Death Note: Resurgence escrita por NanaKiryuu


Capítulo 20
Death Note - Colapso


Notas iniciais do capítulo

Wwwoaa... Hm, capítulo novo.
Teremos mais dois capítulos, sendo que o próximo a ser postado será dividido em duas partes pelo tamanho... hmmm... exagerado. Necessário, porque haverão algumas explicações sobre o capítulo anterior e este que vocês lerão agora.

Ah, quase esqueci... para alegria de alguns, terá um capítulo extra chamado Seven Years After, que não será muito longo, mas contará um pouco do pós-Kira.

Boa leitura!



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A mão de Raito agarrou aquela que L empunhava a faca. Raito olhou fracamente para ele.

 - Eru... cof... você... acha...

L apertou os olhos na direção de Raito. Este fazia um pouco de esforço para mostrar um sorriso malicioso.

 - Você acha que... um Deus da Morte... pode morrer... assim...?

 - Shinigami? – murmurou L, olhando de soslaio para Misa.

 - Eru... você sabia.  – A próxima frase soou como um sussurro ameaçador: – Deuses da Morte... comem maçãs.

Maçãs... Deuses da Morte... Shinigamis...

Das costas de Raito, algo negro parecia escapar. Penas negras. Elas se uniam uma com as outras, formando asas. Raito puxou a faca para fora de seu peito com toda a força e possuía e então L se afastou. Raito esticou os dois membros que surgiram: Asas aladas de Shinigami.

 - HAHAHAHAHA! – ele riu, batendo-as e criando uma corrente de vento no local.

Papéis voaram e inclusive algumas folhas soltas em cima da mesa. Misa colocou as mãos em frente à boca e olhou espantada para Raito. Sem qualquer esperança de reação, L continuou olhando para Raito espatifar o vidro da janela e sair por esta.

 - Droga... – L rosnou.

Ouvia-se a risada de Raito, além de algumas palavras:

 - HHUAHAHAHAHAHAHA! EU SOU O DEUS DESTE MUNDO! VEJA, ERU! EU VENCI!

As penas negras que se soltaram das asas de Raito planavam delicadamente pelo ar, até alcançar o chão. Silêncio. Misa olhava fixamente para o lugar onde Raito desaparecera. Mais lágrimas escorriam por seu rosto. L chegou perto dela, fazendo o mesmo: fitando o fim.

 - Ryuuzaki... – chamou Misa, com a mão sobre os lábios – Raito vai voltar?

L persistiu olhando para o céu noturno do lado de fora o alto apartamento.

 - Não.  – disse com firmeza – Ele jamais poderá matar novamente uma pessoa sem tocá-la. Isso já resolve noventa e nove por cento dos nossos problemas.

L passou sua mão pela cintura de Misa, puxando-a delicadamente para junto de seu corpo. A garota olhou-o com os olhos chorosos e surpresos. Ele passou os braços em volta de sua cabeça.

 - Amane... não precisa mais se preocupar com Raito-kun.

Ela sentia algo em seu interior. Algo como se o sol iluminasse seu coração negro. Um fulgor dourado tocou suas retinas e clareou suas íris, junto com seu rosto e o de L. O calor do sol aquecia sua pele mortífera, enquanto este nascer do sol parecia acordar também os policiais de um estranho sonho.

 - Gente – falou Near de repente, no momento em que retirou o capacete, olhando fixamente para as costas de L – Pode se levantar. O teatrinho acabou.

Aqueles muitos policiais começaram a se mover no chão, todos que estariam supostamente mortos. Inclusive Aizawa, que agora se pôs a chutar o próprio capacete ao chão com alguma violência.

 - O perdemos, mais uma vez... Droga... queria trucidá-lo com meus próprios dedos.

Matsuda tossia no chão.

 - Cof... cof...

 - Matsuda! – Mogi foi socorrer o parceiro prontamente. – Matsuda...

Ninguém mais via escuridão no local. Não havia mais Raito. Não havia mais medo. Sentiam que não tinham o que se preocupar agora. Os agentes se espalharam pelo quarto.

 - Matsuda...?

 - Cof, cof... Tudo bem...

 - Matsuda-kun. – L se aproximou, seguido por uma tímida Misa.

