Momentos escrita por NathyWho221B


Capítulo 27
Capítulo 27


Notas iniciais do capítulo

Hey! Enfim, Parte 2, que emoção! Dá tanto orgulho ver tantos capítulos e eu nunca imaginei que tanta gente gostaria da minha fic... Mamãe ama vocês!!!

Sinopse:
Moriarty está vivo, mas ninguém sabe como. Molly é seu novo alvo, já que graças à ela, Sherlock ganhou o Grande Jogo.
Um novo jogo começa agora, Moriarty com o tesouro e Sherlock com as pistas. Uma caçada até a morte começa... Vamos jogar?

Ps: A sinopse ficou meio dramática demais, mas eu não consegui pensar em nada melhor, me perdoem rsrs
Música do capítulo: https://www.youtube.com/watch?v=x2sd8UMUaIk
* Olhem a letra.

Boa leitura, que vocês merecem!!



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A sereia

A sereia está tocando violino para mim

A sereia está com seu canto sobre mim

Lentamente atendo este chamado que está

A me torturar...

Pois a seria está a me encantar...

Lentamente corro a suspirar...

Pois a sereia está a me chamar...

Lentamente corro a me dissipar...

Pois a sereia está agora a me matar...

(João Paulo Lyma)

 

 

***

—John


Outra garrafa de vidro verde com uma mensagem apareceu na 221B. Sherlock esperou o carteiro a manhã toda, acho que nem dormiu. Quando cheguei aqui, ela já estava lá, em cima da mesa da cozinha. Abrimos juntos a garrafa para ler a mensagem que tinha dentro.

R42RTS4D 3S 52N 2R2P 5D2D46C
5DN2TN2C 2TS3 243R35 2 S45P
R42RT2 3T 2R4 2V5N S42M 2
5DN2V3N R3V4TS3 5DN26Q

J.M.

—É um enigma. - eu disse com firmeza.
—É claro que é. - disse Sherlock com os olhos vidrados no papel.
—Hum... Acho que os números são letras.
—Não diga o óbvio, John. - ele disse ainda sem tirar os olhos da folha.
De repente Sherlock para e entrega a folha para mim. Pelo olhar dele,acho que já descobriu.
—Ah... Ele não usou todos os números, só do dois ao seis... Ele não usou o numero um e zero, não sei porquê, e... No verso da folha tem o numero sete.
—Só isso?
—O numero sete talvez signifique "sete mares", já que a mensagem estava dentro da garrafa e você disse que era uma caça ao tesouro.
—Está perdendo a manha, John. - ele respira fundo e continua , em seguida, rápido e sem parar. -Os números representam letras, ele usou os números de dois ao seis. Veja que ele não usou os números um e zero para não confundir com "i" e "o". Como pode notar, só tem consoantes, logo os números representam vogais. Se substituirmos os números dois, três, quatro, cinco e seis por "a, e, i, o, u", teremos... - ele pegou um papel e uma caneta jogados pela sala e começou a escrever rapidamente.

RIARTSID ES OAN ARAP ODADIUC
ODNATNAC ATSE AIERES A SIOP
RIARTA ET ARI AVON SIAM A
ODNAVEN REVITSE ODNAUQ

—Obviamente está escrito de trás para frente, então se invertermos... Teremos:

CUIDADO PARA NAO SE DISTRAIR
POIS A SEREIA ESTA CANTANDO
A MAIS NOVA IRA TE ATRAIR
QUANDO ESTIVER NEVANDO

 

