Clichê escrita por Pandrita


Capítulo 7
0.7 Você sabe se defender


Notas iniciais do capítulo

Olha eu de volta no inicio da nossa semana trazendo um novo capitulo para vocês!



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Era domingo à tarde. As duas crianças estavam sentadas no topo do trepa-trepa, balançavam seus pés enquanto conversavam. Desde que Kenny - agora com onze anos - mudara de escola, via Sófia apenas em alguns finais de semana. Seu pai sempre pegava pesado sobre suas notas e por isso obrigava-o a estudar quase todos os dias.

— Você sabe se defender, Ken?

— Claro, mas só quando necessário.

— Por que não me ensina?

— Hm, porque eu te defendo.

— Mas e quando não estiver por perto?

— Nariz.

— Nariz?

— É nariz. Você pega toda a sua raiva, acerta a pessoa no nariz e depois sai correndo.

— Isso funciona? - Ele assentiu. – Mas meus braços são fraquinhos.

— Por isso eu disse "pega toda a sua raiva". – Bagunçou o cabelo dela. – Acho bem difícil você ficar com raiva. Mas nunca se sabe.

— Não acho que vai funcionar. – Ela cruzou os braços e fez bico.

— Vai sim. Tenho certeza.

Afrouxou seus bracinhos e olhou para ele.

— Quando vamos poder nos ver de novo?

— Quando você menos esperar.

— Mas e seu pai?

— Você sabe que eu sempre dou meu jeitinho.

[...]

— Dormiu bem? – Sófia perguntou.

— Uhum.

Silêncio.

— Quais são suas aulas hoje?

Kenny deu de ombros.

— Sei não.

O clima estava estranho. Ele na frente evitando olha-la e ela atrás tentando puxar assunto enquanto se repreendia; "Fiz besteira, fiz besteira, fiz besteira."

Respirou fundo antes de tentar mais uma vez:

— O que ocorreu?

— Nada.

— Então por que está assim?

— Sei lá.

“Isso não vai nos levar a lugar algum" ela pensou.

Passou a noite quase toda tentando encontrar o motivo para tê-lo deixado dessa forma. Estavam bem. - tirando o seu nervosismo - e de repente tudo desmoronou. Sófia se sentia perdida, foi apenas citar o nome de Agatha.

“Será que ele gosta dela?" Começou a pensar. “Antes de falar seu nome ele estava bem e depois...”. Sófia se encolheu com tal pensamento. A tristeza era visível em seu rosto, mas Kenny não olhava para trás. “Não pode ser. Ele a conheceu ontem”, “Devo está imaginando coisas. Isso, imaginando...”.

“Então posso dar uns pegas nele, certo?” A voz de Agatha novamente a perturbou.

Kenny começou a estranhar, Sófia tinha parado com as perguntas e isso não era normal. Evitou olha-la até aquele momento, mas precisava conferir se estava bem. Olhou disfarçadamente por cima do ombro enquanto caminhava e a viu: seus cachos estavam soltos escondendo o seu lindo rosto. Sempre preferiu os cabelos lisos, mas os dela eram exceção – como sempre.

A inocência era evidente até no modo de andar. Estava com a cabeça baixa e pensativa. Parecia uma criança que ainda não havia descoberto as coisas ruins que a cercavam. Por isso não queria olhá-la. Sabia que iria fraquejar, não conseguiria ficar chateado por muito tempo. Para falar a verdade, não era certo agir assim. Mas não conseguiu evitar.

Esperava que ela fala-se ao menos que conhecer a sala antiga foi legal. Mas conhecer Agatha parecia ter sido a única coisa que havia gostado. Não podia culpa-la, era a primeira garota que conseguiu conversar sem ser ignorada.

Kenny suspirou e voltou a olhar para frente. “De tantas garotas tinha que ser aquela?”

Sófia levantou a cabeça ao ouvir o suspiro. Mas não a tempo de pegá-lo olhando-a. Se encolheu mais uma vez. O vento estava um pouco forte e tinha esquecido a blusa de frio.

Ele parou de andar e se virou. Realmente não aguentaria por mais tempo.

— Segura. – Disse entregando a mochila para ela e tirando a sua jaqueta. – Tsc, muito esquecida você. – Ele abriu a jaqueta, colocou por cima das costas da garota e pegou a mochila de volta. – Olha o que acontece quando não pulo a janela.

Os dois sorriram e voltaram a andar. Mas dessa vez estavam lado a lado, lançando uma vez ou outra sorrisos bobos. Kenny sempre era vencido pelo jeito dela e ela sempre agradecia mentalmente quando ele se acalmava, mas dessa vez estava com uma pulga atrás da orelha. "Por que tinha ficado daquela forma?"

[...]

