Quando O Futuro Vem Dos Céus - Ascensão escrita por LYEL


Capítulo 14
Scars of Time - 02


Notas iniciais do capítulo

Na época que as pessoas mais me temiam por eu ter me tornado um monstro houve um momento que eu acreditei que tinha sido jogada em um abismo sem volta, mesmo que eu enxergasse a luz capaz de me tirar dali, algo dentro de mim me fazia desistir das tentativas de me libertar.

Existia um medo dentro de mim porque eu acreditava que não valia mais a pena lutar por sobras de um mundo que não tinha mais aquilo que eu mais sentia falta: minha família.

Contudo, mesmo que meus pensamentos me tragassem em um abismo negro, as pessoas que ainda se importavam comigo velavam pelas minhas memórias e pelo anseio de me terem de volta naquele mundo que somente eles sabiam que eu pertencia.

E foi nesse período que eu conheceria a pessoa que me ajudaria a subir os degraus de volta à liberdade...

A pessoa que me ajudaria a ser quem eu sou hoje...



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Abertura de Ascensão

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Requiem for a Dream

Semanas se passavam e a notícia do novo pesadelo que havia surgido pelo mundo se espalhava como fogo, todos a comparavam a uma Lanathel sem autocontrole e imploravam por ajuda e alguma forma de contenção.

Mas era impossível...

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Na base central comandada por Yoruichi e Urahara a reunião que tinham naquele momento discutia a situação atual das filiais da resistência espalhadas pelo globo que sofriam ataques constantes e cada vez mais violentos.

— É Hisana. — Soryuu confirma com ar sombrio.

— Droga, ela vai mesmo tentar nos aniquilar!? — Alessa não acreditava.

— Lutar contra ela é impossível, se tentarmos só teremos baixas. — Tomoe avisa.

— Se pudéssemos encontrar uma forma de contê-la... — Urahara pensava.

— Eu vou contê-la.

O grupo olha para Katsuya.

— Agora não é hora de brincadeiras. — Yoruichi olha séria para ele.

— E quem disse que estou brincando? — o loiro estava tão sério quanto a mãe.

— Do que está falando? — ela fechava a cara.

Katsuya olha para seus amigos na reunião e com a mesma expressão séria e voz de igual tom fala:

Hisana é alguém querida para todos que estão aqui, o nome que ela carrega tem um peso enorme em nossas vidas porque o lembramos com carinho. — Katsuya olha para sua mãe. — Hisana não é nossa inimiga, ela está perdida e precisa de ajuda para voltar a se encontrar mamãe, por isso, qualquer que seja o plano que fizermos não devemos pensar em matá-la ou destruí-la, não importa qual seja o preço a ser pago, para mim, Hisana sempre valerá mais que minha própria vida. — declara o rapaz.

O grupo engole seco olhando surpreso para Katsuya que estranha os olhares até que lembra o que disse e fica vermelho.

— Nã-não é isso que estão pensando seus idiotas! — ele começa a gesticular desconcertado. — Tendo Hisana do nosso lado mais uma vez é certo que nossas chances de conseguir vitórias importantes surgirão!

O grupo nada convencido começa a olhar maliciosamente para Katsuya.

— V-vocês tão de sacanagem comigo! — ele se arrepiava feito gato nervoso.

— Nós te entendemos Katsuya... Seu amor por Hisana é desde o berço... Pudera, nasceram com nem mesmo um ano de diferença. — Yoruichi e Urahara pareciam concordar veementemente com a cabeça.

— Até vocês... Pai... Mãe... — ele baixa a cabeça sem argumentos.

Seus amigos riem.

— Katsuya-kun. — Tomoe toca em seu ombro. — Nós vamos resgatar a Hisa-chan. — ela sorri ternamente.

O rapaz acaba sorrindo de volta, mesmo que timidamente desconcertado.

— Tá certo que é muito bonitinho e colorido, mas como planeja fazer isso Katsuya? Com todo respeito, Hisana não parece estar se derretendo de amores por você no momento. — Soryuu é bem direto.

— Eu sei. — a postura de Katsuya muda. — Convencer Hisana de quem ela é não será tarefa fácil e até poderemos perder nossas vidas no processo, mas não temos escolha que não seja lutar até conseguir botar bom senso em sua cabeça.  — Katsuya olha para o nada. — A maneira como ele conversou conosco, sua forma de agir e pensar... Ela não parece ter sofrido uma lavagem cerebral, mas sim, parece ter tido uma mudança de pensamento... Alguma coisa a convenceu a desistir de quem ela era antes e é justamente dela mesma quem nós devemos fazê-la voltar a se lembrar.

— Agora que mencionou isso... — Alessa olha para eles. — Onde estão Seiken e Hiryuken para deixarem Hisana ficar assim?

Seus amigos se entreolham, exceto por Katsuya que já parecia ter notado este detalhe.

— Agora que você comentou sobre isso... — Soryuu fica pensativo.

Solomon deve ter feito alguma coisa com elas, não esqueçam que as zanpakutous de Hisana são especiais por serem independentes e terem vontade própria, se ele conseguiu encontrar alguma forma de removê-las de dentro de Hisana, então deve estar mantendo as duas seladas para que possa ter controle sobre ela. — o cientista de chapéu listrado lembra os amigos.

