The last love escrita por Ingrid Lins


Capítulo 23
Capítulo 21: Certezas


Notas iniciais do capítulo

Peço perdão pelo atraso, mas é que eu não tava conseguindo escrever. Meu Deus, o capítulo não tá do jeito que eu queria, mas foi o máximo que eu consegui, me desculpem se não tiver bom. Voltarei a fazer capítulos grandes, eu prometo! Por hora, vamos lá!



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Damon Salvatore

A consciência chegou devagar em mim, fazendo com que eu me acostumasse lentamente aos meus pensamentos. Estiquei o braço e rapidamente alcancei a cintura de Elena. Sorri me virando pro lado que ela estava, e em seguida beijei seu ombro. A senti se mexendo ao meu toque lutando pra se acordar.

—Acorda, eu quero ver esses lindos olhos. — sussurrei rindo. A realidade de que estávamos juntos finalmente me deixava feliz e animado. Todos os esforços tinham validos a pena.

Senti o colchão afundando ao meu redor enquanto Elena se virava pra mim. Seus olhos castanhos brilhavam na minha direção, e por mais gay que possa parecer, aquilo aqueceu meu coração. Era como se minha vida tivesse começado no momento que ela disse que ficaria comigo mesmo depois de tudo. Mesmo depois de sete anos de separação. Mesmo depois de Bonnie, depois de tanta briga, depois de tudo, ela quis ficar do meu lado.

—No que você tá pensando? — sua mão voou até minha nuca e fez carinho no meu cabelo. Fechei os olhos pra sentir a maciez do seu toque, mas logo os abri, tinha medo de aquela mulher ser nada menos que um sonho.

Ouvi o som de sua risada e tive certeza: não era um sonho. Nunca seria...

—Tava pensando em nós. Em como sou um cara de sorte, e como mesmo depois de tudo, nós estamos aqui. E felizes.

—Sim, nós somos. Não sei como, mas somos. E agradeço a Deus por isso desde que finalmente conseguimos ficar bem.

Beijei seus lábios com delicadeza que o momento pedia, e senti os braços de Elena ao redor de meu pescoço. Sem puxão de cabelo, sem pressa, só beijo. Só carinho. Só amor. Aninhei seu corpo ao meu, e ficamos ali quietos.

Eu pensava em quantas vezes eu sonhava com aquilo durante a faculdade e depois, e quantas vezes ainda eu tinha chamado por Elena comendo o corpo de outra — milhões de vezes. As mais desencanadas — ou bêbadas, ou sei lá — nem se importava com isso, mas Bonnie se importava. Ela me amava e era atingida cada vez que meu amor a Elena falava mais alto. Bonnie me amava e o que mais a magoava era que eu não esquecia a namorada da minha adolescência. Eu não a amava de volta e me sentia culpado, mas agora com Elena nos meus braços, eu via a diferença em tudo. Ela fazia com que eu fosse o homem que eu sempre quis ser. Elena era minha sina, minha sorte.

—Sabe... quando o Jeremy nasceu, eu passava a noite do lado do telefone. Eu ficava ensaiando o que diria a você se ligasse.

—Por que você nunca ligou, baby? — perguntei apoiando o queixo sobre a cabeça dela.

Ela suspirou.

—Não sei... acho que o medo não deixou. — senti seu corpo tremer e depois retesar.

—Tudo bem amor, eu tô aqui agora.

Abracei-a forte e ficamos agarrados até a hora que não dava mais pra enrolar e levantamos da cama. O dia esperava por nós.

**********************************************

Eu estava na cozinha do La Luna quando ouvi uma voz melódica que eu conhecia bem, e geralmente quando ela aparecia no meu trabalho era problema. Com a família ou qualquer outra coisa, o que de fato, dava no mesmo.

—Damon, posso falar com você?

—Não, Rose eu tô ocupado agora.

Ela bufou alto.

—Mas tem que ser agora. Não me faça esperar! — ela gritou alto suficiente pra eu temer. — Tem doce nessa geladeira?

Terminei os pratos o mais rápido que pude, mas parecia que quanto mais eu tentava, mais coisas apareciam pra fazer. Eu tinha até medo do que Rose queria dizer porque toda vez que ela chegava com a frase "Damon preciso falar com você" eram notícias bombásticas; as últimas foram "Damon vou casar!" e "Damon tô grávida". A parte de estar grávida foram duas vezes!

Quase uma hora depois, consegui sair da cozinha, e encontrei Rose deitada no meu sofá do escritório. Ela estava dormindo? Rose Marie nunca dormia de tarde, isso levou minha mãe a passar tardes correndo atrás dela quando aquela pentelha era pequena. Ela nunca dormia à tarde, a não ser quando...

—Por favor, me diga que você não tá grávida!

Ela acordou num pulo e por um momento parecia meio perdida. Depois me olhou envergonhada, talvez por eu entender tão rápido o que ela estava me escondendo. Mais um bebê não! Daqui a pouco teríamos que comprar uma mansão pra reunir a família toda.

Balancei a cabeça de forma negativa, e sentei na poltrona:

—Tá tão na cara assim?

—Pra mim que sou seu irmão há 27 anos, tá sim.

Ela gemeu e apoiou a cabeça nas mãos. Eu ainda não podia imaginar. Mais um sobrinho. Mais um pra dar presente, mais um pra acobertar, mais um pra comer na minha casa... mais uma criança — pensei feliz.

—Travis sabe disso?

—Não.

Suspirei.

—Se fosse Elena, eu ia querer saber.

—É diferente, Damon. Nós já temos dois filhos, mais um não tava nos nossos planos. Só... tô com medo do que ele vai pensar.

