Momentos escrita por NathyWho221B


Capítulo 29
Capítulo 29


Notas iniciais do capítulo

Hey gnt! Uffa! Novo capítulo e bem maior dos que eu estou acostumada a postar, mas este é para agradecer pelos 3.000 acessos! Muito obrigada gnt!!!!
Podem continuar escutando NIGHTWISH - The Islander porque é muito boa : https://www.youtube.com/watch?v=x2sd8UMUaIk
Vestido verde da Molly para quem não lembra: https://s-media-cache-ak0.pinimg.com/736x/70/5e/ce/705ece945defc36b2166bdfc3e573887.jpg
O capítulo não foi revisado porque estou com muita preguiça de ler tudo de novo rsrs, então me perdoem qualquer erro ortográfico.
Agora eu deixo vocês lerem rsrsrs
Boa leitura!



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O Medo

Enraizado no profundo oculto
Alimentado de incertezas
Suspira aliviado
Contra a fútil resistência vã

Imperador de suas decisões
Responsável pelo desamparo
Exaurindo suas forças pouco a pouco
Mergulhando-a nas sombras

Você não tem porque teme-lo
Não tem razão para enfrenta-lo,
Se ele te proteje de todos
Enquanto te aprisiona em si mesma

Mas agora outro sentimento aflorou
Tão profundo quanto poderoso
E pouco a pouco suprime o parasita,
que recua para o lado escuro do peito

Esse sentimento te renova
Te alimenta e te mostra a luz
O que tanto temia se mostra lindo
Sua prisão, aberta, retrocede

Está livre para ver o mundo
O medo não mais governa
O que te motiva é quente
O que te motiva é meu amor.

(Dalua- O Poeta Sombrio)

***

– Molly

Eu tinha que sair dali, tinha que fugir para qualquer outro lugar. E então eu pegaria em táxi e... Espera. Eu não tenho dinheiro. Mas... Eu estava com a minha bolsa de lado quando sai do Barts. E eu também estava usando aquela pulseira... Maldito! Ele pegou a minha pulseira! Agora eu realmente quero sair daqui! Mas antes eu preciso arranjar algum dinheiro com alguém. Eu não sei nem qual é a moeda do país! Talvez se eu achar aquele homem de terno. Acho que ele me emprestaria.

Meu vestido verde ainda estava molhado na altura do joelho por eu ter caído no jardim agora a pouco. Não me importei e sai do quarto descendo as escadas rapidamente e com cuidado para não pular um degrau. Corri por todos os salões a procura dele. Encontrei-o na cozinha. Lá estavam quatro mulheres e o homem almoçando. Eles se assustaram quando eu abri as portas abruptamente, suada e arfando.

Três das quatro mulheres eram gordas, aparentavam serem um pouco velhas com mais ou menos uns cinquenta e cinco anos de idade cada e usavam um avental branco e uma rede na cabeça, provavelmente seriam as cozinheiras. Suas faces expressavam cansaço. Não pude deixar de ficar com um pouco de pena por ter que trabalhar para Moriarty ainda mais por serem obrigadas a fazerem tanta comida sendo somente três mulheres, deve cansar mesmo, e também, vai saber o que Moriarty faz com os seus empregados. A outra mulher tinha quase a minha idade, talvez um pouco mais velha, coisa de dois anos. Ela era tão magra quanto eu, mas era mais baixa. Tinha os cabelos loiros e olhos verde-acinzentados. Usava um vestido do mesmo estilo que o meu, medieval, mas o dela era aqueles de criadas da época.

O homem de terno que eu procurava estava sentado, de costas para mim, á mesa junto às quatro. Eles estavam almoçando, mas pararam quando eu entrei e me encararam com uma expressão de susto e horror ao mesmo tempo. Pensei por alguns segundos que eu estava muito descabelada e com o vestido grudado ao meu corpo com o suor fazendo-me ficar meio nojenta, mas depois acho que me reconheceram, pois soltaram a respiração e relaxaram os músculos. Moriarty deve ser terrível com eles.

Fiquei ereta, coloquei algumas mechas de cabelo que caíram sobre meus olhos para trás da orelha e puxei a barra do vestido, tentando andar o mais formal possível para tentar mostrar que eu não era uma garota selvagem como aparentava á segundos atrás. Aproximei-me do homem.

