– Então, como estou? – Perguntou Emma parada em frente aos pais.

Estava com o vestido vermelho, o cabelo loiro prendido de lado caindo ate o final das costas, e no pulso, a pulseira que ganhara brilhava.

– Linda... – Disse David encarando a filha com um belo sorriso nos lábios – Na verdade, incrível. Acho que não é uma boa ideia essa festa... – Franziu as sobrancelhas.

– David, deixa a garota! – Mary Margaret riu da expressão do marido – Você esta linda! Sorria! – Disse tirando uma foto.

– Mãe! – Repreendeu.

– Só uma lembrança – Sorriu para a filha.

– Não é uma boa ideia, não mesmo... Olhe para ela Oliver, você também não acha uma boa ideia não é – Perguntou arrumando o filho no colo para que pudesse ver a irmã.

– Como se ele fosse responder! – Emma ria do pai quando uma buzina soou.

– Elas chegaram! Bem, já vou.

– Divirta-se – Disse Mary Margaret.

– Aproveite a festa e se cuide...

– Pode deixar pai.

Após se despedirem Emma saiu e encontrou Will ao volante.

– Feliz aniversario! – Abraçou-a assim que entrou no carro.

– Obrigada – Sorriu.

– Cadê as garotas? – Perguntou enquanto Will dava partida.

– Se arrumando. – Revirou os olhos - Hoje sou seu chofer! – Brincou.

– E Robin?

– Deu um problema com as bebidas, Regina ficou histeria e fez ele e Neal irem resolver.

Ficaram em silencio o resto do caminho e logo estavam estacionando em frente a casa.

Mesmo do lado de fora já se podia ouvir a musica tocando alta e algumas luzes piscando.

– Elas não exageraram né? – Perguntou Emma enquanto caminhavam ate a entrada.

– Por incrível que pareça, não. Ate que ficou bacana – Respondeu abrindo a porta para que ela entrasse.

E realmente estava bacana.

Os moveis foram afastados para abrir uma pequena pista de dança, em um canto foi montado um pequeno bar, na escada havia algumas fitas e balões dourados decoravam varias partes do lugar, no teto havia algumas luzes penduradas lançando feixes de luzes coloridas para todos os lados.

– Uau! – Exclamou.

– Que bom que gostou! – Disse Regina descendo as escadas com um vestido tomara que caia preto ate os joelhos.

– Feliz aniversario! – Desejou abraçando-o.

– Obrigada! – Sorriu – Isso aqui ficou incrível.

– Ficou né? Deu trabalho, mas compensou.

– Emma! – Chamou Belle vindo da cozinha com um vestido de alcinhas branco com detalhes rosa um pouco acima dos joelhos.

– Parabéns! – Deu-lhe um abraço apertado.

– Obrigada Belle – Sorriu-lhe.

– Will, Robin acabou de chegar com as bebidas – Disse Belle ao namorado.

– E Neal? – Perguntou.

– Não sei.

– Okay, vou lá ver se ele precisa de ajuda. Mas antes meu beijo garota! – Disse pegando a namorada e levantando-a do chão para beijar-lhe.

– Agora sim! – Desceu-a e seguiu para a cozinha, deixando para trás a namorada corada e as garotas rindo.

Após resolverem o problema com a bebida todos deram seus presentes e logo a casa já estava cheia.

Pouco tempo depois a festa já corria a todo fervor e Emma ainda não vira Neal.

Resolveu ir procura-lo e encontrou-o na cozinha... Com Tâmara.

Assim que eles a viram Tâmara fez questão de abraça-la – Feliz aniversario Emma! – Deu um falso sorriso.

Tâmara não estava satisfeita com aquilo, mas Neal conversou com ela sobre algo como “Tente der mais amável com a Emma Tâmara. Por favor”.

Emma nem se deu ao trabalho de retribuir o abraço ou de responder.