Eu entendia o que ela dizia. Travis as vezes conseguia ser bem intolerante, mas pelo bem dos dentes dele, era bom que ele entendesse que esse acontecimento era tanta responsabilidade dele quanto de Rose. Mas eu estava confiante que dessa vez, Travis seria legal com ela; o cara era um idiota, mas era perdidamente apaixonado pela minha irmã, qualquer coisa relacionado a ela, era impressionante pra ele. E uma criança com a cara dela então...! Era mais um milagre de Deus.

—Bem, eu entendo o que você diz, mas dessa vez, eu acho que ele vai entender. E também se o Travis quiser dar um de maluco, você pode ligar pro seu irmão mais velho e ele vai te proteger.

—Bem, eu sou a irmã mais velha. — ela sorriu.

—Sim, mas sou seu irmão e te amo. E vou te defender de qualquer babaca que queira te arrasar de algum jeito.

Sorrindo, Rose veio até minha mesa e me abraçou. Era engraçado ver o quanto as pessoas podem mudar, e definitivamente nós dois mudamos muito. Rose finalmente tinha se tornado a mulher que nossos pais sonhavam, e depois de muita porrada na vida, eu também tinha me tornado uma pessoa melhor. Graças ao meu filho e ao meu amor a Elena.

Coloquei a mão sobre minha barriga, e minha irmã colocou a mão sobre a minha:

—Fico feliz de saber que sempre vou te ter do meu lado, irmão.

—Sempre, Rose. — a abracei e dei um beijo em sua testa.

Eu tinha cada vez mais certeza de uma coisa na minha vida: eu amava ser parte daquela família.

***********************************************

Já era tarde quando Rose foi embora, e eu fiquei pra fechar o restaurante. O pessoal já tinha ido embora, e infelizmente o trouxa que teve que ficar tinha sido eu. Há meses eu preferia não fechar o restaurante, toda vez que passava pelo jardim, me lembrava do dia horrível em que Bonnie morrera. Eu ainda podia ouvir suas palavras...

—Por favor... não... — sua voz debilitada sussurrou pra mim.

—Bonnie, por favor, me deixa te salvar. Pelo amor de Deus, eu...!

—Eu não quero, Damon... só... qu-quero que fique aqui até... hum... tu-tudo acabar.

—Não quero que termine!

As roupas dela estavam machadas de sangue, seu corpo ficando frio, a poça no chão ao seu lado... Abracei-a com força, chorando de nervoso e desespero. Ela tentava acariciar meu rosto, mas a cada minuto suas forças se esvaiam mais rápido. Seus olhos aos poucos perdendo o brilho e por vezes ela parecia que perderia a consciência; os olhos revirando sem parar.

—Eu... eu tô ficando com... muito frio. Só... saiba que eu... e-eu te amo, Damon. Amo mu-muito...!

Toda vez que eu pensava nisso, um calafrio passava por mim. Às vezes, eu tinha a sensação de que qualquer dia, eu veria o fantasma de Bonnie andando pelo jardim. Muito me surpreendia como Bonnie nunca havia puxado meu pé à noite, ou não me sufocasse e me arrastasse pro inferno ou sei lá mais pra onde. Talvez eu merecesse por tudo que a fiz passar durante todos esses anos. Eu sabia bem como era ficar sem a pessoa que se ama, e por minha causa, Bonnie também tinha passado por isso. Parei no jardim, e coloquei água no pé de azaleia que eu havia plantado quando Bonnie morreu — era a flor que ela mais gostava. Era um jeito de lembrá-la como parte do La Luna; tanto quanto Elena era.

Tinha acabado de trancar a porta externa do restaurante, quando peguei meu telefone. De repente, eu estava cansado e magoado. Era sempre assim, no fim do dia um sentimento ruim se apossava de mim. Um sentimento que surgia sempre quando eu passava pelo jardim; a parte mais representativa de Bonnie.

Disquei os números que meus dedos lembravam bem.

—Hey, baby. — Elena atendeu animada.

—Oi amor. Er, eu liguei pra dizer que vou pra minha casa hoje.

—Tá tudo bem?

—Sim, não precisa se preocupar. Só tô cansado. Amanhã nos falamos, ok?

—Tudo bem, durma bem.

—Boa noite, amor. Te amo. Diga boa noite ao Jeremy por mim.

—Ok. Te amamos.

Encerrei a ligação, e entrei no carro. Quando cheguei em casa, tomei um banho frio e fui pra cama. Por um minuto, foi como se minha vida tivesse passando na minha frente. Era uma sensação estranha, cada momento importante, cada cena que tinha marcado minha história — meus aniversários de criança, a primeira vez que vi Elena depois de tantos anos, nossa primeira vez juntos, quando fui pra faculdade, quando me acertei com minha irmã, Bonnie dizendo que me amava. Quando conheci Jeremy, o dia que Bonnie morreu... Elena nos meus braços dizendo que me amava, e sim queria ficar comigo até quando eu fosse dela. — passando bem na frente dos meus olhos como um filme.

Um filme que as vezes teve momentos difíceis de suportar, mas também eu tinha certeza de uma coisa. Era um filme que me agradava porque fez de mim o homem que eu era. Era o filme que tinha feito de mim, um homem de sorte porque eu tinha uma família maravilhosa, uma mulher que definia o melhor de mim, e amigos que me apoiavam. A certeza de que, a primeira vez em muito tempo, eu sentia que minha vida estava certa.


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Notas finais do capítulo

Bem, quanto a nossa plataforma, eu vou fazer um instagram e no proximo capítulo deixarei o link pra vcs me acharem e nós estarmos mais próximos rs
Comentem, não me abandonem! *chora*



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