– Preciso falar com você.

Ele assentiu e fomos para a sala de jantar depois de eu me certificar de que não tinha ninguém bisbilhotando. Aquela sala ainda me impressionava com o tamanho da mesa, e sempre estava cheia de frutas frescas. Da onde será que vem tanta comida, se estamos no inverno? Moriarty deve ser podre de Rico para esbanjar tanta comida assim sendo que tem tanta gente passando fome em outros países... Soltei a respiração.

– Preciso de dinheiro emprestado. Será que você poderia...

– Moriarty está ciente?

– É claro que não. – eu franzi o cenho.

– Então eu não posso. Estou aqui somente para seguir as ordens dele.

– Ótimo, pela primeira vez, agora eu queria mandar em alguém!

– Na verdade você manda. Jacqueline é sua serva.

– Quem?! Como assim?!

– Jacqueline, aquela mulher loira que está na cozinha, é sua serva particular.

– E desde quando ainda existe essa coisa de servos?!

– Ordens de Moriarty.

Eu estava tão furiosa que nem continuei a discutir com ele. Ele estava levando esse negócio de época longe de mais. Daqui a pouco ele vai obrigarem a dar banho nele! Minha cabeça parecia que ia explodir! Eu não podia acreditar que aquele cretino realmente contratou uma mulher para ser minha serva. Quem precisa de servos?! Bom, agora eu precisava de alguém para me emprestar dinheiro. Por um momento toda minha fúria cessou e em seu lugar veio a vergonha. Eu tinha que falar com ela. Timidamente cheguei perto de Jacqueline. Ela sorriu para mim. Tinha um sorriso lindo, eu fiquei com mais vergonha ainda.

– Eu sou Molly. Oi. – eu disse com um fraco sorriso.

– Eu sei. Eu sou Jacqueline, estou aqui para servi-la. Desculpe por não ter me apresentado antes, Moriarty disse para subir ao seu quarto só ás cinco da tarde. – ela falava o inglês com um sotaque diferente, bonito, mas estranho. Provavelmente romeno. Ela deve ser romena.

– Ah, é que eu preciso de um favor.

– Sim?

– Preciso de dinheiro emprestado. – pronto, falei. Ela me encarou surpresa. E as cozinheiras que estavam ao seu lado também.

– Mas, do que você precisa? Moriarty já preparou tudo o que você poderia precisar.

Eu estava um pouco receosa em dizer isso para ela na frente deles, já que estávamos de volta á cozinha. Alguém poderia contar para ele o meu plano.

– Vamos para o meu quarto? – eu perguntei para Jacqueline.

– C-claro.

Quando chegamos ao meu quarto eu tranquei a porta e sentei na cama, exausta.

– Jacqueline, é o seguinte. Eu preciso sair daqui, mas eu não tenho dinheiro, Moriarty me confiscou antes de me trazer para cá. Preciso que me empreste a quantia necessária para que eu possa voltar de táxi para Londres.

– Você é inglesa?!

– Sim, eu sou, e preciso voltar para casa. – e para Sherlock, eu ia completar, mas meu coração apertou tanto que não conseguir dizer.

– Mas Moriarty vai descobrir...

– E quando descobrir eu já estarei muito longe daqui e em segurança. E eu sei que você está com medo do que ele possa fazer com você por ter me ajudado, então... Venha comigo?

– Eu não posso sair desse país. Eu nasci aqui. Mas... Eu posso te ajudar.

– Tem certeza de que não quer vir?

– Tenho.

– Você é a mulher mais corajosa que eu já conheci! – Dei um abraço nela. Tudo bem que eu acabei de conhecê-la, mas ela vai me ajudar a sair desse lugar, vai me ajudar a fugir dessa fortaleza. Isso é motivo o suficiente para me fazer abraçar um desconhecido.

Enquanto ela ia para o seu quarto que era próximo ao meu, á procura do dinheiro, eu decidi tomar um banho. Assim que sai do banheiro ela já estava de volta tirando um bolo de dinheiro do decote. Deixou-o na mesinha de canto do quarto e foi direto para o guarda-roupa escolher o que eu usaria.

