Narrador POV

"Você não vai para Tokyo!", ordenou Seijuurou, ele estava furioso com Tsuki, ela queria ir com ele para a Inter High sendo que a mesma tinha que estudar, como não era de clube nenhum não devi ir.

"Mas eu quero, qual o problema em ficar com o meu namorado?", a morena agarrou no braço do ruivo.

"Você tem aula, já é burra igual uma porta, obedeça minhas ordens, eu sou absoluto", o capitão tirou seu braço do meios dos seios fartos que lhe apertavam, ele ainda se perguntava por que estava namorando essa doida.

Akashi POV

Por que estou fazendo tudo isso para esquecer Lise? Tive que pegar logo a primeira maluca que veio no meu caminho?

Tenho certeza que se não me enfiasse em algo logo ia pegar aquela loirinha e fazer um novo Akashi, por mais que eu queria casar virgem para ter uma relação perfeita ficar perto dela meus hormônios se tornam afoitos, meu sangue ferve e não me controlo direito, entretanto só fico assim quando estou muito tempo longe, não a tenho o tempo todo perto, isso me lembra a primeira vez que fiquei com essa vontade... Esqueça logo isso Akashi Seijuurou, aquilo não era você.

Já com Tsuki a história é outra, não sinto vontade de casar puro, todavia também não quero transar com ela, falando nela, a mesma me encarava confusa.

"Seiuurou...", a garota me chamou, me arrepiava de raiva quando Gerstner me chama pelo nome, me irrita demais, ela não tem esse direito.

"É Akashi, eu já disse", proferi com os dentes mais cerrados, trincava de tão furioso que eu ficava.

"Bem, Akashi, por que você nunca me beija de verdade? São somente selinhos", por que não sinto vontade mulher, não quero, era isso que eu queria responder, no entanto jurei a mim mesmo que daria uma chance a outra pessoa, Tsuki não é de todo ruim.

"Fique satisfeita por que eu pelo menos te beijo", como de costume olhei com indiferença, me esforço para tratá-la com carinho, não me sinto confortável, ela me parece uma masoquista, pois só sorri quando a lhe refiro com menosprezo, céus chega de loucas na minha vida!

Narrador POV

Akashi concluiu a conversa voltando a ordenar para ela não ir, muitas vezes a morena dizia que perder algumas aulas não faria diferença, ele não acreditava, para o imperador até mesmo Kise ou Taiga era mais inteligente que ela.

O capitão estava pensativo e decidiu caminhar um pouco, liberou seu motorista e disse que voltaria para casa a pé, não era tão longe.

Em um parque onde os olhos heterocromáticos conseguiam enxergar viu uma baixinha que parecia uma gata que atacaria a qualquer momento, o ruivo chegou mais perto para que pudesse ouvir, na verdade seu corpo se locomoveu sozinho.

"Devolve minhas alianças", a baixinha gritava para o homem que segurava o colar quebrado onde continha duas alianças de ouro branco.

"Gatinha, você não precisa disso, você é da Rakuzan né? Já te vi algumas vezes com o uniforme, é rica, isso aqui é lata velha para estudantes desse colégio de elite", disse o homem com sorrio escárnio balançando o colar.

Lise olhava com raiva, queria o que era dela, queria atacá-lo, porém ela não estava muito bem, por isso tinha decidido dar uma volta até ser abordada pelo ser a sua frente, antes que pudesse fazer ou dizer algo ele tinha sido socado por alguém que a loura não tinha visto, a única coisa que permaneceu em seu campo de visão foi seus anéis rolando pelo chão.

“Quando ela disser para devolver, você obedece sem reclamações nem questionamentos”, uma voz arrogantes.

“Que frase familiar… Seijuu-”, os pensamentos da Kise foram interrompidos quando viu as madeixas louras.

“Não gosto de bater nos outros, não faça mais isso”, Naruko verificou se estava tudo bem com o garoto e mandou ele ir embora, o que mais se passava na cabeça do suposto ladrão era o quão doido aquele menino podia ser, uma hora todo arrogante e lhe dá um soco e depois vê se está tudo bem e ainda se despede com um sorriso doce.

