Um Tom a Mais escrita por Benjamin Theodore Young


Capítulo 16
- Revelações e Desistências Definitivas - Parte I


Notas iniciais do capítulo

Pessoal, esse capitulo ficou gigantesco, então me perdoem, mas vou ter que posta-lo em duas partes. Um abraço forte!



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Passaram-se breves dias em Easthampton, nada mais que a normalidade havia reinando sobre aquelas praias e casas de veraneio luxuosas, a única e fatídica tormenta mesmo, eram os meus sentimentos empoeirados de mentiras, autorrepressão e choros, foram muitos, aliás.

– Já era pra você ter se acostumado já Pim! Por favor, para de choramingar – Respondeu Sammy às minhas reclamações sobre ainda estar ali em Hamptons – poxa aconteceram tantas coisas bacanas aqui, tudo bem que tivemos, ou melhor, você teve algumas desavenças, mas acho que ainda estão valendo as coisas boas você não acha?

– Esqueceu que eu sou bipolar? E neste caso não são firulas, eu sou mesmo – Respondi resignado.

– Ah sim, claro que é, mas isso não quer dizer que você precisa toda hora vestir esse subterfúgio e vira e mexe ficar aí remoendo passado, remoendo vontade de ir embora, ah me poupe vai Pim. Você esta parecendo um moleque chorão

– Nossa! Hoje você definitivamente não esta do meu lado! Respondi olhando para fora de casa através do imenso vitral na biblioteca – Vou pegar um livro e vou até a praia pra ler.

– Ok! Contanto que isso mude o seu humor. Não se esquece do jantar hoje à noite, o Charlly está louco pra apresentar a mamãe aos parentes dele.

Unf – Bufei indignado – ainda tem mais essa! Eu não mereço.

Easy Pal – Respondeu Sammy se dirigindo para fora da biblioteca.

Dei uma breve olhada entre as centenas de livros ali expostos e um me chamou atenção pelo nome “O Apanhador no Campo de Centeio”, agarrei o livro e me dirigi à praia para lê-lo.

...

As minhas leituras, sempre fluíam porque eu irremediavelmente colocava algo para ouvir enquanto lia, e no caso, esse algo era música clássica. Enquanto eu terminava a sexta página do livro, que logo no começo já havia despertado em mim um profundo interesse, meu celular apitou. Era um mensagem de Tito, que dizia:

[Tito] para tudo o que vc tiver fzndo e ouve essa música https://www.youtube.com/watch?v=6iB5MLmmgyE

[Pim] lol é pra já! – Respondi imaginando ser algo engraçado.

Birdy – All you never say

You've been searching
Have you found many things?
Time for learning
Why have I not learnt a thing?
Words with no meaning
Have kept me dreaming
But they don't tell me anything

All you never say is that you love me so
All I'll never know is if you want me, oh
If only I could look into your mind
Maybe then I'd find a sign
Of all I wan't to hear you say to me, to me

Are you uncertain?
Or just scared to drop you guard?
Have you been broken?
Are you afraid to show your heart?
Life can be unkind
But only sometimes
You're giving up before you start

All you never say is that you love me so
All I'll never know is if you want me, oh
If only I could look into your mind
Maybe then I'd find a sign
Of all I wan't to hear you say to me, to me

Ao terminar de ouvir a música, e principalmente uma música cantada por uma das minhas cantoras favoritas, parei, respirei profundamente e comecei então, a meditar nas palavras, em cada uma delas, daquela letra, o que era simplesmente explicito assim “Pim, esse sou eu, Tito, dizendo pra você tudo o que estou sentindo até agora”, eu então lacrimejei os olhos, coloquei a musica mais uma vez para tocar, e tentei entre dedos trêmulos responder algo para ele. Porém ele fora mais rápido, me respondendo antes mesmo de dizer algo. E sinceramente, eu não sabia o que dizer.

