A Depressão De Amy Cortese escrita por Letícia Matias


Capítulo 27
Capítulo 27: Você fala dormindo


Notas iniciais do capítulo

Oi gente!!! Como vocês estão???
Feliz dia dos Namorados porque para mim este dia é dia de demonstrar amor por todo mundo, não só por namorado e namorada. Então, FELIZ DIA DOS NAMORADOS!!!!
Estou aqui para trazer mais um capítulo para vocês. Espero que gostem.
Boa leitura!!!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/605458/chapter/27

Estávamos sentados na cama. Eu estava encostada no travesseiro com o exemplar de O Morro Dos Ventos Uivantes na mão, estávamos ali no quarto já faziam duas horas. Eu já havia lido mais de 100 páginas do livro em voz alta. Sean estava deitado me olhando enquanto eu lia. Eu tentava não olhar para ele , pois ele me desconcentrava.
Fechei o livro marcando-o com uma folha quadrada de papel guardanapo. Olhei para Sean.
– Essa Catherine é uma mimada.
Sorri.
– Eu gosto do Heathcliff.
– Como? Ele é uma criatura desprezível!
Dei de ombros.
– Ele foi maltratado! E... Eu acho engraçado o jeito que ele manifesta o ódio dele. As palavras e os xingamentos são engraçados. - sorri.
Sean sorriu e deitou a cabeça no travesseiro de novo. Meus pés estavam perto da sua cabeça. Sean estava deitado com a cabeça em um travesseiro e suas mãos estavam entrelaçadas atrás do travesseiro. Ele estava olhando pro teto e eu fiquei olhando para ele.
– No que está pensando? - perguntei depois de uns segundos.
Ele mordeu o lábio inferior.
– Hoje vai ter uma balada. Muita gente vai, podíamos ir pra comemorar a volta as aulas.
Fiz cara de nojo. Ele sorriu e tornou a olhar para o teto.
Suspirei.
– Inacreditável! Ir para a balada para COMEMORAR volta ás aulas. - eu disse. - Mas, tudo bem. Vamos. - dei de ombros.
– Não precisa ir se não quiser.
Deitei-me ao seu lado. Ele virou-se de lado para me olhar.
– Seus amigos não estão mais andando com você, exceto Quentin. E é por causa de mim. Tem certeza de que quer ir para uma balada onde todos vão te olhar torto?
– Não me importo. - ele deu de ombros.
Dei de ombros.
– Tudo bem então. Mas agora, eu preciso muito dormir por pelo menos uma hora. Eu estou exausta. - falei e fechei os olhos. Virei-me de bruços e coloquei a mão do lado do travesseiro.
Eu realmente estava exausta e por esse motivo, eu adormeci mais rápido do que eu imaginava que ia adormecer.
***
Quando acordei, Sean estava sentado na cabeceira da cama com uma foto na mão. Franzi o cenho e esfreguei os olhos.
– O que é isso? - perguntei me sentando. Me espreguicei.
Ele olhou para mim e depois virou a foto para que eu pudesse ver. Era a foto que eu guardava de mim e de Dom. Olhei para Sean.
– Desculpa. - ele disse. - Eu não deveria ter mexido.
Balancei a cabeça.
– Tudo bem. Que horas são?
– Quatro e meia. - ele disse.
Bocejei.
– Estou tão cansado que estou desistindo de ir para a balada.
– Que bom! - falei me deitando novamente. - Porque eu estou muito cansada.
Ele sorriu e se deitou do meu lado.
– Você fala enquanto dorme, sabia? É muito engraçado.
– Não falo, não! - falei.
Ele riu.
– Sim, você fala.
– Mentira! O que eu disse?
– Não deu pra entender. Mas, teve uma hora que você falou meu nome. - ele disse com um ar convencido.
Me senti envergonhada e coloquei as mãos no meu rosto. Comecei a rir enquanto ouvia Sean rir de mim.
– Mentira! - falei e olhei pra ele.
Ele deu de ombros.
– Ta bom então, se isso te faz se sentir menos envergonhada...
– Ai... - revirei os olhos e olhei para ele.
Ele ficou me olhando e eu sentei-me na cama. Estiquei-me e peguei o maço de cigarros dentro da gaveta. Peguei o isqueiro e acendi o cigarro. Dei uma tragada e tornei a me deitar olhando para o teto.
Sean pegou o cigarro da minha mão e colocou-o entre seus dentes. Depois de tragar, me entregou.
Balancei a cabeça e sorri.
– O que foi? - Sean perguntou.
– Ainda não entendo o porque você está comigo.
Ele revirou os olhos.
– De novo isso, Amy?
– Nossa, não precisa ficar bravo. Você perguntou o que foi e eu respondi!
Ele suspirou.
– E aí, a gente vai sair para a sua baladinha ou não? - perguntei.
– Não. Não estou a fim.
Não disse mais nada.
– Mas, podíamos dar um passeio. Só nós.
Virei a cabeça para olhá-lo e ele já estava me olhando.
