A Depressão De Amy Cortese escrita por Letícia Matias


Capítulo 30
Capítulo 30: Você gosta de clássicos


Notas iniciais do capítulo

Oi pessoal, tudo bem?? Espero que sim!!!
Bom, me desculpem por demorar tanto para postar um novo capítulo. Eu gosto de postar todos os dias, mas, esses dias eu estive bem ocupada com trabalhos de escola e o pior é que semana que vem é semana de provas!!! Não vejo a hora de entrar de férias!!!
Bom, espero que vocês gostem do capítulo. (ficou curtinho, mas, eu precisava atualizar!!)
Boa leitura!!



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Eu tinha sentido tanta falta dele. Chegava a ser assustador. Quando olhei para Sean novamente passei a mão em um machucado perto do seu olho.
– Com quem você brigou? - perguntei.
Ele suspirou.
– Com o Alex.
Franzi o cenho.
– O Alex da festa de aniversário?
Ele assentiu.
– Por que? - perguntei.
– A Faye mandou ele te dar aquela droga. Não era só cocaína.
Franzi o cenho.
– Faye fez isso?
Ele assentiu.
– Mas não se preocupe, eu já tomei minhas providências com ela. - ele disse
– O que você fez?
– Que tal a gente não falar sobre isso agora? - ele disse colocando meu cabelo atrás da minha orelha.
Fiquei olhando para ele e ele ficou olhando para mim.Eu queria explicar para ele o quanto eu gostava dele, como nunca tinha gostado de ninguém. Mas, eu não conseguia encontrar palavras para expressar isso. Ele tentava me entender e isso não tinha preço pra mim.
– O que você estava assistindo? - ele perguntou olhando para o notebook.
– O Fantasma da Ópera.
Ele arqueou uma sobrancelha.
– Você gosta mesmo de clássicos.
Dei um sorriso torto.
– Tudo bem. - ele disse e tirou os tênis colocando-os ao lado da cama. Ele olhou para mim. - Vamos ver O Fantasma da Ópera.
Ele encostou-se em um travesseiro do meu lado e pegou o notebook. Colocou-o em cima das suas pernas.
Deitei-me colocando a cabeça em seu ombro. Ele pegou um dos fones de ouvido e eu peguei o outro. Sean deu play no filme.
Olhei para ele enquanto ele prestava atenção no filme e foi naquele momento que eu tive certeza absoluta que eu amava ele. E aquilo me assustou muito! Fiquei analisando-o por minutos até que ele virou a cabeça e me olhou.
– O que foi?
Balancei a cabeça e tornei a deitar minha cabeça em seu ombro. Eu estava muito cansada, por isso não assisti o filme inteiro. Logo após meu corpo ter se aquecido novamente, eu adormeci ali mesmo, com a cabeça apoiada no ombro dele e eu nunca dormi tão tranquila como naquela noite.
***
De manhãzinha, acordei piscando os olhos lentamente. Eu estava tão confortável e quente. Sean estava deitado de frente para mim, dormindo, com as pernas encolhidas e com um dos braços na minha cintura. Fiquei olhando para ele. Eu ainda não entendia o que ele via em mim. Acho que eu nunca conseguiria entender o que um garoto como ele, estava fazendo comigo!
Estava chovendo, eu podia ouvir os pingos caindo no telhado.
Olhei para o meu pulso e vi as cicatrizes dos meus cortes. Olhei para Sean novamente e me atrevi a passar a mãos por seus cabelos loiro escuro. Ele se mexeu e eu rapidamente retirei minha mão. Sean virou a cabeça para o outro lado e depois olhou para mim com os olhos cansados.
– Desculpa se te acordei. - falei e dei um sorriso torto.
Ele balançou a cabeça se espreguiçando.
– Tudo bem. - ele sorriu - Nossa, eu dormi muito bem.
Sorri.
– Eu também. - falei.
– Dormir de conchinha é novidade pra mim.
Ri baixinho.
– Isso é porque você não dormia no sentindo de dormir mesmo, com outras garotas.
Ele deu de ombros
– É, pode ser.
Me aninhei chegando mais perto dele. Encostei minha testa na sua e fechei os olhos.
– Acho que não vou sair da cama hoje. - falei. Eu podia sentir o calor dele passando para o meu corpo.
Calor humano é uma coisa incrível, mesmo.
– É, tenho que concordar que hoje está ótimo para ficar na cama. Mas...
Abri os olhos e olhei para ele.
– Mas o que?
– Vamos no médico.
– Hoje?
– Sim senhora. Eu já marquei.
Balancei a cabeça.
– Quando?
– Ontem. Então, trate de se arrumar e depois comer alguma coisa.
– Tudo bem. - falei e me sentei na cama. Olhei para Sean e suspirei.
Levantei-me da cama e andei até o guarda-roupa. Abri-o e peguei uma calça jeans e uma blusa de manga cumprida preta. Peguei também um suéter de lã bege.
Entrei no banheiro e fechei a porta. Tirei minha roupa e entrei debaixo do chuveiro. Enquanto eu me lavava, olhei para as cicatrizes nos meus pulsos e nas minhas pernas. Acho que eu não vinha me tratando muito bem ultimamente.
***
Sean e eu descemos as escadas e fomos para a cozinha onde minha mãe estava sentada na mesa lendo uma revista e tomando café preto. Quando ela viu eu e Sean entrando na cozinha, ela disse:

– Oi, vocês querem comer alguma coisa?
Antes que eu pudesse responder, Sean disse:
– Ah com certeza. A Amy está morrendo de fome. Ela vai comer.
Olhei para ele e ele sustentou meu olhar. Olhei para minha mãe que estava olhando para mim. Ela me deu um sorriso torto e levantou-se.
– Eu fiz panquecas.
Sentei-me na cadeira e Sean sentou-se do meu lado.
– Panquecas está bom. - falei quando minha mãe as colocou uma pilha delas na minha frente, num prato.
Peguei um garfo e entreguei a Sean. Peguei outro e cortei um pedaço da panqueca. Enfiei-o pedaço na boca e mastiguei. Olhei para Sean que estava observando meu ato de comer.
– Você não vai comer? - perguntei.
Ele pegou um pedaço e enfiou na boca. Mastigou e ficou me olhando enquanto o fazia. Arqueei uma sobrancelha e reprimi um sorriso. Peguei outro pedaço e comi. A panqueca estava ótima.
***
Eu estava esperando Sean, dentro do seu carro. Minha mãe estava conversando com ele na porta de casa. Fique analisando-os e tentando fazer leitura labial, mas não consegui.
Sean andou até o carro e minha mãe ficou olhando para o carro. Ele entrou dentro do carro e me olhou. Olhei para ele e falei:
– O que vocês estavam conversando?
Ele ligou o carro e acelerou.
– Sua mãe estava me agradecendo.
Franzi o cenho.
– Pelo que?
– Por te fazer comer. - ele olhou para mim. - Juro para você Amy, se eu ver você sem comer por tanto tempo assim... - ele balançou a cabeça mas não terminou o pensamento.
Fiquei olhando para ele enquanto ele olhava para frente. Não falei nada, ele também não. Olhei pela janela e me perdi olhando as casas vitorianas.



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Notas finais do capítulo

E aí, vocês gostaram?
Eu gostaria de agradecer desde já todo mundo que está comentando, esses dias eu tenho recebido vários e-mails do Nyah dizendo que vocês comentaram a história e aí eu fico doida e muuuuito feliz kkkk. Então, muuuuitíssimo obrigada!!!
Espero que vocês estejam gostando da história.
Grande beijo e até o próximo capítulo



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