 - R-Ryuuzaki... você... está vivo... – Matsuda fez força para se sentar no chão, abrindo um sorriso para o homem.

 - Isso não importa agora. O que interessa é cuidarmos do seu estado.

- E o que nos interessa tanto quanto, agora, é a confirmação de que Yagami foi retirado do nosso tabuleiro – Near soltou o capacete, produzindo um som que chamou, propositalmente, a atenção de todos no quarto em pedaços - Algo tão eficaz quanto armas de fogo ou Death Note, a lábia, seria mais o estilo dele.

Todos encararam Near. Todos sabiam, todos consentiram.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Perder uma vez, isso não me trará a derrota na guerra.

 

Mas perder duas vezes...

 

Isso já é demais.

 

Pensando melhor... quem falou que perdi?

 

Eu estou aqui, planando sobre o mundo

 

Guiado por asas de um Deus da Morte.

 

Eu sou um Deus da Morte.

 

Por isso, eu não posso morrer...

 

 

Raito sentia a ventania forte da gélida matutina contra seu rosto de pele humana. Olhava fixamente para o horizonte, encarando os primeiros feixes de luz que vazavam pela divisão entre a Terra e o Céu. O que tinha na cabeça no momento em que deixou L viver? Poderia tê-lo matado outra vez enquanto estava em suas mãos, lá no galpão. Grunhia e amaldiçoava todos eles, inclusive Misa, que o abandonou no último e importante segundo para a vitória. Ela não escrevera Nate River no Death Note, quando foi ordenado conforme combinado, também. Quando voltasse a vê-los, ela seria a primeira a morrer...

 

 - O que Raito está pensando?

Ele parou no ar, dando meia volta com a cabeça.

 

 - O que quer, Ryuuku?

 

O Shinigami de expressão debochada sorriu para Raito. Ele estava com os braços cruzados e as pernas dobradas, como se estivesse apoiado em algum encosto, como uma cadeira invisível. Raito lembrou muito da vez em que o Ryuuku foi buscá-lo no vazio de sua pós-morte.

 

 - Só quero saber se está se sentindo vitorioso.

 

Raito olhou com algum semblante desconfiado.

 

 - Descubra por si mesmo. – respondeu secamente, mordido pela derrota daquela pergunta. – Some daqui, Shinigami... não me interessa mais sua companhia. Volte para com os seus iguais.

 

 - Nossos iguais, né eh? Hehe. – o Shinigami zombou, deslizando habilidosamente para frente de Raito – Se você não tem mais o que fazer na Terra, para quê vai continuar perambulando por aqui?

 

 - Não vai me levar de volta ao Reino Shinigami.

 

 - Ah, não, não... Eu nem penso nisso, Raito...

 

Ambos mantiveram seus olhos fixos um no outro; Ryuuku menos preocupado que Raito. Até estendeu os cantos dos lábios, intensificando aquela sua expressão depravada. Raito sentia que aquele sorriso, diferente dos muitos que já lhe fora oreferecido por Ryuuku, não era o melhor deles...

 

 - Yagami Raito, ex-humano?

 

 O rapaz virou a cabeça para trás, assim que ouviu o timbre de voz rouca. Ryuuku já havia se afastado alguns centímetros – pelo que Raito notou pelo canto do olho – talvez visando não se meter na encrenca que logo Raito descobriria, entre o Shinigami ex-humano e o Rei da Morte.

 

Ali atrás, estava um Shinigami diferente daqueles que já vira. Ele tinha um gancho no lugar da mão, e um cocar no alto da cabeça. Raito não respondeu, mas o Shinigami com rosto carrancudo e pouco curioso prosseguiu:

 

 - Yagami Raito ex-humano quebrou lei do Reino Shinigami.

 

 - Do que você tá falando? – Raito encarou o Shinigami já com certa arrogância e intrigado.

 

 - Raito... Raito... Você nunca leu as regras do Reino Shinigami? Ou melhor, nunca me ouviu falar sobre elas? – foi Ryuuku quem falou desta vez. – Matar um humano sem usar o Death Note é penalidade máxima em nosso mundo...

 

 - Matar? Eu não matei ninguém até... – ele interrompeu. Matsuda...? Será que... Matsuda está morto? Ele se lembrou que havia cravado uma faca em Matsuda. Não é possível que ele esteja morto, pensou, não foi tão fundo. – Eu não matei ninguém.