[Tito] não surta... eu sei que vc deve ta confuso agora com essa musica e com a letra dela, eu presumo que vc já ouviu o no mínimo ta tentando me responder! Eu prometi pra vc que não ia fazer nada, mas cara, juro, eu tentei todos esses dias que vc teve em casa, tentei deixar passar, e sinceramente, eu não posso desistir de vc sem ter realmente uma conversa definitiva entre nos dois. Pim, me desculpa, não quero te fazer mal, mas eu preciso conversar com vc sobre isso abertamente, ou mais ainda do que fomos dias atrás... tem como =/

Depois de ler sua mensagem, e quase ter tido um ataque do coração, consegui responder algo, e fora um sucinto – sim vamos conversar – ele então me respondeu de volta com um emoji sorrindo e marcando o encontro à noite no farol que havia próximo a casa dele. Eu então respondi com outro emoji sorrindo e salientando mais ainda – precisamos nos dar uma chance – na verdade quando vi, eu já tinha respondido daquela maneira, não era pra ter dito, era para ter sido mais elaborado e com mais calma, mais consciente, por um instante me arrependi, e quase enviei outra mensagem tentando concertar, ele então respondeu – sim precisamos, é o que mais quero – naquele instante, ao ler sua mensagem, meu coração tremeu, minha respiração começou a acelerar cada vez mais, e comecei a sentir ali, que talvez sim, estava na hora de deixar Tom de lado, e seguir com alguém ou algo que realmente me desse retorno, não um retorno carnal ou desejoso, um retorno de amor, sincero e, sobretudo de “tô contigo pro que der e vier”.

Eu já havia tentado contatar Tom, mais ele estava sendo irredutível, então Crispin, é hora de seguir em frente, doa a quem doer, e em quem mais doía, era em mim mesmo, porque eu não queria desistir do Tom, contudo ele, na verdade nem esteve perto de insistir. Chorei por longos minutos, me deitando na areia da praia, e me fazendo lembrar-se da primeira vez que vi o Tom, da mesma forma, ali, deitado, torrando embaixo do sol. Vinham-me flashes de sua face, dos seus vários sorrisos, dos seus trejeitos, fala, enfim, seu cheiro, que inundava as minhas narinas quando estava perto, e até mesmo quando estava longe. Sim, lembrar-se dele era um martírio para minha condição física, psicológica e da alma.

Terminei com minhas lamentações por ali, e resolvi voltar para casa, já não havia mais ânimos para leitura. No caminho, uma ultima vez resolvi ligar para o Tom, mas ele não atendeu. Estava então decidido.

...

– Meninos, não se esqueçam, de fora para dentro – noticiou minha mãe, para como deveríamos pegar os talheres na hora do jantar com os parentes do Charles.

– Relaxa mamãe, vai dar tudo certo – Respondeu Sammy.

– Isso é o que me assusta Sammy, se fosse o Pim dizendo, eu definitivamente estaria mais tranquila – respondeu rindo e olhando para mim enquanto Sammy me olhava me condenando.

– Não mamãe, o Sammy está certo, não se preocupe!

– Agora eu acho que posso ficar calma! Respondeu rindo mais uma vez – O que acharam do vestido meninos, eu falei pra o Charlly que estava muito exagerado, não gosto dessas coisas de brilho!

– A senhora está maravilhosa mamãe – respondemos eu e Sammy num coro harmonioso e coincidente. Neste instante nossas conversas foram interrompidas por Charles batendo na porta.

– Ann, meninos, vocês estão prontos, os meus familiares já estacionaram aqui! – Disse Charles com uma voz nitidamente aflita.

– Sim querido, estamos descendo! Meninos, por favor, todo o cuidado possível, não conhecemos ninguém, os pais do Charles são maravilhosos, mas não sabemos o que pode estar chegando, então mais uma vez, comportem-se! Minha mãe certamente estava mais nervosa do que demonstrava, afinal, mesmo depois de tantos namorados, aquele era o único que até hoje havia realmente se importado em lhe apresentar ao restante de seus familiares, e ela, estava estarrecida com isso.

