Let me love you escrita por Ingrid Lins


Capítulo 1
Capítulo único


Notas iniciais do capítulo

Vocês sabem que eu amo demais essas músicas, nossa como me inspiram! O que é a vida sem música, não é? Então cá estamos com mais uma one inspirada em música, espero que gostem e se divirtam tanto quanto eu lendo.



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Let Me Love You

Ela era linda. Perfeita. Magnífica! Cabelos loiros enormes, olhos verdes, e um bumbum que me deixava louco. Há quase um ano Rosalie Hale entrou na minha turma e na primeira vez que coloquei meus olhos nela, me deixou doido. Mas, por mais que eu me esforçasse de todo jeito possível, eu parecia não merecer nem um único olhar. Ela simplesmente não reparava em mim.

Eu estava bolado, lógico — como assim ela nem liga pra minha existência? Até o ar que ela respira me fascinava. Eu era um besta apaixonado pela garota mais linda da escola e a dita cuja só me esnobava. Aliás não só a mim, Rosalie esnobava Forks High School inteira como se ninguém ali fosse bom suficiente pra ela. Nenhuma garota ousava chegar perto dela porque ela não dava chance nenhuma, apenas minha irmã Alice tentou e o resultado foi desastroso: Rosalie foi grossa com minha irmã e isso a levou a chorar por um dia todo.

Lá estava essa bela pessoa que vos fala sentado no banco de cimento do pátio da escola observando meu anjo mal quando meus dois amigos chegaram de mansinho sem que eu percebesse.

—Nossa ele tá até babando! — Edward, ou Cenourinha para os íntimos, zoou da minha cara.

Jasper, meu amigo e cunhado, também riu enquanto eu me ajeitava pra eles sentarem.

—Pode rir a vontade, quando você se apaixonar vai ficar tão fodido quanto eu, Cenourinha.

—Vai ser pior Emm, porque o Edward não sabe lidar com sentimentos! — dessa vez Jasper riu com vontade. Todo mundo sabia que o cabelo arrepiado era meio traumatizado com essas paradas de sentimento.

Ficamos ali batendo papo atoa, mas ai quando entramos pra outra aula, minha deusa não estava lá, e isso fez meu dia acabar.

Alguns dias depois...

Agora chega! Esse sofrimento ia acabar porque eu não sairia da escola sem falar com ela e dessa vez Rosalie não fugiria como sempre fazia nem que eu tivesse que prendê-la no banheiro como fiz com Riley uma vez. Haha não me interprete mal, ele era um pela-saco e então resolvemos dar um castigo nele.

Naquela sexta eu caprichei no perfume, fiz a barba — que de acordo com a mamãe Cullen, eu tava parecendo um urso! —, preparei meu discurso; tava tudo perfeito a não ser um detalhe. Um mísero detalhe que fazia toda diferença no meu plano: Rosalie não apareceu na escola. Pra me pisar, me ignorar, maltratar meu coração ela sempre aparecia, agora quando eu tomava uma atitude de macho, ela me deixava na mão. Passei o fim de semana nervoso, não parava de pensar nela um segundo do dia.

—Emmett? — claro que eu estava ouvindo minha mãe falar mas eu não podia interromper as belas imagens na minha cabeça pra responder. Imagens essas que envolviam Rosalie em posições bem convidativas.

—Ele entrou em estado vegetativo, Esme! — papai Cullen fez piada. Sim, ele é desses que se acha jovem e engraçado.

—Filho, olha a Rosalie passando no jardim.

—O QUE? AONDE?

Na mesma hora corri até a porta e abri com toda força, mas não tinha um único fantasma na rua, e quando voltei desapontado, meus pais riam — gargalhavam! — da minha cara. Como eles podiam zombar assim da minha cara? Já não se fazem mais pais como antigamente.

—Ah meu Deus! — dona Esme se desdobrava de tanto que ria — Meu filho, essa cena foi hilária! De verdade. Edward e Jasper tem razão, você tá completamente caído por essa garota. Os quatro pneus arriados por ela!

—Ah, mãe, até você?! — passei a mão na cara derrotado — Eu tenho uma quedinha por ela, mas não é nada sério.

—Se fosse então, você a pediria em casamento assim que a visse, né!

Eles continuaram me maltratando o fim de semana todo, e só o que eu podia fazer era esperar até segunda.

Quando a bendita da segunda feira chegou, eu estava pilhado. Repeti todo meu plano, perfume, barba, discurso; tudo ok. Fiquei esperando até o intervalo porque as primeiras aulas nós não tínhamos juntos, e eu nem sabia se ela tava no colégio.

Assim que bateu o sinal bateu, saí desesperado pro corredor, parecia até que estava indo tirar a mãe da forca. Deus me livre minha linda mamãe numa forca! Parei na porta do refeitório e procurei por ela, mas não a vi. Será que Rosalie tava doente? Meu coração se apertou só com essa possibilidade.

Sentei no meu corriqueiro banquinho no pátio, e logo Cenourinha e cabelo de Miojo — ex cabelo de Miojo, tá, porque ele cortou os cachinhos de ouro — chegaram e sentaram ao meu lado. Eu tava bolado, tristão, magoado com a ausência da minha deusa.

—Caralho, cara, tu tomou banho de perfume?! Jesus-Maria-José! — Cenourinha exclamou tapando o nariz.

—Cala boca, desgraçado. — resmunguei.

—Ih, qual foi, gigante? Tá bolado com que, cara?

Até fiquei sensibilizado com a preocupação do meu cunhadinho, mas eu tava muito mal mesmo.