“Ele estragou meu colar...”, a gerente pegou as alianças e tentou colocá-las em seus dedos, só que a masculina não cabia nem em seu polegar.

“Ruivo idiota de mão grande...”, reclamou olhando para sua mão.

Seijuurou olhava tudo com atenção, ele pensava em ir ajudá-la, vai que inventassem de fazer algo verdadeiramente ruim com a menina. Eram poucas as vezes que o ruivo a via por tanto tempo.

"Eu vou de dar outro colar loirinha", proferiu Asahi olhando a garota que encarava triste os anéis.

"Você não tem nem onde cair morto, não fale essas coisas", Lise sabia que Naruko era precário na questão financeira.

"Eu te prometo!", a louro fitou a nanica com aqueles olhos violetas, não podia negar que ele é um homem muito bonito.
Akashi achando nojo de toda aquela melação sai de lá.

"Eu também poderia dar um colar a ela, um muito melhor", Seijuurou estava manhoso para falar, uma cena nunca vista e vai continuar sem ninguém vendo.

"O que estou falando, isso não sou eu", o jeito arrogante do capitão voltou em segundos.

"Onde pensa em enfiar essa estupradora desprezível?", o desprezo era visível nos olhos verdes.

"Ela tem que voltar comigo Lise-nee, vou levá-la", o copiador tentava intermediar com a irmã irritada.

"Mata essa criança logo e pare com toda essa desgraça", a baixinha cruzou os braços, por mais alta que Masaki podia der não podia se comparar a aura intimidante da gerente.

"Eu já disse que esse bebê vai nascer", Kise levantou a voz assustando a gêmea.

"Você quem sabe!", saiu irritada batendo os pés.

"Masaki, você tem sorte", apesar de não gostar nenhum pouco da situação Ryouta conseguia ser gentil.

"Sorte de que? Sua irmã me odeia!", esbravejou, a morena se assustava cada vez mais com a versão feminina do pai de seu filho.

"Essa não é a verdadeira, se fosse minha irmã mesmo, essa criança nunca nasceria nem mesmo se eu tentasse impedir", explicou lembrando das várias coisas que Lise poderia fazer.

"Dubla personalidade?", questionou estarrecida, aquela loura não parava de surpreender.

"Mais ou menos isso, contudo lembre-se, quando esse bebê nascer, quero você fora da minha vida", os olhos dourados se tornaram frios, na visão dele, só estava lá para proteger a menina que gerava a criança, não queria que um inocente morresse, já a mãe não fazia diferença, o bebê devidamente nascido, ele só daria assistência financeira, afinal ele não o fez.

"Essa família... Onde eu me meti, se bem que... Eu amo tanto Kise-kun", Kawamura foi para seu quarto pensando no que faria quando nascesse seu filho.

A viagem para Tokyo foi tranquila, a única coisa ruim foi, inventaram de colocar o time de basquete e de vôlei no mesmo ônibus, Lise como levantou atrasada e teve que sair as pressas ficou no único lugar restante, do lado de alguém que ninguém queria sentar perto.

"Por que eu tenho que ficar perto de você?", inquiriu coçando os olhos de sono.

"Por que está atrasada", a voz rouca do ruivo chegou aos ouvidos da baixinha causando arrepios.

"Já que está aqui, ao menos segure o espelho", ela não perguntou, nem pediu, só deu o espelho para o capitão que segurou, não era nada demais mesmo.

A Kise fez uma maquiagem básica e rápida, colocou seus fones e deitou-se um pouco, acontece que a menina dormiu rápido demais e logo foi se curvando para o imperador, ele pensou em despertá-la, entretanto ficou mexendo nos cabelos dourados até que adormeceu com a nanica em seus braços.

"Como ele pode ter uma carinha tão gentil dormindo?", perguntou Asahi vendo o imperador dormir tranquilamente.

"Só o universo que voltou ao normal por uns minutos", respondeu Takamy, um dos jogadores do clube de basquete que já conhecia bem a história daquele casal.

"Concordo com ele, parece que Rakuzan vira uma bagunça com esses dois separados, espero que voltem logo", um jogador não muito conhecido disse.

"O que lhe garante que eles vão voltar?", questionou o capitão do time de vôlei.