***
Já se passavam das 18 horas e o céu estava escuro. Tínhamos passado na casa de Sean para ele tomar um banho e trocar de roupa. Enquanto ele fazia isso, eu fiquei dentro do carro, passando as estações de rádio até encontrar alguma música boa. Eu só encontrava comerciais e mais comerciais. Até que eu encontrei uma rádio que estava tocando essa música muito boa. Ela era de uma banda chamada Awolnation e o nome da música era "I'm On Fire". Eu gostei bastante da música. Fazia o estilo de música que eu gostava. Olhei para a janela do quarto de Sean. Vi a sombra dele pelas persianas fechadas. A luz do quarto era bem forte fazendo a penumbra do corpo dele. Olhei para frente. A rua estava completamente vazia e tudo estaria silencioso se não fosse pela música tocando no rádio. Os postes pelas calçadas iluminavam a rua com uma luz amarelada e fraca. A luz do quarto de Sean se apagou e segundos depois a porta se abriu. Ele saiu e trancou a porta, colocou a chave no bolso e atravessou o gramado. Ele estava vestindo uma calça jeans, a camisa polo verde escura( a que eu havia roubado) e tênis.
Sorri ao ver ele com a camisa. Ele percebeu, mas ele não sabia o motivo. Sean contornou o carro e abriu a porta. Quando ele entrou, pude sentir o perfume dele. Seu cabelo estava um pouco úmido por causa do banho e de repente eu me peguei pensando que ele era realmente lindo e meu coração disparou, o que me assustou. Pisquei algumas vezes e me endireitei no banco. Ele olhou para mim.
– Por que estava sorrindo?
Sorri.
– Nada. - balancei a cabeça.
Eu estava de short jeans, uma blusa de manga cumprida preta e meu all star surrado e preto.
– Essa música é boa. - ele disse colocando a chave na ignição do carro e girando-a.
O carro ligou e Sean acelerou. Logo deixamos a rua para trás.
Enquanto ele dirigia, fiquei olhando para as casas e para o céu preto. A noite estava gostosa. O clima estava realmente muito bom. Não muito frio e nem muito calor. Ventava, mas não o suficiente para te fazer frio.
***
Sean nos levou para um parque. Íamos apenas ficar caminhando e conversando, só queríamos sair de casa.
Havia muitas árvores no parque. Nós já estávamos caminhando há alguns bons minutos. Vimos um banquinho em frente a um grande lago onde luzes amarelas de natal refletiam na água. De uma extremidade do lago até a outra, havia luzes penduradas. Nas duas extremidades haviam tendas brancas. Nela ficavam pessoas para atender os visitantes do parque que queriam passear em um mini barco pelo grande lago. Havia algumas pessoas passeando de barco.
– No que está pensando? - Sean perguntou.
Percebi que estava olhando fixamente para o lago a um bom tempo.
Balancei a cabeça.
– Nada, estava apenas olhando. - olhei para ele. - Aqui é legal.
– Que bom que gostou. Eu costumo trazer o Patrick aqui de vez em quando.
Sorri enquanto pisava em uma folha seca caída no chão.
– O Patrick é demais. - falei.
Sean sorriu e disse:
– É, ele é.
Encostei minhas costas no encosto de madeira do banco. Sean colocou um braço em volta de mim e eu deitei minha cabeça em seu ombro.
– Você queria que seu pai estivesse por perto? - perguntei.
Ele demorou um pouco para responder
– Não sei. Eu tenho o meu avô e ele é ótimo. Ele é o único que ru respeito.
– Ele é ótimo mesmo. - falei.
– Amy?
Levantei a cabeça e olhei para ele.
Ele encostou os lábios nos meus, suavemente, mas ainda assim Mr pegando de surpresa. Abri os olhos e vi ele de olhos fechados. Tive vontade de sorrir, mas me contive.
Ele me olhou e eu sorri timidamente. Sean pegou minha mão que estava apoiada na minha coxa e entrelaçou a sua na minha.
Ele franziu o cenho.
– O que é isso na sua perna?
Franzi o cenho e acompanhei seu olhar.
Mordi o lábio e gelei. Eu tinha me esquecido completamente das marcas dos cortes.
Olhei para ele e ele olhou para mim.
– Eu...
Ele se levantou do banco e andou alguns passos para frente. De braçpa cruzados ficou encarando o lago.



Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E aí, vocês gostaram? Estão ansiosos? Vocês já sabem o que fazer, né? Não sejam fantasminhas please please pleeeeaaase
Amo vocês. Obrigada por continuarem a acompanhar,
Até o próximo capítulo!!! :)



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "A Depressão De Amy Cortese" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.