— Eu acho que não é isso pai. — Katsuya interrompe Urahara. — Hisana não tinha a mesma reiatsu quando nos encontramos, ela estava diferente e não se parecia em nada com a presença de um shinigami. Antigamente quando Hisana estava conosco era possível diferenciar bem sua reiatsu porque era como se existisse uma força completa dentro dela e isso eu não pude sentir daquela vez.

— Como assim Katsuya, explique-se. — Urahara pede.

— Pai, pensa bem. Quando o senhor detectou a presença de Hisana pairando a cidade não foi possível identificá-la, mas se ela fosse a mesma pessoa de antigamente nós teríamos reconhecido no mesmo instante... Então eu pergunto: Em que situação a reiatsu de um shinigami muda de padrão? — ele olhava para seu pai.

A expressão de seu pai se ilumina.

— Se houver uma alteração dentro do núcleo espiritual do shinigami!

Seu filho assente.

— Eu acredito que aconteceu alguma coisa dentro da própria Hisana sem ter alguma ligação externa direta e o que quer que tenha sido tem a ver com Hiryu e Seiken.

—... E provavelmente está relacionada ao assassinato do Reioh... — Yoruichi parecia sombria.

— Faria sentido... — Urahara fica pensativo. — Seus argumentos são provavelmente os mais próximos da verdade, meu filho. — o cientista começa a explicar gesticulando. — Imaginem uma situação tal onde os poderes de Hisana começariam a fugir de controle, se Hiryuken e Seiken vendo que sua mestra estava prestes a tomar um caminho perigoso e sem ninguém para contê-la por perto é provável que eles próprios tivessem que tomar medidas drásticas para refrear a própria mestra.

— Que seria? — Soryuu faz um gesto com o dedo para ele completar a sentença.

— Quebrando o vínculo com sua dona. — Urahara completa. — Desta maneira Hisana perderia acesso aos seus plenos poderes e sua reiatsu destrutiva se tornaria reduzida.

— Por isso a presença dela ficou diferente e irreconhecível. É como se Hisana fosse uma shinigami comum que ainda não despertou sua zanpakutou! — Alessa havia entendido.

— Correto. — o cientista concorda.

— Então significa que Hiryuken e Seiken ainda estão dentro de Hisana, mas se recusam a auxiliá-la... Porém também não a impedem... Por quê? Eu tenho certeza que aqueles dois não ficariam parados vendo a própria mestra se tornando naquilo que mais detestam sem fazer nada para trazê-la de volta, principalmente Hiryuken. — Tomoe parecia não entender esta parte.

— Eu odeio ter que admitir, mas talvez seja melhor que aqueles dois não apareçam mais. — o pensamento de Yoruichi faz seus amigos voltarem suas atenções a ela. — Se eles não estão ressurgindo é porque sabem que assim como Hisana eles devem estar vulneráveis às influências externas, se Seiken e Hiryuken caírem em mãos erradas ou se subjugarem às vontades “desta Hisana”, então ai sim não teremos chance alguma de trazê-la novamente para nós.

— Yoruichi tem razão. — Urahara concorda. — Devemos acreditar que as zanpakutous gêmeas de Hisana estão fazendo o que é melhor para ela acreditando que a traremos de volta de alguma forma. Até lá, é melhor que se mantenham escondidas.

— Mas isso ainda não resolve o problema. — Andressa entra na conversa. — Mesmo sem os dois, Hisa-chan ainda é muito poderosa.

— É verdade, por isso quanto mais cedo agirmos, mais chances nós teremos de trazê-la de volta, lembre-se que Hisana se adapta muito rápido aos desafios que enfrenta tornando cada vez mais difícil acompanhar seu ritmo em um embate. — Yoruichi explica.

— Então nos cabe agora começar a operação “De volta para casa”. — Urahara brinca.

Seus amigos concordam, embora tentem segurar um pouco a risada por causa do nome.

— Então é isso galera. Da próxima vez que nos encontrarmos com Hisana vamos enfrentá-la com todas as nossas forças para trazê-la de volta para nós. — Katsuya aperta os punhos.

— É isso ai! — Soryuu, Tomoe e Alessa urram erguendo os punhos ao ar.

— Espera aí um instante...

Eles olham para Andressa.

— Urahara, não seria melhor nomear a operação de “O resgate da namorada Hisana”? — ela parecia bem séria.

— TIA! — Katsuya fica vermelho e se arrepia feito um gato.

O grupo começa a rir.

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Na Soul Society uma grande explosão joga Hisana a quilômetros de distância toda ensanguentada. Ela perde o equilíbrio pela pressão do golpe e demora a recobrar a compostura ao cair no chão.

Magnus vinha em sua direção com uma espada na mão fazendo-a se levantar sob dores excruciantes resmungando consigo.

— Você não está chegando nem perto do que prometeu que faria comigo Kurosaki Hisana, seus poderes definham a cada dia e comparado a antigamente, mesmo criança, você me entretia mais. — ele diz.

