Acordei com a zoada de risadas e me levantei confusa.

O clima estava tenso e pesado demais para risadas. Lukas não estava tão bem para o clima estar leve daquele jeito.

–Ai de você se morrer e não me deixar nada. Aguentei você por anos. -ouvi Nessie reclamar enquanto descia as escadas.

–Se eu morrer vou deixar algo para você, ou melhor, para todos. Para algumas instituições de caridade, mas a grande soma de ações, dinheiro e propriedades estão todas em nome de minha noiva. -ele disse e arfei.

–Você vai deixar ela viúva, antes de casar e ainda “trilherdaria”?!-Emmett disse confuso.

–Vou, acho que ela merece isso.

–Eu mereço você e não o seu dinheiro.-disse e Emmett e Nessie viram para me ver.

–Podem nos deixar a sós. -Lukas pediu e os dois saírem.

–Por que você está fazendo isso?!-questionei e ele me convidou para sentar no sofá.

–Minha família encontrou o Alec. -ele sussurrou e sorri.

–Serio?!Você está salvo. -comemorei e ele abaixou os olhos.

–Não. Alec matou a bruxa que em enfeitiçou só para não termos chance. Ou melhor, eu não ter chance. -Lukas sussurrou triste.

–Então... É por isso que Nessie está aqui?!Para ver você morrer?!-sussurrei em choque.

–Não, só queria me despedir dela, assim como de todos que eu amo. -ele disse e me olhou nos olhos.

Seus olhos estavam vermelhos, denunciando que ele havia passado a noite chorando.

–Não, vamos dá um jeito. Vou achar outra pessoa para reverter isso... -sussurrei nervosa e me levantei do sofá.

–Lanna, não. -ele pediu segurando a minha mão e voltei para o sofá.

–Passei a noite toda me revoltando contra essa situação e descobri que não posso fazer nada, Apenas, quero viver meu ultimo dia com as pessoas que amo e que me amam também. -ele sussurrou doce e acariciou meu rosto de leve com o polegar.

–Principalmente você, quem eu amo tanto. -Lukas confessou e pode sentir ás lágrimas molharem minha face.

–Não posso aceitar você ir assim. Ir e me deixar para trás. -sussurrei entre lágrimas.

–Não vou deixar você, quando for à hora certa, volto para te buscar.

–Promete?

–Prometo. -ele sussurrou e eu o abracei. -Você ainda tem tanto o que viver... E ver... E se apaixonar...

–Não sem você.

–Não quero ver você triste por mim. Promete?

–Vai ser difícil.

–Eu sei. Mas sempre que lhe der vontade de chorar sorria, mesmo que não esteja com vontade. Faz isso por mim?-Lukas questionou.

–Qualquer coisa por você.-prometi e ele me abraçou mais forte.

–Essa é a minha garota. -ele cantarolou e beijou o alto da minha cabeça.

–Depois que eu me for, quero que você pegue o primeiro avião para longe daqui. -ele disse e me afastei dele.

–Por quê?

–Por que vai ser dor demais para você. Forks não será um bom lugar. -ele disse e revirei os olhos.

–É serio. O mundo é tão grande e diversificado. Rico em cultura e pessoas. -ele disse e pegou os seu dinheiro e começou a escrever.

–Em primeiro lugar Florença, minha terra natal. Você vai aprender muito l, acomoda é ótima, a cidade é cheia de historia e arte para todos os lados. -ele disse e sorriu enquanto colocava em baixo a lista de lugares que deveria visitar lá. -Quem sabe você não arruma outro namorado italiano por lá?! Pretenderdes não irão faltar.

–Lukas. -disse sem graça.

–O que?! Você vai sentir falta de ter um namorado, vai por mim. -ele brincou e rimos.

–Mas nenhum vai ser como você. -admite e ele pareceu pensar.

–É...Vampiros italianos príncipes estão em falta no mercado ultimamente. -ele disse e deu de ombros.

–Você é doido mesmo.

–Continuando com o plano.-ele disse voltando ao diário. -Holanda. Você precisa ir para lá. Ver os moinhos e as tulipas pessoalmente.

–Acho que não. Dizem que é um lugar romântico demais.

–É para isso que você vai. Leve seu namorando da Itália e dê alguns amassos naquelas casas barcos. Vai por mim, é maravilhoso. -ele disse e sorriu malicioso se lembrando de algo do passado.

–Lukas Cullen. -sussurrei pasma.

–Quando fiz isso não era um Cullen e foi numa viagem diplomática com Riccardo e Giulia, mas foram só uns beijos nada de mais.-ele prometeu.

–Pensei que você era fiel a Isabelle?

–E fui. Isso foi na minha adolescência. Tinha acabado de fazer 15 anos e meus primos fizeram uma festinha e ai você sabe. Não em lembro muito bem de como aconteceu. Eu estava bêbado. -ele se defendeu e sorri.

–Por que comigo você nunca fez isso?!-me queixei e ele sorriu.

–Por que deixei a boa vida pra trás e não queria colocar você no mau caminho.

–Certo, quando tiver por lá faço uma festinha regada a muita Vodka e cerveja. -disse e ele riu.

–Esse é o espirito. -ele disse sorrindo. -E nada de perder a virgindade por lá, não é um bom lugar para esse momento.

–O que?!Está com ciúme é?!

–Claro, sempre pensei que seria o primeiro e o ultimo. -ele lamentou.

–Você ainda pode ser. -sugeri e ele sorriu.