Eu sempre vou achar incrível essas deduções rápidas de Sherlock.
—Na estrofe ele cita sereia, e que ela vai te atrair. Talvez seja Irene...
—Ela não me atraiu e não está viva, então pense em outra coisa. - ele disse rapidamente mas eu não acreditei muito. Tenho certeza que ele se apaixonou por ela, pelo menos um pouquinho.
—Ok... A mais nova sereia. A pequena sereia.
—Quem?
—Nunca ouviu a história?
—Que história?
Eu bufei e contei a história à ele.
—Entendi, então a sereia era a mais nova das sete filhas do rei do mar. Rei. Nevando. Inverno...?
—Sim, estamos no inverno. - eu disse.
—Não perguntei. - rolei os olhos e peguei o papel com a estrofe escrita por Sherlock.
—Ainda acho que o número sete significa "sete mares".
—John! Traga seu notebook.
—Não. Não vai mexer nas minhas coisas.
—Então pesquise sobre " Rei de Inverno".
—Tudo bem.
Peguei meu notebook de dentro da mochila que Mary arrumou para mim. Comecei a pesquisa.
Só aparecia coisas sobre um livro das crônicas de Artur, de fantasia, mas Sherlock disse que isso não importava, então digitei "Rei de inverno, Inglaterra". Os resultados foram sobre Henrique I, Sherlock também descartou. Dessa vez, escrevi de forma mais completa, " A filha mais nova do Rei de Inverno". Sherlock veio para o meu lado.
—Princesa Sofia de Hanôver foi a filha mais nova de Francisco V, Eleitor Palatina da Casa de Witterlsbach, o "Rei de Inverno". - ele leu. -John, achamos a nossa sereia.
—Tudo bem, mas e o numero sete no verso da folha?
—Nao é óbvio?! Os sete magníficos! Os sete cemitérios de Londres! É onde está enterrada Sofia, que queremos. Ela morreu em 1714, o cemitério que tinha sido incorporado na época era o cemitério de Todas As Almas, como era chamado. É lá que acharemos a nossa princesa.
—Cemitério do que?
—Cemitério de Todas As Almas, atualmente chamado de cemitério Kensal Green.

***

 

—Molly.