—A minha deusa de marfim e cabelos loiros não veio. — expliquei. — Não, Jazz, não é você, tô falando da Rose! — gargalhamos. Perco o amigo, mas não perco a piada.

—Eu nem devia dizer tá, mas ela tá aí imbecil!

Na mesma hora me enchi de alegria e entusiasmo de novo. De hoje não passa!

Fiquei agoniado durante todas as outras aulas, esperando ansioso pelo próximo intervalo. Eu ia falar com ela, nem que tivesse que amarrá-la no carvalho que tem no meio do pátio. Assim que o sinal tocou, saí igual um louco. Pela graça divina, Deus quis me dar uma mãozinha, e a peste da mulher tava lá no corredor só me esperando. Tava me esperando porra nenhuma, mas um cara pode sonhar, né? Fui caminhando até ela, que quando percebeu minha aproximação, virou rapidinho pra dar no pé. Naninanão amorzinho!

—Não vai fugir de mim, loira! — puxei seu braço, e a empurrei numa sala.

—Me solta, maluco! Abre essa porta. — gritou com as mãos na cintura. Brava? Hum, safadinha!

—Olha gatinha, não vai dá. Eu tenho que falar contigo, e tem que ser agora.

—Eu tô nem aí pra o que você quer falar!

—Relaxa gatinha, eu não mordo. Só se você pedir. — pisquei. Droga, eu tava fazendo tudo errado! Não podia falar pra ela as sacanagens que eu falava pra as outras. Respirei fundo tentando controlar meu coraçãozinho gelatinoso.

—Olha aqui Emert...

—Emmett.

—Dane-se! Eu sei que você gosta de mim, aliás a escola inteira sabe, mas não vai rolar. Você é bonitinho, parece ser um cara legal, mas eu nem sei quanto tempo vou ficar aqui. Então, me esquece.

—Não, Rosalie. Não vou desistir de você.

—Problema é seu então.

Fiquei boquiaberto, e Rosalie saiu rebolando como se nada tivesse acontecido.

—Cara, você tem que deixar essa garota pra lá! — palpitou Edward.

—Deixa de desmotivar o cara, porra. Emm, tu gosta da mulher, não é? Vai enfrente então. — Jazz contrariou.

—Filho faz uma surpresa! — papai se empolgou.

Pois é, o jantar tinha virado mesa redonda da minha tentativa frustrada. E todo mundo se achou no direito de dar um palpite, e lógico que o Cenourinha com problemas sentimentais foi o único do contra.

—Lembro-me de uma vez que seu pai me fez uma serenata. Foi tão lindo! — exclamou com olhos sonhadores.

—Sério? — até Alice olhou espantada.

—Eu canto muito bem!

—Não é pra tanto né, Carl. Mas foi bonitinho. — mamãe sorriu — Filho! Canta pra ela, awn que lindo.

Me empolguei com a ideia. Gostei. Eu sabia cantar e tocar violão; podia cantar pra ela. Ensaiei bastante e depois fui dormir cheio de esperança. Dessa vez ia dar certo... tinha que dar!

No dia seguinte, esperei até a aula de ginástica, ela estaria ensaiando no ginásio — era animadora de torcida. Clichê, né? Também achei, mas quem manda nessa bagaça não sou eu! — e era lá que eu ia encurrala-la. Haha não contava com minha astucia! O lugar tava cheio de gente fazendo várias modalidades diferentes. Rosalie tava lá também, com um short menor que minha cueca! Não gostei ¬¬

Sentei nas arquibancadas, onde Jasper colocou microfone apoiado numa haste, e depois pluguei o violão na caixa de som. Respirei fundo, e comecei a tocar os primeiros acordes chamando alguma atenção pra mim.

Much as you blaime yourself

You can't be blamed for the way that you feel

Had no example of a love

That we even remotely real

How can you undestand something that you never had?

Oh baby if you let me I can help you out with all of that

Alguns — muitos alunos — me olhavam e os professores tavam espantados. A professora de ginastica me olhava com admiração. Algumas animadoras também me olhavam então continuei cantando. Uma garota morena cutucou Rosalie, então finalmente ela me olhou e sorriu.

Girl let me love you

And I will love you

Until you learn to love yourself

Girl let me love you

I know your trouble

Don't be afraid, girl let me help

Girl let me love you

And I will love you

Until you learn to love yourself

Girl let me love you

A heart of numbness, gets brought to life

I'll take you there

Seu olhar ficou em mim até eu terminar a música. Fiquei meio nervoso, mas quando eu parei de cantar todo mundo — até os professores desconfiados — aplaudiram minha pessoa. Me senti Usher cantando num estádio de futebol. Quando desci as arquibancadas, ela tava meio estranha. Parecia surpresa e feliz. Ponto pro Emmett! Viva mamãe Cullen! Cheguei perto e a loira não correu. Hum, bom sinal.

—O que foi isso? — perguntou. Será que ela não sacou que eu cantei pra ela?!

—Eu gosto pra caralho de você, mulher.

—Tô vendo.

Só isso?

—Vai me dá uma chance?

—Eu... er...

Ah que se foda! Agarrei sua cintura e ataquei aquela boca linda que me tirava do sério. No começo Rosalie deu uma de surpresa e me bateu, mas depois me beijou também. Agarrou meu pescoço e tudo! Quando fiquei sem ar larguei ela, e todo mundo olhava pra gente de olhos arregalados.

—ACEITA! ACEITA! ACEITA! — Edward — logo o Cenourinha! — puxou o couro e todo mundo foi no bonde.

—Gigante... tu arranjou um problema! — Rosalie, minha deusa, minha loira riu e me beijou de novo. E eu? Bom parceiro, eu deixei né! Hahahaha deixei ela fazer muito mais....


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