Give Me Love escrita por Lari


Capítulo 6
O Amor Secreto de Lily


Notas iniciais do capítulo

Heyyyyy genteee, feliz páscoa, espero que todos tenham ganhado muito chocolate! haha :3
Desculpa mas a Lily me representa nesse cap haha



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Rose ficou preocupada quando Lily disse que queria conversar com ela sobre um assunto sério, isso quase nunca era bom. Mas ela sabia que muito provavelmente tinha a ver com o estado dela e ficou ansiosa para saber o que estava acontecendo, embora ela mesma estivesse um caco por dentro, odiava ver a sua prima e melhor amiga na mesma situação sem poder fazer nada, sem saber de nada.

Quando a prima chegou da ultima aula à sala comunal, Rose já estava lá, sentada em uma das poltronas em frente à lareira e a esperando. Ela se surpreendeu quando Lily a abraçou, revelando o começo de um choro vindo da sua garganta, e olhos já cheios de lágrimas.

–Tem muita gente aqui, podemos ir lá para cima? – ela perguntou, nitidamente segurando para não desabar ali mesmo.

–Claro Li, vamos – Rose estava preocupada demais, odiava ver a prima, que era como uma irmã para ela, triste, ela que sempre tão animada e tão extrovertida, agora estava a ponto de desabar a chorar no ombro de Rose.

Elas sentaram-se na cama de Lily, que era perto da janela, no dormitório, que estava vazia. Rose sabia que aquele momento era hora de esquecer todos os seus problemas e concentrar-se nos de Lily, porque naquele instante ela era mais importante do que tudo.

Ela pegou a mão de Lily, que estava tensa e pensativa, preocupada, para tentar acalma-la, e perguntou, colocando os cabelos ruivos e lisos dela atrás da orelha.

–O que está acontecendo, pequena? – ela olhou para Rose, os olhos vermelhos e inchados de quem passara a noite em claro, ou no seu caso, noites em claro.

E ela desabou a chorar, Rose sabia que a melhor coisa a fazer naquela situação era abraça-la e esperar ela se acalmar, tentar apressar as coisas de nada adiantaria.

Depois de um bom tempo de lágrimas e soluços, Lily se recompôs, os olhos inchados agora mais inchados e vermelhos ainda, ela não se parecia nada com a Lily que Rose conhecia desde criança.

–Eu venho negando o que sinto a cada dia para mim mesma, tentando afastar esses sentimentos, tentando colocar na cabeça que isso é só uma fase ou coisa parecida. Mas o fato é que eu já não sei se isso pode ser verdade, eu não consigo mais...

Rose não estava entendendo, cada vez ficava mais confusa com as palavras de Lily, mas a deixou respirar e continuar, bem devagar.

–Você é a pessoa que eu mais confio nesse mundo Rose, e é por isso que estou contando isso para você e para mais ninguém, porque sei que você não vai me julgar ou me apedrejar. Ou pelo menos, eu espero isso de você. Estou certa, não é?

Rose sabia que independentemente do que estivesse afligindo Lily, ela nunca deixaria de ficar ao seu lado e ajuda-la, do melhor jeito que pudesse, então respondeu:

–Mas é claro que está certa, pequena, pode me contar qualquer coisa. Eu não sei por que não me procurou antes, eu estou percebendo que você não está bem há dias, só que sabia que uma hora você me procuraria, e que se ainda não o tivesse feito, era porque não era hora.

–Você me conhece mais do que ninguém mesmo, não é? – ela deu um pequeno sorriso, o que provavelmente já era um avanço. – Rose, eu estou apaixonada por alguém, alguém muito especial pra mim.

Então era isso, Rose sentiu um alivio, achou que fosse muito mais sério. Ela sabia que era difícil, ela mesma estava passando por um tempo ruim em questão de amor, de paixão, e ficou imaginando que Lily talvez estivesse tendo os mesmos problemas.

–Ah Lily, eu bem sei como é difícil se entregar, não é mesmo? – ela suspirou e sorriu para conforta-la. – Acho que na verdade estou na mesma situação que você há um tempo, e uma pessoa muito especial me disse que eu deveria me render a esse sentimento, talvez esse seja o melhor conselho que eu tenha para lhe dar também. Então, quem é o menino de sorte?

Lily não parecia ter melhorado a expressão, nem se aliviado por ter ouvido aquilo, na verdade parecia ainda mais aflita. Ela fechou os olhos, como se tomando coragem respirou fundo e disse:

–Essa é a questão, não é um menino.