Hisana range os dentes e parte para cima de Magnus desferindo uma chuva de socos velozes. O shinigami primordial defendia-se com sua espada. A luta era bastante violenta e sanguinária, principalmente para Hisana que recebia cortes por todo corpo.

Magnus em um movimento rápido recua para trás e muda sua postura vindo novamente em um pulo na direção de Hisana desferindo três estocadas consecutivas, uma no seu pescoço, uma no coração e outra no abdômen.

Hisana se ajoelha ali mesmo sufocando no próprio sangue sem saber qual das hemorragias tenta estacar primeiro tendo três feridas fatais, mas apenas duas mãos.

— Você se importa demais com a própria dor e perde tempo precioso se preocupando com o seu sangue derramado. — Magnus encosta sua lâmina na bochecha de Hisana. — Acaso não falei que seu corpo é uma ferramenta que não precisa se preocupar com detalhes para continuar sendo útil?

Hisana ouve isso e ao invés de segurar sua dor resolve segurar a lâmina em seu rosto e cheia de ódio se levanta do chão encarando Magnus.

— Muito bom. É assim que deve ser. — ele parece elogiar.

— HAAAAA! — Hisana grita cuspindo sangue e pula do chão com uma esfera de reiatsu na mão e assim que se prepara para atacar, Magnus bate no seu braço e a esfera voa longe explodindo em outro lugar.

— É bom... Mas não é o suficiente. — Magnus puxa sua lâmina cortando a mão de Hisana. Com a mão livre ele pega a cabeça da jovem e a enterra no chão afundando a ambos em uma cratera, Hisana mal conseguia ver o rosto do shinigami entre seus grandes dedos que naquele instante apontava sua espada em sua testa. — Seu ódio lhe cega e deixa suas intenções refletidas em seu rosto como um espelho, não pense que ele lhe fortalece, ódio apenas lhe torna um alvo fácil durante uma luta, se quer usar seu ódio como ferramenta, então é preciso se tornar um só com ele e eu espero que se lembre disso ao acordar.

Magnus mata Hisana fincando sua lâmina em sua testa.

Algumas horas depois ela acorda gritando assustada em seu quarto suando e tremendo sem parar, assim que se lembra da luta sente enjoo e vomita no chão, só então percebe Kaliver lhe encarando próximo à cama.

— K-Kaliver? — ela desviava o olhar não querendo mostrar aquele seu lado frágil.

— Eu avisei não foi? Avisei que é impossível atacar Magnus pelas costas. A única maneira de derrotá-lo é tornando-se mais forte que ele e quando digo forte me refiro àquilo que faz dele o shinigami mais poderoso que existe. — o abissal diz de braços cruzado encostado à parede.

— Não preciso ouvir seus sermões. — Hisana se levanta da cama despida como sempre acordava ao passar pelo processo de ressuscitação, mas suas pernas enfraquecidas a fazem cair, porém Kaliver a segura pelo braço antes disso. — Me solte! — ela grita.

O abissal assim faz e fica em silêncio assistindo-a se vestir.

— Há verdade no que Magnus disse. — ele volta a falar. — Seu ódio sozinho não faz milagres muito menos seu desespero em querer vencê-lo. É necessário muito mais Hisana. — aconselha.

A jovem olha de relance para ele.

— Não era isso que queriam de mim? Ver meu ódio e desespero? Agora querem mudar o discurso?

— Não foi isso o que eu quis—

— Então o que é? O que é isso que você quer dizer e não consegue Kaliver?! — ela o interrompe com um grito e se aproxima andando a passos largos até lhe empurrar de volta na parede. — O que você entende de sentimentos? Você não passa do desgraçado que tira tudo o que eu sinto de dentro de mim com seu poder e descarta como se fosse lixo! Agora ódio e desespero são tudo o que sobrou em meu coração e quem me fez assim foi você! — ela gritava com força.

Sem perceber lágrimas silenciosas começavam a descer no rosto de Hisana e a expressão de Kaliver treme.

— His—

— Você não é nada... Você é uma mentira... Uma mentira como todas as outras... — ela encara o abissal com dor na voz. — Eu sei o motivo de estar tentando se aproximar de mim e eu não quero! Não vou mais ser manipulada por sentimentos que me tornaram fraca e vulnerável nunca mais! — com um último empurrão ela dá as costas limpando o rosto.

Kaliver não estava entendendo o que Hisana dizia, mas por algum motivo sente vontade de tocar em suas costas, porém antes que o faça ele recolhe sua mão e prefere ficar em silêncio.

— Um abissal nunca se aproximaria de mim se não fosse para seguir ordens de Magnus ou Solomon. — a voz de Hisana era outra, mais amarga desta vez, ela encara Kaliver de relance e com certa frieza nos olhos. — Você é tão vazio quanto seu nome sugere e tão frio quanto os sentimentos que sobraram dentro de mim, por isso adeus Kaliver, eu não preciso mais de você. — com isso Hisana se retira do quarto sem olhar uma única vez para trás.

Kaliver via Hisana saindo e no meio daquele silêncio ouve um barulho forte que tinha esquecido que existia dentro do seu peito. Ele sentia uma sensação estranha percorrendo seu corpo causando uma dor aguda latejante e sem querer segura forte seu peito.

