As cartas nunca lidas escrita por Android Holmes
Notas iniciais do capítulo
Aloha meus pequenos bolinhos de arroz!
Venho para mais uma one-shot Johnlock, porque Johnlock é vida, não é mesmo? o//
Essa fic foi inspirada na música Home do meu amor Michael Bublé, mas não é song-fic, foi só uma ideia que surgiu enquanto eu ouvia esta canção ok?
Preparados?
3...
2...
1...
Sherlock havia retornado após dois longos anos de missões secretas desfazendo os planos de Moriarty espalhados pela Europa.
John havia passado todo esse tempo sozinho, perdido e sem rumo. Pensou por vários momentos em acabar com a sua própria vida e tentar encontrar Sherlock em algum mundo pós-morte, mas terminou que a espera valeu a pena. O moreno retornara. Mas quando o fez não foi tudo um mar de rosas.
Para começar: um soco na cara, seguido de desculpas de Sherlock e mais raiva acumulada de John.
O moreno não sabia mais o que fazer. Tudo em que pensara nesses dois anos foi: como voltar mais rápido? Como voltar para John?
- Uma palavra, Sherlock! - gritou o loiro - Uma palavra pra me dizer que estava vivo!
- Eu tentei entrar em contato várias vezes John, mas não pude.
- Por quê? - gritava entre lágrimas.
- Por você - falou baixinho.
- O quê? Está me dizendo que eu sou o culpado nessa história?
- Se você soubesse que eu estava vivo, Moriarty desconfiaria e podia vir te matar! Como acha que eu ficaria sem você? - gritou a última pergunta, cansado de não ser entendido, cansado de reprimir seus sentimentos.
John se manteve em silêncio por alguns minutos. A pergunta realmente lhe atingira. Sempre achou que Sherlock pouco se importaria se ele morresse, mas ao ver o olhar desesperado do moreno percebeu que as coisas não eram assim.
- Desculpe.
- Eu sou o culpado John, não precisa se desculpar.
O loiro o puxou para um abraço. Não queria que ele sumisse nunca mais. Não queria que ele se afastasse por mais um minuto.
- Eu tenho uma coisa para te mostrar. - Sherlock disse enquanto se afastava e pegava um pacote, o entregando a John - tome. Abra, veja e eu espero que quando terminar você possa finalmente me perdoar - saiu da sala e foi em direção ao seu quarto, esperançoso de que John o entenderia.
John pegou o pacote e se sentou no chão, com as costas apoiadas no sofá. Abriu o pequeno laço que havia e se deparou com vários envelopes. Não havia data em nenhum deles mas eles estavam numerados do 1 ao 24. "Um para cada mês?" John se perguntou.
Abriu o envelope número 1:
"Olá John!
Oh, Deus, por onde eu começo? Primeiro: sinto muito. Segundo: você deve estar se lamentando muito agora, espero que isso melhore com o tempo, ainda não sou bom com sentimentos, mas disso você sabe. É tão idiota estar escrevendo isso! Nem sei se algum dia você lerá, mas de qualquer forma o meu lado psicólogo disse para mim que seria bom. Não posso te dizer aonde estou, mas já se passou quase um mês que deixei Londres. Moriarty é um gênio, mas me dê algum tempo e eu vou acabar com ele, John, você vai ver. Terceiro: sinto muito.
Sinceramente seu,
Sherlock Holmes"
John deixou cair uma lágrima no envelope. Não sabia se teria a coragem de ler as outras. A primeira já havia dado uma pontada em seu coração. Respirou fundo, sacudiu a cabeça e abriu o envelope número 2.
oOoOoOoOoOoOo
Sherlock, de seu quarto podia ouvir os soluços e risos baixos de John lendo suas cartas. Ele esperava que o loiro o entendesse, estava ansioso. Suava e esfregava as mãos. Andava de um lado para o outro dentro do cômodo e arrumara seu guarda-roupa duas vezes.
John finalmente chegou ao envelope número 24:
"Olá John!
Hoje eu sei exatamente por onde começar e aonde terminar esta carta! Primeiro: me perdoe, John? Segundo: Moriarty está por um fio de cair da sua preciosa teia, estamos tão perto! Aos poucos estou voltando a Londres, a 221B, a você meu querido amigo. Pelas minhas outras cartas você tem um pequeno vislumbre do que eu estou passando nessa jornada, mas quero que saiba: dentre todas as dificuldades, criminosos, quebra-cabeças e idiotices do meu irmão, o que mais me inspira e me faz falta é você, meu caro. Você é quem me dá forças todos os dias para me levantar e resolver mais um dilema, você é quem está na minha mente a cada momento, me ajudando e me empurrando para frente. Espero poder voltar logo e te dizer isso olhando nos seus olhos, querido John. Terceiro: me perdoa?
Sinceramente seu,
Sherlock Holmes.
P.S.: Eu te amo."
John não pensou duas vezes. Deixou as cartas se espalharem pelo chão, levantou-se e correu em direção ao quarto do moreno. Não lhe deu tempo de pensar ou agir, simplesmente o abraçou e o beijou. O moreno ficou sem reação por alguns segundos até que compreendeu o que estava acontecendo e envolveu o pescoço de John com os braços e aprofundou o beijo.
- Eu te perdoo. Me desculpe, Sherlock - disse John ainda entre lágrimas que foram limpas pelos dedos finos do moreno em sua face.
- Eu te amo, John.
- Eu te amo, Sherlock. Nunca mais você fica longe de mim, que se dane o Moriarty ou seus planos, nunca me deixe de fora de nada, por favor.
- Não vou te deixar fora de nada, nunca mais. Nem pretendo ir a lugar nenhum - disse pouco antes de beijar John, o seu John, pela segunda vez.
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Se gostarem, deem uma olhada nas minhas outras fics!
Até breve! Aloha!
♥♥♥