Alunos nos corredores, corrimões e na grama. Conversas de um lado e risadas do outro, casais se beijando e amigas se abraçando. Esse foi o cenário que Sófia perdeu ontem por ter chegado atrasada, mas estava vendo agora. Conseguiu se adiantar quinze minutos junto com Kenny.

— Sófia?! - Alguém gritou e os dois olharam.

Sófia foi atingida por um abraço relâmpago que retribuiu na mesma hora.

— Naara.

— Sim! - Desfizeram o abraço. – Nossa, não acredito que nos encontramos tão rápido. Estuda aqui? - Assentiu. - Que ótimo! Qual o seu primeiro horário?

— Inglês, sala F7. - Respondeu sorrindo.

— Nossa. Sério?!

— Aham.

— O meu também. Estamos na mesma sala!

A garota não parava quieta enquanto Sófia tentava não rir, o que era inevitável. Estava feliz por encontra-la novamente e principalmente por estudarem juntas.

— Gostei da sua jaqueta.

— O-Obrigada. Mas não é minha, é do Ken. - Sófia olhou um pouco sem jeito para ele.

— Oi! Eu sou Naara e conheci sua namorada salvadora ontem.

Sófia sentiu borboletas no estomago. “Namorada? Agatha tinha nos confundidos também e agora Naara. Parecemos tanto assim um casal?” Sófia gostou desse pensamento e sorriu enquanto sentia suas bochechas corarem.

— Namorada salvadora? - Ele perguntou curioso enquanto observava Sófia ficar vermelha. Estava gostando de ver a nova garota deixá-la constrangida.

– Sim, me ajudou ontem com meus meninos. Eles não estariam no meu quarto sem a ajuda dela.

— C-como assim? – Falou um pouco espantado. “Meninos? Quarto?”

— Ela comprou o pôster do One Direction para mim. – Disse segurando as duas mãos de Sófia. – Ainda sou grada. Vou te pagar amanhã, agora que sei onde te encontrar.

O susto de Kenny foi substituído por um sorriso de alívio.

— N-Não precisa! –Sófia respondeu negando várias vezes com as mãos.

— E como se conheceram? – Kenny perguntou sorridente.

— B-Bem... Eu estava saindo da locadora – Começou Sófia olhando para ele. – E então escutei alguém gritando. Quando olhei... Ela estava, hm... Abraçando o pôster.

— Abraçando o pôster?

— Aham. – Naara confirmou como se fosse a coisa mais normal do mundo.

Ele riu, imaginando a cena, e começou a bagunçar os cabeços de Sófia.

— Que coração mais mole, sua fofa.

— E aí. Kenny! Está passando bem, hein, com duas garotas lindas como essas.

David apareceu jogando sua mão por cima do ombro de Kenny enquanto piscava para as meninas, deixando-as constrangidas.

— Vamos David, temos que organizar as inscrições do clube de dança. –Respondeu sério. Não estava gostando nenhum pouco de tê-lo perto de Sofí.

— Calma, falta alguns minutos. Podemos aproveitar essas princesas por enquanto. – Disse enquanto sorria.

Kenny passou sua mão pelo pescoço do garoto e apertou com força, mas disfarçado.

— É melhor irmos, David. – Disse entre os dentes.

— Ok... Ok. E-entendi o recado.

As meninas se entreolharam estranhando o ocorrido e observaram eles irem.

— O que foi isso? – Naara perguntou.

— Não sei.

— Legal, seu namorado é japa. – Falou de repente.

— Hm... Ele não é meu namorado.

— Sério?! Mas vocês ficam tão bem juntos...

— Você acha? – As bochechas de Sófia coraram de novo.

— Acho sim, sem falar que ele é bem gato. – Disse a empurrando de leve com o ombro. - É melhor irmos andando também. – Sófía confirmou e as duas seguiram para as escadas da entrada. – Você já viu o tamanho dessa escola? É imensa, parece mais particular do que pública.

— Vi alguns lugares. – Sófia respondeu.

Passaram pelo portal onde o Sr. Rufous estava.

— Bom dia, meninas.

— Bom dia. – As duas falaram em coro.

— Esse porteiro é muito gato. – Naara sussurrou no ouvido de Sófia. Ela confirmou, não podia negar que reparou. Para falar a verdade era difícil não reparar. – Por que será que trabalha aqui? Deveria era ser modelo ou algo do tipo.

— Não sei, nunca pensei nisso.

“Sr. Rufous nunca iria deixar essa sala suja.” Sófia lembrou o que Kenny disse, mas o corredor estava cheio de alunos indo, vindo e esbarrando às vezes nela, impedindo que aprofundasse mais no assunto. Alguns pareciam perdidos procurando a sala enquanto outros já sabiam exatamente aonde ir. – Sabe onde é a sala de inglês? – Sofia perguntou.

