Gabriella escrita por belaledok
Notas iniciais do capítulo
4º mês
Eu estava deitada em uma maca. O médico passava o gel por toda minha barriga e o que víamos eram apenas borrões. Eu chorava muito de emoção. Era a primeira vez que via aquela pequena criaturinha que eu amo mesmo não conhecendo.
-Parabéns mamãe! É uma menina. -o médico disse e eu sorri emocionada.
-Diana- sussurrei de imediato. De repente escuto um som assustador de alguém chorando do meu lado. Emmett. Olhei pra cara dele com medo.
-Era o nome da minha cachorrinha que morreu- Emmett falou choroso. Revirei os olhos.
-Pronto. Chequei tudo. Terminamos a consulta- disse o médico limpando minha barriga e se levantando
-Alguma recomendação?
-Não fique muito estressada ou nervosa, pois isso prejudica muito sua filha.
-Ok.
-Doutor ela vai poder trabalhar até quando?
- Ela pode trabalhar até quando aguentar, mas se a gravidez for problemática, ela terá que sair do trabalho um pouquinho antes, o que não é o caso da sua.Você e ela estão bem até demais- nós rimos
***
Eu servi café ao senhor Gordon. Ele não tirava os olhos da minha barriga. Já dava pra notar que meu corpo estava diferente. Eu estava mais rechonchuda e minha barriga estava maior. A cada dia esperava mais por minha Diana.
-Então os boatos são verdadeiros- ele falou- você está grávida
-Estou- eu disse sorrindo- e é uma menina. Diana. - eu disse afagando minha barriga
-E por acaso o pai dessa menina é aquele rapaz que te deixou?
-É.
-Hum- ele me olhou com desaprovação- Você devia tirar esse bebê. Aquele irresponsável nunca mais vai voltar. - eu saí de perto dele bufando, com raiva. Eu sabia que Dean não ia mais voltar, agora tirar o meu bebê? O meu inocente bebê?
-Lyne- eu falei bem alto
-Sim?
-Não quero mais atender esse senhor- eu falei com raiva
-Ok- ela falou confusa
O povo dessa cidade nunca apoiou meu namoro com o Dean. E agora essa gravidez ia ser pior. Mas eu iria até o fim por ela, minha razão de viver, Diana Winchester. Acariciei minha barriga com amor.
-Mamãe ama muito você meu amor. Não escute o que essas pessoas dizem. – Falei como se ela entendesse
-Espero que ela se pareça com você- Lily disse sorrindo- Você sente um amor descomunal por ela. Até parece que você necessita dela para sobreviver
-Eu necessito. Ela é a rosa mais preciosa do meu jardim
-E eu?- Emmett entrou na loja fazendo bico
-Você é um chato de galochas... - Eu falei sorrindo. – mas é o MEU chato de galochas. – falei abraçando ele
-Ok, já são 22h00min e tá na hora das três irem pra casa!- Rob disse aparecendo do nada e me interrompendo
-Rob ainda tem gente!- Eu falei
-Mas você está grávida e precisa cuidar de seu bebê. Não quero você cansada amanhã aqui. E também eu deixei vocês sozinhas por muito tempo na loja.
-Ok. Já estamos indo. - Lily disse
-Ah! E pode deixar que eu converso com o senhor Gordon
-Sobre o que?
-Sobre a criança que você está esperando com tanto amor e como ele e o povo dessa cidade estão te magoando- ele falou. Às vezes eu achava o Rob um segundo pai pra mim.
-Obrigada Rob- Eu falei
-Ao seu dispor minha linda. Pra vocês três eu vou até o fim do mundo- ele disse se despedindo da gente
Uma lágrima caiu pelo meu rosto, anunciando o choro. Ultimamente era assim: Qualquer coisa me fazia chorar. Isso se tornava um saco. Emmett me chamava de chorona só pra perturbar.
-Sabe? Adoro quando você chora- Emmett disse e a Lily bateu no ombro dele- O que foi? Ela faz uma carinha tão fofa quando chora!
Revirei meus olhos. Emmett sempre seria Emmett.
***
Eu disquei o número de Dean. Estava em uma cabine telefônica. Eram 5 horas da manhã. O vento estava frio como sempre era á essa hora do dia. Parte da cidade ainda dormia. Mas eu via gente correndo ou passando com o carro para ir pro trabalho. Esperei ele atender ansiosamente. Ultimamente eu fazia isso só para escutar sua voz cansada atender ao telefone. Ele sabia que era eu e mesmo assim não brigava comigo e eu ficava escutando a respiração dele até minhas fichas acabarem.
-Alô. – ele falou. Eu estremeci com o som de sua voz. Era como uma droga pra mim. Depois ficamos em silêncio. – Ella, pare com isso. Você vai sofrer mais assim. Eu vou sofrer mais assim. Siga com sua vida. Eu estou seguindo com a minha. Tá bom?
-Tá bom. – sussurrei e as lágrimas desciam pelo meu rosto.
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