As Divassas do Zodíaco escrita por Dija Darkdija


Capítulo 9
9- As três cachorras


Notas iniciais do capítulo

Olá, pessoas, e chegamos agora com mais um capítulo das Divassas! Sabe aquela história do pequeno frasco ter o melhor perfume? Então, os menores personagens guardam as maiores reviravoltas.

Boa leitura ;)



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– O divasso bronzeado já passou por quatro bichas de ouro!

– O quê? O divasso já passou de quatro pelas bichas de ouro?

– Ai meu deus, o divasso bronzeado assou de quatro as bichas de ouro!

– Nossa, ele deixou de quatro as bichas de ouro...? Uuui!

– Calem-se, vocês me deixam loooooooooooouca, louquinha! Vocês são divassas douradas! Parem de chorar e deem um jeito nesse divasso! Ou então eu vou dar um jeito em vocês... E não vai ser aquele que vocês gostam não hein...

– Sim, bicha mestra! Já temos um osso duro de roer, umas preparadas para ele... você vai amar...

– Ai, vou? Conta!

– Ai, eu mostro. Olha só!

– Ui, amei! Agora sim a gente derruba esse divasso no chão e chama ele de tapete!! Tá aprovado!

***

Enquanto isso, Raitun se dirigia para a próxima casa noturna. Só não sabia o que o esperava na próxima esquina.

– Olá, bonitão... Então é você que deixou as bichas de quatro?

– Eeeentão é eshe aí? Shei nãaao heim, monamm..

E Sensei ficou se perguntando sobre o que exatamente deveria espantá-lo na dupla que encontrou: o vestido com chapéu e ombreiras de puddle de uma, ou o tom de pele, a garrafa de vodka de mão e o buraco no tronco (um buraco, literalmente, com costelas aparecendo) da outra.

– Eeeu shou Natasha, a devaasshaa das.....de... bronzeada...da loba... auuuuuh...!!!

– Eu sou Dóris, a divassa prateada da poodle de 3 cabeças

– E eu sou Micaela, a divassa prateada da cachorra louca – disse uma terceira, que apareceu junto com um bando de bichas usando máscaras de cachorro, shorts minúsculos e coletes.

– Nós somos as líderes do bando das cachorras! – disseram as três em uníssono.

– Ah... Legal... Só um pequeno detalhe técnico aqui que eu preciso entender... Natasha, né? Então, você não é um pouco pálida e... Sei lá, morta demais pra ser uma divassa bronzeada não?

– Ihh... eeee..vozê não é um pouco másshhhculo demaisshh pra ser uma “divassa”? E então! Qualquer um... Ou uma... Ou...zei lá!.. Pode ser uma divassa. Mesmo morta, ainda vivo... Ainda... Vivo! Viiiivo... – E tomou um gole da Vodka, que escorreu pelo buraco na lateral do corpo. A dos poodles tomou a palavra.

– Nós somos preparadas. Somos plutas, popozudas. Você não vai passar sem ao menos uma luta! Somos o bando das cachorras, porra!

E as outras muitas atrás das três uivaram. E Sensei não soube se ria do tom estridente do uivo ou se ria de nervoso pela quantidade de inimigos para seu corpo já cansado. Resolveu suspirar, apenas, e dizer:

– As coisas eram mais fáceis quando eu só escrevia... Ou só imaginava, já que quando eu resolvi escrever foi que tudo isso aconteceu... Vem cá, só uma última pergunta: nós realmente temos que lutar? Eu não quero machucar vocês. Maus tratos aos animais é crime e eu já tenho bichas demais pra me preocupar, não tenho tempo para cachorras agora... Eu não posso, sei lá... Fazer um afago em vocês, jogar um petisco e passar direto?

Como resposta, Sensei ouviu silêncio. E alguns rosnados. Mas estaria tudo “bem” se fosse só isso. O problema é que logo depois todas se transformaram em lobisomens. Todas, incluindo a dos poodles, que agora tinha três cabeças de verdade, e a bicha zumbi, que continuava com o buraco na barriga. Sensei percebeu então que existiam outras “Lobizumbichas” (foi o único nome que encontrou para o que havia acabado de ver) no grupo das cachorras. Uma sem braço, outra sem a mandíbula, e todas, sem exceção, babando para mata-lo. A prova definitiva disso é que antes mesmo de se colocar em posição de combate e dizer que iria dar uma lição nas cachorras, levou um golpe pelas costas, ouviu um barulho de tiro e viu duas katanas serem cravadas no chão à sua frente. E então percebeu que aquilo não era prova definitiva de nada, porque o golpe não tinha vindo do inimigo.

– Raaaitunndoooo!!!

– Você precisa cuidar melhor das suas costas. Eu poderia ter te matado com as minhas meninas.

– Ah, então o cão de guarda veio lidar com as cadelas no cio... Faz sentido. Só não precisava me chutar, né.

– Não fui eu, foi a Darukane

– Dar o quê?

– Cala a boca e levanta logo, porra! – disse uma voz feminina mais grossa, particularmente assustadora, acompanhada de outro chute nas costas. – Eu quero dar uma surra nelas e você tá atrapalhando.

Sensei levantou-se como podia e deu de cara com uma mulher com um olho de cada cor, num vestido de Lolita preto, cheio de babados e laços, segurando um guarda chuva transparente. A mulher era maior que Kruba. Maior que ele. Maior até que alguns dos Lobizumbichas, tinha quase 2 metros de altura.

– Ah, finalmente! Então você resolveu assumir que é um pos-

– EU NÃO SOU UM POSTE! – disse ela, golpeando Sensei e Kruba ao mesmo tempo com o guarda-chuva, fazendo os dois voarem... Adivinha? Em dois postes. Depois cuspiu no chão e continuou. – Filho das trevas. E se algum de vocês repetir essa merda de novo, vou socar um poste no-

– Ok, ok, você não é um poste! Você é uma amigam, aamigaaam!!! – gritou Sensei.