— Sei sim, fica perto da cantina.

As duas seguiram andando e entraram na última sala. Havia uma roda de alunos no canto esquerdo e no direito, na última cadeira, uma garota olhava a janela. Ela era loira, tinha uma pele bem branca e seus olhos eram tão azuis que ficava difícil não admira-los.

— Onde quer sentar? – Naara perguntou.

— Você pode escolher.

— Então vamos lá no fundo, perto daquela menina. – Falou se dirigindo para o local.

Naara sentou na frente e Sófia ao lado da amiga.

— Oi, meu nome é Naara e essa é Sófia. E você?

Sófia arregalou os olhos ao vê-la falando com a garota tão de repente. Mas ela não escutou, parecia concentrada em algo. “A paisagem é tão bonita assim?” Sófia pensou.

Julia observava a janela, não por causa da paisagem, mas porque ele estava lá, no jardim da escola. Felizmente, a sala ficava ao lado da entrada do colégio, um dos lugares que Igor Cavalcante gostava de ficar com os amigos. Ainda faltavam cinco minutos para o primeiro sinal tocar. Os cinco minutos que ela aproveitava ao máximo para vê-lo sem se sentir constrangida.

Sempre achou engraçado o jeito que o diretor organizava as turmas. Ele dava a chance dos alunos do segundo e do terceiro ano escolherem uma ou duas matérias do ano anterior para assistir as aulas. Ela era do segundo e tinha escolhido inglês do primeiro para poder reforçar, gostava da matéria e ainda ganhava o bônus: ver Igor.

— Oi? – Naara tentou mais uma vez, colocando de leve a mão no ombro da garota.

Ela se assustou de leve, mas logo entendeu o que ocorreu e falou um pouco tímida.

— Oi.

— Meu nome é Naara e essa é Sófia. E você? – Repetiu.

— Julia. – Falou um pouco constrangida.

— O que tanto olha pela janela? – Naara perguntou.

A garota ficou vermelha antes de responder.

— N-não é nada não.

Naara e Sófia olharam para a janela ao mesmo tempo. Viram um grupo de garotos e Sófí reconheceu três deles: O garoto do corredor, David e Iago da aula de literatura. Achou estranho David não estar com Kenny, “eles não iriam organizar as inscrições?” pensou. O primeiro sinal tocou e os meninos começaram a se dispersar.

— Hm, qual deles? – Naara perguntou com malicia.

— D-do que está falando?

— Dos garotos que estavam ali.

— N-Nenhum.

Sófia não estava entendendo nada, mas observava Naara ficar cada vez mais animada e Julia constrangida.

— Sei. Então qual o motivo de suas bochechas estarem tão vermelhas?

Julia se sentia encurralada. Não conhecia as duas garotas e não iria simplesmente dizer “Sabe o loirinho gato de olhos azuis? Então, sou mega apaixonada por ele desde o ano passado.”. Não, ela realmente não iria fazer isso.

— Hm... Não vou te contar. – Disse pegando seu material de inglês.

— Por que não? – Naara falou decepcionada.

— Porque não te conheço, desculpe.

— Tudo bem. – Ela ficou reta. – Vamos estudar o ano todo juntas mesmo! – Falou fingindo uma voz de metida. – Um dia vou descobrir. – As meninas riram da atuação de Naara.

O segundo sinal bateu e em poucos estantes vários alunos passaram pela porta e foram escolhendo os lugares para sentar. Logo, a turma ficou cheia. Alguns minutos depois Sr. Rufous apareceu na porta.

— Vim avisar que vocês terão essa primeira aula livre. A professora de Inglês não se sente muito bem e por isso foi embora. Não se preocupem, não é grave. Obrigado e desculpem.

Houve comemorações dos alunos assim que ele saiu. Alguns pegaram a mochila e se dirigiram para o pátio, outros formaram grupinhos e começaram a conversar.

— Agora podemos nos conhecer melhor! – Naara bateu palmas toda animada.

As três começaram a conversar. No começo Julia estava tímida, mas foi se soltando aos poucos. Naara não parava quieta e não deixava o assunto morrer. Já Sófia se sentia tão bem com elas como se sentia com Kenny, mesmo preferindo ouvir a falar. Era diferente de ontem, com Agatha. Não sabia explicar, mas existia uma diferença no clima, se sentia bem-vinda.

Descobriu que as cantoras favoritas de Julia eram Taylor Swift e Demi Lovato e que era do segundo ano, o que a surpreendeu. Mas logo entendeu o motivo quando ela explicou a situação – emitindo a parte do Igor. Também soube que ela gostava muito de videogames e frequentava o clube de teatro, o que significava que se encontrariam mais vezes.

