E se fosse você? escrita por Raquelzinha


Capítulo 25
Capitulo 25


Notas iniciais do capítulo

Olá gurias, chegamos antes da hora um pouquinho, mas a fic está encaminhando então, vamos postar para ver como fica kkkkk Um agradecimento super especial às nossas comentaristas, Amando, Gisa, Lu, Cainne, Pocahontas, Vava, Mel, Fabielly, ficamos muito felizes mesmo com a opinião de vcs, elas nos ajudam a continuar. Este capítulo tem a função de abrir um caminho.. talvez vcs percebam melhor isso lendo, então vou deixar q vcs decidam...



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No oitavo dia, quando as correspondências novamente chegaram. Jacob teve a surpresa pouco agradável de se deparar com um bilhete escrito por Sarah e endereçado a Isabella no meio das cartas que recebeu.

Enquanto observava o papel dobrado e selado entre suas mãos, ele acreditou que aquela mensagem com certeza não era portadora de boas noticias, ou de assuntos amenos. O que a marquesa poderia querer com sua esposa que não pudesse ser dito diretamente a ele?

Talvez, Sarah com seu comportamento provocador, estivesse querendo dizer ao filho que ainda não o desculpara. Que a conversa tida pelos dois, dias antes da partida do casal para o campo, não fora esquecida e por isso Jacob estava sendo punido.

A única maneira de saber se suas deduções estavam corretas seria Bella abrir o selo e ler o que a mãe escrevera na carta. Por isso, ele se dirigiu a sala onde a esposa lia um livro, para também surpreendê-la ao mostrar a correspondência inesperada.

– Para mim? Sua mãe?

Os olhos castanhos indicando tanta surpresa que Jake apenas concordou com a cabeça.

– Abra... – falou sem se preocupar em parecer autoritariamente invasivo, afinal aquela carta não lhe fora enviada, então, se seguisse as regras de bom comportamento, deveria permitir que a esposa lesse sozinha.

Sem pestanejar, e tão curiosa quanto o marido, Isabella logo fez o que Jacob pedia. Seus olhos correram rapidamente por um texto curto escrito com uma letra invejavelmente bem desenhada, onde a sogra garantia o bem de estar de todos os membros das famílias Black e Swan. Onde comentava sobre as mudanças preparadas para a casa e finalmente onde pedia o pronto retorno deles, pois contava com a presença do filho e da nora em um jantar especial que ela ofereceria em dois dias.

– Jantar...? – Jacob repetiu se sentindo levemente zangado e imediatamente continuou: – Ela não diz o motivo do jantar?

Isabella passou rapidamente os olhos sobre o papel novamente enquanto marido se sentava ao seu lado.

– Não... apenas pediu nosso retorno para um jantar especial.

Pediu? Algo estranho em se tratando da marquesa. Mas, ele imaginou, quem sabe depois de tantos dias longe, ela finalmente percebera que passara dos limites com o filho e resolvera promover o jantar numa tentativa de se redimir sem precisar realmente formalizar um pedido de desculpas. Tão típico de sua mãe isso! Concluiu mentalmente enquanto observava o rosto da esposa.

Bella o olhava entre surpresa e sorridente. Afinal não eram notícias ruins ou preocupantes, e apesar disso, queria dizer que os planos deles de permanecer ali por mais alguns dias, teria de ser revisto.

– O que você me diz? – ele perguntou segurando a mão livre da espoa.

– Você quer saber se me incomodo de voltar antes?

– Sim.

Bella suspirou de leve, e distraidamente largou a carta sobre o livro que lia antes de voltar toda a atenção ao marido. Jacob a observava com redobrado zelo, como se sua resposta fosse realmente a coisa mais importante para ele naquele momento. Sem querer seu coração disparou. Ela sabia que o marido, apesar das brigas e desentendimentos com a mãe, prezava por ela e por sua relação. E aquela casa, aqueles jardins, aquele sossego sempre estariam ali, eles poderiam voltar quantas vezes desejassem. Nada lhe custava atender a um pedido da sogra.

– Digo que não haverá problemas se você me garantir uma nova visita em breve.

Os belos lábios de Jake se abriram num sorriso iluminado e encantador antes de concluírem:

– Garanto!

No segundo seguinte Bella sentiu as mãos dele segurarem seus braços para atraí-la para perto, na intenção de um beijo.

– Então podemos nos preparar para o retorno. – ele concluiu assim que seus lábios se afastaram.

– Sim – Bella concordou. – Vou falar com Otto para...

Jacob acomodou o corpo grande no sofá, trazendo a esposa para mais perto.

– Deixe para falar com Otto depois. Algumas horas não farão diferença... só iremos amanhã... há muito tempo. – concluiu roçando os lábios pelo pescoço macio da esposa provocando arrepios e suspiros incontroláveis.

