Let Me Go escrita por Rosalie Potter


Capítulo 1
Capítulo Um


Notas iniciais do capítulo

OI PESSOAL!!!Pra quem não me conhece, eu sou Rosalie Potter, mas podem me chamar de tia Rose.Antes de qualquer coisa, leiam o Disclaimer - Aviso Legal & Notas da História, eu esclareço muita coisa lá, eu acho realmente importante que vocês leiam.Como está explicado lá, as coisas serão complicadas pra eu postar frequentemente, mas nessa fic eu estou tendo criatividade saindo pelos meus poros então talvez seja diferente. Eu vou me empenhar pra conseguir terminar ela no meu World nesse feriado porque aí vai dar para eu postar mais tranquilamente.Eu comecei essa fic tem três dias e eu já passei horas seguidas escrevendo, então tinha momentos que eu realmente estava cansada e com sono, mas queria terminar o capítulo ou coisas do tipo, então se em algum momento a coisa estiver muito corrida ou pouco detalhada é por isso. Se incomodar, podem me dar um toque que eu vou procurar detalhar mais.Bem, eu espero realmente que gostem tanto quanto eu estou gostando de escrever.



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Pov Atena:

O sacolejar da carruagem me era muito agradável e olhar pela janela também. Mas naquele momento mil pensamentos rondavam minha cabeça e nem todos eram bons. Quando meu pai morreu, eu tinha só seis anos. Foi terrível. Apesar dos padrões sociais, ele não se importou quando eu nasci menina e diferente de outros tantos, era muito presente na minha vida. Ele me ensinou a ler e minha mãe continuou a me ensinar para que ele estivesse sempre vivo.

Mamãe ficou viúva muito cedo. Era jovem e linda. Claro que era questão de tempo até que ela se casasse novamente e eu almejei por isso. Eu adoraria ver minha mãe sorrir novamente, sorrir daquele jeito brilhoso que ela sorria para o meu pai. E demorou muito para que ela achasse alguém que a despertasse novamente, ela esperou mais nove anos desde que o meu pai morreu para que se apaixonasse por esse homem, que eu ainda não conhecia. Eles se casaram sem o meu conhecimento e sem o conhecimento dos filhos dele. Robert, como era o nome do meu padrasto, também era viúvo e pai de três filhos. Katrina, Iara e Gabriel. Dezessete, dezesseis e dezoito anos, respectivamente. Eu, com quinze primaveras quase dezesseis, era a mais nova. Seria a mais nova.

A carruagem parou e eu quase gritei. Não sabia se estava pronta para recomeçar, não sabia se estava pronta para descer e encarar todo mundo. Robert e seus filhos. Seria uma estranha, uma infiltrada. Por um segundo eu quis chorar para que as coisas voltassem a ser o que era antes. Com o meu pai. Mas eu não podia ser egoísta e eu precisava da felicidade de minha mãe. E aquele sorriso que ela tinha, quando me contou do seu novo marido? Eu não trocaria aquilo por nada. 

Então desci a carruagem com a minha mala. Eram duas. Uma com tudo que me pertencia e a outra com... Livros. Coisas que eu poderia levar na mão sem problema algum. Minha mãe desceu ao meu lado e antes de olhar para a soleira e conhecer aquelas pessoas novas, eu a olhei, buscando alguma segurança.

Suzanne, o nome dela, era uma mulher linda. Tão linda quanto um dia eu queria ser. Os cabelos ruivos do qual eu havia puxado, eram ondulados suavemente até quase sua cintura. Ela tinha um belo corpo esbelto, olhos claros e pele clara. Apesar de não termos muitas condições de vida, suas roupas pareciam sempre emoldurar a ela, como se tivessem sido feitos por uma costureira, o que não eram. Ela sorriu para mim e incentivou a olhar a soleira.

A primeira coisa que vi foi o rapaz, Gabriel. Fofo, de pele branca, olhos tão azuis quanto os meus, cabelos negros e alto. A segunda foi Katrina, já que eu imaginei que tivesse por ordem de idade. Ela era alta, de sorriso branco, longos cabelos loiros e lisos que chegavam até o ombro e olhos azuis como os do irmão. E Iara era bastante parecida com a irmã mais velha, de longos cabelos loiros e lisos e olhos azuis, só que era um pouco mais baixa, mais magra e tinha algumas sardas. E Robert era a altura da minha mãe, com certeza. Muito parecido com o filho, de olhos azuis, moreno, alto e bonito. Um belo casal. 

