Masquerade escrita por Christian Auvray


Capítulo 1
Capítulo 1




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Era noite de baile na mansão Möise, os vários nobres de diferentes lugares iam chegando em suas carruagens, conduzidas por pessoas que não eram ao menos notadas naquele evento repleto de pessoas mascaradas com o rosto a mostra. A falsidade era palpável por todo aquele recinto, era fétida, densa, opressiva.
As risadas ecoavam enquanto os convidados bebiam para matar o próprio tédio, era um verdadeiro baile de máscaras, nada de verdades, apenas o que agradaria o seu futuro sócio ou a pessoa com quem negociaria o casamento de suas proles. Jovens casais arranjados dançavam com toda a castidade que aprenderam com seus pais, e ao mesmo tempo, os jovens rapazes pensavam sobre qual prostíbulo se dirigiriam logo após aquele encontro enfadonho.
Hipócritas. Todos eles. Tão preocupados com seus corpos aveludados e belos, que não percebem que seu interior é podre e repleto de larvas. Preocupados com o perfume caro e importado, sequer percebem que o ar que sai de suas bocas se assemelha ao esgoto. Eles pagarão. Todos eles.” Este foi o pensamento de um homem que se encontrava recostado ao canto da parede, mascarado, observando tudo em sua elegância e discrição. O homem reverberava ódio, seus olhos em tom azulado estavam tempestuosos e raivosos, mas ainda frios, sabendo da arma que possuía em seu bolso do paletó.
Claude desencostou seu corpo da parede, e travou sua arma, atirando pra cima em seguida, chamando a atenção de todos que estavam no salão, os calando de imediato. Um discurso de crítica foi proferido a plenos pulmões, verdades e marimbondos foram sendo cuspidos da boca do homem de meia idade, que apontava a arma a cada um que era mencionado.
Ao final de suas palavras, olhou fundo nos olhos negros do anfitrião, e com uma única bala, matou-o, friamente, sem barulhos. Cada projétil foi alojado entre os olhos de um dos convidados, até que as balas acabaram, e só então Claude sentiu-se vingado. Ouviu os policiais que gritavam do lado de fora da mansão, e com um último suspiro de coragem, aguardou a última badalada da meia noite, e um último estouro foi ouvido, noite fria adentro.


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