*

A viagem de volta foi tranquila e para Bella pareceu mais rápida do que a ida. Mesmo assim, Jacob não conseguia desviar a mente do provável motivo daquela carta tão cordata enviada pela mãe. Sem falar no pretexto para fazê-los voltar, um jantar... para quê esse bendito jantar?

À tarde eles estiveram dentro da casa do marquês. Otto e Hanna se encarregaram de organizar objetos e transportar malas. Mas ninguém foi informado de sua chegada. Jacob pretendia passar aquele final de tarde e a noite em tranquilidade, só no dia seguinte a mãe e os sogros seriam avisados de seu retorno.

E não agiu de forma errada, pois, tão logo soube da chegada do filho, Sarah enviou um mensageiro informando a hora do jantar. Enquanto Isabella se organizava para o compromisso, Jacob esperou por um encontro de negócios com o irmão, encontro que acabou não acontecendo em função de que Edward estava fora em uma visita de negócios que o manteve ocupado quase o dia todo.

Mas Renée, como mãe preocupada que era, não deixou de aparecer. Trouxe consigo o olhar desconfiado e a língua afiada de sempre. Como Jacob presumira, havia novas fofocas rondando o ambiente social, o que em parte sufocara os comentários sobre sua suposta traição. Mas, o assunto sobre o qual a baronesa mais falou se tratava dos preparativos para o casamento de Jasper e Alice que se daria em um mês no máximo.

*

À noite, o casal finalmente foi para a casa da marquesa, onde antigamente moravam. Um jantar íntimo, mas formal, estava preparado para recebê-los. Sarah parecia muito feliz e sorria constantemente, como se nada tivesse acontecido entre ela e o filho mais velho.

A mulher recebeu a nora com alegria e cortesia. Mostrou todas as modificações que pretendia fazer na residência. Mencionou a surpresa por perceber que a jovem conseguira viver num lugar tão pequeno quanto àquela casa. Com um jardim ínfimo, uma sala íntima escandalosamente antiquada repleta de móveis velhos com tecidos gastos e cortinas ultrapassadas, além de cômodos absurdamente escuros e frios por causa das lareiras mal conservadas.

Não, era incompreensível que alguém se sentisse em casa num ambiente assim!

– Meu filho não passava muito tempo em casa. – justificou - Nunca se preocupou com as acomodações. Mas deveria ter feito modificações quando vocês se casaram. – ela não deixou de alfinetar o marquês que sentado perto do irmão conversava sobre as visitas que o mesmo fizera aos arrendatários nos dias em que esteve fora.

Apesar de ouvir com atenção tudo o que a sogra dizia, e em parte concordar com algumas questões, Bella não deixou de mostrar sua real impressão da residência e de suas acomodações:

– Esta é uma ótima casa. Só não lhe parece tão boa porque a sua antiga casa é bem melhor. – lançando um rápido olhar em volta completou: - Gostei muito de morar aqui.

Sarah torceu o nariz ao ouvir a resposta da nora. Algumas vezes ela achava que a garota era enfadonha demais para a personalidade vibrante de Edward, e quando Bella oferecia opiniões como essas, tinha certeza. Nunca que aquela habitação poderia ser algum dia considerada como adequada. Não do jeito que estava.

De certa forma, Isabella e Jacob faziam o par perfeito.

A ceia foi anunciada. Eles se dirigiram à sala de jantar e se acomodaram. Como sempre, Sarah sentou-se a cabeceira, tendo a figura do filho mais velho diante de si. Jacob percebia que apesar de não ter voltado ao assunto, a mãe não estava satisfeita com o que pensava ser um comportamento desregrado do herdeiro do título.

Tentando esquecer o que acontecera ele se propôs a aproveitar o menu. Apesar de sua mãe ter muitos defeitos, receber bem era uma de suas maiores qualidades. O cardápio certamente fora montado com cuidado e deveria estar extremamente saboroso; pois ele sabia bem, a cozinheira da marquesa era a melhor da cidade.

*

O jantar estava no fim. Eles desfrutavam da sobremesa quando Sarah pediu a atenção da família para fazer um pronunciamento. Imediatamente Jacob temeu pelo que viria a seguir. Principalmente ao ver a mãe sorrir cordialmente em direção ao filho caçula, mas permaneceu calado.

– Edward tem um comunicado a fazer – a mulher disse por fim assim que todos os olhos estiveram fixos em seu rosto. – Meu filho, por favor...

Parecendo constrangido Edward ficou em pé, indicando que tinha algo muito importante a declarar. Ao menos era isso que Jacob pensava enquanto observava o rosto sorridente e avermelhado do irmão.

– Vocês são minha família – ele começou e ouviu risinhos de concordância. – E como é costume, antes de qualquer decisão importante, nós sempre conversamos abertamente e tomamos a opinião uns dos outros. – seus olhos correram para o irmão mais velho, que agora era o líder da família.

Jacob moveu a cabeça em concordância. Apesar das brigas e manias de seus pais, entre eles sempre fora assim.

– Por isso, gostaria de partilhar com vocês o desejo de em breve, muito breve, me casar.

