Um Tom a Mais escrita por Benjamin Theodore Young


Capítulo 11
- The 4th of July Ball – Parte 1


Notas iniciais do capítulo

Bom, é isso galera, não sei se consigo postar algo mais até domingo, porque feriadão chegando, etc, vamos ver. Mas não se preocupem, eu não vos abandonarei lolol, o capitulo ficou curtinho, e não fala muito do triangulo Tito Pim e Tom, mas mostra um pedacinho da vida e rotina deles, para dar mais significado à futuros capítulos. Abraços. Espero que gostem!

Ps. Meus queridos leitores fantasmas, sei que vocês estão aí em algum lugar, só não se pronunciam, mas desde já quero lhes deixar um cordial abraço. Até a próxima.



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Acordei mais cedo que o normal nesse feriado, geralmente, se eu estivesse em casa, isso não seria tão importante, afinal que data era essa? De algum modo eu já imaginava que as pessoas apenas a apreciavam pelo o feriado e as festas que giravam em torno dela, então eu também não me culpava por não dar grandes importâncias. Minha mãe já tinha me chamado umas duas vezes, até que na terceira, ela puxou o edredom por cima de mim e abriu as cortinas com toda a vontade do mundo, me fazendo resmungar como uma criança birrenta.

– Crispin Northon Kyle, eu não vou falar outra vez! Ao ouvir meu ridículo nome ser pronunciado junto com o sobrenome, sim, ela não falaria outra vez. Então me levantei tomei uma breve ducha, e desci para que eu meu irmão pudéssemos ir com Charles em um alfaiate, amigo seu que fora convencido em abrir sua loja para alugarmos um tux (esmoquem) para a gala de hoje à noite, que prometia ser colossal quando passando pela casa, os jardins, avistei uma equipe digna de um evento de oscar preparando, decorando, enfim, aquelas tretas de festa de gala.

– Caramba, isso aqui vai ser muito louco! Resmungou Sammy, admirando a estrutura.

– Calma Sammy! Isso é só o por trás das cortinas. Respondeu Charles dando uma piscadinha para ele, enquanto eu lhes acompanhava em silêncio. – E você Pim, animado! Eu certamente não queria responder, mas fiz um esforço, era pela minha mãe.

– Sim, bastante!

– Nossa! Eu ouvi um bastante? Isso é bom...

– É... Virão alguns amigos meus que conheci por aqui, quer dizer, virão como seus convidados, Mrs Cohen os chamou, mas coincidiu de serem meus amigos.

– Não se preocupe, mesmo que não fossem convidados, se são seus amigos, não há problemas. Mostrando alguma atitude gentil, enquanto eu engolia quieto.

Poxa! Então eu vou chamar uns amigos meus Charly! Posso?!

Acho que naquele momento Charles se arrependera pelo o que ele havia dito. Acredito que, pelo menos perto Sammy, porque ainda que me conhecesse pouco, Charles certamente sabia que era mais fácil eu trazer pessoas decentes para dentro da sua casa, do que Sammy. Ele então olhou para frente, e disse que – sim – contudo, que os amigos dele maneirassem na bebida, (porque pedir para não beber, isso, todavia não aconteceria por parte de nenhum dos jovens que estariam ali mesmo), e limitou “os amigos” para apenas dois, o que fora suficiente para Sammy, confessando que traria apenas uma garçonete que conheceu no centro da cidade, fazendo Charles franzir o cenho com uma leve preocupação, e eu conseguia imaginar qual era, será decente, como viria vestida? Enfim.

– Acho que esse está perfeito para você Pim! Disse Charles me observando enquanto eu também diante do espelho. Eu dificilmente era uma pessoa otimista ou tinha algum valor de mim mesmo, minhas roupas eram sempre convencionais, tênis, jeans e camisetas básicas, hora ou outra aparecia alguma com uma frase vintage ou algo do tipo. Porém quando me olhei naquele espelho com aquele tux, acho, ou melhor, tenho certeza que fora a primeira vez na minha vida que me achei bonito.

– Ficou gatão Pim! Disse meu irmão, me dando um tapinha no ombro. Eu então olhei para ele gentilmente e sorri como quem agradecesse.

– Bom Mr. Hammersmith, muitíssimo obrigado pela atenção, eu sinceramente não tenho como te agradecer por essa gentileza. O velho então deu um leve sorriso, soltando a cara amarrada e respondeu-lhe com um sotaque inglês legítimo, ao ponto de fazerem os meus ouvidos doerem, (sim eu tenho certo preconceito com sotaques ingleses).