Eu não era parecida com eles, a não ser os olhos, grandes e azuis. Meus cabelos chegavam a cintura, cacheados e ruivos como os da minha mãe. Eu não era alta, nem perto disso, mas meu corpo era bem feito e isso eu tinha que reconhecer e agradecer.

— Suzanne. — Robert a cumprimentara com um sorriso, um sorriso que muito me agradou porque foi tão sincero que chegou a mim. — Meu Deus, você deve ser a Atena. Deus Suzzie, ela é linda.

Senti minhas bochechas tomarem um rubor. Nada que fosse muito difícil. Corar com alguma facilidade era uma característica minha. 

— Muito obrigada senhor.

— Atena, sou seu padrasto, não precisa disso. Robert, para mim, está muito bom. E esses são os meus filhos: Gabriel, Katrina e Iara.

— Eles são lindos. — Minha mãe abriu aquele sorriso belo dela que mexeu muito comigo. Não importava se eu estava em outro lugar e com outras pessoas, aquele sorriso valia a pena. — Prazer.

— É completamente nosso. — A voz de Gabriel soou, eles se entreolharam e as meninas correram para o meu lado.

— Você é tão parecida com sua mãe. — Katrina foi à primeira a falar. Ela segurou minha mão enquanto Iara segurava a outra. — Vem, vem, vem. Temos muito que te mostrar. Gabriel seja um bom irmão e pegue as malas dela. Deus, cadê o cavalheirismo que a mamãe ensinou?

Com a fala da irmã, o moreno correu para o meu lado:

— Não precisa, de verdade. — Ri baixinho, pelo nariz. — São só essas duas mesmo, eu consigo levar sem problemas Gabriel.

— Eu insisto. — Ele pegou as malas da minha mão e sorriu gentilmente. — Agora vamos, como elas mesmas disseram, temos muito que mostrar.

— Depois vamos cercar sua mãe e encher ela de perguntas, mas agora é sua vez. — Iara riu e os três me guiaram para dentro da casa que só agora eu pude perceber ser bem maior do que as que eu já tinha entrado na minha vida toda.

— Nossa... — Pisquei várias vezes olhando a sala de estar.

— Você gostou? — Katrina perguntou com um sorriso. — Eu e Iara decoramos seu quarto, vem cá ver.

Mais uma vez elas me puxaram e eu já estava sendo contagiada pela animação das minhas mais novas irmãs. E irmão, claro. Segui subindo as escadas que elas me indicavam e me guiaram até a uma das portas do corredor:

— Não sabíamos seus gostos, então...

Abri a porta e arregalei os olhos. A decoração era toda em branco e creme, a cama exibia um lindo dossel de madeira. Havia um guarda-roupa, pintado de branco e com alguns detalhes muito delicados, uma penteadeira branca com creme com um espelho oval e algumas gavetas e mais algumas coisas que eu não tive tempo de observar por estar encantada demais. Era bastante diferente do meu antigo quarto e eu não podia deixar de perceber o esmero em cada detalhe. 

— Katrina, Iara... Está lindo. Eu não tenho palavras para agradecer. Está perfeito. Mais do que perfeito... — Coloquei um cacho ruivo atrás da orelha para conseguir ver melhor, exibindo um sorriso surpreso. 

— Acredite, elas se divertiram fazendo isso, tentando desvendar seus gostos e colorindo tudo. — Gabriel contou colocando as minhas malas ao lado do guarda-roupa. — Você é linda. Com aparência delicada, eu pessoalmente acho que combinou bem.

Mais uma vez ali estava o rubor tomando conta do meu rosto. E com força.

— Obrigada Gabriel. Muito obrigada meninas. Isso é... Lindo. Muito diferente do meu outro quarto. Não precisavam tanto trabalho comigo.