Eu disse que poderia me arrumar sozinha, mas ela insistiu dizendo que era seu dever como serva. Eu estou começando a odiar essa palavra, serva, mas por fim deixei, ela já estava quebrando um grande galho para mim ajudando-me com o dinheiro.

Fiquei um pouco envergonhada quando deixei a toalha cair para que ela pudesse me trocar. Ela me vestiu com um dos vestidos longos, branco, botas brancas e de cano alto sem salto e forradas com pelos de algum animal. O vestido também era quentinho, tinha o tecido grosso e pesado, propício para a minha caminhada pela neve. Por fim ela jogou sobre os meus ombros um manto branco bem quentinho, com pelos brancos de animal no contorno dele. Coloquei o capuz, peguei o dinheiro, que era muito diferente de tudo o que eu já tinha visto, e coloquei no meu decote como ela tinha feito antes e saímos do quarto.

– Já que isso é um castelo, deve ter alguma passagem secreta, não? – eu perguntei.

– Sim, eu conheço uma que é um atalho para a entrada do castelo.

– Para a entrada? Não seria melhor sair pelos fundos?

– Moriarty passa mais tempo no jardim que fica próximo ás portas dos fundos do castelo, e depois ainda tem as escadas.

– Então quer dizer que eu entrei pelos fundos do castelo?! - eu tentei sussurrar mais saiu alto demais para um sussurro.

– Sim, na entrada quase não tem escadas. Tem uma ponte larga que agora está coberta de neve então você vai estar camuflada. Mesmo que ele olhe pela janela, o castelo é muito alto, então você estará quase do tamanho de uma formiga, quase imperceptível.

Ela arrumou os meus cabelos para que ficassem todos os fios dentro do capuz. Ela tinha um toque macio e delicado. Isso aliviou um pouco da minha raiva por Moriarty ter obrigado, eu e aquele pobre homem de terno a subir todos aqueles trocentos degraus de propósito, por diversão em nos ver exaustos.

Jacqueline e eu subimos para o andar de cima. Eu nunca tinha vindo a esse andar antes. Era um corredor largo tão decorado quanto o resto do castelo. Do lado esquerdo ficavam várias portas e do lado direito, várias janelas, ou seja, esse longo e largo corredor era muito bem iluminado. Entramos na terceira porta.

O cômodo era espaçoso como todos os outros cômodos. Esse era uma sala com sofás e uma mesa de tamanho médio redonda no centro. Tinha também uma grande lareira no fundo da sala com uma poltrona ao lado. Também havia várias janelas altas e retangulares como as do corredor, que eram praticamente do tamanho da parede, mas estavam cobertas por longas cortinas vermelhas, então o quarto ficava um pouco escuro. Jacqueline me levou á um canto da parede perto das janelas, tirou a cortina e surpreendentemente não era uma janela que a cortina vermelha cobria e sim uma porta antiga de madeira velha. Jacqueline tirou uma chave do decote e destrancou a porta.

A porta rangeu ao abrir, me fazendo sentir calafrios. A porta dava passagem para um corredor estreito e esguio de pedra nas paredes e nas escadas do chão. O corredor era tão longo que eu só conseguia ver o começo dele ao qual era iluminado, o resto era uma imensa escuridão.

– é muito longo?

– Um pouco.

Ela correu em direção a uma estante de vidro que havia na sala e a abriu, pegou um lampião á gás e uma caixinha de fósforos de estava ao lado. Acendeu e entregou-a para mim.

– Tome cuidado. Lembre-se de segurar a barra do vestido se não quiser cair. E esconda seus cabelos escuros dentro do capuz caso haja alguma nevasca enquanto estiver na ponte.

– Tudo bem. – ela era tão pequena e delicada, mais parecia uma criança, mas ao mesmo tempo parecia a minha mãe.

– Tem certeza que não quer levar algo para comer? Posso pedir á...

– Não, obrigado. Eu estou bem eu consigo aguentar até chegar em casa. – o que levaria um dia inteiro, mas eu sou forte.