Seu coração humano, sua fraqueza, doía e ele não sabia o que fazer para fazer aquela dor passar e quanto mais pensava nas palavras de Hisana, mais paralisante a dor se tornava.

— O... O que está acontecendo comigo...? — sussurrava confuso e angustiado.

Aquela era a primeira vez que o abissal tinha percebido seus próprios sentimentos e ele não fazia idéia do que fazer com eles.

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Em algum lugar desolado do extremo oriente, uma cidade abrigava alguns sobreviventes escondidos no subterrâneo dos escombros que havia sobrado do que um dia foi um conglomerado humano.

Katsuya e seus amigos estavam lá, pois haviam sido informados dos constantes ataques de Hisana na região.

— Perdemos muitos de nossos homens no último ataque há dois dias, os que sobraram estão feridos e moralmente abatidos. — o capitão de porte médio e aparência africana relatava.

— Mulheres e crianças? — Tomoe pergunta.

O homem abaixa a cabeça.

—... Conseguimos trazer a maioria para cá... Mas tivermos que deixar os doentes e desabilitados para trás. — ele relata com amargura.

— Tsc! — Tomoe morde os lábios.

— Se não se importa gostaríamos de dar uma volta pelo perímetro capitão. — Katsuya pede.

— Fique a vontade comandante, se precisarem de alguma coisa estarei no posto avançado. — com isso o capitão se retira deixando os jovens e alguns shinigamis que tinham vindo com eles à espera.

— Tomoe, procure o centro médico e veja o que consegue fazer para ajudar os feridos. — ele dirige a palavra à loira.

— Pode deixar. — ela assente e se dirige a uma ala distante da base levando consigo alguns soldados treinados em kidou e emergências médicas.

— Soryuu eu preciso que averigue o perímetro em busca de ameaças, nee-san enquanto ele faz isso, a rota de fuga de emergência é com você. — ele diz olhando para os mais velhos.

— Certo. Vocês ouviram homens, andando! — Soryuu sai correndo e alguns shinigamis somem junto com ele usando passos rápidos.

— Mexam-se! Nós também temos trabalho a fazer! — Alessa ordena e com um sinal seus soldados lhe acompanham pela base.

— Então o que fazer...? — Katsuya começava a andar pela base avaliando a situação dos sobreviventes. — Essa região está muito escassa há meses, talvez tenhamos que deslocar alguns deles para Karakura...

— Hadou n°31: Shakkahou!

Hunter X Hunter - The World of Adventurers

Katsuya ouve o encantamento e se assusta simplesmente sumindo com um passo rápido a tempo de ver uma bola de fogo passar sob seus pés, vendo que uma montanha de caixas seria atingida ele com outro passo rápido segura a esfera com a mão e a comprime até ela virar fumaça.

O rapaz fecha a cara e fica olhando em todas as direções.

— Eu sei que você está aqui! Apareça tampinha!

— Power Bazuca!

Katsuya sente uma dedada violenta no traseiro e salta feito um gato batendo a cabeça no teto e caindo como chumbo de cara no chão.

Ele ouve as risadinhas de uma garotinha e fica de pé num salto bufando feito touro tentando achá-la novamente.

— Ah! Seu projétil de ser humano! Quando eu te pegar...! — ele vociferava até que sente uma reiatsu furtiva se aproximando e se vira a tempo de aparar um chute na cara. — Te peguei!

A garotinha de olhos altivos, cabelos negros e vestimentas de shinigami sorria de orelha a orelha se divertindo com tudo aquilo.

— Eu ainda não acabei Katsuya-kun! — ela declara e some com um shunpo surgindo pelo flanco esquerdo desferindo uma chuva de socos em Katsuya que agora sorria aparando todos com somente uma mão.

— Só isso tampinha? Todo esse tempo treinando e nem consegue me fazer cócegas!? — o loiro desafia.

A menininha sorri cinicamente e olha para cima como se estivesse esperando algo, então some do raio de ação de Katsuya e faz sinal de paz e amor para o rapaz que fica confuso.

— Ué por que parou?

Um balde de água fria cai na cabeça de Katsuya e ele toma um susto tão grande que congela tanto pela agua quanto pela surpresa.

A garota cai na gargalhada quase chorando e batendo nos joelhos.

Katsuya retira vagarosamente o balde da cabeça com uma expressão nada agradável.

— Suuuuaaaa feeeedelhaaaa! — a reiatsu de Katsuya incendeia assim como seus olhos.

— Opa! Essa é minha deixa. — a garota faz posição de corrida. — Saída estratégica pela esquerda! — ela some com um passo rápido.

— Ah! Sua coisa pequena é hoje que eu te pego! — Katsuya pensa em correr, mas quando dá o primeiro passo escorrega numa casca de banana e cai de bunda no chão.

Ele segura a casca da banana e fica com expressão de idiota em silêncio por alguns instantes meditando sobre a situação.

— Eu juro pelos deuses que um dia eu ainda descubro como essa menina consegue pensar e executar tudo isso no meio de uma confusão... — sussurra embasbacado.

Algumas horas depois Katsuya sentado verificava alguns documentos quando seus amigos chegam para reportar o que tinham feito.