Encarou Neal em busca de uma resposta do porque a garota estava ali, mas ele apenas a olhou sem dizer uma palavra.

Na verdade Neal mal se dava conta do que acontecia em sua volta, só conseguia pensar em como Emma estava linda.

Segundos se passaram e Emma vendo que o garoto nada dizia resolveu se retirar – Okay. Divirtam-se!

Já ia se retirando quando Neal acordou do transe – Hey Emma. Espere!

– Feliz aniversario! – Desejou abraçando-a.

– Obrigada – Disse simplesmente.

– O que foi? – Perguntou Neal franzindo as sobrancelhas.

Emma olhou para Tâmara como resposta.

– Ela é minha namorada Emma – Suspirou.

Ele sabia que isso ia chatea-la, mas como diria a Tâmara que não poderia leva-la a festa?

– A casa é sua. Tudo bem.

– Emma, sabe que não é assim... Por favor.

– Okay, tudo bem! – Sorriu concordando. O que mais podia fazer? Expulsá-la da casa de seu próprio namorado? Com toda certeza não podia fazer isso... Mas Regina podia... Balançou a cabeça assim que o pensamento a pegou.

Não podia fazer nada, só esperava que no mínimo ela não estragasse outra festa sua.

– Tudo bem – Repetiu sorrindo verdadeiramente.

– Ai esta você! – Exclamou Robin entrando – Vamos dançar! – Disse arrastando- a pra fora.

Neal e Tâmara se juntaram a eles na pista e dançaram algumas musicas ate que todos pararam para descansar.

– Hey Emma! – Gritou August caminhando entre as pessoas ate alcançar o grupo que estava sentado no bar.

– August! Você veio! – Emma levantou cumprimentando-o.

– Arrumei um tempo na agenda – Brincou – Feliz aniversario – Deu-lhe um abraço.

– Obrigada! – Sorriu.

– Bem, eu não sabia o que te dar, então fiz aquele CD. Coloquei mais algumas musicas que acho que vai gostar.

– Serio? Obrigada! – Agradeceu.

– Não por isso – Sorriu – Bem, eu vou dar umas voltas por ai. Gente! – Despediu-se e sumiu no meio das pessoas.

– Querido, vamos dançar? – Perguntou Tâmara pendurada no pescoço de Neal.

– Acabamos de voltar de lá Tâmara.

– Por favor...

– Okay! – Suspirou se levantando – Já voltamos!

– O que ela esta fazendo aqui? – Perguntou Belle enquanto olhavam o casal se afastar.

– Estou me perguntando isso desde que a vi... Se eu a matar, vou presa? –Perguntou Regina.

– Nem pensa em arrumar confusão Regina! – Exclamou Robin abraçando a namorada.

– Eu estou quietinha aqui... Por enquanto – Sussurrou a ultima parte.

– Se quiser, eu mato e enterro no quintal. – Propôs Will.

– Não começa Will – Repreendeu Belle.

– Estou brincando amor – Disse abraçando a namorada, mas piscando para Regina que sorriu de volta.

Emma observava o casal dançando, alheia a conversa dos amigos.

Se é que aquilo se podia chamar de dança, estava mais pra sexo na pista!

Terminou seu segundo copo de whisky quando o casal retornou.

– Estou morta! – Exclamou Tâmara se abanando.

– Viu amor, nem precisamos mata-la – Regina sussurrou sorrindo para Robin alto o bastante para que Will e Belle ouvissem, fazendo Will rir.

– Qual a piada? – Perguntou Tâmara.

– Você... – Disse Regina.

– O que?

– Você não entenderia – Sorriu docemente fazendo Will rir mais alto ainda.

– Will, para! Esta levantando meu vestido! – Reclamou Belle com o namorado que se contorcia de rir.

– Desculpe. – Disse se controlando.

– Hey Emma! - Regina chamou a miga que já estava no seu quinto copo.