Me abraçou e eu entrei no corredor segurando o lampião. Ela fechou a porta atrás de mim e um arrepio percorreu por minha espinha em seguida. Levantei o lampião o mais alto que o meu braço permitia. Pude ver que eu teria muitas escadas para descer. Respirei fundo e com a minha mão livre tentei segurar o máximo daquele tecido pesado antes de começar a descer.

***

– John

O Cemitério de West Norwood era praticamente só ruinas. Eu lembro já ter vindo aqui quando eu era criança. Ao contrario do cemitério de Kansal Green, as estátuas deste eram todas arranhadas e faltando algumas partes, como um braço ou um pedaço do rosto de alguns anjos.

– Você consegue lembrar exatamente onde ficavam as flores azuis parecidas com essa? – ele levantou a flor azul e em seguida guardou-a no bolso do sobretudo.

– Hum... Eu lembro que era perto do túmulo de um homem.

– Um homem Importante?

– Não sei. Eu era só uma criança, eu não sabia quem era importante ou não. – talvez eu tenha sido um pouco rude, mas ele mereceu.

Andamos pelo cemitério enquanto eu forçava meu cérebro para tentar lembrar o caminho, ou algo do lado que denuncie o lugar. Quando parei em um específico lugar. Agachei. Franzi o cenho. Eu não lembrava exatamente se esse era o lugar, mas minha intuição dizia que sim. Passei a mão esfregando a lápide, tirando toda a neve que tampava o nome.

– Hiram Stevens Maxim.

Levei um susto quando Sherlock leu a lápide, tão próximo ao meu ouvido.

– Você não estava do outro lado do cemitério?! – ele ignorou a minha pergunta.

– Nasceu dia 5 de fevereiro de 1840 e morreu em 24 de novembro de 1916. Foi o inventor da primeira metralhadora automática do mundo. Que irônico o fato de você já saber que ele foi enterrado aqui... – ele continuou falando e depois deu um sorriso travesso para mim, ignorando a minha pergunta anterior. E dai que eu sabia usar uma quantidade razoável de vários tipos de armas, inclusive metralhadoras. – Deve ser aqui que as flores azuis nascem na primavera.

– Eu não tenho certeza.

– Ok. Vamos abrir.

Novamente, pela segunda vez no dia, estava eu ajudando Sherlock á infringir ás leis. Empurramos a tampa e nos deparamos com outra tampa, só que desta vez era de madeira. Não precisamos arromba-la, pois o papel que procurávamos já estava lá, dentro de uma garrafa de vidro verde, em cima da tampa de madeira. Sherlock pegou a garrafa, tirou uma das luvas que usava e, em seguida, a rolha que tampava a garrafa. Tirou o papel de dentro e entregou a garrafa para mim. Depois fez o mesmo com a fita e a rolha. Eu rolei os olhos.

Ele passou os olhos rapidamente pelo papel, lendo-o e segundos depois o entregou para mim abruptamente, fazendo-me derrubar a garrafa, a rolha e a fita vermelha. Foquei-me no que estava escrito no papel.

Como uma doença sem cura

Dá-te a ternura

De uma vida curta?

Em meio ás dores,

Sentimos um vazio, enjoo, febre

Tão quente, mas tão frio...

Estou tremendo,

Tremendo de frio e medo

Medo de morrer

Medo desse maldito vírus mutante

Medo do escuro...

Esse medo primordial que me prende,

Dentro de uma caixa,

Impossível de sair

J.M.

– Um poema. – eu disse por fim.

– É óbvio!

– E o que quer dizer?

– Quer dizer que ele está nos enrolando, para não acharmos a Molly! – na verdade era isso mesmo, eu concordei em pensamento.

– Não tem nenhum número no verso, então quer dizer que ainda não podemos sair daqui. E... No poema fala sobre uma caixa impossível de sair. Uma caixa só é impossível de sair se ela estiver trancada por fora.

– Ou se o se a pessoa que estiver dentro estiver morta, o que é mais provável já que estamos em um cemitério.

– Então essa caixa, na verdade é um caixão...?

– Isso é uma pergunta ou uma afirmação, John?

– Uma afirmação...? – eu disse e Sherlock bufou.

– Sim, é um caixão. No poema a pessoa morreu. E pode ver que há alguns sintomas de alguma doença que teve antes de morrer. Dores, enjoos, febre e falta de apetite.