– Bom filho, seria impossível não atender um pedido de sua mãe, ainda me lembro da primeira vez em que você entrou aqui com ela, com estes mesmos olhos grandes ainda quando era um menino, obrigado pela preferência sempre. Concluí que aquilo era mais que um favor ou algo sobre dinheiro, havia ali, um respeito mutuo e boas memórias entre ambos.

Na volta para a casa de Charles, já se podia ver a cidade em polvorosa, e a avenida principal devidamente decorada com as cores da bandeira, famílias, jovens, velhos, crianças, apesar de eu ser apático quanto àquela comemoração, após o tux, de alguma maneira comecei a agradavelmente gostar do que estava acontecendo.

– Meninos, eu sei que, eu sei que... – Neste instante eu comecei perceber, pelas palavras empurradas do Charles, que aquele momento, seria “o famoso momento” em que o namorado da sua mãe vem ter uma conversa séria, e piegas sobre relacionamentos – eu sei que de alguma forma deve ser difícil vocês verem sua mãe, com outro homem além do pai de vocês – na verdade tudo o que eu mais queria era colocar meus fones de ouvidos para não ter que ouvir aquilo, então comecei a me concentrar na música que tocava bem baixinho no carro de Charles – mas eu quero, sobretudo dizer, isso não uma tomada de posições ou lugares, o pai de vocês esta no seu devido lugar, na vida e nos corações de vocês, e isso é o mais importante, talvez essa conversa possa soar piegas para vocês – BINGO! Pensei – mas não é! É uma conversa sincera e adulta porque sei que vocês já são homens e conscientes das consequências da vida, ainda que jovens, mas são de certa forma bem conscientes – Sammy esboçava com muito esforço, algum entendimento, me fazendo rir mentalmente – primeiramente Pim, me desculpe pela minha invasão aos seus limites outro dia na praia, eu não fiz por querer, a minha vontade era apenas expandir a nossa pequena intimidade, mas acho que exagerei – eu então acenei que sim com a cabeça, no momento em que ele disse “exagerei” – então você me desculpa? A minha intenção foi querer apenas demonstrar que eu estava aqui para o que der e vir – e acenei um breve sim novamente concordando com ele – bom, eu preciso dizer, eu amo a mãe de vocês, eu amo a Ann, e quero me casar com ela, quero ser feliz com ela, porque já há algum tempo eu luto para isso, e definitivamente a mãe de vocês foi a resposta para toda a minha luta. Depois que minha primeira mulher a Claire foi tirada de mim pelo câncer, eu pensei que nunca outra vez eu me acharia, e de fato eu não me achei, quem me achou foi a mãe de vocês, naquele dia, naquele hospital de Riverdalle, enquanto ela me fazia os curativos. Quando é que eu podia imaginar que passando por Riverdalle eu bateria o carro em um cervo, machucaria a testa, seria remendado por uma enfermeira linda e me apaixonaria por ela?! - Ele então sorriu num misto de alegria e emoção, e foi ali, que eu comecei de verdade a prestar atenção no que ele falava – eu me apaixonei por ela naquele instante, e podem dizer o que quiserem que isso não existe. Mas existe! Porque eu e a mãe de vocês somos a prova disso – e concluiu dizendo – eu peço que vocês de alguma forma tenham paciência comigo, com a sua mãe e com a gente num todo, não é fácil para ninguém eu sei, mas eu quero passar por isso junto com vocês.

Quando ele terminou de sua extensa fala, todas as minhas concepções formadas a respeito de Charles, caíram por terra, ele era afinal um homem bom, tentando fazer o certo, e aquilo, definitivamente me comprovara, talvez eu estivesse me precipitando em pensar assim tão rapidamente após uma conversa que apenas poderia soar eloquente, sim, mas não foi isso, não foi eloquência, o que eu senti foi desabado e declaração.

Chegando à mansão dos Cohen, já podíamos ver nitidamente a que rumo a festa ia, estava ficando absurdamente admirável. E Mrs Cohen e Mrs Green, deleitando-se em um champanhe enquanto apenas davam dicas, as dezenas de decoradores, e staff que estavam por lá.

– Será uma festa maravilhosa, não será querida?!

– Sem duvidas, sem duvidas! Respondeu Mrs. Green olhando para as flores que chegavam aos montes.

– Meninos, o almoço será servido daqui a pouco, por favor, não demorem a descer - disse Mrs Cohen - e preparem-se, logo mais é, festa!


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