— Já deslocamos os homens para ficarem de vigia no perímetro. Se alguma coisa entrar eles foram instruídos a reportar imediatamente ao QG. — Alessa relata.

— Os feridos estão todos em condições estáveis, alguns shinigamis inclusive já estão prontos para combate caso seja necessário.

— Ótimo. — o rapaz se levanta mancando indo até outra mesa para pegar algo.

Seus amigos se entreolham ao imediatamente notar algo muito esquisito.

— Katsuya, por que diabos tem um travesseiro amarrado na sua bunda? — Soryuu é o primeiro que pergunta.

O loiro devolve um olhar tão sedento e sombrio que faz o amigo engolir em seco.

— Medida preventiva. — ele responde com voz rouca de vilão. — Há um demônio à solta na base.

—... Tá... Ok... — Soryuu ainda não havia entendido direito.

Alessa e Tomoe começam a rir baixinho.

— NEE-CHAN!

A voz da garotinha adentra o recinto como um eco e a pequena que havia aterrorizado Katsuya horas antes pula nos braços de Alessa e Tomoe.

— Moreninha! — Tomoe exclama contente.

— Oi minha baixinha como você está!? — Alessa a abraça mais forte ainda.

— Eu estava com saudades! — ela olha de relance para Katsuya que apontava um crucifixo para a criança que bota a mão na boca dando uma risadinha divertida.

— Você tem se comportado como me prometeu? — Alessa a coloca no chão.

— Mas é claro! — ela responde sorridente.

— MenAtchira! — Katsuya finge um espirro.

A pequena mostra a língua para ele.

— E o treinamento como vai? — Soryuu se aproxima da baixinha.

— É... Vai indo... Mas eu queria mesmo era treinar com vocês lá em Karakura! — ela se empolga.

— Já falamos que não podemos te levar para lá, é perigoso e vivemos em missões arriscadas, não teríamos como tomar conta de você. — Katsuya corta a idéia da garota.

— Aqui também não é! Nenhum lugar é seguro depois que aquela maluca começou a nos matar, por isso eu quero treinar com vocês e ficar forte, porque eu vou derrotá-la um dia! — ela estufa o peito.

Seus amigos por outro lado ficam entristecidos com a declaração da menina e se entreolham com pesar.

— Eu disse alguma coisa errada? — ela nota a diferença no comportamento dos mais velhos.

— Ah! Não! Não! Quê isso! — Katsuya fica sem jeito. — É só que... — ele se aproxima e se ajoelha fazendo carinho na cabeça da menor. — Você já é forte tampinha, tem talento de sobra, está no seu sangue, por isso eu sei que um dia você vai ser a mais forte entre todos nós, mas até lá você precisa me prometer que não vai fazer nada arriscado tá? — Katsuya pedia.

A garotinha olha para os outros procurando algum significado maior naquela pergunta, não encontrado se volta para Katsuya novamente.

— Tá bem...

Mal termina de falar o alarme do esconderijo soa e um soldado entra ofegante.

— É ela senhor! — exasperava.

Katsuya se levanta e olha para seus amigos que assentem em consentimento. O loiro anda até o homem e entrega algo em sua mão.

— Entregue isto ao capitão e diga que assim que todas as pessoas estiverem prontas e seguras que ele use este dispositivo para translocar a base para um local seguro.

— Sim senhor! — ele responde e mesmo cansado sai correndo novamente.

— Está na hora... — Tomoe parecia nervosa, seu irmão toca em seu ombro.

— Já deixei os homens instruídos sobre o que fazer nesta emergência, podemos ir Katsuya. — Alessa o assegura.

— Eu quero ir também. — a pequena se prontifica.

— Nem ferrando! Você vai voltar pra área de segurança e esperar como todo mundo a hora de se mudarem para outra área segura. Essa não é uma luta que crianças devam se envolver. — Katsuya a repreende.

— Mas—

— Nada de “mas”, lembre-se da promessa que acabou de fazer. — o loiro a relembra fazendo carinho em sua cabeça.

— Tsc! — a garotinha se sente traída.

— Vamos! — Katsuya convoca seus amigos e eles voam em direção ao encontro de Hisana.

A pequenina fica um minuto em silêncio pensando no que fazer, então depois de muito ponderar resolve seguir Katsuya e os outros.

— Essa luta é de todo mundo... Criança ou não eu não quero perder mais ninguém importante para mim... — ele sussurra para si correndo a todo vapor.

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Resident Evil Revelations 2 - Up the Pace.

Na superfície da cidade alguns shinigamis davam cobertura para outros grupos que recuavam em direção à base como havia sido planejado em casos de emergência.

Hisana matava aqueles que chegavam perto demais ou os que tropeçavam e se atrasavam na hora da fuga. Porém, por algum motivo ela parecia entediada.

— Genocida desgraçada eu vou te matar! — um shinigami com uma grande marreta pula sobre Hisana e afunda todo o peso de seu golpe na jovem que abre uma cratera no chão.

Hisana anda saindo do buraco e uma trilha de sangue escorre de sua boca, ela olha para o sangue e fita o shinigami agressivo na sua frente.