Bem, Rose tinha que admitir que aquela a havia pego de surpresa, ela não sabia o que dizer. Claro que não achava que aquilo era errado, só por algum motivo não achou que Lily gostaria de meninas... Quando ela não respondeu, Lily retomou a palavra:

–Pois é, eu esperava que a sua reação não fosse outra. Você deve estar pensando em como eu, tão “normal”, posso ser assim? Essa é outra questão Rose, eu aprendi a me aceitar, e descobri que homossexuais, bissexuais ou assexuados, só são vistos como aberrações, vistos como errados, mas eles... Quero dizer, nós, somos tão normais quanto heterossexuais, é claro que há a questão do preconceito, mas isso já é outra história.

Rose se surpreendeu em como ela falava “nós” tão naturalmente, mas sabia que se fosse preconceituosa, se a primeira pessoa em que Lily confiava para contar uma coisa tão grandiosa a tratasse como se fosse alguém errada, nunca mais se perdoaria.

–Eu entendo se você achar estranho, entendo se não quiser mais falar comigo e me achar uma nojenta...

–Lily, pare! – Rose a interrompeu. – Pelo amor de Merlin, você acha mesmo que eu tenho preconceito? Amor é amor, não é mesmo? Não vejo nada de mais, só fiquei surpresa, desculpe pelo silencio repentino.

De alguma forma, Rose sabia que aquilo que havia dito era o certo de se pensar, ela se colocava no lugar de Lily e pensava que se fosse ela, odiaria ter alguém pensando coisas ruins.

Lily sorriu aliviada e abraçou Rose o mais forte que pôde.

–Ah eu sabia que podia contar com você, minha flor.

Rose sorriu, sabia que teria que aprender cada dia mais com Lily sobre muitas coisas, mas faria o possível para não reproduzir homofobia ou algo assim, afinal era isso mesmo, amor era amor e ela deveria saber disso mais do que ninguém.

–Mas e eu, posso saber quem é o seu sortudo? – Lily limpou as lágrimas dos olhos, já parecia mais animada, Rose pensou que sua aceitação deveria ter a ajudado muito.

–Primeiro você, não muda de assunto dona Lily – ela falou, não sabia ainda se queria contar para alguém sobre estar apaixonada pelo seu melhor amigo, sobre estar apaixonada por Scorpius Malfoy. Lily era sua melhor amiga, sua prima e sua confidente, mas mesmo assim Rose sentia que a primeira pessoa que deveria saber sobre seus sentimentos era Scorpius.

Ela sorriu, ficou ruborizada, mas respondeu, mexendo no cabelo impaciente:

–Bem... Ela é da Sonserina, o nome dela é Emma e já faz um tempo que estamos ficando escondidas.

–A partir de agora você me deve uma apresentação à essa garota, sem desculpas, quero ver se ela é boa o bastante para você – Rose falou com um tom de brincadeira, Lily riu, mas depois a sua feição séria e preocupada reapareceu.

–Rose, eu estou muito preocupada sobre como vai ser quando eu contar aos meus pais sobre isso, não sei como eles vão reagir e sinceramente, tenho um medo inacreditável disso.

–Ei, calma, uma coisa de cada vez, tá? Não se preocupa com isso agora, só curte o momento, curte a Emma – Lily sorriu novamente ao ouvir isso. – Não sofra por antecipação, é pior. Quando chegar o momento de você contar para eles, eu vou estar do seu lado e não importa como, vou fazer entrar na cabecinha do tio Harry e da tia Gina que isso não tem nada demais.

–Ah Rose, eu nem sei como te agradecer! – Elas se abraçaram mais uma vez. – Eu tirei um peso das minhas costas contando isso para você, e saber que você me aceita como eu sou é tão bom.

Ela estava feliz por ter ajudado Lily, e de alguma forma um peso também havia saído de suas costas, por finalmente ter feito algo para melhorar o estado daquela garota que sempre fora forte e feliz.

Porém ela esperava que Lily tivesse esquecido sobre Rose ter mencionado estar gostando de alguém, o que não foi exatamente o que aconteceu.

–Agora eu estou esperando você me contar sobre sua paixão.

–Ah Lily, é uma longa história...

–Não, não é e você está me enrolando – ela a olhou desconfiada, Lily sabia quando Rose mentia melhor do que ninguém, melhor até do que Alvo e Scorpius.

–Claro, eu esqueço desse seu dom místico de saber quando eu não falo a verdade – Rose sorriu. – Então eu vou falar, eu não realmente quero falar sobre isso agora, ok? É muito intenso para o que eu estou acostumada e eu na verdade estou com muito medo.

–Pois é por isso mesmo que você deveria falar.

Rose negou com a cabeça, respirou fundo e disse:

–Tenho um trabalho para fazer agora, desculpa Li, outro dia, tá? – Rose abraçou-a novamente para se despedir.

–Você sempre tem um trabalho ou um dever para fazer, não é mesmo Rose? – ela suspirou, Rose deu de ombros, pelo menos não havia dito uma mentira, ela precisava mesmo terminar o trabalho de Feitiços.


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Notas finais do capítulo

Mereço comentários?? u.u



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