Roses escrita por LS Valentini


Capítulo 7
Noivo?


Notas iniciais do capítulo

Oi, tentei não demorar tanto dessa vez.
Como está sendo o hiatus pra vocês?( Friends e iZombie estão me ajudando, mas eu preciso da 5a temporada de OUAT logo!).
Se houver algum erro, me perdoem, não tive tempo de revisar.
Boa leitura *---*



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P.O.V KILLIAN ON

Regina podia ser a pessoa mais autoritária e persuasiva do mundo, mas daquela vez eu não “acataria suas ordens” e iria atrás de Emma. O que eu ia dizer? “Eu estava obedecendo ordens, por isso te ajudei” ou “ Eu te conheço desde criança, mas mesmo assim não contei”, ou ainda “Sabe aquele beijo que tivemos? Ele não foi real”. Deus, a quem eu estava querendo enganar?

Eu não me sentia daquele jeito desde que conheci Milah, e após a morte dela jurei nunca mais amar outra mulher. Mas fui traído por mim mesmo. Eu havia me tornado uma pessoa amargurada, que não podia ver uma pessoa feliz e já sentia o peso do mundo nas costas. Mas quando ela chegou, com aquele jeito único, eu mudei.

E agora, não tinha a coragem suficiente para ir até Emma e falar tudo isso.

P.O.V KILLIAN OFF

...

A casa de Mary Margaret era confortável, apesar de ser pequena. Enquanto a mesma preparava o chá, vez ou outra, algum pássaro pousava no peitoril da janela, e a morena conversava discretamente com cada um, apesar do receio de que Emma a achasse louca. Assim que a bebida feita da infusão de flores ficou pronta, Mary deu sua opinião sobre o pedido que Emma acabara de aceitar:

– Mas você nem o conhece... - sorveu um pouco do chá - Eu gostaria de ir com você, só pra ter certeza de que vai ficar tudo bem, mas David me pediu pra não interferir em nada.

– E ele está certo, não tem porque se preocupar comigo. - Emma falou - É só um jantar.

MM percebeu o quanto a loira estava abatida, e também perdera o brilho que tinha.

– Acho que já pode me contar o que está sentindo.

Emma olhou de um lado para o outro tentando disfarçar o nervosismo, mas aquilo só contribuiu para enganá-la a si mesma. Logo em seguida, mesmo não tendo vontade, sorveu um gole do chá.

– Eu estou me sentindo bem. - mentiu.

– Por favor, Emma! - a outra exclamou - Pode contar, quero que me considere sua amiga.

A respiração da loira se tornou mais pesada e vagarosa, mas mesmo assim não contou.

– Eu a considero uma amiga, Mary Margaret... mas eu estou falando a verdade.

– Está bem. - a morena ficou frustrada - Acho que você precisa descansar pra se preparar pro jantar.

– É.

– O que vai vestir? - MM era bem curiosa.

– Isso. - Emma apontou para si mesma - Por quê?

“Uma jaqueta de couro vermelha e jeans surrados... Deus, onde essa garota pensa em ir? Na mansão do Sr.Gold que não vai ser!”, Mary conversava consigo mesma.

– Eu vou te ajudar, não se preocupe.

...

FLASHBACK ON

Aproveitando que seus pais haviam saído, e o mais importante: Não a tinham levado como “objeto de exposição”, Emma foi rever seus amigos no jardim da mansão. Ela esperava que Killian estivesse por lá, mas só encontrou Regina, que tentava ler um livro de contos de fada, porém ela não tinha o domínio sobre as palavras. Então ambas as garotas sentaram-se na grama, e Emma começou a ler para a menor.

– Era uma vez uma linda princesa chamada Branca de Neve. Quando sua mãe faleceu, seu pai, o rei, casou-se novamente. A madrasta era muito bonita...

– Ela era incrível! - a garota morena exclamou batendo palmas - Aposto que o nome dela é Regina, porque significa “rainha”.

– Branca de Neve também se torna rainha. - Emma falou.

– Mas eu prefiro os vilões! - a outra sorriu.

– Regina, eu não posso terminar de ler a história se você ficar me interrompendo. - a loira disse num ato impaciente.

– Desculpa... Agora continua!

– A rainha tinha um espelho mágico e sempre perguntava...

– Olha o que eu encontrei. - Killian a interrompeu enquanto carregava uma pequena caixa de papelão.

– Desisto - Regina tirou o livro das mãos de Emma e foi embora.

– O que deu nela? - o garoto estava confuso.

Emma apenas movimentou os ombros para mostrar que não sabia, depois foi em direção ao garoto e pegou a caixa - na espera que houvesse algo ali. Mas não tinha nada.

– Está vazia - a loira falou.

– Eu sei. - ele sorriu - É que está cada vez mais difícil de ver você, então eu pensei em escrever algumas novidades e deixar na caixa aqui no jardim.

– Assim a gente se “falaria” escrevendo bilhetes todos os dias, e ninguém iria desconfiar... Boa ideia, mas e se descobrirem?

Nesse momento, Emma andava de um lado para outro, como se fosse fazer um buraco no chão.

– Você só precisa acreditar, Elizabeth.

FLASHBACK OFF

...

A hora do jantar se aproximava, e Mary Margaret literalmente corria de um lado para o outro tentando deixar Emma no mínimo “perfeita”. Após alguns minutos de desespero, ela parou para observar sua “obra-prima”.

– Isso é realmente necessário? - Emma perguntou apontando para o vestido que usava - Eu preferia minha jaqueta vermelha.