— Você é uma vergonha para os nomes de seus pais! Você mancha suas memórias e seus—

A cabeça dele explode. Hisana apaga a fumaça do dedo e suspira.

— Nunca pensei que mosquitos aprenderiam um dia a falar... — comentava enquanto vagarosamente limpava a ferida de sua boca.

— HISANA!

Ela reconhece a voz e olha para cima de um prédio vendo Katsuya lhe encarando com fulgor.

— Oh... Mais um mosquito... — Alessa, Soryuu e Tomoe surgem também. — Correção: Mosquitos.

Eles se aproximam e cercam Hisana que continua sem reagir.

— Eu não tinha falado para vocês sumirem? — ela olha para Katsuya. — Não era para você estar morto? Pensei que eu tinha feito um buraco no seu peito.

—... Hisana... — Katsuya fecha os olhos. — Por favor, vamos voltar para casa.

— “Casa” que casa? O que é isso? — ela debocha.

— Pare de fingir que não se importa com seus próprios sentimentos! Todos esperam que volte. Tia Andressa, meu pai e minha mãe também lhe esperam! — o loiro responde.

— Não estou interessada, aliás, não tentem botar razão nenhuma nessa conversa, já disse que não importo com absolutamente mais nada. — Hisana os encarava.

— Mentira. — Katsuya rebate. — Se você não se importasse já teria me matado no primeiro golpe e se me deixou viver naquele dia é porque ainda tem algo dentro de você que a impede de afundar pra sempre nesse abismo de onde não quer mais voltar! — o loiro altera o tom da voz.

— Como é? — Hisana olha friamente para Katsuya. — Está dizendo que eu quero “mudar”? E se eu quisesse que diferença isso faria? Entenda Katsuya, no mundo que vivemos hoje não existe mais esperança alguma para criaturas fracas como vocês, somente os fortes sobrevivem e os que não possuem poder serão apagados e esquecidos.

— Está insinuando que não lembra mais da gente ou de seus pais Rukia-san e Ichigo-san? Nem mesmo seu tio Byakuya-san. Você é a esperança de todas estas memórias!

A expressão de Hisana treme.

— Como você mesma disse, você pode nos matar a qualquer hora Hisana, mas fica hesitante porque sabe que vai ter que conviver com as memórias do que somos com você para sempre e isso lhe perturba! — Katsuya declara ferindo o âmago de Hisana que começa a ranger os dentes enfurecida.

— Você é um excelente poeta, mas nada convincente... — ela aperta os punhos. — “viver com suas memórias para sempre”? Não seja ridículo, convivo com coisas piores todos os dias e eles não fazem nenhuma diferença no meu consciente.

Katsuya saca sua zanpakutou.

— Eu juro que vou trazê-la de volta Hisana e não vou hesitar em lutar contra você se essa for a única alternativa.

Hisana ri.

— Agora sim está começando a falar como gente grande. — ela fica em instância de combate. — Mas lutar contra mim? Talvez essa seja a decisão mais idiota que já fez na vida.

— Não a mais idiota e sim a mais difícil... Porque você é a única pessoa no mundo que não imaginaria machucar.

— Hoho... Que tocante...

Alessa, Soryuu e Tomoe entram em posição de luta e eles começam a andar cautelosamente cercando Hisana que se concentrava em Katsuya, embora sua visão periférica lhe desse total controle dos movimentos dos demais adversários.

— Revele-se Benimaru! — Katsuya invoca o nome de sua shikai que se torna rubra com um gancho retrátil na ponta.

— Então vai lutar com sua zanpakutou? — Hisana levanta a sobrancelha.

—... E por que não luta com as suas? — ele pergunta.

— Porque eu não preciso dessas coisas para acabar com vocês. — ela responde cinicamente.

— Não pode ou não consegue mais invocá-las? — ele pergunta novamente.

— Tsc! Já disse que não preciso delas.

— É mesmo? É uma pena que não consiga mais ouvir então os nomes de Hiryuken e Seiken.

Quando Katsuya fala o nome das duas zanpakutous de Hisana o que ela ouve respectivamente é uma borrão de palavras misturadas como “Bgrtyukas” e “Hagsteyiuh”.

— E que merda é essa? Língua estrangeira? — ela debocha.

Katsuya suspira. Aquela era a confirmação de que Hisana não tinha mais laços com suas zanpakutous.

— Você realmente não lembra... Uma pena... — Katsuya fica mais sério enquanto a encara. — Você pode ser forte, mas se tivesse suas zanpakutous, então seria invencível, por isso eu sei que ainda existe uma chance de te trazer de volta, se prepare Hisana! — ele exclama partindo pra cima dela.

— “Preparar”? Eu? Não me façam rir seus idiotas! — Ele grita com fúria e se choca contra Katsuya usando os próprios punhos.

Alessa chega com um chute voador que Hisana apara com a mão livre e Soryuu surge por cima com uma flecha apontada contra ela.

— Isso! É assim que tem que ser! — Soryuu dispara a flecha e Hisana joga Alessa contra ela, mas Tomoe já sabendo da malícia de Hisana cria um escudo protetor na companheira e a flecha rebate, porém Soryuu surge com um passo rápido e pegando a mesma flecha atira de um ângulo diferente surpreendendo Hisana que sorri se divertindo, ela aponta o dedo na direção da flecha disparando um raio branco.

