis presas em sua boca. Se encostou na arvore com os braços cruzados e uma expressão rebelde – Eles são previsíveis, mesmo sabendo que se aventurar a noite é perigoso tenho certeza que farão isso.

–- Mais se isso demorar demais não vou poder ficar aqui até de manha – Reclamou o esqueleto.

Senti um tipo estranho de formigamento na espinha, então em instinto deu um rápido teletransporte, antes de algo passar zunindo no lugar em que estava antes. Assim que o objeto se cravou na arvore pude perceber o que era.

–- Uma flecha... – Concluiu o garoto aranha – Eles estão aqui.