 

 - Exatamente. – disse o Shinigami recém-chegado. – O trabalho de Shinigami é matar usando seu próprio Death Note, não mandar outro fazer. Além, Yagami Raito ex-humano fez tentativa de matar humano sem usar Death Note. Isso é contra lei do Reino Shinigami. Yagami Raito ex-humano deve ser levado ao Reino Shinigami e falar com Rei da Morte.

 

Raito fixou-se de um em outro. Não era possível que até mesmo esses Shinigamis desgraçados tinham leis... maldita injustiça, deste e de outros mundos.

 

 - Gh... jamais! – rosnou Raito entre os dentes, dando um mergulho furtivo no ar com as asas negras e descendo o céu em alta velocidade.

 

 

O Shinigami de gancho e cocar apenas encarou o ex-humano mergulhar e escapar, sem ao menos mostrar intenção de seguí-lo com pressa.

 

 - Vá pegá-lo você, Zellogi. Nem olhe para mim, pois meu trabalho eu já fiz.

 

Dentre suas vestes encardidas, Ryuuku retirou algo vermelho e bonito, lustroso e muito deleitoso. Ele deu uma mordida prazerosa. No instante que em Ryuuku apontou para o lugar onde Raito sumiu entre as árvores de uma Floresta abaixo deles, Zellogi grunhiu e foi calmamente em direção.

 

Raito arfava um pouco enquanto fazia um grande esforço de atravessar galhos em alta velocidade. O que esperava pelos Shinigamis que quebravam leis? E qual era a penalidade máxima...? Só sabia de uma coisa: Não queria esperar para descobrir.

 

Algumas sombras estranhas passaram diante seus olhos e dois segundos depois, ele estava imobilizado no ar. Suas asas haviam sido paradas e Raito ficou pendurado por elas. Ah, isso doía...!

 

 - O quê?! – ele olhou por cima do ombro e outros dois Shinigamis estavam presentes. Cada qual segurava a base e a ponta de suas asas.

 

 - Não se mexa, cara... ou perde elas mais cedo. – disse um deles que tinha um crânio completo de alguma espécie de equino no lugar de um rosto.

 

 - HAAHAHAHAHAHA! Sempre quis ver isso se perto... – murmurou o segundo, rindo como uma hiena. Aliás, ele parecia mesmo uma hiena: tinha face de hiena, dentes de hiena. Porém, a única coisa que lhe faltava eram olhos, que eram apenas dois orifícios no rosto.

 

 - Ver? Haaaaa, mesmo se zoa, cara? Só se ver com esse seu nariz gordo...

 

 - Grrr... fica calado! – rosnou a hiena para o outro, ganindo como um cão ferido no final. Havia levado um cascudo de Zellogi, que os alcançou logo.

 

 - Onde está Ikuzo? - perguntou Zellogi aos dois.

 

 - Bem aqui.  – a voz ainda mais grave assustou um Raito já assustado – Vamos acabar logo com isso.

 

O Shinigami de enormes asas rugosas surgiu do caminho da floresta, encolhendo em frente ao corpo. Quando ele mostrou seu físico, Raito descobriu que não estavam ali para brincar. O Shinigami mais parecia um touro ou um minotauro.

 

 - O que vão fazer comigo?! – Raito exaltou-se.

 

 - fica frio, cara. Isso num dói... Dói, Shiruzuki?

 

 - Não... quero dizer, não sei! Nunca provei...HAHHAHAHAA! – a hiena voltou a rir.

 

O Shinigami com porte de touro ergueu sua mão grande na direção da cabeça de Raito e agarrou-a. Raito grunhiu e pegou em seu braço, tentando tira-lo dali com auxílio de sua força humana. Foi completamente em vão.

 

 - Puxa logo essa porra – ordenou Ikuzo, carrancudo.

 

 - A melhor parte... HAHAHAHAHAHA!

 

O ex-humano arregalou os olhos e gemeu de medo. Os dois Shinigamis fizeram pressão e puxaram suas asas para trás, de uma única vez. 


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Notas finais do capítulo

/cry
Eu também chorei para fazer isso aí em cima, ok? ; -- ;'
Mas, relax, peoples. Haverão novos capítulos para demais situações. o ___ o