Era uma vez uma princesa escrita por Deh


Capítulo 2
Rebecca


Notas iniciais do capítulo

Mais um capitulo, espero que gostem *-*



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Eu estava morta! Ou quase, os últimos dias não foram normais, viajei por reinos e fui parar em uma terra muito estranha. Se bem que sempre vivi em um lugar bizarro.

Nunca conheci meus pais, fui criado por um feiticeiro não muito agradável, mas se você sabe lidar com ele se acostuma. Eu o chamava de Rumple, ele me criou desde pequena ele e Belle minha melhor amiga e sua empregada. Desde muito pequena comecei a demonstrar a minha tendência a magia, a qual desde cedo Rumple me ensinou a controlar, a manipular e o mais importante o preço a se pagar.

Enquanto Rumple me ensinava magia Belle me ensinava a moral, o certo e o errado, o bem e o mal. Com o passar dos anos aprendi que ser bom ou mal é relativo. Sempre que tentava perguntar a Rumple sobre meus pais ele se esquivava do assunto, até que um dia fiz uma armadilha e o peguei bonitinho, ele acabou me confessando que meu pai havia morrido, mas foi só isso.

Minha vida foi muito controlada e rígida até Belle aparecer, sempre depois das minhas aulas tediosas de língua élfica ela deixava eu ajudá-la com suas tarefas e assim acabava por ser divertido. Antes de Belle, Rumple era um chato de galocha, mas com a chegada dela ela conseguiu amolecer aquele coração escamoso, mas com a morte dela ele se tornou mais chato do que nunca. A morte de Belle me afetou sim, aprendi que nada é para sempre.

Rumple acabou por finalmente ser pego, e com isso eu passei a habitar aquele castelo sozinha, até que um dia uma bruxa velha, me encontrou do lado de fora, ela se identificou como vossa majestade, eu claro rolei os olhos em desaprovação, com o tempo absorvi um pouco do cinismo de Rumple, não preciso dizer que ela não gostou muito disso, tanto é que ela iria lançar um feitiço em mim, mas quando ela ergueu a mão eu já estava pronta para contra-ataca-la ela parou. Do nada ela apenas me encarava e murmurava “Não posso acreditar, qual o seu nome minha jovem?” ela perguntou. “Rebecca” eu respondi receosa, “E onde estão seus pais minha jovem?” ela perguntou “Não tenho pais, apenas um mestre que já não se encontra mais aqui”. Então ela sorriu maleficamente para mim e num estalar de dedos eu fui enfeitiçada em um sono profundo.

Acordei recentemente a bordo de um navio, eu estava em uma cela fedorenta e vestia roupas estranhas. Quando acordei ela estava lá de pé me observando. “Imaginei que você estava perto de acordar”. Ela disse me entregando uma maçã, “Muito obrigada, mas como vou saber que ela não está enfeitiçada?” eu disse, ela sorriu “Não vai, você terá que confiar”. Confiança, sem dúvida uma das coisas mais difíceis no mundo principalmente para mim. Eu encarei a maçã a cheirei, parecia estar normal, por fim a fome me fez ceder e a comi. “Posso saber por que estou presa aqui?” perguntei a ela, que ainda estava a me observar. “Digamos que você será meu plano B.” Eu estremeci, o que aquela bruxa velha estaria armando. “Então dona qual é mesmo o seu nome?” perguntei a ela, estava fazendo o que Rumple me ensinara uma vez: conhecer o inimigo, ela murmurou algo sobre meus modos, contudo não lhe dei ouvidos. “Cora” ela respondeu, “Então a senhora é rainha de onde?” ela fitava meus olhos “Não sou sua inimiga”, ops acho que ela desconfiou. “Eu não disse isso” eu falei calmamente. “Então quando a senhora vai me soltar?” resolvi mudar o rumo de nossa conversa, ela sorriu secamente “E correr o risco de você escapar? Não tão cedo”. “Chegamos vossa majestade” um pirata como aqueles que li em um livro de Belle interrompeu nossa conversa, “Olha só ela está acordada, como foi seu sono princesa” ele disse em deboche fazendo uma falsa reverencia. Rolei os olhos, eu já estava acostumada ao deboche do senhor das trevas, a petulância de um pirata era o de menos. “Deixe-a quieta Gancho” a dona disse saindo dali com o pirata atrás.

Nesse momento exato momento estou correndo por uma floresta fria no meio da noite. Consegui fugir daquela cela após alguns dias, logo que recuperei minha magia, acho que a bruxa velha não contava com isso. Mas voltando ao meu estado atual estou completamente perdida, e se isso não fosse o suficiente ainda ouço um uivo, perfeito, eu iria morrer no meio de uma floresta no dia de lua cheia, nada melhor. Achei um lago e fui tomar água, analisei meu reflexo, meus cabelos estavam realmente grandes eu estava mais pálida que o habitual, infelizmente enquanto eu ainda me analisava não percebi o lobo atrás de mim, até ele rosnar e eu me virar imediatamente, “Ah oi” pensei em mil feitiços, mas o que me surpreendeu foi que o lobo está puxando minha mão, ele queria que eu o seguisse o que claramente fiz. “Então para onde você está me levando? Não costumo andar com lobos as vésperas do amanhecer” o lobo continuou a me guiar para a saída daquela floresta, com isso o dia foi amanhecendo e para minha surpresa o lobo foi se transformando “Por que será que isso não me surpreende?” Eu disse ironicamente. Quando o lobo estava totalmente em forma humana vi que era uma mulher de cabelos escuros e mechas vermelhas “Bom dia, meu nome é Ruby”. Eu a encarei bem, para uma lobisomem ela não parecia assustadora e nem estar mentindo. “Bom dia, me chamo Rebecca” ela meio que se assustou com meu nome, “De onde você é?” ela me sondava, “De um reino muito distante, eu acho”. Ela pegou minha mão, “Vamos tenho que te levar para a Emma” eu rapidamente puxei minha mão “Não sem antes você me dizer o que pretende” ela pareceu se aborrecer “Ela é a xerife, ela sabe o que fazer.”


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Notas finais do capítulo

Então o que acharam?
Bjss e até breve