So good to be bad. escrita por Gica Buya


Capítulo 3
Sorvete?


Notas iniciais do capítulo

Nhan Nhaaan Sorvete :D
A partir desse cap começa a ''ação'' vindo por parte de Castiel, hihi.
*boa leitura!*



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Abaixei a cabeça, afundando meu rosto na carteira, tentando diminuir a vergonha que sentira. Ouvi o riso maldoso de Castiel em minha frente. Eu tinha certeza que estava me olhando, mas a minha vontade é de soca-lo até a morte com um pedaço de madeira.

Aquela maldita aula de Filosofia parecia durar o resto da minha vida, até que suspirei aliviado quando ouvi a sirene indicando a próxima aula, que seria de Ensino Religioso. Sim, temos ensino religioso, e é cobrado na mensalidade, queira você ou não.

Desta vez, quem dava era um homem. Ao contrário do ano passado, que era uma mulher, meio bizarra e anormalmente nervosa. Se apresentando formalmente, dizendo seu nome, que era Ewan. Sua aparência era de um garoto da minha idade: cabelos enrolados e curtos, óculos quadrados e pretos, porte físico semelhante ao Kentin.

Algumas meninas vibraram ao vê-lo. Ridículo.

Meu sangue ainda fervia de raiva sobre o ruivo, alimentando ainda mais meu desejo frio de enforca-lo com a legging de Ambre.

A aula pareceu passar bem rápido. Ouvi algumas coisas sobre o budismo, protestantes e a Ku Klux Klan, mas não foi o suficiente para que eu os associasse com estudos ou algo interessante em minha vida.

Ao olhar para trás – algo que fiz várias vezes – pude ver Ambre fitando Castiel, com um olhar... Apaixonado? Espere... minha irmã... Apaixonada por alguém? Falácia! Ela é um monstro por baixo de uma pele macia e cabelos louros!

O sinal para o intervalo – que felizmente durava meia hora – bateu freneticamente, e todos saíram correndo como uma boiada, praticamente famintos por um simples salgado de três reais.

Saí caminhando pesadamente, enquanto olhava algumas mensagens no celular, a maioria da operadora principal e uma ou duas de minha mãe. Não tive vontade e muito menos coragem de ler, apenas dei uma desculpa para enrolar.

Mal percebi que Castiel me seguia no mesmo ritmo de meus pés, olhando a tela em que meus dedos tocavam por cima de meus ombros largos. Virei o rosto rapidamente para olhá-lo, que este mesmo, desviou o olhar totalmente sem graça.

Fiquei sentado em um banco lendo um de meus livros favoritos de romance policial, que já estava quase concluído. Acabei deitando-me no mesmo, sentindo uma leve brisa de segunda-feira em meu rosto, juntamente com a sombra de uma árvore com uma copa gigantesca.

Cobri meu rosto com a parte do meio do que lia, cochilando por no máximo cinco minutos. Não ligava para o barulho e para as pessoas que estavam em minha volta, eu só queria paz, um momento para pensar.

Ora, ora! Um representante adormecido! – Ouvi uma voz desconhecida e sarcástica.

O que fazemos com ele? – Não consegui assemelhar a segunda voz com ninguém conhecido, mas sabia que aconteceria algo, e provavelmente algo ruim.

Meu corpo foi encharcado com uma água fria, aproximadamente vinda de um copo. Levantei-me assustado, fitando quem havia feito aquilo. Não sabia da existência daqueles dois morenos, mas elas poderiam não existir.

Novamente, um coro de risos se formou á minha volta, enquanto eu tentava desesperadamente amenizar a situação. A água escorria sobre minha camisa, ficando transparente, até chegar a minha calça, que por sorte, secava rapidamente.

Boa parte de meu abdômen ficou á mostra, atraindo o olhar interessado de algumas garotas, e o raivoso e enciumado de meninos. Menos o de Castiel, parecia se divertir ao me ver sofrer, ou será por outro motivo? Não sei.

Corri para o atendimento, onde Melody conversava com uma mulher responsável. Á pedi uma camisa temporariamente até que a outra secasse. Esta mesmo fuçou em um pequeno armário que ficava praticamente escondido entre algumas portas, achando uma camiseta branca com botões até a metade da barriga e golas cinza.

Vesti-a rapidamente, não dando importância á presença de Melody, mas por uma fração de segundos, pude ver seu rosto corado nervosamente, como um tomate. A mesma reação de Alexy a me ver quase seminu... Mas a dela era compreensível. Enfim, não vou pensar nisto.

Voltei correndo como um louco antes da sirene bater novamente, anunciando a próxima e penúltima aula. Sim, só havíamos cinco aulas por dia, pois dizem que o ‘’rendimento’’ escolar é maior.

Não liguei para que aula fosse, ou o professor que estava ali. Apenas me concentrava em Castiel, que permanecia quieto, mas ao mesmo tempo, irritante.

De repente, sua cabeça pousou sobre minha carteira, deixando cair seus fios ruivos e curtos sobre meu caderno de anotações, fitando-me novamente. Por experiência própria, sabia que disto não sairia coisa boa, muito menos para mim.

Desviei o olhar para a janela, onde apenas se via uma grande avenida movimentada com pequenas lojas de roupas e cosméticos, onde o número de árvores era no mínimo cinco á cada noventa metros.

Logo voltei a fitar a carteira, onde nenhum energúmeno estava praticamente deitado em si.

O resto do dia passou tranquilamente por incrível que pareça, sem provocações e sem risinhos irritantes.

Ao sair no fim da ultima aula, todos os alunos corriam eufóricos com suas mochilas de cores aleatórias nas costas, pareciam prever que a casa explodiria ou algo assim.

Não tive vontade alguma de voltar para onde morava e encarar meu pai e minha irmã com a cara de sonsos de sempre. Minha mãe estava viajando, pois era uma futura mulher de negócios, provavelmente estava no Canadá.

Parei em frente uma sorveteria, morrendo de vontade ao ver uma criança ruiva acompanhada de sua mãe tomando um sorvete de determinado sabor, parecia flocos.

Não resisti e entrei no estabelecimento, me dirigindo ao balcão, onde estavam escritos os sabores em um papel colorido e o nome do lugar em letras preto e branco.

Optei por um de brigadeiro com granulado colorido. Um senhor já conhecido na cidade, disse que voltaria com meu pedido em questão de minutos. Decidi sentar-me em uma das mesinhas, apoiando minha mochila e minha caderneta em cima da mesa.

Logo meu sorvete chegou. Fiquei tão animado para comê-lo que agia como uma criança boba, mal segurando a colher como um adulto de dezesseis anos.

Pude ver uma sombra aproximar-se, e um rapaz de cabelos água de salsicha e jaqueta de couro preta sentou-se junto á mim, praticamente de frente.

Você vai me pagar um sorvete né? – Mas que raios... Castiel só pode ser louco!

Não... – Respondi rispidamente, esperando que se afastasse e tomasse seu rumo.

Então vou fazê-lo pagar. – Seu rosto ficava cada vez mais perto, e seus olhos fechavam lentamente, eu estava entrando em desespero por completo.


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Notas finais do capítulo

Eai? O que acharam? Hein? Heeein?
Comentem, meus pequenos fantasminhas! :D ~~~

Bjinhussssss



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