Reviravoltas escrita por Imagine


Capítulo 15
Primeiro passo


Notas iniciais do capítulo

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O resultado deu positivo, nós éramos compatíveis. Meus olhos encheram de lágrimas, não estava acreditando.

– Moça lê o que tá escrito aqui por favor?! - Pedi para recepcionista, pois realmente não estava acreditando.

Ela passou os olhos rapidamente pelo papel.

– Você é compatível! Parabéns - Me disse sorrindo.

– Obrigado - Retribui o sorriso.

Corri até a sala do doutor, mas no caminho esbarrei em uma mulher, derrubando-a no chão.

– Garoto, presta atenção por onde anda. Se você não sabe isso aqui é um hospital não uma pista de corrida.

Assim que ela olhou para cima vi que era Diana.

– É claro que tinha que ser você, já disse que não quero ver você aqui - Esbravejou.

– O hospital não é seu! Qualquer pessoa entra aqui na hora que quiser, e não tem só a Kate internada aqui - Respondi grosseiramente.

Ela ficou furiosa, mas nem dei tempo à ela e saí correndo.

Eu estava agitado, havia um paciente saindo da sala do doutor George entrei rapidamente em seguida, ouvi algumas pessoas na sala de espera reclamando de mim por ter passado na frente, mas fechei a porta e não ouvi mais nada.

Sentei-me e estiquei meu braço para lhe entregar o papel com o resultado e um sorriso enorme no rosto.

– Olhe doutor.

Ele colocou seus óculos de lentes grossas e leu atenciosamente.

– É Tyler você estava certo, parabéns! - Disse apertando minha mão.

– O primeiro passo está dado, agora vou te passar uma bateria de exames para ver como anda sua saúde. Você realmente está disposto a fazer isso? - Perguntou encarando-me nos fundos dos olhos.

– Eu tenho certeza, mas quero que seja de forma anônima, não quero que ninguém saiba.

– Ta bom Tyler.

– Posso te pedir mais um favor?

– Claro, se eu puder te ajudar...

– Deixa eu ver Kate, mesmo que seja de longe.

Ele pensou por uns instantes, analisando meu rosto, por fim concordou.

– Vou deixar Tyler, mas isso tem que ficar entre nós. Ela está em coma induzido e não pode receber visitas. Você só poderá vê-la através do vidro da sala.

– Pode deixar doutor. Nem sei como agradecer o senhor por tudo que vem fazendo.

– Só estou fazendo meu trabalho, você que merece parabéns pelas suas atitudes.

Apenas sorri.

Fomos até a sala onde Kate estava, que ficava em um outro andar mais distante do público.

Andei lentamente até o vidro, ela estava visivelmente diferente, estava mais magra, pálida, alguns machucados marcavam seu rosto. Vários aparelhos faziam barulho ao mesmo tempo. A cena daquele dia passou pela minha cabeça como um filme, era inevitável não me sentir culpado.

George se aproximou ecolocou sua mão em meu ombro.

– Ela vai ficar bem!

Imediatamente escorreram algumas lágrimas dos meus olhos, sequei rapidamente com a manga da blusa, para que ele não percebesse.

Fui para casa com um monte de papel nas mãos, entre eles a autorização para minha mãe assinar.

No dia seguinte acordei com minha mãe abrindo as cortinas do meu quarto, puxando minha coberta em seguida.

– Que isso mãe? Deixa eu dormir! - Falei com os olhos quase fechados, puxando minha coberta de volta.

– Levanta, você vai para escola hoje e não tem desculpas, já faltou demais.

– Ah não mãe, não quero ir - Estava um pouco receoso em voltar.

– Não estou perguntando se você quer ou não! Você nem está doente.

Levantei relutante, calcei meus chinelos, peguei minha toalha no guarda-roupa e fui para o banheiro.

Me olhei no espelho meu cabelo estava todo bagunçado, meus olhos pequenos de tanto dormir e tinha algumas marcas do travesseiro em meu rosto.

Tomei banho, peguei minha mochila na poltrona do meu quarto, peguei uma maça verde na fruteira e saí para pegar o ônibus. Não me acostumo com essa ideia da minha mãe não querer me dar um carro.

Assim que cheguei na escola passei pelo corredor para ir ao meu armário, todos me olhavam com um olhar de nojo ou até mesmo de medo.

Subi para sala e aconteceu a mesma coisa todos me olhavam como se eu fosse um E.T, eu não estava confortável com essa situação.

Sentei como de costume na última carteira, Derick e John não dirigiram a palavra à mim durante a aula inteira, Lucy sentou-se ao meu antes da professora chegar na sala.

– Oi, tudo bem?

– Oi, tudo sim e você.

– Estou bem.

– Você sabe por que todo mundo está me olhando assim? - Perguntei.

– Alguém espalhou um boato de que foi você quem atropelou Kate, e como faltou todos esses dias, serviu para que as pessoas acreditassem nessa mentira - Disse Lucy em voz baixa para que ninguém escutasse.

Pensei quem seria tão cruel para fazer isso. Mas não tinha respostas para isso.


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