Já Naara, não era só fã de One Direction, também gostava de 5SOS, Austin e outros que Sófia não conseguiu lembrar. Também soube que já se escrevera para o clube de dança e que os seus filmes favoritos – que Sófia lembrou - eram Harry Potter, Divergente, Jogos Vorazes e Maze Runner.

As meninas estavam tão concentradas na conversa que ficaram tristes quando escutaram o sino. Elas não iriam para as mesmas salas.

— Podíamos combinar de sair qualquer dia. - Naara sugeriu quando elas passaram pela porta.

— Eu topo. – Respondeu Julia levantando a mão.

— Eu também. – Sófia sorriu.

— Combinado, até mais meninas. – Naara se despediu.

— Até. – As duas falaram em coro e se foram também.

[...]

Kenny observava o pátio da escola através da janela, faltava menos de uma hora para acabar as três aulas seguidas do senhor Thomaz. Era o que ele mais queria no momento. Não aguentava mais ouvir sobre nazismo e Hitler. Odiava história, sempre preferiu números.

Olhou para o lado e observou Chun Fa concentrada no que o professor dizia. “Como ela consegue?” Pensou. Seus cabelos pretos e longos estavam amarrados em um rabo de cavalo e seus olhos castanhos chocolate iam do senhor Thomaz para as suas anotações e vice-versa.

David - para variar - tentava ficar com ela há um ano. “Tem os seios médios. Cara, devem ser muito bons de pegar. Sem falar naquelas coxas quando ela usa shorts”. Kenny bufou ao lembrar do que o amigo sempre dizia quando a via. A garota também frequentava o clube de dança e era o seu último ano na escola.

Chun Fa olhou para Kenny e lançou o olhar que dizia. “Prestar atenção é importante” o que o fez revirar os olhos e voltar a olhar a janela, mesmo sabendo das consequências. Melissa era temperamental às vezes, mas comparada a Chun Fa poderia considerá-la um gatinho manso. Ficou pensando no que faria se soubesse sobre Agatha. A chance de a garota ser morta era imensa.

O sinal tocou tirando-o dos seus pensamentos.

— Até que fim! – Disse se esticando e pegando suas coisas.

— Você deveria prestar mais atenção. Ainda não entendo como consegue tirar notas boas nas provas de história. – Chun Fa disse.

Ele deu de ombros. As respostas eram óbvias devido aos estudos severos de seu pai. Sempre exigiu do garoto que estudasse mais do que o necessário. Mas agora Kenny tinha parado. Não aguentava mais ver um livro de estudos na sua frente. Parou quando entrou nessa escola. Enquanto tirasse notas boas, não precisava se preocupar com seu pai. Às vezes dava uma revisada, mas nada além disso.

Saíram da sala e seguiram pelo corredor.

— Estou morrendo de fome. – Ashley apareceu e se juntou à dupla.

— Quando você não está com fome? – Chun Fa falou em tom de brincadeira.

— Hm, boa pergunta... – Disse Kenny.

Os três seguiram para a cantina e na porta encontraram Melissa.

— Mel, você ainda não me contou as novidades da festa. – Ashley falou emburrada. – Qual a roupa que usou? Quem estava lá? Como foi?

— Tsc. Ash você sabe que não gosto de falar dessas coisas. – Disse revirando os olhos.

Ashley bufou com a resposta da amiga enquanto passava pela porta da cantina. Ela se dirigiu para o local onde vendia os lanches e entrou na fila enquanto os outros procuravam um lugar para sentar, menos Kenny. Ele ficou procurando Sófia e quando a viu ficou um pouco triste por ver que estava conversando com Agatha. Mas em menos de um minuto ficou surpreso com o que viu.

Sófia estava nervosa ao ponto de explodir enquanto Agatha falava algo que ele não conseguia escutar. Nunca tinha visto a amiga daquela forma e em menos de um minuto assistiu uma cena que nunca iria esquecer. Sófia socou o nariz de Agatha que gemeu de dor. A cantina ficou em silêncio no mesmo estante.

—... Principalmente de quem nem conhece. – Foi a única coisa que Kenny conseguiu ouvir Sófia dizer depois do golpe.

— Ei, você! – Sr. Rufous, que estava conversando um pouco antes com uma das merendeiras, corria pedindo licença aos alunos para conseguir chegar até as meninas. – Terá que vir comigo, mocinha.

Ele segurou o braço de Sófia de leve e a conduziu para fora da cantina. Passaram por Kenny que a olhava surpreso, mas ela não o viu. Estava concentrada observando o macacão do Sr. Rufous como um modo de se acalmar.

Kenny ia segui-los, mas antes que se movesse Melissa o segurou.

— Deixa comigo. – Disse soltando-o e indo atrás dos dois.


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