– Você está linda! - MM disse a ignorando por completo - E por sorte eu não devolvi o par de sapatos que ficaram enormes em mim.

– Não sei se posso considerar isso um elogio... Mas obrigada, por tudo.

Ambas se abraçaram, dava pra ver como a amizade das duas se tornou forte em pouco tempo, e provavelmente iria durar.

– É melhor eu ir andando - Emma falou - Tenho que resolver isso o quanto antes.

– Tem certeza de que...

– Sim, a casa do Sr.Gold é há duas quadras daqui, acho que consigo chegar lá viva - brincou.

– Nem fala uma coisa dessas! - MM colocou as mãos sobre o coração.

...

FLASHBACK ON

Aos 15 anos, Emma se sentia desconfortável em sua própria pele, não apenas pela cobrança de seus pais adotivos em torná-la conhecida mundialmente, mas também por ser considerada a estranha da escola. Se ela tinha algum amigo? Sim, Neal. Porém ambos haviam discutido. Motivo? Ele interrompeu o primeiro encontro dela.

– Oi. - o garoto sentou-se no “banco dos excluídos”, um lugar afastado da “alta sociedade” escolar - Eu trouxe um pacote de balas

– Eu vou ficar cheia de cáries - ela argumentou

– Elizabeth Miller recusando balas? - Neal a provocou - São de canela.

Naquele exato momento, ela retirou o pacote das mãos dele com imensa rapidez.

– Não pode comprar a minha amizade com balas.

– Não posso comprar o que já tenho. - ele sorriu.

Emma ficou em silêncio por um tempo, enquanto encarava o chão. Ela ajeitou os óculos e disse:

– Eu quero te matar.

– Faz sentido... Me desculpe, não percebi que aquilo era um encontro.

Não obteve resposta.

– Eu peguei uma coisa pra você - ele retirou um filtro dos sonhos da mochila e entregou para a garota.

Os olhos dela brilharam quando viram justamente aquele objeto que tanto pedira a seus pais para comprar, mas eles nunca haviam aprovado a ideia.

– Obrigada, Neal... Eu ainda quero arrancar a sua cabeça.

FLASHBACK OFF

...

A campainha soou rápida, e para Emma, Neal atendeu a porta de forma ainda mais eficaz. Ele parou para observá-la por um instante.

As madeixas loiras dela caiam perfeitamente sobre o busto, contrastando com o tecido negro do vestido. O filho do Sr.Gold tinha uma bela visão daquela mulher, que ao mesmo tempo era inocente e sensual.

Despertando de seus pensamentos carnais, Neal deu passagem para que ela entrasse na mansão.

– Está linda, Elizabeth.

– Emma. - ela o corrigiu involuntariamente.

– Voltamos a essa discussão. - ele riu enquanto a guiava até a sala de estar.

– Já a tivemos antes?

– Muitas vezes, Srta.Miller. - a voz de Gold tomou conta do ambiente, fazendo Emma sentir arrepios.

O mais velho os levou até a sala de estar. Quatro lustres de cristal pendiam do teto, iluminando todo o recinto. Os três sentaram-se, e Neal fez questão de ficar de frente para a loira. A mesa havia sido arrumada à francesa, e o prato principal estava acompanhado de escargot.

“Isso tem gosto de plástico”, Emma pensou enquanto provava a comida. “Se é que plástico tem gosto”.

– Me lembro de quando fomos para Seattle. - Neal lhe dirigiu a palavra - Você detestou escargot, disse que preferia morrer de fome a comer lesmas.

– Se me conhece tanto, pode me dizer quem sou eu?

Gold e o filho se entreolharam, e soltando um suspiro pesado, Neal disse:

– Se prefere assim... Você se chama Elizabeth Miller, filha de um magnata. Acabou de se formar na melhor universidade do país, e é uma astrônoma de sucesso e vai se casar em breve, e...

“Isso explica porque gosto tanto das estrelas, mas...”

– E...

– Você é minha noiva. - Neal se pronunciou enquanto segurou uma das mãos dela, como se fossem um casal.

– Mas isso não é possível. - Emma se desvencilhou do toque e saiu em disparada para a porta.

No caminho, ela percebeu que em um quadro de moldura dourada havia uma foto dela... e Neal abraçados.

“Será que...”

– Elizabeth, não vá embora. - ele a segurou pelo braço.

– Se não me soltar agora, acho que já sabe o que vai acontecer.

...

P.O.V KILLIAN ON

Três batidas.

Três batidas foram capazes de me fazer despertar de um pesadelo. Eu não conseguia dormir, e quando finalmente peguei no sono, coisas terríveis aconteciam.

Quem seria? Não fui atender de imediato. Eu jurava que se fosse uma pessoa querendo “ajudar” - minha irmã, no caso -, eu a mandaria embora.

Assim que abri a porta, me deparei com Emma.

– Eu achei que podia resolver tudo sozinha. - ela disse segurando as lágrimas - Mas fiquei ainda mais confusa... Se quiser fechar essa porta na minha cara, eu vou entender.

"Quantas vezes tenho que te dizer

Que mesmo quando você está

chorando você continua linda

[...]

Porque tudo de mim

Ama tudo em você

[...]

Você é o meu fim e meu começo

Mesmo quando perco estou ganhando".

All Of Me - John Legend


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Notas finais do capítulo

Qual será a escolha de Killian?!
Se você está gostando da fic mas ainda não favoritou, esse é o momento, ok? kk.
Até próximo capítulo!



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