PDV Eloise

 

 

- Finalmente! Inglaterra!!!! – Disse Alice estendo os braços para o céu quando descemos do navio no porto da cidade de Brighton.

 

O dia estava meio nublado como era de se esperar. Mas mesmo assim, a cidade era linda.

 

- Essa fala deveria ser minha. Você passou a viagem inteira reclamando – Lembrei-a.

 

Ela me fitou.

 

- Nada a ver. Você inventou de fazer essa viagem de navio em três dias ao invés de ficar três horas num avião. O que queria que eu fizesse?

 

- Primeiro tenho que te lembrar que a idéia de vir foi sua! E segundo, é obvio que eu não ia vir de avião.

 

Ela me fuzilou com o olhar por alguns instantes e depois pegou um mapa.

 

- Certo. Vamos procurar um táxi e ir para o hotel deixar as malas.

 

- E depois vamos fazer as nossas primeiras compras na Inglaterra!! – Falamos ao mesmo.

 

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PDV Alice.

 

O Hotel era bom, mas nem ficamos muito tempo nele, assim que deixamos nossas coisas lá fomos em direção ao shopping mais próximo e gastamos... Gastamos mesmo. Carlisle ia ficar uma fera. Mas tudo bem, as ações iam estar boas. Hehehe.

 

Em fim, à noite, não tínhamos nada para fazer, essa cidade não era como Las Vegas onde você tinha diversão dia e noite. E então chegamos ao hotel cedo demais.

 

- Acho melhor irmos para Londres amanhã. – Eu disse.

 

Eloise que estava folheando uma revista me encarou.

 

- É, também acho. Não tem muito que fazer aqui.

 

- Ótimo. Então está decidido, amanha, assim que você acordar, alugamos um carro e vamos para Londres.

 

Ela sorriu.

 

- E depois que terminarmos com as lojas de Londres podemos ir para outra cidade, e depois para outra e assim por diante até que tenhamos conhecido todo o pais.

 

- Como fizemos na França em 97?

 

- Claro!

 

Comecei a quicar na minha cama já empolgada com a idéia.

 

Ai meu telefone tocou.

 

Será que era Jasper? Peguei o celular e vi o identificador

 

Edward.

 

- Oiiee!

 

Eu não estava brava com ele. Ele estava sofrendo muito com isso tudo e não precisava de alguém que ficasse bravo com ele. Mesmo que eu não conseguisse entender o porquê dele estar se magoando desse jeito.

 

- Oi Alice. – Respondeu com uma voz rouca. Como eu disse. Ele era o que mais estava sofrendo.

 

- O que houve? – Perguntei.

 

- Eu perdi o rastro de Victoria perto do Brasil. Pode me dizer onde ele está?

 

E ainda havia aquela paranóica da vitória que Edward estava caçando na América do Sul. Como se a vida já não estivesse difícil o bastante.

 

Concentrei-me e a vi indo para a fronteira do Brasil com a Venezuela.

 

- Está na fronteira do Brasil com a Venezuela.

 

- Obrigado. – Silêncio.- E ai.  Como foi a viagem?

 

Ele já sabia de tudo. Esme não o deixou sem nenhuma informação.

 

- Bem, demorou um pouco por que viemos de navio. Idéia de Eloise, sabe como ela é. – Dei uma risada.

 

Ele também riu um pouco.

 

- É... Eu sei. Ela está bem?

 

Na mesma hora Eloise fechou a revista se levantou e se trancou no banheiro, ouvi o som do chuveiro se ligando.

 

- Sim está.

 

- Ela ainda está muito brava, não é?

Depois da briga que eles haviam tido, Eloise estava evitando Edward ao máximo se negando a fazer as pazes com ele. Já Edward havia tentado fazer as pazes com ela no começo de Novembro.

 

- Bem...

 

- Tudo bem. Ela tem razão, eu devia ter confiado nela. Mas, você a conhece, ela não entenderia.