– Oi – Respondeu normalmente, não estava bêbada, aparentemente era forte para bebidas.

– Você na vai pegar o August mesmo? – Perguntou olhando para longe.

– Claro que não! – Respondeu.

– Então pega aquele ali! – Apontou com a cabeça para um rapaz do outro lado do salão que estava olhando para o grupo.

– Se você não for eu vou!

– Regina!

– Brincadeira amor, só estou incentivando ela – Disse dando um beijo nele.

– Ele é bonito... Mas eu não vou lá – Disse Emma.

– Nem precisa, ele vem aqui – Riu Will observando o garoto caminhando ate eles, fazendo Neal fechar a expressão.

– Isso vai ser interessante... – Riu Regina.

– Oi – Cumprimentou o garoto quando chegou perto do grupo – Você é a aniversariante né? - Perguntou se direcionando a Emma.

– Sou.

– Então. Feliz aniversário! - Disse abraçando-a.

– Obrigada... Mas eu te conheço? – Perguntou Emma.

– Na verdade não – Riu – Meu primo foi convidado e como cheguei de viagem hoje ele me chamou para vim. Não tem problema né? – Perguntou.

– Não, sem problemas – Sorriu – Você é...?

– Walsh.

– Emma.

– Prazer Emma. Quer dançar? – Perguntou sorrindo.

– Ela quer! – Respondeu Regina sendo fuzilada por Neal.

– Claro – Respondeu Emma olhando feio para Regina enquanto se distanciavam do grupo.

– Não gostei dele! – Exclamou Neal assim que se afastaram.

– Novidade. Você não gosta de ninguém – Disse Regina revirando os olhos.

– Eu gostei dele – Disse Belle sorrindo.

– Você gosta de todo mundo! – Disse Neal azedo.

– Mentira. Eu não gosto da sua namo... Deixa para lá – Comentou Belle não terminando a frase, fazendo Robin rir.

– Tudo bem mana, ele já deve saber disso – Disse Robin à irmã.

– Tenho que concordar, o cara é bonito... O que ele viu na Emma? – Perguntou Tâmara com uma expressão chocada.

– Essa é difícil! Deixe-me pensar. Ah sim! Ele viu a Emma! – Regina sorriu falsamente.

– Okay pessoal, vamos seguir o exemplo da Emma e dançar! – Disse Belle arrastado Will para a pista.

– Você também Robin! – Regina puxou o namorado, deixando Tâmara e um Neal furioso para trás.

– Então você veio de New York? – Perguntou Emma enquanto dançavam.

– Sim. Vim passar o fim de semana na casa dos meus tios. E você, é daqui mesmo?

– Sou – Sorriu

– É uma cidade bonita.

– Encantadora...

E seguiram dançando e conversando em meio algumas doses de whisky sendo observados de longe por um Neal possesso de raiva.

Após mais algumas danças e Emma pediu para irem tomar um ar fresco.

Foram para fora e havia algumas pessoas ali aproveitando a noite,

– Você é muito bonita Emma – Comentou Walsh assim que se sentaram em um banquinho.

– Obrigada – Sorriu Emma observando o garoto se aproximar e beijar-lhe nos lábios, no começo tentou impedir, mas depois deixou que o garoto aprofundasse o beijo, afinal, era só um beijo. Ate que o sentiu sendo arrancado de perto dela.

– Mas o que... ? – Perguntou olhando em volta aturdida ate que viu Neal socando o rapaz.

– Hey! Pare! – Gritou tentando separar a briga. O que não adiantou de nada.

– Neal! Já chega! – Gritou mais alto fazendo o rapaz sair de cima do outro e parar de soca-lo.

– Hey, você esta bem? – Perguntou ajudando o garoto a se levantar.

– Estou sim! Está louco cara? – Perguntou olhando em volta algumas pessoas que se aglomeraram para ver a cena.