— Você é nossa irmã agora Atena. — Katrina exibiu um belo sorriso de dentes enfileirados perfeitamente. — Só queríamos que soubesse que é muito bem vinda em casa. Você e a sua mãe. É bom ver o meu pai animado novamente. Ele a ama, isso é muito importante para nós.

— Para mim também.

~X~

Quando chegou a noite, eu já tinha conhecido toda a casa. E naquele momento estava babando no piano da sala de estar. Meu pai havia começado a me ensinar. Era estranho que um homem soubesse tocar naquele mundo errado, afinal, qual era o problema? A questão é que ele me ensinara no piano de um amigo da família. Fazia algum tempo que eu não tocava e eu não era a melhor pessoa do mundo, havia muitos erros, meu conhecimento era grosso. Ainda assim, eu gostava de tocar, pelo prazer. 

— Você toca? — Iara perguntou colocando a mão delicadamento no meu ombro.

— Um pouco. — Confessei com um sorriso. — Quem de vocês toca?

— Eu. Katrina até tentou, mas ela não gosta.

— Por que não toca para gente Atena? –Robert pediu com gentileza enquanto acariciava um cacho ruivo da minha mãe, ambos perto da lareira aproveitando o calor do fogo e um do outro. 

— Ela canta também. — Gabriel falou e eu franzi o cenho, confusa. As pessoas costumavam elogiar minha voz e eu realmente tinha paixão por cantar, mas não havia citado isso para ninguém naquela casa, com exceção óbvia da minha mãe.

— Como sabe?

— Eu te imaginei cantando e deu certo. Sua voz falada já tem essa entonação bonita, delicada. Imagina cantando.

— Isso é perfeito! Por favor, toca para nós e cante. Por favor!  — Katrina incentivou, a voz animada. 

— Por favor. — A fala mansa da minha mãe inundou meus ouvidos enquanto eu me levantava e ia até o piano. 

— Tudo bem, mas não criem muitas expectativas. Meu conhecimento sobre piano é bem restrito. 

Levantei a tampa e por alguns momentos apenas encarei o instrumento, antes de começar a tocar. A melodia era bem simples, algo fácil, afinal, eu não sabia muito além disso. Aquilo era tão bom que me inundava. O som invadiu a casa vazia com sua ternura e com aquela coisa grandiosa dentro de mim, eu comecei a cantar:

“Quando a luz brilhar pela manhã

Estarei feliz por acordar

Pois eu sei que tenho o que preciso

Como á sonhar, sonhar

O amor que está aqui comigo

Vem de dentro e nunca vai mudar

Fique aqui e não me deixe nunca

Como á sonhar, sonhar

É você, me faz ver

O quanto é bom viver

Sua voz, é veloz

Estamos á sós

Para sempre nós”

Essa canção era minha. Quando eu ainda fazia as aulas, aprendendo as primeiras melodias. Meu pai pediu para que eu escrevesse algo para ele e naquele tempo foi o que eu consegui. Depois que ele morreu, eu lembrei dela, passei para o papel assim que aprendi a escrever com a minha mãe e passei a tê-la como minha. E não foi de maldade que eu toquei a música do meu pai no primeiro dia de nova família. Foi como se eu tivesse cantando para que meu pai ouvisse e visse que finalmente tínhamos encontrado nosso lugar. Um lugar onde minha mãe estava feliz e eu também. 

— Olha a sua voz garota! — Katrina levantou num salto, com um sorriso gigante no rosto. — Já encontramos alguém para fazer música nesse lugar. 

— Você tem o dom. — Meu padrasto sorriu. — Continue, se quiser. Estamos adorando ouvir. 

 

— Os ouvidos de vocês é que são gentis. — Falei sentindo as bochechas coradas e gratidão por eles estarem sendo tão bons comigo. — Obrigada. Acho que posso cantar mais uma. 


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Notas finais do capítulo

Caso os links deem erro e não entrem, aqui o meu cast:Atena: Molly QuinnGabriel: Logan LermanSuzanne: Amy AdamsKatrina: Barbara PalvinIara: Helena MckelvieE sim, a canção é minha, foi feita no improviso completo na hora. O ritmo eu peguei de uma música da Barbie, mas a letra é minha :P