Quando descemos as escadas, já avistamos os pais de Charles e ele, recebendo os seus familiares na porta de entrada, e no meio dos degraus eu já ia analisando com cautela cada um deles. Havia um garoto e uma garota que deduzi serem irmão gêmeos, ruivos, que aparentavam a minha idade, com eles estavam mais quatro adultos, um homem que aparentava a idade de Charles e logo ouvi seu nome citado pelo Mr. Cohen, era Abraham, uma senhora um pouco mais nova que Mrs. Cohen, que atendia por Mrs. Olive um senhor que lhe acompanhava deduzi que fosse seu marido pela semelhança de idade, e uma mulher com a idade aparente de Abraham, Margareth e certamente sua mulher, era ruiva, portanto mãe dos gêmeos.

– Ann meu amor, esses são Abe e Maggie, Abraham é meu primo em primeiro grau. Ele é filho da tia May, irmã da minha mãe, ela é casada com o tio Isaiah, e estes ferrugentinhos, - disse Charles entre risos – são seus netinhos filhos do Abe, Jacob e Annabelle. – Pronto! Árvore genealógica exposta, agora era hora de confraternizar, pensei enfadado.

– Vamos para a sala de estar queridos. – Recomendou Mrs. Cohen direcionando-os, e dizendo em seguida. – Meninos, vocês estão liberados para darem uma volta, mas estejam aqui dentro de meia hora, o jantar em breve será servido. Todos acenaram com a cabeça, sem exceção, e nos direcionamos os quatro, à piscina da casa.

– Prazer, Jake! – Disse o ruivinho estendendo a mão para mim.

– Oi, Annabelle, mas podem me chamar de Belle! – Atou a ruivinha. Os dois eram incrivelmente atraentes e belos, tinham cabelos pra lá de ruivos, eram como um fogo vivo. Belle usava um vestido curto rodado, de renda branca, e com uma leve transparência no colo, os cabelos haviam sido presos por um trança longa e bagunçadinha de lado, a maquiagem era suave, mas o batom era de um vermelho vibrante. Jake assim como ela, tinha os cabelos mais vivos ainda, pelo relevo do topete longo e alguns fio arrepiados e o corte raso nas laterais, parecia um daqueles guerreiros de filmes sobre conquistas nórdicas, era alto e tinha um porte atlético e pomposo, trajava um jeans claro surrado, uma camiseta branca com a gola esgarçada, escrito “Pink floyd”, e por cima um blazer aos quadrados preto e cinza com um corte estruturado e devidamente impecável, nos pés calçava um botim marrom de couro meio cano. O garoto tem estilo, disse a mim mesmo mentalmente. Sim, as descrições dele foram bem mais detalhadas, eu não pude deixar de reparar naquele Thor ruivo.

Sammy rapidamente atou numa conversa desenfreada com Annabelle, lhe devotando toda atenção do mundo, e com certeza ela, já estava emaranhada nos seus feitiços, porque já se podia a ouvir rindo e descontraindo.

– É parece que seu irmão roubou minha irmã. – Disse Jake, em risos soltos.

– É o Sammy, normal dele! – Respondi retraído.

– E então, você esta curtindo as férias aqui? – Me perguntou ele se sentando em uma das espreguiçadeiras da piscina.

– É... não é a melhor coisa do mundo, mas dá para o gasto! – Respondi sincero. Ele então sorriu e disse:

– Poxa, é a primeira vez que ouço alguém falando isso daqui! – Ele então acenou com a mão para que eu me sentasse ao seu lado.

– Me desculpe, não foi o que eu quis dizer, quer dizer, eu estou sendo muito bem recebido aqui pela Mrs. Cohen, quero dizer mesmo num contexto geral, eu não estou habituado a toda essa opulência. – Respondi concertando minha fala anterior.