– Okay... Tudo bem... Vamos Emma – Disse o garoto tentando sair do meio da rodinha que se formou.

– Ela não vai com você! – Exclamou Neal segurando o braço de Emma.

– Isso é ela que decide! – Disse Walsh puxando-a pelo outro braço.

– Já chega! – Gritou Emma se soltando – Querem se matar? Ótimo! Mas bem longe de mim! – Disse e caminhou para dentro da casa sendo seguida por Neal.

– Emma espere! – Gritou.

Emma continuou andando e entrou na cozinha vazia.

– Que palhaçada foi aquela Neal? – Esbravejou se virando para ele.

– Você queria ficar com ele? – Perguntou raivoso a segurando pelo braço.

– Não, mas e se quisesse? Isso não é da sua conta!

Neal a encarou e sem pensar em mais nada a beijou, pegando-a desprevenida.

– Neal? – Perguntou Tâmara parada na porta com uma expressão furiosa fazendo o casal se separar.

– Ótimo! Mais uma! Era tudo o que me faltava! – Ironizou Emma tentando se soltar.

Tâmara encarou o casal com os olhos vermelhos de raiva e vendo que Neal nada diria para se explicar deu meia volta e saiu ainda mais furiosa.

Mas o que Neal poderia dizer? Que ficou enlouquecido quando viu a garota que amava nos braços de outro? Com toda certeza não poderia dizer isso a namorada.

– Dá para me soltar! – Ordenou Emma assim que ficaram sozinhos.

– Não – E a beijou de novo. E de novo e de novo. Sem se importar com nada.

E o que Emma podia fazer a não ver retribuir? E foi isso o que fez.

– Venha, vou lhe dar seu presente – Sorriu quando se separaram. As cenas de antes esquecidas no mais intimo do seu ser.

Caminharam entre a multidão ate chegarem ao quarto de Neal entrando no mesmo e trancando em seguida.

Ele caminhou ate o criado mudo e reditou de dentro da gaveta uma caixinha preta.

– Espero que goste – Sorriu estendendo-a.

Emma abriu-a encontrando um delicado colar que brilhava refletindo a luz. Encarou-o.

Era simplesmente lindo.

– Coloque para mim! – Exclamou virando-se e levantando o cabelo para que Neal colocasse.

– Fico feliz que tenha gostado – Sorriu carinhosamente enquanto pegava o colar de suas mãos.

– Eu amei, ele é lindo. Obrigada!

Sentia mãos deslizando em seu pescoço enquanto Neal fechava o feixe e logo depois um beijo. E outro.

– Neal...?

– Shiiiu...

A cada beijo Emma estava mais entregue.

Quando ele a virou e beijou seus lábios, sentiu pela primeira vez o cheiro de álcool. Tentou afasta-lo.

– Para, você está bêbado– Disse o empurrando sem sucesso.

– Neal, para – Tentou de novo.

– Quieta Emma... – Sussurrou entre seus lábios, e ela estava entregue.

Agarrou os cabelos curtos do rapaz e aprofundou ainda mais o beijo.

Foram caminhando ate a cama sem interromper o beijo só o fazendo quando Neal a deitou - Linda... – Beijou-lhe o pescoço e retirou seu vestido depositando beijos em seu colo.

– Neal... – Gemeu Emma enquanto o ajudava a tirar sua própria camisa.

Neal terminou de tirar a roupa e logo estavam os dois nus. Neal deslizava as mãos pelo corpo da garota, apertando, sentindo, enquanto a mesma enroscava a mãos em seu cabelo o puxando para mais perto, acariciando seu pescoço no processo.

A cada beijo, a cada toque, a cada caricia o desejo só ia aumentando, de ambas as partes, e quando se tornou insuportável Neal em um movimento calmo delicado e sereno estava dentro da garota.

Começaram num ritmo calmo, Emma apertava e arrastava as unhas pelas costas do garoto arranhando-a, apertando-o e o trazendo cada vez mais para dentro de si.

