Roses escrita por LS Valentini


Capítulo 9
Lembranças, Confraternização e Café


Notas iniciais do capítulo

Agradeço aos comentários!
Finalmente consegui atualizar a fic sem atrasos!
Boa leitura *-*



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Emma já não tinha o controle sobre o próprio corpo, suas pernas enfraqueceram e, com a ajuda de Killian, se ajoelhou no chão. Pouco a pouco sua visão se tornou turva, e seus pensamentos tomaram conta de tudo. Mesmo com os olhos abertos, estava aérea.

“12 é no nosso número”, uma voz infantil ecoou, seguido por: “Elizabeth, eu nunca pensei que fosse amiga da criadagem”, “Acontece que... não sou um pirata qualquer, sou o Capitão. Capitão Gancho!”, “Vocês são meus amigos, não podem me deixar!” - Emma tinha certeza de que a última frase era dela. Logo em seguida, começou a ver projeções de seu passado.

Killian tentava “acordá-la” de qualquer modo, mas as tentativas eram inúteis. Por fim, ele começou a sacudi-la enquanto chamava por seu nome.

Feito um despertador, um ruído incômodo fez todas as imagens se desvanecerem da mente de Emma. Ela se deparou com o olhar assustado de Killian, e uma única lágrima caiu de uma de suas órbitas azuis.

– Eu estou bem - a loira falou se levantando.

– Emma, eu não sei o que aconteceu, mas...

Ela o impediu de falar ao selar rapidamente os lábios de ambos. Apesar do medo que ainda sentia, Killian ainda se sentia desconcertado quando a beijava, até parecia um adolescente.

– Confie em mim, Capitão - ela sorriu.

– Como você se lembra? - ele se surpreendeu - Quer dizer que...

– Não me recordo de muita coisa, - Emma o interrompeu - mas o suficiente pra me lembrar de partes da infância.

Eles se abraçaram no mesmo instante de tanta felicidade.

– Ah, você foi o garoto mais incrível que eu já conheci.

...

FLASHBACK ON

Confraternização.

Só de ouvir essa palavra Emma sentia arrepios. Aos 18 anos ainda era obrigada a participar de festinhas sem graça com as senhoras da alta sociedade - que ainda apertavam suas bochechas e sorriam de tudo o que a Sra. Miller dissesse.

– Eu preciso ir embora daqui. - Neal se levantou da confortável poltrona.

– Não mesmo. - Emma o puxou de volta - Não vou suportar isso sozinha.

Entre muitas fofocas e comidas estranhas, uma das senhoras lhes dirigiu a palavra:

– Há quanto tempo namoram?

– Nós Nã... - Emma foi interrompida.

– Há uns dois meses. - Neal respondeu.

– Vocês merecem privacidade. - a mulher mais velha piscou - Se quiserem podem ir, eu invento uma desculpa por vocês.

– Obrigado. - ele sorriu e ambos foram até a saída sem serem pegos.

– Admito: você é esperto, Neal. - foi a forma de agradecer da loira.

– Então... Vamos? - ele apontou para seu carro conversível.

– Pra onde? - ela revirou os olhos.

– Minha casa. - ele tinha um sorriso malicioso nos lábios.

– Não!

– Acha mesmo que se esconder em sua própria casa é seguro?

Emma olhou à sua volta. A confraternização estava em seu auge, e logo a mãe lhe procuraria para mostrá-la ao público como um troféu.

– Está bem. - ela bufou - Meu pai vai me matar.

– Viva perigosamente, Elizabeth.

FLASHBACK OFF

...

Ainda não convencido de que Emma estava realmente bem, Killian a levou até a cabana mais próxima do local - que ficava no centro de todo o campo de rosas vermelhas. A loira perguntou como ele possuía as chaves, mas não obteve resposta.

O homem fez questão de que a loira descansasse na única cama que havia por ali, e ela o obedeceu por estar exausta. Mas os olhos dela se fecharam por pouco tempo, pois despertara com o barulho de relâmpagos caindo bem próximos de onde estavam.

– Eu me recordo do dia em que cheguei à mansão, da festa de aniversário do Neal, e das minhas aulas de defesa pessoal, - ela disse - mas tenho quase certeza de que eu tenho pavor de tempestades.

– Defesa pessoal? - Killian riu - Agora entendo onde você aprendeu a desfigurar as faces alheias.

Emma tentou fazer a careta mais rabugenta que já vira, mas ainda sim ela parecia adorável, encantadora. Mas logo ela se assustou com outro relâmpago.

– Acho que é a minha vez de cumprir com a promessa. - ele disse mais para si mesmo.

– Killian, não precisa.

Ele desconsiderou a última frase da loira, sentou-se aos pés da cama e começou a contar:

– Anos atrás eu conheci uma garota, ela era a única que me fazia sorrir de verdade, e logo depois nós nos tornamos amigos. O nome dela era Milah.

Emma sentiu seu sangue ferver. Essa tal garota era realmente importante para Killian, seus olhos até brilharam quando falou dela.

– Assim que a maioridade chegou, nós juntamos nossas economias e passamos a morar juntos, naquela casa. Pouco depois eu comecei a trabalhar com a única coisa que me fazia feliz: o jardim. Eu me dediquei tanto que consegui comprar algumas terras.

– Essas terras? - Emma perguntou, e recebeu um aceno positivo.

– Alguns anos se passaram e nós éramos felizes. Até o dia em que ela fugiu. - lágrimas brotaram em seus olhos - Eu não me acostumei com a falta dela, mas ainda pensava que Milah iria voltar. Até o dia do acidente. Estávamos discutindo pelo celular, e de repente...

Emma se aproximou dele e o abraçou. Era como se a dor fosse compartilhada por ambos. Naquele instante, apesar de todo o barulho que a chuva fazia, Emma não ligou para os barulhos “assustadores”.

– Eu a matei. - ele chorava - A mulher que eu mais amava.

– Killian, não pode se culpar pela morte dela. - Emma o consolou - Agora entendo o significado do jardim... Mas acho que Milah gostaria que você seguisse em frente.

– Será?

– Eu tenho certeza. - a loira sorriu timidamente - Confie em mim.

“Ele nunca disse que me ama.Talvez eu não seja a pessoa certa pra ele.”

...

DOIS DIAS DEPOIS

Na pequena lanchonete às margens da I-95, uma das rodovias mais importantes do país, uma mulher “lutava” contra a cafeteira - que havia falhado novamente. Os clientes estavam em fúria, tinham rodado centenas de quilômetros em busca de uma boa refeição e quando finalmente encontravam um estabelecimento, a bebida preferida não estava pronta.

– Ei, e o meu café?! - um homem gritou.

– Só um momento. - ela já estava em desespero.

– Acho que precisa de uma cafeteira nova, - uma voz foi se aproximando do balcão - mas precisa de dinheiro pra isso.

A morena paralisou e ao girar os calcanhares, se deparou com o homem que mais temia na vida.

– Gold.

– Olá, dearie.

"Porque você é o pedaço de mim

[...]

Ainda luto e eu não sei por quê

Se o nosso amor é tragédia,

por que você é meu remédio?

Se o nosso amor é insano,

por que você é minha claridade?"

Clarity - Zedd


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Notas finais do capítulo

Esse capítulo ficou um pouco menor do que o previsto, mas espero que estejam gostando.
Ah, não se esqueçam de comentar (leitores fantasmas, sei que estão aí). Bjos.



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