— Byakurai? — Katsuya fica surpreso.

— Feh! Surpreso? Então isso te deixará mais surpreso ainda...

Hisana aponta a da mão para ele e a palma brilha com uma energia escurecida ao redor.

— Impossível! Katsuya-kun! — Tomoe grita correndo até ele, suas próprias mãos brilhando também.

— Cero! — Hisana dispara a energia contra ele e Tomoe se põe à frente com um escudo.

— Tomoe!

— Katsuya-kun, aproveite essa chance! — ela exclama.

O rapaz obedece e pula por cima do ataque em forma de rajada de Hisana e puxa a corrente do cabo de Benimaru lançando nela e conseguindo prendê-la, ele então com grande força a arremessa contra prédios e por fim em um grito vigoroso contra o chão criando uma explosão de entulhos e fumaça.

— Vocês estão bem? — Alessa se aproxima dos dois que assentem positivamente.

Hisana expande sua reiatsu saindo dos entulhos com algumas escoriações pelo corpo.

— Filhos da mãe, vocês conseguiram chamar a minha atenção! Meus parabéns! — ela bate palmas.

— Nós não queremos lutar contra você Hisana, mas você não nos deixa escolha! — Alessa declara.

— Eu dei escolhas a vocês Nee-san! Dei a escolha de sumirem e nunca mais aparecerem na minha frente porque eu sabia que no dia que isso acontecesse eu teria que matá-los e o que vocês fazem? Fogem? Não! Simplesmente vem até mim assinando a própria sentença de morte! — ela rebate. — Para piorar ainda vem com uma conversa fiada de que vão me levar de volta! Eu já disse que não há lugar para se voltar neste mundo! — a reiatsu de Hisana explode e ela corre sumindo do campo de visão do grupo.

— CUIDADO! — Alessa grita e se projeta protegendo os seus amigos com os braços aparando um chute aéreo violento de Hisana que além de abrir sua defesa a faz voar rodopiando pelo ar até cair e sair quicando pelo chão indo se chocar em algum lugar longe dali.

— Parem de tentar me convencer que existe esperança neste mundo onde tudo está perdido! — ela se vira para Soryuu que retira uma espécie de espada de plasma feita de reiatsu da roupa e se defende contra uma sequencia de chutes de Hisana que vinha enraivecida na sua direção. — Desistam de trazer Kurosaki Hisana de volta!

Hisana força sua perna contra a arma de Soryuu e o manda para longe.

— HISAN-CHAN!!!! — Tomoe exclama em um misto de raiva e dor criando uma enorme flecha dourada com sua reiatsu herdada de seus pais e dispara conta a companheira sanguinária que se defende sendo arrastada pelas ruas.

— SUA QUINCY MISERÁVEL! — Hisana enrijece os músculos comprimindo a reiatsu de Tomoe e em um grito faz a flecha explodir junto com seu corpo que sofre queimaduras graves.

Ofegante a jovem ferida no meio da rua olha para a loira que se ajoelha sem saber o que fazer.

— Parem de tentar... Parem de buscar... Sentimentos... Que morreram! — Em um grito a área ao redor de Hisana explode engolindo os seus antigos companheiros.

Hisana fica um pouco ofegante, mas olha surpresa quando os escombros explodem e Katsuya aparece pulando com o corpo envolto em uma reiatsu elétrica usando Shunko.

— PARE DE TENTAR ME FAZER DESISTIR DE VOCÊ...! — ele voa na direção de Hisana com um soco explosivo. — SUA GRANDE IDIOTA! — completa acertando o golpe massivo no rosto de Hisana que é pega desprevenida e sendo arremessada com fagulhas elétricas causando dano em seu corpo enquanto ela sai destruindo tudo em que toca pelo caminho derrubando um prédio e ficando entre escombros de ferro retorcido.

Katsuya cai de joelhos no chão e ouve seus amigos saindo dos escombros com a ajuda de Tomoe que os havia protegido com seu escudo.

— Vocês estão bem? — ele se levanta com um pouco de dificuldades.

— Sim. Mas e Hisana? — Soryuu pergunta.

— Acho que dessa vez conseguimos acertá-la. — Katsuya parecia confiante.

O chão começa a tremer e seus amigos olham para na direção onde Hisana havia sido jogada vendo-a caminhar em suas direções com ar de poucos amigos e queimaduras por todos os lados.

— Desgraçados... Como eu odeio... Como eu odeio todos vocês! — ela mordia os lábios de tanta raiva.

— Hisana, pare com isso, por favor! Não consegue ver o como é difícil para nós levantar a mão contra nossa própria família!? — Alessa exclama implorando.

— Família...? — o rosto de Magnus surge na sua cabeça por um breve momento. — Ah... Família... — Hisana olha para o grupo. — Eu não tenho mais isso.

— His—

Ela some.

Madoka Magica - Numquam Vincar

Katsuya olha para o chão vendo Hisana surgir em uma passada rasante lhe dando um gancho violento fazendo-o perder o equilíbrio e as forças, ela o pega e enterra a cabeça do loiro no chão.