– Falta de apetite? Isto não está no poema.

– Está subentendido no poema. Olhe. – ele pega o papel e aponta. – Aqui, sentimos um vazio, enjoo, febre. Na parte que fala sobre sentir um vazio ele se refere ao estômago. E se o estômago está vazio, quer dizer que ele não comeu nada. Se ele estivesse com fome provavelmente teria colocado isso como um dos sintomas também, pois quando estamos famintos não pensamos em outra coisa, logo, mesmo que seja inconsciente, ele acabaria escrevendo algo sobre isso. E como ele não escreveu nada sobre o mesmo, quer dizer que ele não tinha apetite. Se juntarmos todos esses sintomas e o fato de que é causado por um vírus mutante e que também estamos falando de outra época, em que esse tipo de doença era mais infecciosa e não tem cura, então os infectados morriam rapidamente como também diz no poema na parte, como uma doença sem cura dá-te a ternura de uma vida curta?, Acho que você, Dr. Watson, também já deve ter deduzido. Qual doença seria esta?

– Varíola.

Sherlock assentiu com a cabeça e saiu andando rapidamente em direção á uma catacumba próxima dali.

– Sherlock! E a tampa?!

– Cuide disso, John!

Claro, de novo, eu tinha que limpar a bagunça de Sherlock. Eu já devia ter me acostumado com isso.

Entramos na catacumba e nos deparamos com vários caixões em ruínas empilhados um em cima do outro entre os espaços de cada arco entre as paredes. Também continha um número na parte de dentro de cada coluna grudada á parede que segurava o arco. Fomos até a coluna com o número dois, que era o mais provável, pois era o número que tinha na pista anterior.

– Qual dos caixões está a próxima pista?

– Vamos descobrir. – ele coloca a luva novamente.

– Espere, você não vai abrir todas, vai?

– Vou.

– Sherlock, elas estão lacradas e você nem tem um pé de cabra.

– Não importa. Nós precisamos achar a Molly o mais rápido possível, então se aprece em me ajudar!

– Acalme-se, nós vamos encontrá-la, mas parece que você está desesperado!

– É claro que eu estou desesperado! É a Molly!

Eu não consegui dizer mais nada. Sherlock realmente a amava. Dava para ver em seus olhos o quanto sentia sua falta e o quanto estava preocupado. Eu estaria do mesmo jeito se fosse com Mary. Por um momento Sherlock percebeu o que acabou de dizer e logo voltou com sua postura de sempre, agora de olhos fechados.

– Se não quiser ajudar, eu entendo. Pode voltar para Mary. Eu continuo daqui.

Eu fiquei muito bravo quando ele disse isso, como ele ainda pensa que eu seria capaz de deixa-lo sozinho em um jogo de Moriarty? Ele poderia mentir para mim e me deixar sozinho aqui para continuar o caso sozinho, mas eu nunca o deixaria por uma escolha minha. De qualquer forma eu não podia explodir agora. Isso era uma armadilha de Moriarty para nos atrasar e Sherlock precisava de um amigo agora.

Respirei fundo e puxei uns dos caixões pelo puxador. Ele caiu no chão fazendo um eco alto se espalhar por toda a catacumba. Sherlock abriu os olhos. Eu agachei ao lado do caixão e tirei um canivete do bolso de trás da minha calça. Ele me encarou surpreso por não ter notado que eu a trouxe, provavelmente por causa da grande blusa de lã que eu usava que cobria parte da calça. Eu levantei uma das sobrancelhas para ele. Eu estava feliz por ter conseguido esconder algo dele. Desdobrei o canivete sem tirar os olhos de Sherlock.

– É para isso que servem os amigos.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado! E sim, o poema sobre a varíola fui eu quem fez kkkkkk
Vestido branco da Molly: https://s-media-cache-ak0.pinimg.com/736x/3f/c9/38/3fc938bf639002b9bc82ed8ffed0fffd.jpg
E pra quem não entendeu a parte dos caixões empilhados, aqui está a foto: http://www.qeepr.com/blog/wp-content/uploads/2014/09/we4e.jpg
Isso existe de verdade, é meio assustador rsrs.
Beijos e até o próximo capítulo!



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