Submissa escrita por Lady


Capítulo 1
Único.


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura.



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Submissa

Eu não tenho certeza de como isso começou, foi inevitável e assustador no começo e eu não tive escolha alguma, mas agora não consigo me ver sem ser submissa a esse amor doentio.

- Sawada Tsunayoshi.

Ela não sabia exatamente como se metera naquela situação, sequer se imaginava naquela loucura, mas agora não conseguia cogitar se afastar deles, daquele amor doentio e daquela relação distorcida banhada de ciúme, brutalidade e luxuria. E enquanto sentia os toques mudos ardentes que lhe arrancavam gemidos entre os beijos famintos, ela imaginava qual seria o fim disso tudo, qual seria o destino deles três quando aquela relação abominável se tornasse publica, por que, obviamente, a mídia não perderia o fato de que os rapazes mais ricos do Japão e da Europa estaria em um relacionamento com a mesma mulher. Oh, certamente seria uma dor de cabeça, mas ela não ligava, por que eles cuidariam dela, proteger-na-iam como sempre faziam.

A dor lhe arrancou dos pensamentos enquanto os gemidos que atravessavam seus lábios tornavam-se mais altos ante os apertos fortes que o loiro dava entre as caricias gentis que garantiam a perda das roupas que possuía. Seus lábios encontraram-se com outros e, pela volúpia e pressa naquele singelo ato a garota pode deduzir que quem lhe beijava era o moreno, sempre sedento e insaciável, claro que não tanto quanto seu irmão mais velho. E antes que percebesse fora puxada e jogada sobre uma cama; os cabelos castanhos longos embolaram-se a suas costas, espalhando-se graciosamente sobre a cama grande enquanto ambos os homens a observavam sedentos e excitados o corpo pequeno contrair-se sobre os lençóis enquanto, por agora, a mulher ainda utilizava suas roupas intimas.

As orbes castanhas observaram docemente eles desfazerem-se de seus casacos e camisas; ela tinha certeza que tudo o que acontecera até agora fora nada mais que preliminares, as dores, os sentimentos e tudo o que podia ser de melhor para levá-la ao ápice do prazer ainda estavam por vir, e ela tinha certeza absoluta de que na manha seguinte estaria extremamente exausta.

Os irmãos Hibari aproximaram-se, cada um por um lado, pairando sobre o corpo pequeno e delicado que já apresentava alguns pequenos roxos devido aos doces amassos que deram anteriormente. Encararam-se por alguns segundos, como lobos disputando mudamente um pedaço precioso de carne, por que eles eram, afinal, carnívoros estupidamente ciumentos e territoriais, e Tsunayoshi tinha plena consciência disso, ela apenas se perguntava por que eles decidiram compartilhá-la, sendo tão territoriais quanto eram.

O loiro fora o primeiro a tomá-la em seus braços, pressionando o corpo pequeno contra seu peito ouvindo-a gemer pela agressividade desnecessária; logo foi o movimento de Kyoya desfazendo-se da peça superior de sua roupa intima assim deixando os seios medianos livres e a seu total acesso. O constrangimento lhe veio tão fácil quanto se tornou maior ante a dor de sentir os dentes de Alaude afundarem-se na carne macia de seu ombro despido, esta que logo se seguiu de beijos e chupões que se espalhavam pelo ombro e pescoço. Ao mesmo tempo, Kyoya lhe distribuiu beijos que desciam por entre seus seios livres, as mãos apertando as coxas torneadas enquanto puxava a morena para si.

Antes que notasse encontrava-se sobre o colo do moreno, as pernas envoltas em sua cintura enquanto este massageava e chupava seus seios. Não hesitando o loiro tornou a se aproximar, rosnando para o irmão menor antes de silenciar os gemidos altos com um beijo possessivo e selvagem enquanto as mãos grandes e firmes desfazia os laços pequenos que seguravam a ultima peça intima que a mulher usava.

Ela sentia-se como uma boneca naquela situação tão estoicamente familiar se repetia mais uma vez naquela semana. Perdia-se, perdia-se entre aqueles tentos carinhos e atos de um amor agressivamente possessivo que não deveria existir entre os três. Mas apesar de tudo ela não se importava de ser a boneca de amor deles dois, por que os irmãos Hibari eram tão incrivelmente inexplicáveis de uma forma insanamente amorosa que Tsunayoshi, antes que percebesse, pegava-se sozinha em casa desejando-os, ansiando pelos toques, dores e mordidas deles.

Era absurdo aquele romance a três, mas nenhum deles se importava muito, por que entre eles – os homens – era excitante disputar uma presa, uma fêmea, enquanto a seduziam e excitavam, e também, eles instintivamente a amavam, desde o primeiro olhar, desde o primeiro beijo. Cada um, a seu modo, gravara e decorara cada parte delicada do corpo da pequena garota que dividiam; claro que no começo, aquela relação absolutamente louca fora um pouco estranha, ambos não suportavam dividir a jovem, mesmo que houvessem – de alguma forma – entrando em consenso sobre isso, mas ai veio a disputa sobre quem seria o melhor, e antes que se dessem conta estavam amando-a igualmente e ao mesmo tempo, no mesmo lugar e sob as mesmas circunstancias. Talvez aquilo fosse o que muitos ridiculamente comentavam sobre ser uma ‘loucura de amor’, mas eles não ligavam, eram carnívoros e fariam o que fosse preciso por sua fêmea, mesmo dividi-la.

Sawada Tsunayoshi sabia que era diferente, para tê-los para si, ela não podia ser normal; para suportá-los, amá-los, domá-los e, até mesmo, ser capaz de fazê-los amarem-na ao limite da incompreensão e do prazer, ela só poderia ser algum tipo raro de ser humano, e prontamente ela desejava ser a única, por que jamais dividiria aqueles dois com qualquer uma, ambos lhe pertenciam, da mesma forma como ela pertencia a eles das formas mais bizarras e alucinantes possíveis. Ela era submissa a cada dose de loucura e luxuria que eles possuíam, e ternamente elas os abraçaria, após um ato que muitos decretariam como nojento ou impuro, diria que os amava, mesmo que estes não lhe respondessem a aquilo, e por fim todos os três cairiam na terra dos sonhos. Era sempre assim.

Então ela soube, quando ambos já haviam saciado seus desejos animalescos e obscenos, quando já haviam machucado-a, mordido-a, beijado-a, usado-a o suficiente, quando não havia mais força alguma no corpo pequeno jogado entre os lençóis, Alaude e Kyoya permitiram-se descansar entre os braços pequenos adoráveis que sempre os acolhiam e acariciavam-nos gentilmente, como se os irmãos não houvessem abusado intensa e dolorosamente da mulher. Ela era gentil com eles, mesmo depois de tudo o que eles faziam com ela, e por isso eles eram gratos, por que a cada gentileza, a cada sussurro na escuridão, eles podiam sentir toda a ternura dela transbordá-los, mesmo que eles fossem tão demoniacamente pecaminosos e agressivos.

Por que ela, Sawada Tsunayoshi, os amava de uma forma tão submissa e distorcida que chegava a desafiar a própria sanidade.

~Fim.~


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Notas finais do capítulo

Comentarios?
Byee.



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