Olá ‘x’,

Nossa, já te ofereci tantas palavras que não consigo entender o porquê do nervosismo que estou sentindo enquanto escrevo estas – mesmo que estas você não venha a ler.
Sabe, eu não o culpo por não sentir nada por mim, essa não é a primeira vez – e eu acredito que não será a última. – que isso acontece. Mas eu realmente desejo ainda ser sua amiga e ter teus abraços. Mesmo enquanto convenço-me que não sinto mais nada. O fato de não estar funcionando é um mero detalhe. E não cobro nada de você, nenhum sentimento, nada…
Talvez alguma consideração.
Acabo de vasculhar uma caixinha de madeira vermelha na qual guardo papéis onde gravei várias palavras escritas a você. E você já leu algumas delas.
Gostava muito de fazer aquilo, sentia como se estivesse retribuindo a felicidade que você provocava em mim. Acreditava que sentia-se feliz com aquilo, só tinha medo de que isso não perdurasse quando soubesse que fosse eu.
E até agora não sei como sentiu-se com isso. Era tudo o que eu queria de você.

Ainda estão guardadas muitas palavras a você.

E assim continuarão.

(19 de outubro de 2014)