Emily soltou um som alegre e bateu palmas enquanto recebia um olhar satisfeito do irmão.

Sarah incentivou o rapaz a continuar enquanto pedia a Emily que ouvisse tudo o que o filho tinha a dizer:

– Há alguns meses que a filha do visconde Clearwater e eu percebemos que nos entendemos bem – o rapaz explicou.

Leah e...Edward... Edward e Leah... Bella pensou silenciosamente. Por que não estava surpresa?

– Oh Edward! – ouviu Emily falar surpresa. Ninguém esperava que a escolhida do rapaz fosse alguém tão voluntariosa. Menos ainda que ela o aceitasse já que recusara muitos pedidos, alguns até de jovens considerados melhores partidos do que ele.

– Nós temos mantido contato, conversado... descobrimos que temos alguma afinidade – confessou sorridente. - Afinidade suficiente para que uma possível união fosse aceitável, por isso, apesar de não herdar título algum fiz o pedido, e ela o aceitou.

Palmas foram ouvidas na peça enquanto Edward levemente corava. O receio finalmente se desfazendo. A única pessoa que sabia de seu interesse por Leah era Jacob, e o irmão o apoiara abertamente desde o primeiro momento. Mesmo assim, ainda havia Sarah e seu temperamento instável. Por isso, logo depois da conversa que a mãe tivera com o filho mais velho, acusando-o de trair a esposa e ameaçando com uma anulação, decidira esclarecer a situação informando que nunca pretendera a mão de Bella, que seu real interesse estava fixo na filha do visconde.

– Farei o pedido formal amanhã. – o rapaz continuou - Mas antes minha família deve ser informada solenemente desta decisão que certamente modificará minha vida.

Efusivos comentários e parabenizações foram ouvidos. Satisfeito por ter feito uma escolha que parecia ser aprovada por toda a família, o rapaz agradeceu dizendo que se sentia muito feliz com o apoio de todos.

Calado, na ponta extrema da mesa, enquanto o irmão terminava sua fala de agradecimento, Jacob desviou o olhar para o rosto da esposa. Bella estava séria, seus olhos fixos na face de Edward. Todos sorriam e ela se mantinha circunspecta, como se não tivesse gostado da notícia.

Imediatamente o jantar embrulhou no estômago dele.

Isabella era a única pessoa daquela peça que não se mostrava satisfeita com a novidade. E por quê? Ele tinha a resposta para isso. Sua esposa ainda mantinha sentimentos por Edward, mesmo depois de terem dividido a intimidade física e a cama por tantas vezes.

Mas, a consciência lhe gritava, quem melhor do que ele para saber que contato físico nada tinha a ver com qualquer tipo de sentimento, menos ainda com... amor?

Enquanto pela cabeça do marquês pensamentos oriundos de um momento de indiscrição criavam confusão. Bella meditava sobre as suspeitas que a invadiram quando viu Edward e Leah conversarem animada, sorridente e intimamente durante uma dança. Naquela época ela ainda acreditava estar apaixonada pelo cunhado.

Depois, na tarde do beijo, aquele beijo que a colocara na situação atual, a prima e o rapaz estavam juntos no labirinto. Algumas vezes a garota se perguntara se havia um motivo especial para isso, agora percebia que esse era o motivo. A dupla estava romanticamente envolvida.

Seus olhos se voltaram para o marido. Jacob a olhava sério, com um olhar perscrutador, como se quisesse adivinhar o que lhe ia pela cabeça. Sorriu para ele, e viu a retribuição demorar a surgir nos lábios masculinos.

Será que, de alguma forma Jacob desaprovava aquele casamento?

Se assim fosse ela precisava fazer alguma coisa em favor da felicidade da prima, afinal, se ela já aceitara o pedido, depois de tantas recusas, era sinal de que gostava do pretendente. Leah era uma moça muito boa! Apesar do temperamento forte que lhe precedia em qualquer lugar que fosse, era generosa, amiga, e extremamente sincera. Edward seria muito feliz ao seu lado. E tão logo tivesse oportunidade, diria isso ao marido.


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Notas finais do capítulo

Será q ele vai entender o q se passa dentro dele? Acho q ele precisa mesmo de um empurrão ou vai ficar eternamente se sentindo satisfeito com a esposa e a vida q tem, sem se preocupar em investigar-se... Gurias, a fic está se encaminhando para o final, nós postaremos só no sábado provavelmente pq precisamos de tempo para reescrever algumas coisas e organizar outras, além de concluir os capítulos para A hora certa... mas não se preocupem, Mari desencavou uma fic velha q nós estávamos escrevendo e q ela gosta muito, acho q na sequencia vamos postá-la, ela estava relendo para lembrar... se tudo der certo, Entre o céu e o mar chegará pouco antes do final de E se fosse vc? Beijo e obrigada de coração a todas vcs q estão acompanhando, mas especialmente a quem deixa um comentário. Até sábado!