– Relaxa! Eu entendi! Mas e aí, saiu por aqui, festas, mulherada, isso aqui pelo menos não falta! – Foi então que comecei a ficar desconfortável com o possível rumo que a conversa poderia tomar.

– Não – respondi sucinto – não sou muito de festas e tudo mais.

– A gente poderia tentar descolar uma então hoje! Porque meus pais e meus avós só vão embora amanhã. O que acha? – Me perguntou ele com ares de quem queria um parceiro para seus delitos, o que para mim soava como uma bomba, era serio mesmo que eu ia ter que ficar de pajem dele até amanhã, foi quando me lembrei da conversa que havia marcado com Tito.

– Eu até toparia, mas prometi a um amigo que sairia com ele hoje, quer dizer, não é bem sair, ele só quer trocar uma ideia.

– Too boring! – Respondeu ele fazendo uma careta, se levantando e indo em direção do meu irmão e sua irmã. Eu tentei de alguma forma fazer algo com o seu irmão Sammy, para deixar você e minha irmã a sós mais tarde – ele então olhou para mim e disse – mas ele não está a fim de colaborar – entre risos – então acho que vou ter que roubar minha irmã de novo. – Sammy olhou para mim como quem fosse para a guerra e disse em seguida:

– Relaxem, o Pim é cozido, mas podemos sair nós três juntos! – Respondeu a fim de pacificar o seu desencontro. Juro, tudo o que passei a nutrir por aquele garoto naquele momento foi ódio profundo, como assim, que moleque sem noção, - Olá, acabamos de nos conhecer se lembra? – Pensei. Foi nesse momento que me lembrei dum ditado precioso, “beleza não se põe à mesa”. Em seguida escutamos a empregada nos chamando para entrar.

...

– Como sempre o Jantar estava maravilhoso, tia. – Disse Margareth olhando para Mrs. Cohen. – a sobremesa então, dos deuses, quero a receita.

– Isso você vai ter que tentar arrancar da nossa secretária. – Respondeu ela entre risos. Enquanto isso eu olhava para o meu relógio que já sinalizava próximo ao horário que havia marcado com Tito, e minhas pernas já salientavam certo nervosismo se debatendo em baixo da mesa.

– Então meninos, vão para algum canto agora? – Perguntou Charles. Foi quando suspirei de alivio, finalmente estava livre daquela masmorra, e das conversas de autoproclamação da Jake, sim, ele era bom em tudo, em esgrima, polo, golf, natação, literatura, tocava piano, havia feito uma viagem cultural para o Peru recentemente, meu Deus, que nojo me dava dele, sem inveja, não havia espaço para isso à respeito dele, era que, era extremamente irritante, o suposto grau de sua perfeição enaltecidos pela sua mãe. Gross!

– Eu, o Jake e Belle, pretendemos ir naquele café que vamos sempre, Charlly! – Bacana respondeu Charles.

– E você Pim? Vai ficar em casa...

– Não, não vou, eu já havia marcado anteriormente com um amigo de nos falarmos! – Foi quando Jake mais uma vez disse sussurrando – Boring – eu então involuntariamente respondi irritado. – Sim, deve ser muito chato mesmo ter uma conversa normal com pessoas normais quando se tem alguém tão perfeito como você ao lado Jacob! – Instantaneamente minha mãe me repreendeu na frente de todos, me cobrando um pedido de desculpas, enquanto eles me olhavam com os olhos estatelados, inclusive Jacob.

– Não, não Ann, não o repreenda – disse Charles – eu ouvi o Jake sussurrando “chato”, enquanto o Pim falava, por tanto, se tem alguém aqui que deve desculpas, esse alguém é o Jake. Jake? – Direcionou Charles o seu olhar para Jacob, esperando um pedido de desculpas.

– Sorry – disse ele cabisbaixo, pedindo licença e se levantando da mesa.