O carro era quentinho e aconchegante. A única coisa que eu não gostei, foi que os vidros dele eram todos pretos. Eu não conseguia ver nada do lado de fora. Fiquei entediada rapidamente e acabei caindo no sono.
Quando acordei, o carro ainda estava em movimento.
—A onde estamos indo?
O motorista não respondeu, logo comecei a calcular quanto tempo mais ou menos estávamos viajando. Pelos meus cálculos, já ia fazer quase vinte e quatro horas. Um dia inteiro, viajando, sem parar! Palmas para o motorista que não parou por nada e não bateu o carro.
Quando percebi que o carro estava andando mais lentamente, fiquei receosa. Onde será que eu estou e quem está por trás disso?
O carro para. O motorista sai e em seguida abre a porta de trás para mim.
Acho que estou sonhando, ou eu morri de verdade! Um castelo lindo e enorme como aqueles de contos de fadas, todo coberto por neve, as árvores, algumas sem folhas, outras não, em volta também. O encanto quase acaba quando eu vejo o caminho para chegar lá em cima.
—Quantos degraus...
—São 1480 degraus no total.
—Nossa... Onde estamos?
—Na Romênia. Esse é o castelo de Bran. Foi erguida no século XIII.
—Na Romênia?! Porque?!
—Não posso dizer. É melhor andarmos.
—Espera. Eu já ouvi falar desse castelo. Não era o do Conde Drácula?
—Não. Essa seria a Fortaleza de Poenari. Sempre confundem.
—Ah... Então ele está aberto para turistas, não é?
—Não mais.
—Como assim?
—Meu chefe está morando no castelo agora.
Se for quem eu estou pensando, Mycroft é muito metido. Segurei a barra do vestido longo e negro e começamos a subir as escadas. Depois de um tempão subindo todos aqueles degraus, finalmente chegamos aos portões do castelo. Fico admirada quando olho para ver o tanto que eu andei. É realmente muito alto. Ele abre os portões e os mesmos rangem. Eu estava toda suada, mas mesmo assim, não pude evitar um arrepio. E não era por causa do frio. Imagine isto á noite, que medo.
Assim que entro, encontro-me em um salão gigantesco, com... Mais escadas, mas desta vez elas estão cobertas por um tapete vermelho, e no meio do salão. Acho que esse era um salão de dança ou algo do tipo.
O homem de terno me acompanha, um pouco suado e cansado também, subindo pelas largas escadas vermelhas. Viramos à direita, depois subimos mais algumas escadas, até finalmente chegarmos ao destino. Esse castelo é um labirinto!
—A partir de hoje este será o seu quarto. - ele diz apontando para a porta de madeira á minha frente.
—Tome um banho e arrume-se, depois compareça à sala de jantar. Deve estar com fome.
Na verdade, eu tinha me esquecido completamente que já fazia um dia que eu não comia. Acho que foi a emoção. Nem o frio eu senti quando saímos do carro, e agora eu estou toda suada, então é melhor eu tomar um banho mesmo.
Assenti e ele se foi. Girei a maçaneta dourada da porta do meu quarto e... Me encantei! Com a grande cama com uma cortina branca e meio transparente que caia suavemente encostando no chão, os espelhos enormes, a penteadeira, tudo! Me senti uma princesa. Fui correndo para o banheiro do meu quarto e ele era a única coisa "moderna" que eu vi até agora, pois todo o resto tinha um "ar" vitoriano. É claro, ri mentalmente, é um castelo!
Tomei um banho bem demorado, depois me enrolei na toalha e abri o grande guarda-roupa de madeira escura. Só tinha vestidos, do mesmo estilo que o preto que eu usava. Todos longos, cheios de detalhes e graças à Deus não eram bufantes e nem muito coloridos. Optei por um vestido verde-escuro de mangas longas. O castelo era quentinho, então não tinha porquê usar botas de novo. E claro, além de botas, só tinham saltos bem altos e sapatilhas. Escolho as sapatilhas pretas.
Penteio meus cabelos longos e castanhos e pego o papelzinho que o homem de terno deixou comigo, explicando o caminho até a sala de jantar.
Comi feito um leão. Eram tantas opções! Sopas, tortas, pães de todos os tipos e muitas outras coisas. Satisfeita, resolvo procurar Mycroft. Tenho certeza que a ideia foi dele. Corri pelas partes do castelo que não tinham escadas, obviamente. Não sei como, mas fui parar em um jardim. Ele era bonito, mesmo com toda aquela neve cobrindo tudo. Dava uma sensação de paz. Um homem de costas estava parado no meio dele, com as mãos nos bolsos da calça social preta.
Sem pensar duas vezes, corri para ele e o abracei por trás. Estranhei um pouco sua altura um pouco mais baixa do que eu me lembrava, mas ainda continuava bem mais alto que eu, mas deve ser o declive do terreno.
—Obrigada, Mycroft. Como se lembrou do meu aniversário? Você me assustou no começo, pensei que estava morta. Aliás, aquela maquiagem era muito boa, custou à sair...
Ele se desvencilha dos meus braços e se vira de frente para mim. Quase não acreditei no que vi. Nao era Mycroft. Aqueles grandes olhos negros e assustadores eram inconfundíveis.
—M-Moriarty...? - eu disse me afastando.
Ele sorriu para mim.
—Sentiu minha falta?


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Notas finais do capítulo

Did you miss me? Haha
Confesso que fiquei um tempão bolando esse capítulo kkkk, mas acho que no final valeu a pena, uffa! E, eh, fui eu quem fez aquela estrofe, sou somente uma amadora, então... não zoem kkkkkk E podem não acreditar, mas eu achei o poema do início do capítulo depois de ter feito aquela estrofe, então foi tipo... Perfeito!! E eu achei que o poema do começo combinou direitinho!!
Vestido da Molly: https://s-media-cache-ak0.pinimg.com/736x/70/5e/ce/705ece945defc36b2166bdfc3e573887.jpg

Enfim, bjsssss!



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