O Filho de Azkaban escrita por Lótus Brum


Capítulo 1
Capítulo Único


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem! =)



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A escuridão, a tristeza e o medo são três irmãos que caminham lado a lado pelos corredores de Azkaban. Eles o visitam, minuto após minuto, hora após hora, mês após mês e ano após ano, fazendo qualquer um sucumbir em um pesadelo que nem mesmo a morte é capaz de encerrar. Definitivamente, não há destino tão cruel quanto receber a sentença de prisão perpétua em Azkaban, o que é considerado por muitos como um sinônimo de “pena de morte”.

Pelo menos era o que se pensava, até que o choro de um bebê ecoou pelas paredes frias e cinzentas da prisão. O choro inocente daquele que havia acabado de receber o primeiro toque do mundo ao seu redor, o mesmo choro daqueles que nascem em cômodos brancos e cercados por mãos capacitadas, mas não o mesmo destino. Este, que sequer poderia imaginar o que se tornaria sua vida futura, já tinha o seu caminho traçado desde o primeiro segundo fora do ventre de sua mãe.

Sim, o que poderia ser apenas uma história para assustar crianças que utilizam inadvertidamente a magia enquanto não tem a devida idade, foi a história de uma que não teve a menor chance de ter uma vida.

***

1734, Ministério da Magia.

O Baque do martelo ecoou pela sala de julgamento, repleta de espectadores presos em um silêncio mórbido. Marta Arckner, julgada por tortura e assassinato de seu marido e filhos, permanecia de cabeça baixa, olhos fixos no chão. Seus lábios se moviam, sussurrando algo praticamente inaudível, com uma expressão facial serena. Destacava-se, em seu corpo, a barriga proeminente, mesmo tendo um corpo magérrimo e doentio.

1735, Azkaban.

Os dementadores deslizavam ao redor de Marta, ansiosos para absorver o sopro de vida do recém-nascido em seu colo. O sorriso insano nos lábios da mulher denunciava o seu estado mental deplorável, mas suas palavras eram claras: “Deixe que eles o batizem, minha criança...”. Uma das criaturas se aproximou e ergueu suavemente o véu que cobria seu rosto, criando um elo translúcido entre sua boca e a da criança; o beijo de um dementador, mas o que deveria ter levado apenas um momento, se alastrou por quase uma hora, quando o monstro, sem forças, caiu no chão e desapareceu.

O filho de Marta Arckner, rejeitando o presente da morte, abriu os olhos.


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