O Beijo do Demônio escrita por Koini


Capítulo 1
O anjo e o demônio




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O clima ali era meio pesado. Os dois presentes se encaravam. Ela com toda seriedade e ele com um sorriso desafiador.

- Você sabe que não pode me parar sozinha, Hinata. – Disse o rapaz com um sorriso de canto, como se debochasse da garota.

A morena que estava sentada em cima de um amplificador de guitarra que havia naquele quarto que cheirava a álcool, manteve seu olhar duro.

- Deveria aceitar Uchiha. Tanto tempo sobre minha guarda e ainda não entendeu que quem manda é eu? – Retrucou a garota.

O demônio fez uma careta de desgosto. Fazia mesmo algum tempo que aquele maldito anjo estava na sua cola.

- Por que você simplesmente não me deixa quieto? Vá caçar alguma nuvem pra dormir... – Reclamou.

- Porque o meu Pai me deu a missão de te vigiar e te impedir de fazer besteiras e atrapalhar a paz dos seres humanos. – Respondeu rispida e direta o anjo.

O moreno arqueou uma sobrancelha, incomodado com a situação. Ela estava ganhando aquela disputa. Ele teria que virar o jogo.

- Sei. Isso é só desculpa. Admita que nem você anjinho, resistiu a meu charme extremo. – Disse, os olhos ônix faiscando lúxuria contra os perolados. O dedo indicador fino e gelado desceu pela bochecha de Hinata, aquela anja que há muito o fazia perder a cabeça em todos os sentidos possíveis.

Era verdade que ela era um anjo muito belo. Tinha uma pele branca e leitosa, que além de emanar um cheiro fresco de morango, parecia brilhar. Os olhos brancos, nublados, que quase sempre estavam frios e podiam lhe penetrar a alma, o cabelo longo num tom azulado que lhe caia muito bem, e as asas que ele tanto invejava, enormes e fortes, de plumas brancas que se erguiam atrás dela. Mas é claro que ele, como um dos piores demônios do submundo não admitira isso. Mas adoraria corrompê-la. Ah, isso seria ótimo!

O anjo abriu um pequeno sorriso debochado, mas seu olhar como sempre estava sério.

- Ora quanta presunção de sua parte, Sasuke.

O demônio se afastou rapidamente quando sentiu a ponta dos dedos queimarem sobre a pele dela. Assim que se afastou, a perolada que até então estava sentada ficou de pé quase que flutuando. Uma brisa passou pelo quarto, mesmo que a janela estivesse fechada.

- Entenda que não estou aqui para aturar suas brincadeiras de mau-gosto e malícia, Uchiha. – Repreendeu-o com tom autoritário.

- Não seja tão dura comigo, Hinata-chan! – Ralhou o demônio com a voz manhosa e fazendo beicinho.

A moça desviou o olhar revirando os olhos. Detestava os demônios em geral, mas por aquele nutria uma raiva especial, exatamente por que ele lhe despertava sensações que um anjo de seu escalão não deveria nem pensar em sentir.

Sasuke cumpria fielmente seu papel de demônio: uma real tentação, tão bonito e sedutor que nem ela conseguia escapar. Como se detestava por isso!

- Para você, é Hinata-sama. – Respondeu entre dentes.

- Ah claro, Hinata-sama… - O rapaz deu de ombros. – Como eu dizia, não seja tão má comigo. – Voltou à sua postura sedutora.

- E por que eu deveria facilitar as coisas para você?

- Veja bem… Eu faço apenas o que me é mandando, como um trabalho... É como você faz agora. A diferença é que eu sou do lado negro da força. – Terminou sua explicação com um sorriso.

- Você é do lado profano da força.

Sasuke estalou a língua entediado. Logo se aproximou de Hinata, tocando seu queixo com a ponta dos dedos. Olhou bem no fundo dos olhos daquela chata e jurou que pôde ver que ela sentia medo. Mas não era dele – era dela mesma.

- Por que não tenta me reeducar de outra forma anjinho? Pode funcionar.

- Você é mesmo muito convencido.

- Estou apenas te dando opções. Vamos, tente… Não pode ser assim tão ruim. Apenas deixe rolar.

O moreno roçou os lábios macios nos dela. Para alguém com tanta malícia no coração – que Hinata acreditava nem ter – foi um beijo muito calmo, mas arrebatador. Hinata podia sentir o chão aos seus pés sumir. Era algo incomum, ela saia que era – extremamente – errado, e mesmo tendo gostado o fez parar. O Uchiha afastou imediatamente quando sentiu a pele dela lhe queimar tudo onde tocava novamente.

- Ei! – Protestou. – Pensei que havia gostado! – Estava indignado. Ele havia gostado! Sentia como se tivesse se entregado, pois nunca tinha beijado ninguém tão puramente (mesmo algumas intenções sujas tenham ficado sob os panos) e ela faz aquilo, era uma crueldade.

A perolada de pés descalços deu dois passos à frente e ainda de costas disse:

- Não se esqueça que eu ainda mando. Se você não for um bom menino, isso nunca mais irá acontecer.

Maldita! Agora ele estava completamente na palma da mão daquela anja tentadora.


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Notas finais do capítulo

E então, o que acharam?
Pretendo postar mais ones SasuHina, e para isso preciso muito do apoio de vocês, afinal, o que é um escritor sem o seu público?

Beijos à todos!



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