–Não ia dar certo, estou fraco e cansado demais.

–E onde você quer que eu faça isso?!-questionei desviando do assunto.

–Brasil. Pelo que meus pais disseram lá é muito bom para isso. -ele disse e ergueu as sobrancelhas.

–Com quantos anos?-questionei me deitando ao sue lado no sofá tendo seu diário no meio de nós dois.

–Vou deixar ao seu critério querida. -ele disse suave.

–Tá legal.

–Lá no Brasil você pode viver ótimas experiências, lá é fascinante. Os brasileiros são um povo extremamente caloroso e receptivo e você tem que provar a caipirinha deles, é ótima. -Lukas disse e rimos.

–Você era bem playboy não era?!-questionei e ele me olhou ofendido.

–Não, fui ao Rio nas ultimas férias de família. Nessie, Jake e eu tomamos um porre de caipirinha e passamos 3 dias de ressaca. -ele disse e eu ri.

–Queria viver essas experiências com você e não com outras pessoas. -sussurrei em seu cabelo.

–Eu sei e acredite, eu também queria. -ele sussurrou suave.

–E depois?-questionei tentando amenizar o clima.

–Depois faculdade. -ele disse obvio.

–Depois de 1 ano de piração?!-me queixei e ele riu.

–Sim senhora. Você vai para a faculdade, namora alguém legal, mas nada de descuidar dos estudos. Medicina precisa ter dedicação. Depois de formada você arruma um emprego. -ele disse e sorri. -E faça 1 ano de trabalho voluntário no medico sem fronteiras, vai por mim vai ser ótimo.

–Depois você volta para França conhece alguém legal. E apaixona de novo. Casa e tem filhos lindos. -ele disse escrevendo no diário e circulando a palavra filhos.

–Lukas... Olha, estou levando na esportiva enquanto você “programa minha vida” depois da sua morte. Mas eu e você sabemos que vou passar anos para me envolver com outra pessoa. -disse e ele acariciou meu cabelo. -E ter filhos é algo que não posso ter, e se tivesse seriam seus e demais ninguém.

–Não estou programando sua vida, apenas quero eu te deixar algo para te mostrar uma direção, você vai precisar. E Lanna... Você nasceu para ser mãe. Não abdique disso só por que não será comigo. Quando você tiver um menino pode colocar meu nome nele. –Lukas brincou erimos.

–Você sempre quer cuidar de mim, mesmo sendo a sua vez de ser cuidado. Por que isso?!-questionei e ele em olhou dentro dos meus olhos como na primeira vez que nos vimos na biblioteca da escola.

–Por que te amo. Te amei desde a primeira vez que fitei seu solhos verdes. Desde esse dia não deixei de pensar em você e sentir que precisava de você para me completar. Completar o vazio que sentia. -ele sussurrou e me sentei para vê-lo melhor.

– Mas eles me compreenderiam quando conhecessem os lindos olhos verdes de minha Adelina. -Lukas sussurrou e fiquei hipnotizada pelo que ele disse e me inclinei para beija-lo.

Não era eu. Parecia outra pessoa.

Parecíamos outras pessoas, só que nosso beijo foi interrompido por um pigarrear suave.

–Há, oi vovô. -Lukas sussurrou sem graça e um pouco corado.

Tinha que admitir, ele ficava lindo corando e sem graça.

–Esme adoraria saber o que vocês querem para o almoço. -Carlisle disse e Lukas me sondou com seus olhos esmeraldas.

–O que você quiser. -ele me deu carta branca e sorri.

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Depois do almoço Lukas foi para o quarto e Alice foi me chamar para vê-lo.

–Tudo bem?-questionei abrindo a porta.

–Não muito. -Bella soluçou e virou para ver o filho no oxigênio.

–Ele não parava dechamar por você.-ela sussurrou e me aproximei da cama para vê-lo.

–Lukas. -sussurrei suave e segurei sua mão enquanto ele abria os olhos para me ver. –Oi, meu amor.

–Adelina. -ele sussurrou sem forças enquanto me olhava com lágrimas nos olhos. - Você veio me levar?!

Olhei para trás e para os lados, mas não havia ninguém além de mim e Bella.

–Esperei tanto por você amor. Agora estamos juntos para sempre. -ele sussurrou suave e apertou minha mão de leve. -Minha eterna esposa.

–Acho que ele está delirando. -Bella disse e colocou a mão na testa de Lukas. -Ele está ardendo em febre.

–Magnus?!-sussurrei suave e ele sorriu enquanto segurava minha mão.

–Sim, amore mio.

–Ok. Vocês dois parem com isso agora. -Bella pedia suave.

–O que você fez amore mio?! Sua decisão está fazendo outros sofrerem. -disse suave e acariciei seu cabelo.

–É como Casey disse. Magnus é a doença. E Adelina é a suara. -ele sussurrou e me inclinei para lhe dá um beijo.

–A cada encarnação fica mais doce. -ele sussurrou e sorri.

–Descanse. -pedi e ele fechou os olhos e virei para ver a mulher em minha frente.

–Lanna?-ela questionou estreitando os olhos.

–Não, Adelina Artiolli.-sussurrei e ela me encarou chocada.

–Como... -ela sussurrou confusa.

–Não há tempo. Meu Magnus não tem muito tempo, preciso de todos dessa casa. E dos Matarazzo, agora. -ordenei e virei para ver meu marido dormir.

–Vamos concertar amore mio. Vamos concertar. -prometi.