"Eles se amam", respondeu no mínimo umas três pessoas, era visível a sinceridade em suas vozes.

A baixinha acordou sentindo uma respiração quente em seu pescoço, olhou para cima e logo viu os cabelos carmesim, mas não teve a visão dos olhos heterocromáticos que a deixou decepcionada, a garota passou a mão nos cabelos que estavam já um pouco maiores.

"Sua pele continua tão branca, deveria tomar sol", acariciou o menino mais um pouco, sem perceber foi chegando cada vez mais perto, a ponto de seus lábios tocarem levemente.

"Eu te amo", sussurrou no ouvido do capitão.

"Não deveria falar de mim, está abusando de Akashi-kun enquanto dorme", proferiu Masaki de braços cruzados olhando a cena, sua chegada repentina fez Lise dar um pequena pulinho de susto.

"A diferença é que Akashicchi a ama, nunca negaria um beijo a minha irmã, diferente de você, eu não te amo, e não vejo a hora de sumir da minha vida", explicou Ryouta.

A conversa despertou o imperador, o mesmo imediatamente passou os dedos nos lábios e levantou.

"Lise, você me beijou?", inquiriu para a loura, estava mais para uma pergunta retórica.

"Como sabe?", voltou a questão, na cabeça dela ele estava dormindo, será que estava acordado?

"Você acha que eu não conheço o gosto do beijo da mulher que foi minha namorada por quase quatro anos?", parecia que todos tinha pego a mania de cruzar os braços, se bem que Seijuurou tinha ela por primeiro.

"Não faça mais isso, tenho namorada", não tinha emoção na voz do ruivo, estava dizendo mais por obrigação, essa informação chegou como um tapa na cara da Kise.

"A fila anda nanica", Asahi grudou a menina pela cintura.

"Naruko, você sabe que meu irmão não gosta de você e ainda fica em cima", indagou a loirinha indicando o braço em volta de si.

"Quem aquele loiro gosta?Bem vamos, vou te levar para casa", o ônibus já havia chegado em seu destino final.

Como as pessoas não ficaram reparando Seijuurou não notaram que o mesmo ficou alguns minutos dentro do veículo, com os dedos nos lábios e com um sorriso terno.

A cerimônia de abertura da Inter High de basquete seria naquela tarde, já a de vôlei na manhã seguinte, duas pessoas de casados negros passeavam pelos corredores, não juntas, se bem que a de sexo masculino procurava sua companheira.

"Lise!", a gerente ouviu uma voz familiar e se virou olhando o menino de olhos verdes.

"Luke, quanto tempo", a nanica deu aquele sorriso muito conhecido pelo moreno.

"Casaco negro? O que ocorreu?", perguntou o ainda capitão da Higurashi.

"Te achei pequena!", gritou um louro abraçando a menina, definitivamente ele tinha pego essa mania.

"Asahi?", questionou Walker.

"Ora, se não é aquele doido que vivia com minha gerente", Naruko soltou um sorriso gentil, seus sorrisos raramente eram falsos, porém esse era.

"Nem vou perguntar o que faz aqui, já vejo o uniforme da Rakuzan", disse Luke olhando o casaco.

"Lise, te trouxe algo", ignorando o moreno, o outro capitão virou para a garota.

"O que ?", ficou muito curiosa.

"Vire-se", pediu, quando a pequena fez ele prendeu seus cabelos no coque que costuma fazer, logo após a Kise sentiu o metal gelado e suas alianças de volta em seu pescoço.

"Eu te disse que lhe daria outro", levantou o queixo delicado e a olhou bem nos olhos, Lise sem pensar duas vezes pulou nos braços fortes e lhe deu um beijo na bochecha.

"Obrigada Asahi", disse feliz.

E foi aí que começaram os boatos, sem provas nenhuma nos corredores da Inter High corria que Kise Lise a ex namorada de Akashi Seijuurou e irmã do copiador Kise Ryouta namorava Naruko Asahi, capitão do time de vôlei da Rakuzan, muitos os viam abraçados e por isso não duvidavam, acontece que esses boatos sem fundamentos palpáveis chegou aos ouvidos do imperador, que começará a acreditar ao os ver tão íntimos.