Neal apertava as laterais do corpo da garota.

Continuaram nisso ate que não aguentaram mais e se deixaram levar pelo desejo.

Olharam um para o outro e nenhum se atreveu a falar uma única palavra e quebrar o momento que nenhum dos dois entendia, mas que não queriam que acabasse.

Só fizeram aquilo de novo e de novo, sem se importarem com o mundo atrás daquelas portas.

No outro dia Emma acordou toda dolorida, olhou ao redor sem entender onde estava. Só quando seus olhos pousaram sob uma foto dela e de Neal colada num mural na parece que as lembranças vieram à mente.

E então perdeu o ar.

Tentou se levantar e pela primeira vez desde que acordou sentiu o peso do braço que circulava sua cintura. Pensou duas vezes de olhar para o lado, e quando o fez seu coração perdeu uma batida e se sentiu empalidecer.

Neal estava deitado ao seu lado o braço circulava sua cintura prendendo-a a ele, a cabeça enterrada no vão do seu pescoço, podia sentir a respiração dele fazendo-lhe cócegas...

Tentou se levantar sem acorda-lo, e quando conseguiu pegou suas roupas e se trocou o mais silenciosamente rápido que podia.

Se não saísse daí sentia que morreria.

Desceu as espadas cuidadosamente para não acordar ninguém, e quando já se viu fora da casa chorou.

Chorou por ser burra e ter se deixado levar.

Chorou por ter transado com um cara comprometido.

Chorou por ter saído daquele jeito.

Chorou por tudo que tinha direito.

Como estava sem caro o único jeito era ir embora a pé. O que era bom. Teria tempo para pensar na burrada que fizera.

Começou a andar pelas suas da cidade ainda adormecida.

O que iria fazer? Conversar com Neal só para ouvir que tudo foi um erro? Não ia aguentar isso... Não por enquanto.

Conversar com as meninas? Sem chances! O que diria? Que foi para a cama do amigo igual uma sem vergonha?

O que seus pais diriam se soubessem daquilo... Com esse pensamento mais lagrimas desceram pelo seu rosto a fazendo engasgar e perder o ar.

Quando percebeu já estava parada em frente de casa.

Enxugou o rosto e rezou para que seus pais ainda estivem dormindo.

Destrancou a porta o mais silenciosamente que as mãos tremendo a permitia e quase voltou a chorar de agradecimento quando viu a casa silenciosa.

Caminhou ate o quarto e trancou a porta encostando-se à mesma quando novas ondas de lagrimas vieram.

Andou ate o banheiro deixando as roupas espalhadas pelo chão, e quando estava embaixo d’gua chorou ate sentir seus olhos arderem. Não fazia ideia de quanto tempo estava lá embaixo, só viu que era hora de sair quando sua cabeça começou a doer.

Desligou o chuveiro já decidida. Iria ignorar tudo o que aconteceu, não queria falar sobre isso por enquanto.

Trocou-se e deitou-se, e antes de se entregar ao sono o seu ultimo pensamento foi “Ele nem dia me amava... Eu nem disse que o amava”.

Enquanto seus olhos se fechavam ai, um pouco distante outros se abriam chocados.

Quando Neal acordou e lembrou-se do que aconteceu se xingou de todos os nomes que se lembrava. Emma nunca iria perdoa-lo! Finalmente conseguiu perde-la para sempre...

Nem sabia ao certo o que aconteceu, ou porque a beijou, mas ela estava ali, tão perto e a imagem dela beijando outro lhe vinha à mente como uma facada. E só o que pensou foi em beija-la também... E o fez.

E agora ela nunca iria perdoa-lo!

“Se ao menos tivesse tido que a amava”

O problema das palavras é que elas precisam ser tidas. Se magoarem, um ponto final e livrasse a pagina. Melhor que viver na tortura infinita das reticências de um “E se...”.