– Bom! Meninos, vocês estão dispensados, divirtam-se, sem bebidas, e sem chegar tarde! – Disse Charles olhando para mim e dando uma piscadinha. O que para mim foi sensacional, vê-lo me defendendo, na frente de todos, e principalmente contra aquele idiota do Jake.

– Pode deixar Charlly, logo voltamos! Vamos galera – disse Sammy lhes direcionando para fora da sala de jantar.

...

Enquanto eu caminhava pela orla da praia, ouvindo minhas músicas em meu iphone (Harrison Storm – Be Yourself) em baixo de um céu de estrelas lindo e uma brisa suave que batia no meu rosto, ia meditando nas letras sugestivas daquela música, e formulando o que eu queria dizer para o Tito, ele havia mandado uma mensagem que atrasaria um pouco, pois seus pais haviam decidido jantar fora, o que para mim foi ótimo, pois até ali, eu não havia tido tempo para pensar no que dizer, sobre o que conversaríamos, e como daríamos direcionamento ao nosso possível relacionamento. Quando fui me aproximando do farol, meio extasiado pela conversa que eu teria com Tito, meio perdido por não ter conseguido falar com Tom por todos esses dias, o meu ser tremia, começava de dentro pra fora, era um misto de algo bom, com decepção, era um sentimento devorador, e eu estava ali, certamente para uma das conversas mais decisivas e mais importantes da minha vida, porque ainda que nada desse certo, lá na frente eu teria como marco esse dia, o dia em que eu estava tomando definitivamente uma atitude sensata e madura. Entretanto, tudo, tudo de desmoronou quando eu vi sentado sobre uma pedra gigante na beira do farol o Tom.

– Thomas?! – Perguntei altamente ansioso, fazendo ele se virar para mim.

– Hey! – Disse ele com a voz baixa sem se mover da pedra – você está perdido por aqui? – disse.

– É... Eu, eu... – Foi quando ele desceu da pedra em minha direção, e me deixando estarrecido com a imagem que vi – o que... O que aconteceu com seu olho, sua boca esta cortada! – foi quando ele já com olhos marejados a voz tremula, embargada, derramou uma lagrima e chorando silenciosamente me disse.

– Me abraça! Me abraça – dizia chorando. Eu me aproximei dele, e o abracei, enquanto ele me abraçava o mais forte que podia, e foi então que ele começou a chorar copiosamente, e como aquilo me sufocava me matava, ouvir seu choro doído, sentir seu abraço apertado, e aos poucos eu perguntava o que estava acontecendo. Foi quando ele pausadamente tentava aplacar o choro dizendo – eu não aguento mais! Pimmie, don’t give up on me! – e começou chorar de novo se sentando na areia, me fazendo sentar junto com ele.

Hey, you have to tell me, what happen? Perguntei aflito e com o coração apertado.

– Eu cansei de falar para você que a minha vida não era perfeita, acho que te disse isso implicitamente desde a primeira vez que nós saímos juntos, naquela festa que eu estava bebaço lembra? – disse ele com um semissorriso contendo o choro – Meu pai é alcoólatra, e toda vez que ele bebe, ele bate na minha mãe – disse Tom derramando mais uma lágrima – foi então que eu decidi que era em mim que ele tinha que bater, enquanto minha mãe se tranca no quarto, é única forma de fazê-lo parar de tentar bater nela. – Ele tentava segurar o choro, que vinha cada vez mais forte. – E não foi duas ou três vezes, já faz tempo! – Neste instante, eu simplesmente fui do céu ao inferno em uma fração de segundo, eu estava estarrecido, sem saber o que dizer o que fazer e como agir! O meu único poder naquele momento era abraça-lo.

Tom então deitou a cabeça no meu colo, e continuou chorando, enquanto eu olhava para ele naquela situação, e com as pontas dos meus dedos lhe acariciava os seus cabelos, foi quando eu deixei cair uma lágrima, e toda a dor que ele estava sentindo ali, fez parte de mim, como se eu e ele, fossemos um só.


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