 

- E ela não entende ainda. – Concordei.

 

- É... – Silêncio. – Tenho que ir. Alice cuide dela pra mim. E se vir algo acontecendo me avise.

 

- Claro deixe comigo. Tchau.

 

Desliguei o telefone.

 

- Pode sair já desliguei. – Gritei.

 

Cinco minutos depois Eloise apareceu de pijama e cabelo pingando nas costas.

 

A olhei com olhar reprovador. Já ia começar a falar que ele devia fazer as pazes com Edward. Um discurso que já estava cansada de ouvir tanto de mim quanto de Esme.

 

Fui cortada.

 

- Agora não Alice. Vou dormir.

 

E se tacou na cama jogando os travesseiros no rosto como sempre fazia.

 

¬¬

 

Eu no geral não gosto de ser interrompida, sorte dela que estou de bom humor. Desta vez passa.

 

 

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PDV Eloise

 

Na manhã seguinte, alugamos um carro e fomos direto para Londres.

 

A linda capital britânica nos recebeu de braços abertos com um lindo dia nublado =) permitindo com que eu e Alice passássemos o dia comprando.

Sapatos, vestidos, blusas, casacos, acessórios, em fim. Tudo o que você pode imaginar, só que das mais altas grifes em cada vitrine de cada loja.

 

Um sonho. *--*

 

Eu devia ter vindo pra cá há muito tempo.

 

Às cinco da tarde, nossas compras foram interrompidas pelo celular de Alice.

 

- O que foi agora? – Perguntei, completamente frustrada.

 

- Uma mensagem. De Carlisle. – Disse enquanto eu me aproximava dela para ver na telinha o tal SMS.

 

“O QUE VOCÊS ESTÃO PENSANDO??!! QUEREM ME FALIR??!!

SE APARECER MAIS UMA CONTA PARA PAGAR EU JURO QUE MANDO JASPER IR BUSCAR VOCÊS DUAS!!! ENTENDERAM???!!!!!

 

                                                                                              Carlisle.”

 

-Nossa e depois ele se diz calmo. – Comentei.

 

- É. Que drama. Tudo isso por causa de algumas continhas pra pagar. – Disse Alice enquanto guardava o celular. – O que vamos fazer agora?

 

- Acho que temos que voltar para o hotel.

 

- Ahh nãooooo! Ainda é muito cedo!! – Ela choramingou.

 

- Mas não podemos mais gastar!

 

- Quanto você tem na bolsa?

 

Vasculhei minha bolsa da Prada a procura da minha carteira.

 

- 500 euros.

 

Alice se desanimou.

 

- Não da pra fazer nada com 500 euros. ¬¬

 

Eu concordei com a cabeça. Ficamos pensando no que faríamos agora. Haviam tantas lojas e tanto tempo, mas tão pouco dinheiro.

 

E um papel foi trazido pelo vento até bater no rosto de Alice.

 

Ela deu um berro e eu tirei aquela folha amarela da sua cara.

 

- Ah que nojo. Imagine só em quantos lugares essa folha não caiu!- Ela começou.

 

Mas eu a cortei quando vi o que estava escrito no papel.

 

- Veja! Vai haver um leilão de antiguidades hoje! – Exclamei chamando sua atenção.

 

- E o que vamos comprar com 500 euros?!! – Perguntou irônica.

 

- Não precisamos comprar nada. Vamos para dar uma olhada e ver o que tem. (dando de ombros)

 

- Mas isso não tem graça nenhuma. - Reclamou

 

- É isso ou ficar presa no hotel.

 

Alice pensou por um minuto sobre suas opções.

 

- Certo vamos logo então. Vai começar as seis temos que correr. É do outro lado da cidade.

 

A abracei e pulei animadamente. Eu AMAVA leilões. Era tão legal. Era mais legal ainda se você tinha dinheiro para gastar, mas isso não vem ao caso agora.