— Katsuya! — Soryuu gritando pula para trás com o arco pronto para disparar, mas Hisana já havia sumido.

— Procurando alguém?

O rapaz olha para trás, mas não consegue fazer nada contra a esfera de energia que explode em suas costas e o joga como uma bola de fogo no chão.

— Nii-san! — Tomoe exclama vendo o irmão extremamente ferido. — Soryuu!

— Tá olhando para onde sua idiota? — Hisana surge ao lado da jovem e desfere uma cotovelada no rosto da loira que fica desfigurada. — Eu sempre quis acabar com essa sua carinha de anjo patética. — ela ri e Tomoe cai no chão sem saber como definir a dor que sentia e fica totalmente desorientada.

Hisana sente a reiatsu de Alessa atrás de si e se esquiva com um shunpo aéreo do soco devastador da latina que pula vindo atrás dela.

— Hisana! — urrava desferindo uma chuva de socos.

— Nee-san, é inútil, eu avisei que iria matá-los se voltassem, por isso nada mais justo que fazer jus às minhas palavras. — Hisana apara o soco de Alessa que faz sair fumaça de sua mão. — Mas alegre-se Nee-san, você vai morrer pelas mãos de alguém que amava muito. — sorri e por fim dá o golpe final em Alessa que cai com sua armadura se desfazendo em partículas espirituais enquanto ela começa a perder a consciência com um enorme corte diagonal no peito até tombar completamente no chão.

Hisana pousa na rua e vai caminhando em direção à Katsuya.

— Assim que eu matar todos vocês, então não restará mais nada me prendendo ao passado e eu poderei me focar em buscar o poder que preciso para botar um fim a tudo que existe.

Ela se fica olhando para Katsuya que devolvia um olhar cheio de tristeza e angústia enquanto começava a perder sua consciência.

— Hisa...na...

— Não se preocupe, essa será a última dor que vai sentir. — Hisana ergue as mãos como uma navalha.

Assim que sua mão vem em corte perfurante para atravessar o peito de Katsuya estirado entre escombros ela sente uma pequena reiatsu furtiva se aproximando e vira para ver de quem se tratava, ela olha de certa forma surpresa quando enxerga uma criança que vinha em sua direção com a espada em riste.

— Hiyaaa! — a garotinha urrava.

Hisana desvia da garota sem esforço algum, mas a pequena persiste e continua suas investidas contra a inimiga, a maior já sorria vendo a garota com sua expressão de determinação atacá-la sem parar, até que é surpreendida quando a pequena pula para trás e concentra uma energia no corpo da espada.

— Essa é boa, além de mosquitos também enviam pulgas para me importunar. — Hisana faz um gesto de enxotar. — Cai fora fedelha sua hora já vai cheg—

— Getsuga—

A expressão de Hisana treme. Aquele nome lhe causava um desconforto que não conseguia entender.

A garotinha usa shunpo e surge praticamente na cara de Hisana.

— Tenshou! — grita com vigor.

A meia lua de reiatsu azulada atinge a jovem à queima-roupa e causa grande estrago ao redor. Da fumaça Hisana surge parada do mesmo jeito que estava antes, mas com um corte sangrante na testa, porém desta vez observava a menina que não parecia se intimidar pelo fato de não ter lhe causado dano significativo e continuava com espada firme em mãos esperando para continuar a luta, Hisana olhava com bastante interesse para aquela criaturinha petulante.

— Gostei de você pirralha, qual é o seu nome? — Hisana sorria cinicamente.

A pequena estufa o peito desafiadoramente.

— Grave bem o meu nome, pois eu sou aquela que vai te derrotar e salvar o mundo! Eu sou Matsuda Hisa!

— Matsuda... Hisa...

As engrenagens do destino haviam voltado a girar com aquele encontro que mudaria para sempre a vida de Kurosaki Hisana...

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Continua...

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Notas finais do capítulo

Perdão pelo atraso galerinha. A fic virou praticamente mensal e isso me dói bastante por causa dos passos lentos que acaba fazendo vocês perderem o ritmo na leitura.

Mas espero que não desistam por causa disso, sinto muito pelo que acabou acontecendo com a Fanfic. Mas vou fazer o possível para tentar terminá-la em um ritmo não tão distante do mangá para que vocês não acabem perdendo o interesse.

Bem... Voltando ao assunto da Fanfic.

Eu tinha a idéia de quem seria Matsuda Hisa desde o primeiro capítulo da Fanfic lá em Crônicas e os laços que a unem a Hisana fariam parte de seu passado ligando um ponto muito importante em sua trajetória para a redenção.

Notem que a personalidade dessa garotinha é muito semelhante a de nossa protagonista e em breve vocês saberão o porquê... Embora já devam fazer idéia do motivo.

O passado de Hisana chega ao seu momento mais importante e nele será desvendado a chave do maior mistério dessas memórias: Como Hisana fugiu e voltou aos seus amigos.

Não percam o next chapter galera!

Obrigada por estarem acompanhando a Fanfic até aqui e espero que tenha valido a pena a espera.

Bjus da tia Lyel e nos vemos nas reviews!



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