– Cara, você é louco... – disse Kruba, se levantando com a mão no peito, respirando com dificuldade - Olha, eu não nem um pouco afim de morrer ainda, e se você também não, nunca, mas NUNCA irrite a Darukane. – e sussurrou – Ela é pior que um exército feminino de tpm...

– Ela é realmente aquela coisinha elétrica e toda fofa? – sussurrou Sensei de volta.

– Sim... aquele era o “modo diplomacia”. Esse é o “modo destruição em massa”...

– Vocês vão ficar aí nessa viadagem o dia todo ou vão me ajudar com as cadelas? – perguntou a mulher, batendo o guarda-chuva no ombro – Se quiserem é só avisar que eu deixo vocês aí fofocando e mato todo mundo de uma vez!

– Ei, deixa um pouco pra minhas meninas, né...

– Tá, tá, mas vamo começar logo. E caralho, professor, agora que eu vi direito, você tá todo fodido, heim... – disse para Sensei, que ainda não acreditava no que estava vendo – Eu achava que você era mais forte, que você era quem ia comer elas no coco, aí você vai e acaba tomando n-

– É, ainda bem que ele não tá dentro das casas noturnas, né? – interrompeu Kruba, tentando apaziguar os ânimos.

– Como assim?

– Como assim, como assim? Você levou tanta porrada que ficou burro, professor? Você não tá lá dentro, não lembra o que isso significa?

E sensei tentou refletir sobre o que isso significava. E digo “tentou”, porque não conseguiu. Assim que começou a pensar teve que desviar de duas katanas que quase o acertaram, e ficaram cravadas na parede.

– Aaah... Poder total. – disse ele, puxando as katanas. “É impressão minha ou elas estão melhorando, aos poucos? Pelo menos agora são de metal” pensou.

– Eu não posso brincar com minhas meninas lá dentro, então nem vale a pena entrar lá. E se a Darukane entrar vai acabar destruindo você, a bicha e a casa inteira. Então assim que conseguirmos uma brecha, você passa direto.

– E vocês, cadelas, vão ficar aí só olhando a gente? Vocês são cadelas ou antas? Vem pra cima, carai!!! Aliás, quer saber? Eu que vou nessa merda! – gritou Darukane, pulando no meio das lobizumbichas. E enquanto Sensei e Kruba se preparavam para atacar, elas começaram a voar para todos os lados.

Três inimigas pularam em cima de cada um. Sensei cortou todas com um movimento só, Kruba acertou na cabeça das suas e Darukane bateu nas três e em mais outras três, outras três...

– Não sei por que eles sempre têm a ideia idiota de pular em cima da gente...

– Né? – respondeu Kruba

– TÃO PREPARADAS? PREPARADAS PRA MORRER, CADELAS? PRÓXIMA! PRÓXIMA! PRÓXIMA! – dizia a moça se mexendo em um ritmo frenético enquanto derrubava mais inimigas do que os outros dois podiam contar. E eles, como zumbis, se levantavam. Como lobisomens uivavam, e gemiam como bichas no final. E iam de novo, para serem derrubadas novamente.

– Nossa, que teimosia... – disse Darukane, suspirando enquanto limpava o nariz com o dedo do meio - Vocês são muito fraquinhas, cansei de brincar com vocês. Neguinho, eu vou abrir alas pro novo professor da purpurina passar. Você pode ir com ele. Talvez sozinha eu consiga me divertir pelo menos um pouco com essas cadelas...

A boneca gigante abriu o guarda-sol e apontou pro meio da multidão, segurando com uma mão e apoiando com o braço, como se fosse uma arma de cano longo. E se não era, tornou-se algo parecido quando ela gritou

– UMBRELLIANT SHOOOT!!!

O guarda-sol brilhou e soltou uma espécie de raio de luz forte o suficiente para derrubar metade dos inimigos e cegar a outra metade por um tempo. Tempo suficiente para Sensei e Kruba fugirem. Não sem antes escutarem um “VAI LOGO CACETE!” da boneca.

– Maldjitaaam... fila da... – disse Natasha, que havia ficado observando a luta junto com as outras líderes

– Parece que nós três vamos ter que acabar com ela.

– É, mica... – sussurrou Dóris para Micaela – prepara que é hora do show das poderosas...

– Ah, então finalmente vocês vão parar de latir e tentar me morder. – disse Darukane, com algo psicopata no olhar – Poderosas, é? Então venham todas de uma vez, pra ver se fica mais divertido...


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Notas finais do capítulo

- Natasha foi inspirada em Nachi de Lobo, cavaleiro de bronze da saga clássica
— Dóris foi inspirada em Dorie de Cérbero, cavaleiro de prata do Ômega
— Micaela foi inspirada em Miguel de Cães de caça, cavaleiro de prata do Ômega
— Existe uma vodka (supostamente muito ruim) que uma amiga minha falava muito chamada Natasha, por isso a Natasha é pinguça, rs.

E então, o que vocês acharam do "modo destruição em massa" da Kane? E das Lobizumbichas? Pois é, nunca subestimem o personagem fofinho, pessoas. Nunca. Ele pode guardar um monstro dentro dele kkkkk

Não tenho muito o que comentar nesse capítulo. Foi uma espécie de "descanso" pro Sensei, já que enfrentar tudo completamente sozinho é complicado. Mas no próximo o cacete vai rolar (ui), não se preocupem. Leão tá vindo aí...

Segunda que vem, não percam o próximo capítulo das Divassas do Zodíaco: Le Onna

Obrigado pelas leituras, e até lá! :3



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